I Knew You Were Trouble escrita por Barbara Fuhrwig


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Aaaaaaah, quis fazer uma coisa diferente no capitulo anterior e vi que muita gente ficou com raiva D: Mas enfim... Olá! Então, eu queria ter postado antes, mas não pude porque estava em recuperação :x e também porque a criatividade não está colaborando muito... Por falar em criatividade, este capitulo não está muito legal, mas é totalmente Clato, então não sei o que vocês vão achar dele. E é isso, até lá embaixo!



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Não sei como vim parar aqui ou quando, mas sabia que estava deitada em minha cama quando minha mãe bateu na porta do quarto.

Ainda devia ser cedo, pois eu mal conseguia abrir os olhos. Ou talvez isso fosse pela noite mal dormida. Eu já ia pular da cama, pois sabia que deveria estar atrasada para até minha mãe vir me chamar, mas não tinha disposição para levantar.

- Querida – minha mãe disse, sentando-se a meu lado na cama.

- Oi – sussurrei, com os olhos semiabertos.

- Eu e o Henri estamos indo trabalhar agora. Não precisa ir para o colégio se não quiser, tudo bem? – ela deu um sorriso mínimo, e depois ficou em silêncio.

Minha mãe tinha alguma bola de cristal? Eu realmente não tinha a menor vontade de ir para o colégio. Mal conseguia levantar da cama.

- Algum problema? – perguntei após alguns minutos que ela me encarava em silêncio.

- Me desculpe – ela sussurrou com um olhar triste – Você sabe, por fazer você vir pra casa naquele horário e tudo mais...

- Tudo bem, mãe – interrompi-a, antes que ela chorasse – Eu estou bem, está tudo bem. Só preciso descansar mais um pouco. Está tudo certo entre a gente, ok?

Ela assentiu com a cabeça, dando-me um beijo na testa e dirigindo-se a porta.

- Mãe – chamei-a, antes que saísse – Por que você tem medo de ficar sozinha em casa?

Ela abriu a boca algumas vezes, parecendo decidir se respondia ou não, até que por fim disse:

- Seu pai – e saiu do quarto.

Me remexi no colchão, fazendo uma nota mental de pedir explicações melhores depois, e voltei a dormir logo em seguida.

[...]

Sim, eu queria dormir mais. Mas não, meu estômago não deixava. Levantei me arrastando – deveria estar parecendo um zumbi ou qualquer coisa do gênero – e desci até a cozinha. O silêncio daquela casa chegava a me assustar.

Peguei um copo de água e comecei a bebericar, apoiando minha barriga ao balcão de centro, enquanto pensava em algo realmente interessante pra comer.

- Oi, Clovinha – eu teria dado um pulo e, provavelmente, derrubado o copo no chão se aquela voz sussurrando em meu ouvido não fosse tão... sedutora.

Largo o copo na bancada, virando-me e dando de cara com Cato. O corpo do louro estava praticamente grudado ao meu.

- Hã... Cato, você não foi pra aula? – perguntei.

Ele dá um sorriso cheio de sarcasmo.

- É claro que fui. Não percebe que isso é só um holograma meu? – ele rola os olhos, e o imito.

Ficamos nos encarando por alguns segundos, e tudo que eu conseguia escutar era a respiração do louro.

- E-eu vou estar em meu quarto, se precisar de alguma coisa – digo, me sentindo incomodada com a pouca distância entre nós.

Cato assente com a cabeça e dá passagem para mim, e volto para meu quarto.

Me jogo outra vez em minha cama, dessa vez encarando o teto e ouvindo músicas.

Não sei quanto tempo mais fiquei deitada, mas comecei a contar quantas vezes Cato entrava em meu quarto perguntando-me se eu estava bem.

Uma. Duas. Sete. Dez. Doze.

- Cato – o chamei, quando ele voltou ao meu quarto pela décima terceira vez.

- O que foi? – ele perguntou, encostando-se na porta.

- Entra ai – digo, e ele parece entender isso com um sinta-se a vontade, pois veio sentar-se ao meu lado na cama. Me ajeitei, dando-lhe mais espaço e nos encostamos na parede.

