Suicune, o pokémon aurora. Lendário e de uma extrema beleza e elegância. No entanto, uma poderosa criatura que era difícil de capturar. Cerca de 11 treinadores em todo o mundo possuíam Suicune como companheiro. Todos esses eram treinadores altamente capacitados como líderes de ginásio, competidores veteranos e até mesmo um campeão da liga em outro continente. Portanto, capturar um deles era um privilégio para poucos.

Noah definitivamente não era uma dessas pessoas. Sua tentativa de capturar o Suicune falhou miseravelmente. Rhyperior fugiu e nada pode fazer.

Jason sentiu a pressão no ambiente. Era um misto de ar rarefeito com frio. Mesmo bonito, o lendário era intimidador. Seu tamanho era anormal. Um cão tão grande quanto uma Rapidash.

— Aquele infeliz do Rhyperior me deixou na mão. Droga! Mas eu não preciso dele para tentar uma captura.

O vilão tirou uma pistola elétrica da cintura e apontou para o Suicune. Charmander soltou uma baforada que atingiu a arma, impedindo que Noah atingisse o pokémon lendário.

— Isso. Valeu, Pyro.

— Menino infeliz. Não posso acreditar que você ainda atrapalha os meus planos.

Suicune se aproximou de Noah e soltou um raio de gelo. O homem congelou dentro de um cubo.

— Não posso crer que ele foi congelado. — Disse Jason bastante assustado.

O Suicune encarou Jason e Pyro, mas não atacou. Olhou para cima e soltou um uivo. Fugiu, destruindo as paredes do santuário.

— Espera... esqueci de registrar na minha pokédex.

Um tremor assustou Jason e Pyro. O nível da água no córrego aumentou. A correnteza ficou ainda mais forte.

— O que faremos?

A água arrebetou tudo pela frente. Um pedaço de madeira flutuante foi suficiente para se transformar numa prancha para Jason e Pyro.

A câmara foi tomada pela água, arrastando o Noah congelado para o mais longíquo lugar.

— Se segura. Já peguei uma onda antes hehe. — De fato, Jason morava numa ilha e muito perto da praia. Era natural ter vivido sempre próximo ao mar.

Pyro se segurou nas costas do seu treinador. Ambos foram arrastados pela correnteza do córrego. A água levou tudo para centenas de metros à frente.

...

A fumaça do incêndio chegou até fora da mina. Nesse meio tempo, Luiza, Khan, Bruno, Mime Jr. e Dusknoir conseguiram sair.

— Finalmente... cof cof... — disse Faisal ao sair da mina.

Dois policiais se aproximaram dele e algemaram. O árabe pediu explicações contundentes para aquilo.

— Não parece óbvio? Você está preso por crimes como tráfico de pokémons, formação de quadrilha, roubos, leilão no mercado negro e entre muitos crimes. Vamos — disse o delegado.

— Espere! Sabem quem eu sou? Tenho contatos poderosos. Tirem as suas mãos de mim...

Stone viu Faisal e deu um tchauzinho com a mão.

Alguns blackers conseguiram fugir, outros foram presos. Bonney, Dixie e Jack saíram detidos. Beedrill e Talonflame foram capturados para serem soltos na natureza.

Stone se prontificou em ajudar todos os pokémons do leilão.

As pessoas que foram comprar no leilão se deram mal. A polícia levou todos para a delegacia.

Enquanto isso, os piratas neptuners conseguiram fugir antes da chegada da polícia. Com a ajuda dos marinheiros, foram embora antes de serem detidos. Marshall não conseguiu pegar Bruno, mas contou com Stone para um reencontro posterior.

— E o Jason? — perguntou Robert.

Luiza contou tudo sobre o ocorrido no quinto andar. Robert ficou desesperado e tentou voltar para a mina, mas os policiais impediram.

— Existe um lençol freático no subsolo. Se tivermos sorte, Jason caiu na água e conseguiu se salvar. Falarei com a equipe de resgate da cidade para verificar isso — disse Stone. Mesmo assim, Robert continuou aflito.

...

A água carregou Jason e Pyro por vários metros até uma gruta. Eles já estavam longe das minas e dentro da região florestal.

— Olha lá, Pyro. Vamos sair — apontou ao ver uma luz no fim do túnel.

Ambos foram cuspidos pela forte correnteza até saírem da gruta ao lado de uma cachoeira. Caíram num lago. O menino tentava se segurar na madeira, enquanto Charmander se segurava no topo da cabeça dele.

A equipe de resgate entrou na mina com um caminhão de bombeiros para apagar o fogo. Mas quem achou Jason e Charmander foi um treinador que acampava na floresta.

— Você está bem?

— Conseguimos... Pyro. — E desmaiou. O treinador arrastou a criança até o seu carro a fim de levá-lo para o hospital.

E assim os aliados venceram a batalha nas Minas de Rock'atown.

...

Poucas horas depois, Jason acordou na cama de um hospital. Seu pai e Stone eram os únicos no quarto.

— Pyro...

— Calma, filho. Ele tá dormindo — Robert mostrou Charmander dormindo numa poltrona ao lado.

— Como você está? — Perguntou Stone.

— Bem. Espera... senhor Stone. E o Bruno?

— Garoto, você se preocupa mais com os outros do que com você. Enfim, Bruno está a salvo. O resgate deu certo. Mas o que houve lá em baixo?

A pergunta de Stone lembrou Jason de tudo o que houve no santuário subterrâneo.

— Caí na água e fui salvo por Tyrantrum. Depois eu encontrei um templo secreto.

Alfredo revelou ser o santuário da tribo das águas. Vivia há séculos naquela região, mas foi extinta há muito tempo.

— Procurava por vestígios dessa tribo. Como você tem sorte, Jason.

— Não sei se é sorte. Mas encontrei um pokémon acorrentado.

Stone não sabia de que tipo de pokémon Jason falava. O garoto contou detalhes físicos dele.

— Não pode ser. Você ficou cara a cara com um Suicune.

— Esse pokémon é tão raro assim, senhor Stone? — Perguntou Robert.

— Raro? Essa espécie é lendária. São poucos no mundo, e cerca de 11 treinadores domaram em todo o mundo. Que surpresa. Jason!!

Jason não sabia se ficava alegre com a informação sobre Suicune. Infelizmente não teve tempo para analisar em sua pokédex.

— Queria tanto rever aquele Suicune.

Naquela mesma noite, Suicune fugiu da sua prisão no subterrâneo e vagou pelas florestas de Hokkaishin. Na noite mais estrelada, subiu até uma rocha no topo da colina e uivou.

Alguns outros Suicunes, adultos e filhotes, também uivaram ao redor do planeta.

Poderá Jason rever o Suicune num futuro próximo?