Jogo Real - Você Contra Seus Amigos! escrita por Walber Florencio


Capítulo 25
Final - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Tive que dividir o último capítulo em dois pq senão ele ficaria longo demais, e isso o tornaria entediante... Bem, no fim desta Parte I vcs terão uma grande surpresa e ficarão roando as unhas para ler a continuação... ;)

Já estou quase chorando pq chegou a hora de acabar esta fanfic... Mas ok, discurso de despedida feat. agradecimento só quando eu postar a Parte II kk



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/324288/chapter/25

- Olá sobreviventes – fala o general pelos autofalantes – chegamos ao tão esperado desfecho do reality show mais divertido do mundo! Parabéns, vocês dois realmente me surpreenderam! Dez horas de jogo. A última hora foi uma das mais proveitosas. Foram sete mortes. Em ordem temos Thiane, Iara, Wilgner, Carol, Mônica, Walber e Felipe. Foram resistentes, mas não o suficiente. Nova regra: Vocês tem uma hora para que um de vocês se consagre vencedor, senão, ambos serão eliminados e a edição termina sem vencedor. Boa sorte!

***

- Então o outro sobrevivente é o Alisson... – diz Leandro, lamentando que o jogo tenha chegado até aquela circunstancia. – Preciso encontra-lo antes que esta hora acabe... Ainda temos chances de fugir!

E o menino, armado com a escopeta, sai à procura de Alisson. No caminho passa por alguns corpos. Observa desolado no que se tornou a turma do 3°A. Era muito triste saber que uma classe tão unida foi obrigada a se matar até que apenas ele e Alisson restassem vivos. E um deles ainda tinha que morrer para completar o jogo.

Quando enfim o encontra, Alisson estava deitado próximo às raízes de uma árvore. Parecia desmaiado.

- Alisson? – Leandro se preocupa, se aproximando dele e verificando sua pulsação. Confere que havia pulsação e chama novamente – Alisson?

Balançou os ombros do garoto, esperando que com isso ele acordasse. Deu certo, já que as pálpebras de Alisson começaram a se mover. Ele abriu os olhos.

- Leo? – Alisson se espanta – O que houve? Cadê a Mônica, você conseguiu fugir dela?

- Você perdeu o comunicado? – Leandro pergunta – Só restamos nós dois no jogo e temos que nos matar em menos de uma hora.

Alisson se afasta, olhando com medo para a escopeta no chão próximo a Leandro.

- Calma! Claro que eu não quero te matar... – diz Leandro – Eu também não queria ter matado a Mônica, foi pra me defender...

- Eu matei o Felipe... – diz Alisson – E não me orgulho disso...

- E então? O que fazemos? – quer saber Leandro.

- Temos que dar um jeito nessa droga toda... – Alisson se levanta, e apanha o machado e o revolver que havia deixado próximo a ele antes de cair desmaiado.

- O que houve contigo? Porque desmaiou? – Leandro pergunta.

- Eu estou muito fraco. – Alisson responde – Eu acho que inalei muita fumaça... Com certeza algum órgão interno meu está prejudicado.

- Vamos conseguir sair dessa... – Leandro tenta ser positivo.

- Não acredito nisso... – o garoto baixa o olhar – Pelo menos eu não vou... Você tem que me matar! Só assim pelo menos alguém vai poder sair desta e denunciar estes caras...

- No que pude notar estes caras são mais poderosos que a polícia... – Leandro fala.

- Só sei que o tempo está acabando! – diz Alisson – Você precisa acabar com isso e vencer este jogo.

- Nem pense nisso... Eu não vou te matar!

***

Vinte e cinco minutos para o fim do prazo...

Alisson e Leandro estavam dentro do velho posto de saúde, um dos únicos lugares da ilha sem câmeras. Leandro estava pensando num plano, batendo compulsivamente com os dedos numa mesa de centro enquanto Alisson estava deitado no sofá.

- Você está perdendo tempo... – diz Alisson.

- Já disse que isso não vai terminar como o planejado por eles! – Leandro responde.

- Leo, eu já perdi as esperanças... Se fosse pra ter rolado alguma revolução teria sido enquanto ainda havia muitas pessoas vivas... Agora não dá mais.

Alisson levanta e caminha até o revolver. Pega e o entrega a Leandro.

- Vai em frente! Atira em mim e ganha estes 20 milhões!

Leandro nega.

- Dinheiro nenhum no mundo vai me tornar um assassino!

- Dane-se! – diz Alisson, com arrogância – Você já virou um assassino! Aliás, eu também!

- Eu não sou um assassino... – Leandro nega e senta-se com as mãos tapando os ouvidos, tentando não ouvir a verdade.

Alisson, irritado, aponta a arma para Leandro.

- Eu te dei uma chance de sair desta com vida! – ele o ameaça – Você não soube aproveitar, agora eu virarei este jogo!

- Está ficando louco? – Leandro levanta, com os olhos fixos para a arma.

- E se eu me matar? Você continua sendo o vencedor... Não precisa terminar como um assassino!