- Por que você está se sentindo culpado? – pergunto, encarando-o.

- C-como?

- É que sei lá... Você já veio aqui milhares de vezes pra perguntar como eu estava e...

Cato fica me encarando, sem dizer nada. Como parece que ele não me responderá, digo:

- Eu estou brincando! É só que você está tão preocupado comigo, que até parece culpado.

Ele fecha os olhos, respirando fundo, e depois os abre.

- É claro. Como se eu tivesse culpa de um assalto a uma loja.

- Vindo de você... Nunca se sabe, não é?

Um sorriso maroto ameaça brotar em seus lábios, mas ele faz uma expressão ultrajada e coloca a mão no peito.

- Como você pode achar isso de mim? – ele se finge de ofendido, e sou obrigada a rir com a leve o tom afeminado que sua voz sai – Só queria saber se estava realmente bem. Não deve ser muito legal ser presa aos dezesseis anos.

Rolo os olhos, bufando, e depois balanço a cabeça, assentindo.

Voltamos a ficar em silêncio, que agora torna-se incomodo.

- Aquela hora – começo –, quando perguntei se você não tinha ido à aula, eu quis perguntar o por que.

- Ah ta.

- E então?

- Então o quê? – Cato me olha confuso. Que garoto burro!

- Por que não foi à aula? – pergunto devagar.

- Ah! Sua mãe disse pra eu ficar em casa, cuidando de você. Sabe, é isso que irmãos fazem.

- Nós não somos irmãos – rebato. Havia uma leve irritação em minha voz, ao mesmo tempo em que eu tentava controlá-la.

Eu não queria me irritar com Cato; não tinha por que. Mas não importava o que acontecesse, que nós nos tornássemos melhores amigos ou qualquer coisa assim, eu jamais consideraria Cato como meu irmão. E eu não sabia por que, mas tinha certeza disso.

Ele fica me encarando, e a única coisa que escuto é sua respiração. Baixo os olhos, já me sentindo constrangida de estarmos tão próximos, nos encarando.

Cato leva a mão até meu queixo, erguendo meu rosto, e em seguida acariciando meu rosto.

Percebo que a distância diminuiu consideravelmente quando sinto sua respiração quente contra meu rosto. A pele de meu rosto formigando onde seus dedos acariciam.

- Ainda bem – ele sussurra e levanta um canto dos lábios, em um sorriso mínimo. Cato sela seus lábios frios nos meus antes que eu possa perguntar o que ele queria dizer.

Ergo minha mão até seu pescoço, por instinto, e ele tira sua mão de meu rosto, envolvendo minha cintura. Ficamos assim por o que me pareceu muito tempo; apenas lábios grudados.

Cato se separa dos meus, deixando sua testa encostada a minha. Ele está de olhos fechados enquanto o encaro, e seu rosto parece sereno, mas vez ou outra ele aperta os olhos, como se quisesse se livrar de alguma coisa.

- Desculpa – ele sussurra. Há uma pontada de dor em sua voz e imagino que ele peça desculpas pelo beijo.

Antes que eu possa me irritar por ele ter me beijado e logo em seguida ter pedido desculpas, ele abre os olhos, e eles são profundos, como se houvesse algo mais pelo qual ele se sentisse mal.

Ele mesmo retira minha mão de seu pescoço, dando-me um beijo em minha testa, e sai do quarto rapidamente.

Depois do choque, suspiro e aperto os olhos, como se isso me ajudasse a esquecer do aconteceu há pouco. Porque, apesar de tudo, me pareceu errado por me fazer querer mais.

Clove, sua idiota, isso tudo é carência por você estar encalhada!

Você não sente a mínima atração por Cato.

Ou, talvez, fosse isso que eu estivesse tentando convencer a mim mesma.


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Notas finais do capítulo

Entãããão, o que acharam? Deixem suas opiniões, sugestões, xingamentos etc nos reviews, ok? E recomendações também são bem vindas, amores rçrçr Ah, e não sei quando posto novamente, vamos ver quando a boa vontade da minha criatividade aparece e ela resolve voltar çldfksçl beijos :3