Pessoas e pokémons corriam assustados na praça histórica da cidade. A confusão era séria. Um dinossauro atacou as pessoas que estavam na feira.

Em Rock'atown havia uma feira na praça do centro. Muitos vendedores montavam barracas para venderem toda a sorte de produtos. O fluxo era sempre alto já que o local era um ponto turístico. A praça central era rodeada por uma igreja, shopping, lojas e um banco. Era circular e havia umas quatro pistas que terminavam nela. Se vista de cima, uma imagem de pokébola aparecia. Tudo isso numa área do tamanho de um estádio de futebol.

Enfim, as barracas foram dilaceradas pelos dentes afiados do monstro. Nenhuma pessoa sofreu qualquer ferimento direto do pokémon.

Os Rangers — treinadores que patrulham a região e usavam um tipo de pião chamado Styler para capturar pokémons — enfrentaram o monstro. Eles retiraram seus stylers do bolso e jogaram contra o dinossauro. Os objetos rodaram no mesmo eixo e giraram ao redor do pokémon. Um tipo de corda de luz azul amarrou o pokémon por alguns segundos, porém ele era muito forte e se soltou. Nem mesmo os rangers conseguiram capturar o dinossauro.

Jason corria na direção oposta das pessoas. Atravessou a pista e viu a criatura destruindo a fachada de uma loja de eletrônicos. Pegou a sua pokédex e escaneou.

Nome: Tyrantrum

Designação: Pokémon déspota

Número: 697

Tipo: Pedra/Dragão

Sexo: Fêmea

Grupo de ovos: monstro / dragão

Peso: 298 kg

Altura: 2,90 metros

Razão de gênero: 87,5% masculino, 12,5% feminino

Estado: Ataque

O Tyrantrum era um pokémon tiranossauro bastante forte e arisco. No entanto, seu comportamento não era normal. Seus olhos estavam como se estivessem hipnotizados.

— Filho, não chegue perto demais — alertou Robert.

— Papai, eu vou capturar esse pokémon. Hehehe.

Robert não gostou nada do que o seu filho falou. Era muito arriscado e aquele dinossauro estava num nível muito acima de qualquer pokémon que fora enfrentado.

— Mas se eu não fizer nada, ele continuará destruindo tudo. Você concorda, Pyro?

O Charmander concordou com a decisão do menino e saltou para perto do monstro.

— Mas alguma coisa está errada com ele. Nunca vi um pokémon se comportar assim. — Disse um homem.

— Parece até hipnotizado — disse uma mulher.

Stone apareceu por trás do casal que falou há pouco e sorriu.

— Acho que vocês acertaram na mosca! Tyrantruns fêmeas não costumam ter esse tipo de comportamento, exceto as puérperas.

Com a ajuda de um binóculo, ele olhou para as janelas dos pequenos edifícios de três andares a fim de procurar alguma pessoa suspeita por perto. Viu um vulto no terraço da igreja.

— Te achei...

Algumas pessoas pediram para Jason não se aproximar mais.

...

Os problemas só aumentavam desde que chegou na cidade. Marshall não estava interessado no que ocorria nas minas nem com a cidade. Seu único objetivo era o seu filho e nada mais.

— Aonde você vai? — perguntou Nikky.

— Sinceramente, estou de saco cheio de todos vocês. Nada disso me importa. Só vim para salvar o Bruno.

O homem saiu do museu. Nikky o seguiu.

— Espere... sei que você está sofrendo pelo seu filho, mas precisamos pensar num plano. Não tem como você ir sozinho contra os seguranças das minas.

— Não me compare a vocês, Nikky. Sabe por que estou aqui? Por causa daquele pivete do Jason. Se não fosse por ele, nunca pisaria nesse lugar de novo. Aliás, eu só estou aqui porque fui traído. Não se esqueça que eu sou um pirata perigoso. Até mais.

Nikky viu o homem pegar um táxi-triciclo e ir embora.

...

Charmander, Galvantula e Eevee foram colocados em campo para um confronto contra Tyrantrum. Era o momento do garoto mostrar toda a sua força. Só que não! Nenhum dos golpes surtiram efeito. A tipagem dragão atrapalhou tudo. Tyrantrum corria contra Jason e Robert pelas ruas.

— Eu nunca pensei que ela fosse dura na queda!!

— Mas filho, foi você quem provocou. Deixasse com as autoridades...

— Mas eu quero esse pokémon para mim...

O menino parou e largou uma pokébola, porém o objeto não prestou. Voltaram a correr.

— Uwahhh não funcionou! — disse enquanto corria.

— Sério que você quis capturar sem causar dano no pokémon? — Questionou Robert também correndo.

Os três corriam quando viram Stone parado na calçada. Este usou o seu Kabutops para soltar uma rajada de água. Com uma pistola de choque eletrocutou a Tyrantrum. Ela parou por um momento.

— Odeio machucar pokémons, mas foi o único jeito. — Mas Alfredo sabia que algo estava errado.

Um carro prateado brecou ao lado da calçada e o vidro do banco do passageiro abaixou. Um homem colocou o braço para fora, mostrando uma pokébola, e pegou Tyrantrum de volta. O carro fugiu.

— Quem eram esses merdas?

Jason, Robert e Charmander conseguiram fugir do pokémon a tempo. Stone perguntou se estavam bem.

...

Nikky não quis se preocupar com Marshall. O dia já estava complicado desde a visita do senhor Faisal.

— Senhora Stone, telefone.

A mulher foi até o seu escritório pegar o seu celular. Atendeu.

— Senhora Stone! Senhora Stone!!

— Quem fala?

— Sou um faxineiro do parque... digo o Parque Nacional Pré-Histórico. Estou com o celular de uma guia e...

— Vá direto ao ponto!

— O parque foi invadido. Dezenas de pessoas invadiram, fizeram todos de reféns e capturaram os pokémons.

A mulher perguntou se o celular era de algum conhecido, o faxineiro disse sobre uma guia chamada Dora.

— É a minha irmã! Passe a ligação para ela agora.

— Não posso. Ela enfrentou essas pessoas e não conseguiu derrotar. Antes ela me deu o seu celular e disse para ligar para você.

A cidade de Rock'atown estava um caos. Tudo ocorria da pior maneira. Será o fim de uma era?

...

Simon e Zoroark perceberam quando o navio parou ao lado de uma encosta rochosa. Ficaram juntos com os demais blackers.

O capitão Jack ordenou que levassem Bruno. Noah saiu em seguida. Eles desceram uma rampa até um tipo de estrada no meio das rochas. Carros particulares e microônibus surgiram.

A figura de Faisal surgiu para dar as boas-vindas. Mas a surpresa era o prefeito Gordon no meio daquela rodinha de criminosos.