- Para com isso Alisson... Não! – Leandro grita quando Alisson aperta o gatilho.

***

- Que porra está acontecendo na droga daquele posto de saúde? – grita o general, irritado. – Incompetentes! Por que não colocaram câmeras ali?

- Havia uma câmera ali na edição passada, mas alguém a danificou... – um dos fiscais tenta se explicar. Todos silenciam e eles escutam tiros. – As câmeras estão captando barulho de tiros no interior do posto.

- Olha! – diz outro dos fiscais, mandando para o telão a imagem de uma câmera fora do posto. Leandro saia pelo portão com uma expressão de raiva e camisa manchada de sangue.

- Estão satisfeitos? – grita Leandro, procurando a câmera mais próxima. – Seus filhos da mãe... Aqui estou eu, o vencedor deste jogo de merda!

- Ele venceu? – quer saber um dos apostadores, com um olhar de decepção.

- Precisamos confirmar isso! – diz o general, olhando para os fiscais, que imediatamente procuram qualquer sinal vital ou qualquer movimento na ilha.

- Só há o Leandro vivo senhor...  – diz um dos fiscais.

- Temos um vencedor! – anuncia o general com um sorriso orgulhoso. – Recorde histórico de tempo amigos!

***

- Temos um vencedor! – Leandro escuta o general dizendo através dos autofalantes – Recorde histórico de tempo amigos! Com apenas 10 horas e 29 minutos de jogo, o aluno 37 do 3°A da escola J.M. Dias, Leandro Araújo, é o vencedor da sétima edição do torneio.

Leandro espera alguma instrução do que fazer agora. Mas como o general não o comunica mais nada segue em direção à escola. Estava esgotado, tanto físico como mentalmente.

É quando escuta o som do motor de um helicóptero. Olha para cima e vê um helicóptero descendo. Quando chega a dez metros do chão a aeronave para e uma escada é jogada lá de cima.

Um homem grita por um megafone:

- Largue todas as armas que possui e suba!

Leandro fica em duvida, mas o faz. Abandona seu revólver. Sobe o mais rápido que podia, mas tinha medo de altura, então demorou quase quinze minutos para vencer esta distancia.

***

O helicóptero pousa no espaço vazio na frente da escola. Os apostadores, os fiscais e o general observavam sua descida, sorridentes.

Leandro desce e lança um olhar furioso para o público, que o aplaude como se fosse uma celebridade. Alguns batiam fotos, outros apenas o observavam provavelmente furiosos por terem perdido suas apostas.

O general toma a frente e se aproxima de Leandro.

- Parabéns! – e estende a mão para um cumprimento.

Leandro reage com violência, dando um soco inesperado no rosto do general, mas sendo imediatamente contido pelos seguranças.

- Natural sua reação... – diz o general, ironicamente – Mas não será a mesma assim que vir seu prêmio em dinheiro. Por favor, me acompanhe...

O general segue na frente, seguido pelos seguranças, que seguravam os braços de Leandro e o empurravam para frente.

Entram na escola. Os seguranças levam Leandro até uma sala de aula, onde assim que entra o garoto percebe uma foto de sua irmã num slide exibido em um telão.

- Acho que já entendeu o recado... – diz o general com um sorriso no rosto. – Nada de abrir a boca quando sair daqui. Conhecemos sua família.

- Seus desgraçados! – Leandro fica furioso.

- Obviamente vamos cumprir nossa palavra! – ele afirma – Você receberá seus 20 milhões e deixará esta ilha com vida. Um helicóptero o transportará para um lugar de sua preferencia. Sua casa se quiser. Mas, fique atento e não fale nada do jogo para ninguém...

- Impossível! – diz Leandro – Como vou explicar o sumiço de mais de 40 alunos e toda esta grana?

- Você não precisa ter que se explicar... – o general baixa o tom de voz, como se achasse a melhor solução para tudo aquilo – Pode facilitar tudo para nós dois, indo morar num lugar bem distante deste país. E de preferencia sem avisar nada a ninguém...

***

Com uma maleta prateada com centenas de blocos de cédulas de cem reais em seu interior, Leandro caminha sem esboçar uma reação. Sobe novamente no helicóptero. Os motores são ligados, e em alguns instantes a aeronave levanta voo.

O general observa enquanto o helicóptero se afasta, e logo se esconde nas nuvens que se formavam. Estava em pleno meio-dia, mas nuvens cobriam o céu e ameaçavam cair em forma de chuva.

- Preparar operação de limpeza! – diz o general através de um rádio, dando o comando para que os homens fizessem a retirada dos corpos espalhados pela ilha.

Ele ficaria sozinho por algumas horas no perímetro da escola, então decidiu ficar ali admirando o tempo. Apesar de não parecer era um hobby que apreciava.

Então escuta passos atrás dele. Quando se vira para conferir quem era é apunhalado no meio da testa com o cabo de uma arma de cano longo.

Perde a consciência...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? O que acham q vai acontecer? Qual será o destino do Leandro? E o que ocorrerá com o general?
o/
Valew!