Pov Draco

Eu segurava aquele pedaço de papel, tentando decifrar o que aquelas palavras significavam. Será que era coisa do meu pai, ele estava planejando alguma coisa e me envolvendo novamente nessa lama toda, de novo

“Fique perto da senhorita Naomi Philips, é de extrema importância que sejam amigos”

Essa letra me é reconhecível, mas não consigo me lembrar de quem é.

Eu me tornei amigo dela, alias sou muito mais próximo a ela, do que já fui por alguém antes, mas alguma coisa em seu olhar me causa cala frios. Não consigo confiar inteiramente nela.

E a minha briga com a Granger ainda surgia nos meus pesadelos. Eu sei que ela tinha razão, mas só fato de ser ela a me dizer aquelas coisas me irrita profundamente.

E assim se passou alguns dias, e eu continuava a me aproximando cada vez mais da Naomi, e meio que sem querer, acabamos dando um beijo uma vez. Mas depois ela me disse que era melhor só continuarmos amigos, que nós tínhamos um futuro brilhante juntos, que não poderíamos estragar isso com uma coisa boba como o amor. Coisa estanha de uma garota dizer, mais enfim.

Um baile estava se aproximando, e segundo a diretora era para homenagear a todos que morreram na guerra. E eu não estava nem um pouco a vontade pra ir, mas a Naomi disse que seria interessante.

- Vai ser legal Draco, imagine a cara de todos quando nos verem juntos.

- Eu não ligo pra isso...

- Vai ser bom pra se divertir, e você pode ver a Granger...

- A Granger?

- há qual é Draco, está na cara que você é caidinho por ela. –Ela disse rindo.

- Você ficou louca. Eu não suporto a Granger, desde o meu primeiro ano...

- Você acha que me engana? Eu vejo a forma como olha pra ela, a raiva que sente quando vê ela e o Weasley juntos.

Ele deve está louca, só pode. Eu gostando da Granger, que piada.

- Piada de mal gosto essa hein Naomi.

- Tente se enganar, mas a mim você não engana. Só é uma pena porque isso, porque sua família nunca ia aceitar, imaginem se descobrem...

- o que você quer dizer com isso?

- Nada. Esquece. Bom vou voltar para o castelo porque tenho um dever de poções para terminar. Mas pense na ideia de irmos para o baile juntos. Vai ser divertido, quem sabe você perde essa carranca de velho rabugento.

- Falando assim, você nunca vai me convencer garota.

Ela revirou os olhos e saiu correndo de volta para o castelo.

Decidi ir sentar na minha arvore, era assim que eu chamava, já que era o lugar que eu sempre ficava sozinho, ao não ser por aquele dia, quando encontrei a Granger.

E então de repente me vejo no chão, com uma cabeleira castanha cobrindo meu rosto. Uma garota estava em cima de mim.

- Qual é o seu problema garota estupida?

- Há me desculpe...

Então eu vi seus olhos castanhos, me sondando, pareciam assustados e ao mesmo tempo envergonhados.

- Granger.

- Oi Malfoy. Desculpe-me.

Ela disse com a voz diferente. Olhei mais uma vez para seus olhos e estavam húmidos e vermelhos. Ela estava chorando.

- O que houve? –Perguntei sem pensar.

- Não é nada. –Ela disse levantando bruscamente. –Nada que te interessa.

E voltamos a ser como antes de novo.

Levantei-me do chão, e a encarei com raiva.

- Talvez devesse se preocupar em andar sem ficar esbarrando nos outros.

- Você que ficou na minha frente.

- Você é uma piada.

Então seus olhos ficaram ainda mais marejados.

- Cala boca Malfoy. Porque você é sempre tão cruel, porque tem sempre que me humilhar, tem sempre que me ferir. –Ela começou a soluçar e chorar profundamente.

Eu estou confuso, eu não disse nada de mais, quer dizer nada diferente do que a gente sempre diz para o outro.

- Olha, agora estou confuso. Do que você está falando?

- Nada. Só estou cansada, não aguento mais isso. Estou cada vez mais confusa e perdida...

Era impressão minha o a Granger estava desabafando comigo.

- Você parece ter sempre a noção sobre tudo. Quer dizer a certeza de tudo.

- O que vocês tem que entender que eu sou uma garota, e assim como uma garota às vezes me sito frágil e sozinha. Que palavras me ferem como qualquer outra pessoa.

E então o choro novamente.

- Granger você foi enfeitiçada novamente?

Ela estava muito estranha.

- NÃO. DROGA MALFOY, SERÁ QUE VOCÊ NÃO É NEM CAPAZ DE ME OUVIR?

E mais choro.

- acho melhor eu ir embora.

- Você podia pelo menos ficar sentado comigo na arvore de frente para o lago, em silencio?

- Por quê?

- Porque isso me ajudou da outra vez.

Não disse nada, continuei meu caminho, indo em direção a arvore que ela mencionou. mencionou. Parece que ela nos ajuda da mesma maneira.

Eu me sentei de um lado do tronco e ela do outro quem nem da outra vez, e ficamos assim por um bom tempo, em silencio. Mas eu ainda conseguiu ouvir seus soluços baixos. Ela estava mal mesmo.

De repente ela se levantou, e foi embora. Não disse nada, nem um obrigado, ou um xingamento, apensa se levantou e foi embora.

É serio, acho as vezes que essa garota é desiquilibrada, uma hora ela me xinga, uma hora ela é legal, outra hora ela me bate, outra hora ela me beija, tudo bem que o beijo foi apenas no nosso subconsciente, mas mesmo assim foi um beijo.

Voltei para o castelo, e fui direto para grande salão, estavam servindo o jantar. Olhei para a mesa da Grifinória, e ela estava lá, quietinha, o Weasley parecia bravo, porque a olhava com raiva. Será que ela havia brigado com ele, por isso a crise de choro.

Naomi se sentou do meu lado.

- Te esperei á tarde, achei que você ia aparecer pra me ajudar?

- perdi a hora...

- Ficou se pegando com alguma garota por ai?

- Claro que não. Não preciso de contar tudo sobre a minha vida não é mesmo?

- Mistérios, e mais mistérios. Devo confessar que isso é um charme em você Draco. –ela olha sedutora pra mim.

Eu reviro os olhos.

Depois do jantar Naomi foi na frente para o salão comunal, e demorei mais um pouco, refletindo sobre tudo o que aconteceu durante a tarde. Minha cabeça estava tão confusa e pirada quanto à da Granger.

Fui um dos últimos a sair do salão, e lá na frente, vejo a Granger me esperando.

- O que você quer agora?

- Eu sei que não ti devo explicação Malfoy, mas eu queria agradecer e pedir desculpa pelo o que houve hoje a tarde. Mas por algum motivo que eu desconheço, eu sinto que você às vezes é o único capaz de me compreender.

- É... de nada. – digo saindo a deixando sozinha.

- Malfoy. –droga ela veio atrás de mim.

- O que é?

- Só queria que você pensasse na ideia de nós sermos amigos. Quer dizer, pode ser bom para ambos. –ela sorri. Um sorriso tímido.

Dou sum suspiro.

–É serio eu preciso mesmo ir. –Digo me afastando. – Mas vou pensar nisso.

A Granger pode está certa, ser amiga dela pode ser uma boa ideia. Ela pode me ajudar sobre a Naomi, a descobrir qual é o mistério dela.