Os agentes pararam a van longe do prédio da PokéBlack. Olharam para Poirrot.

— Senhor, qual é a sua ideia? Já estamos fora da cidadela central — falou um agente.

— Gostam de sorvete?

Alguns minutos depois, todos que estavam dentro da van foram buscar sorvete na tenda Glalie. Segundo Poirrot, a proprietária era de Permafrost.

— Tudo bem. Já fizemos tudo o que o senhor desejou. Mas acho que está na hora de nos explicar qual o seu plano?

Poirrot sentou à mesa e comeu o copázio de sorvete. Pikachu também.

— Adoro sorvete de Pamtre. É meu favorito. Enfim, vamos hipnotizar a secretária de Yamashida.

Os demais, que também estavam sentados em cadeiras plásticas, perguntaram como fariam isso.

— Pelo amor de Arceus. A gente vive num mundo onde um camundongo solta raios pelas bochechas. Acham mesmo que seria impossível? Só precisamos de um momento certo para isso.

— Tá... e como faremos isso? Não existem pokémons psíquicos na polícia.

Poirrot terminou o sorvete e limpou a boca. Afirmou que precisaria apenas de uma criatura chamada Drowzee e uma chance de convencer a secretária a sair da empresa.

— A segunda parte do plano é mais complicada, mas a primeira já pensei numa solução. 

— Qual?

— Gary Oak. Ele já foi campeão de Kanto, treinador e agora é professor. Eu conheci um dos alunos dele em Woodland. Uma pessoa como ele deve ter um pokémon do tipo hipnótico. Eu só preciso que a agência compre uma passagem de helicóptero para mim até o Arquipélago Coco. Hastings e eu resolveremos essa situação. Enfim, alguém quer mais sorvete? Eu estou pagando.

...

Caterpie e Weedle lutaram contra Pinsir. Os dois utilizaram String Shot para prender o besouro numa seda forte e pegajosa. 

— Para com isso, Pinsir. Você é muuto mais forte do que eles — resmungou um membro da gangue.

Pinsir rompeu os fios e avançou com os seus chifres pontiagudos para cima dos dois. Ambos foram atingidos.

— Você vai acabar matando os seus pokémons. Por que não usa esse Charmander? Não foi você que disse que venceríamos com ele? — indagou Britney.

— Calma. Eu já disse que estou apenas treinando. Isso faz parte do treino, portanto tudo o que ocorre aqui está sob controle.

Britney ficou muito impaciente com Jason e pediu para sair dali. Os gangueiros riram da cara dela e a impediram. O Pichu dela havia atacado alguns membros da gangue, por isso ela estava muito envolvida.

De repente as duas lagartas começaram a soprar seda para o alto e a se envolverem. Ambas evoluíram.

Caterpie virou um casulo verde com apenas um par de olhos amigáveis. Seu nome era Metapod.

Nome: Metapod

Designação: Pokémon casulo

Número: 011

Tipo: Inseto

Sexo: Macho

Grupo de ovos: inseto

Peso: 10 kg

Altura: 0,7 metro

Razão de gênero: 50% masculino e feminino

Estado: Defesa

Já Weedle se transformou num casulo amarelo com olhos pretos não amigáveis. Era o Kakuna.

Nome: Kakuna

Designação: Pokémon casulo

Número: 014

Tipo: Inseto/ Veneno

Sexo: Macho

Grupo de ovos: inseto

Peso: 10 kg

Altura: 0,7 metro

Razão de gênero: 50% masculino e feminino

Estado: Defesa

Por fim, dois pokémons de Jason... (tecnicamente um) evoluíram. E ficaram fortes. Usaram Harden adoidados. Mas sequer podiam atacar. Não podiam se mover. E Pinsir não conseguia machucá-los, haja vista eram muito fortes na defesa. Portanto, Jason não teve outra escolha a não ser colocá-los de volta às pokébolas.

— Eu te disse — soltou Britney.

— Você podia calar a boca. Está me atrapalhando.

— O quê? Como ousa? Você é ralé, queridinho. 

Java perguntou se Jason usaria o Charmander ou não.

— Já disse várias vezes que isso não passa de um treino. Não quero terminar essa luta rapidamente.

Os gangueiros riram.

— Eu vou utilizar o meu Tauros.

O touro de Kanto surgiu diante deles. Mas ainda era um bezerro e não era grande o suficiente. 

A luta era entre Tauros e Pinsir.

Pinsir outra vez utilizou suas pinças para atacar, enquanto Tauros deu uma forte cabeçada como primeiro golpe numa luta de verdade. O touro deu sorte e conseguiu se defender bem do besouro. Enfim, o pokémon de Jason ficava cada vez mais rápido.

— Droga. Pinsir, use tudo o que tem num golpe só — disse o rapaz da gangue.

O besouro reuniu toda a força em suas pinças e avançou. O golpe atingiu algo, mas não Tauros. Havia sido o chão. O inseto estava com os chifres enfiados no solo e não tinha forças para retirar.

— Tauros, aquilo que te ensinei — disse Jason.

O bezerro pegou distância e correu na direção de Pinsir. Um par de chifres cresceu em sua cabeça, permitindo que ele usasse um Horn Attack pela primeira vez. O impacto foi tão grande que fez Pinsir voar.

— Meu Pinsir!! Como pode?

— Eu já te falei para treinar o seu pokémon antes — Java repreendeu.

— Desculpe, chefe.

— Tudo bem, menino. Eu serei o seu próximo oponente. Heracross vai dar uma lição em você.

Mas Jason não se intimidou.

...

Enquanto isso, Shingo e Luiza chegaram ao estabelecimento da senhora Belo e perguntaram sobre os outros. A dona do restaurante/lanchonete avisou que Gary e Melo foram confrontar a Cue Ball em outro bairro.

— Olhe, tenho a localização do Jason — Luiza mostrou um sinal no seu celular.

— Então vamos pra lá — respondeu Shingo.

...

O carro de Melo parou na frente das lojas saqueadas pelos motoqueiros. O líder de ginásio saiu e caminhou.

— Ei... é aquele rival do nosso chefe.

— Quê? O tal líder de ginásio fracote?

Mais de uma dúzia de motoqueiros saíram das lojas com paus e armas brancas.

— Vai ficar bem? — Gary perguntou.

— Sim. Fique aí e assista.

Os motoqueiros zombaram de Melo e revelaram que o líder de ginásio havia perdido uma batalha contra o seu chefe.

— Scizor!

A pokébola permitiu que um pokémon vermelho do tipo inseto e aço surgisse. O Scizor espancou todos os motoqueiros sem dó nem piedade. Nem mesmo alguns pokémons venenosos foram páreos para o inseto. Até que os criminosos resolveram fugir.

— Isso vai ter troco!

— Nosso chefe vai se vingar. Espere e verá.

Melo agradeceu a Scizor pela vitória. 

Gary percebeu uma mega-pedra no peito do pokémon, que tinha o nome de Stark.