Draco Pov

Eu não sabia bem o porque, mas eu queria sair correndo daquela sala. Ficar próximo da Granger mesmo com ela inconsciente e ainda a ouvindo sussurrar meu nome, me fazia sentir emoções estranha e desconhecidas.

– E se eu não ajudar? Digo eu sou obrigado a fazer isso?

– Claro que não senhor Malfoy- disse a diretora. – Eu só achei que como o senhor se mostrou preocupado outro dia com a saúde dela, achei que gostaria de ajuda-la.

Senti minha bochechas corarem um pouco. Potter me olhava questionando, como se tentasse entender algo.

– A senhora se enganou. Quer dizer eu sinto muito pela Granger, mas eu não posso fazer nada...

– É Malfoy, eu sei que todos nos temos nossas desavenças por todos esse anos, mas eu sei que você não é de todo ruim, a Hermione sabia disso também, e mesmo que eu e o Rony não concordemos com isso, nós sabemos que o melhor que temos a fazer por ela, e que você a ajude. –disse o Potter todo pomposo.

Eu... –droga o que eu faço, maldita hora que a trouxe para a enfermaria naquele maldito dia. – preciso de uns minutos sozinho.

– ELA NÃO TEM TEMPO. –berrou o Weasley. –Droga precisamos mesmo dele, eu posso ajuda-la, eu a ...

– Olha se vocês precisam tanto assim de mim, eu tenho que pensar... Isso vai contra tudo o que eu penso...

– Seu Maldito. –disse a cenoura gigante.

– Pode ir pensar senhor Malfoy. Mas tenho certeza que irá fazer a coisa certa. –olha o olhar maternal de novo. O que deu nessa gente, eu entrei em um universo paralelo e não percebei?

– Certo. Ainda a tarde eu volto com a minha resposta. Com licença.

Sai de lá não sabendo bem em que direção ir pra pensar. Então eu fui para o único lugar que sempre vou desde que voltei a estudar aqui. A velha arvore de frente para o Lago. Sentei no chão, encostei-me ao tronco da arvore, e fechei os olhos. Péssima ideia lembrei quando encontrei aqui pela primeira vez a Granger, ela sentou de costas pra mim nessa mesma arvore.

Flash Back

Blásio estava dando em cima de Loise Fatsjarade. Ele era o único que eu gostava de conversar, pode se dizer que ele era meu amigo, então eu estava sozinho de novo.

Então decidi que era a hora da minha primeira ausência, não estava com saco para aguentar todos me olhando. Decidi ir pra um lugar calmo e solitário. Então fui para o meu lugar favorito. Minha arvore, de frente para o lago. Mas para meu azar não era mais tão solitário assim, a Granger estava sentada no meu lugar.

Cheguei perto e disse devagar.

– A grande heroína não está com seus fiéis escudeiros?

Ela me olhou com aquela carranca de brava, só espero não levar outro soco na cara.

– Malfoy, o que faz aqui?

– Não sei, talvez o mesmo que você....

– Então trate de procurar outro lugar, que este já está vago.

Garota arrogante.

– E porque eu que tenho que ir embora?

– Porque eu cheguei primeiro. –disse ela se levantando, com aquela cara de monstra, uma monstra bonitinha, mas uma mostra que queria me dar outro soco na cara.

– E isso é uma regra que deve ser seguida? Se está incomodada vai embora você. –Eu nunca ia dar o braço a torcer.

Ela ficou me encarando, provavelmente pensando se ia me bater ou não. Depois disse.

–Não. Eu vou ficar. – E se sentou de novo.

– Ótimo eu também.- Me sentei de costas pra ela, no mesmo tronco.

E foi os minutos mais longos da minha vida, eu estava com uma sensação estranha, não sabia se falava algo pra provoca-la pra puxar assunto. Mas então de repente ela se levantou, e saiu andando sem dizer nem se despedir.

Quando vi que ela não estava olhando, dei uma olhada nela. Até que ela tinha um caminhar bonito, e seus cabelos que antes pareciam uma vassoura gigante, estavam baixos e arrumados, a Ganger de certa maneira deu uma melhorada, mesmo com seu sangue não digno do meu, ela era bonita.

FIM DO FLASH BACK.

Droga, por mais que eu tentasse negar a mim mesmo, eu sabia que dentro de mim, a decisão já estava tomada.

Fui de novo para enfermaria, quando entrei todos olhavam ansiosos pra mim. Suspirei alto e disse rápido.

– Eu posso tentar ajudar, mas prometam que nunca vão contar isso a ninguém, muito menos pra Granger, ficará entre nós quatro apenas.

Todos concordaram.

– Tudo bem, Draco. Não contaremos a ninguém o que você fez de melhor. –disse o Potter.

– Há e mais uma coisa, não quero provocações, principalmente vindo de vocês dois.

– Não sei se o Rony vai conseguir, mas por minha parte tudo bem... – disse cicatriz.

– Ótimo, agora vamos logo com isso. –disse o Weasley.

– O que eu tenho que eu tenho que fazer exatamente?

– Senhor Malfoy, nós preparamos umas espécie de poção do sono, você vai toma-la, e nela tem o cabelo da senhorita Granger, e isso fará com que você adormeça, e participe do sonho, você tem que tentar convence-la que está em um sonho, para podemos traze-la de volta.

– Mas se é algo tão simples, porque nenhum de vocês não tentaram isso ainda?

– Porque pelo que parece ela bloqueou todos que tentam entrar na sua mente.

– E como vocês sabem que ela não vai fazer isso comigo também?

– Nós não sabemos, o que sabemos é que como ela está sonhando com o senhor pode ser que ela o deixe entrar.

– E se eu não conseguir?

– Tentaremos outra coisa. Mas o senhor tem que saber, que isso é algo muito perigoso, porque não sabemos exatamente o que está acontecendo dentro da mente dela, ou seja se o senhor se ferir ou morre de certa forma, pode nunca mais voltar.

– Quer dizer que corro perigo?

– Sim?

– E porque me disseram?

Ela me olhou confusa.

– Tínhamos que te contar todos os perigos. Não queria saber?

– Preferiria não saber...

Agora estou ainda mais preocupado com essa situação toda, o que será que tem dentro da mente maluca da Granger.

– Vamos logo com isso, onde está essa poção?

– Está preparada, só falta o cabelo da Granger. Senhor Weasley, pode pegar um fio para mim?

O Weasley foi até a Granger, e tirou gentilmente um fio do seu cabelo. Trouxe Relutante para a Professora. Olhou para a mim, e disse com a voz firme e calma.

– Malfoy, se você se aproveitar dessa situação, para piorar ou fazer algum mal a Hermione, morra por lá mesmo porque se você voltar, eu mesmo ti mato.

Não pude evitar sorrir, o Weasley parecia tão corajoso, e amedrontado ao mesmo tempo.

– Pode deixar. –disse sorrindo. –não vou fazer mal ao amor da sua vida.

Ele ficou mais vermelho que o cabelo dele.

– Não sei do que está falando...

– Claro que sabe Weasley, mas se gosta tanto dela assim, quando ela voltar diga a ela, já que vocês se merecem mesmo...

– Já chega. –disse a Diretora.

Esta aqui senhor Malfoy, é só tomar e deitar na cama, e esperar pegar no sono.

Engoli a saliva e fiz que sim, com a cabeça. Subi na cama, ao lado da Granger, e tomei em um gole, a poção que tinha gosto de vitamina de morango.

Fui sentindo o Corpo cansado, e os olhos se fecharem aos poucos, em dois segundos estaria dormindo.