A aeronave Jorogumo balançou fortemente quando estava numa altura de quase dez metros do chão. Mais e mais soldados kumos pularam dela a fim de salvar as suas vidas, contudo enfrentariam a neve e o pouco oxigênio.

Tarantudo não conseguiu entrar em contato com o capitão, pois o comunicador havia caído e quebrado.

— Era só o que me faltava. Ele não sabe pilotar essa banheira? Que ridículo.

Na parte traseira da nave, os engenheiros tentaram reparar a fuselagem destruída, mas o trabalho levaria mais tempo do que o esperado.

Na cabine, o piloto continuou sozinho e subindo cada vez mais a aranha metálica. Nesse meio tempo, uma das patas não acoplou no corpo por causa do defeito na fuselagem que havia influenciado nessa parte da nave. Então, sem suportar o próprio peso, Jorogumo despencou de uma altura de dez metros. A queda foi sentida por todos dentro, incluindo os heróis que invadiam.

— Você está bem? — indagou Hemingway.

— Acho que bati a minha cabeça — respondeu Shingo, tirando um pedaço do teto de cima de si.

— Precisamos nos apressar e cair fora daqui. Você manda o seu Emboar encarar todos esses pokémons. Tenho certeza que ele é forte o suficiente para aguentar.

— E o sensei?

— Abram caminho para mim e para Incineroar. Vamos acabar com essa história de uma vez por todas.

Shingo assentiu, apesar de não fazer ideia do que o seu mestre faria. Hemingway colocou a espada na bainha e chamou Incineroar. O velho subiu nas costas do seu pokémon. Ambos correram antes que a saída se fechasse (o local em que os dez pokémons haviam entrado). Emboar não deixou que nenhum dos pokémons atrapalhassem a vida dos dois fugitivos. E assim, Hemingway e Incineroar conseguiram sair do laboratório.

— Confio no senhor, sensei.

...

Aldeia Geada

O clima na floresta ficou mais ameno do que nos dias anteriores. E a vida dos indígenas continuou normalmente. Entretanto, o velho Yakutia sentiu uma estranha sensação da Montanha Koju. Depois de conversar com o Grande Bruce, o líder espiritual tomou consciência de que criaturas horripilantes existiam no mundo além dos pokémons. E assim, no meio da praça da aldeia, viu uma aura obscura se aproximar.

Os moradores ouviram gritos de Yakutia. Ele esbravejava palavras de atenção sobre o grande mal que chegava na aldeia. Alguns acreditaram, outros nem deram atenção.

— O que esse velho tanto grita? — perguntou um soldado.

— Ele tá falando...

Dakota saiu de casa e viu as pessoas se reunirem na praça.

— Tem um mal se aproximando. Os espíritos não mentem. Lá... agora!

Snorlax e Ice Ninetales acompanharam Dakota e os outros moradores.

Quando Yakutia apontou com o seu cajado na direção da montanha, uma explosão ocorreu apenas 1 quilômetro dali. As pessoas gritaram e correram aterrorizadas, os guerreiros imediatamente se prepararam para defender Geada.

— Onde esta papai?!!

Enquanto isso, o grupo de Nicolau desceu para a base da montanha e se encontrou com Lorelei e Luiza.

— E o Jason? — perguntou Luiza.

— Ele vai ficar bem. Está muito ocupado com um duelo difícil. Sabe como ele é — respondeu Simon.

Todos correram pelos corredores do palácio até chegarem a porta de gelo.

— Droga. Eles passaram por aqui — falou Nicolau.

Cheyenne, que segurava Snover e Iceburgh, pediu ajuda de Nicolau para emprestar Arcanine a fim de chegar logo na aldeia.

— Nós chegaremos depois de você — disse Nicolau.

— Obrigado... amigo.

Arcanine correu o mais rápido possível.

Cheyenne sabia que o caminho mais fácil para os vilões saírem da floresta era passando pela aldeia. Não deixaria que os seus amigos fossem machucados pela Kumo.

E a Equipe Kumo continuava a caminhada pela floresta, e com Zeraora explodindo as árvores que estavam no caminho.

— Melhor a gente se preparar, sua malvadeza. Há uma tribo de índios no caminho — revelou Onodera.

— Por acaso tenho medo de índio? Não, claro que não. Quero apenas passar até o lago — ela afagava o seu Weedle. — Mas se quiserem me impedir, não terei pena. Melhor estarem preparados.

Onodera e Piero retiraram bolas negras. Eles tinham os seus próprios pokémons roubados.

Luiza pisou no corpo de um soldado Black sem nem perceber. Eram dezenas de cadáveres enrolados em seda. Alguns até pendurados de ponta cabeça no teto. Uma visão aterrorizante.

Cheyenne e Arcanine saíram da caverna e continuaram pela floresta.

...

A batalha no salão do trono continuou. 

Swoobat e Golbat voavam ao redor de Charizard a fim de chamarem atencão dele para que Noivern pudesse atacar mais livremente. Os cortes pelo corpo do voador de fogo foram por causa dos mais variados ataques voadores em que utilizavam o ar como arma cortante.

— Continuem orientando vossos pokémons a atacarem em dupla. Isso dará a oportunidade para meu Noivern ter mais êxito — falou Huntsman aos outros dois.

Brown-Spi e Golias assentiram.

Golbat e Swoobat atacaram Pyro na tentativa de não deixar o mínimo de espaço para um contra-ataque.

— Pode atacar, Noivern...

O morcego pousou na frente de Jason, deixando o Pyro surpreso.

— Meu alvo nunca foi o pokémon, e sim o garoto. Hehehehe.

Jason ficou a um passo de ser machucado por Noivern.

Charizard tentou voar para deter a ação do morcego, mas Swoobat e Golbat juntaram forças para impedir que o Pyro prosseguisse.

...

Tarantudo voltou para o recinto em que comandava as paredes do seu laboratório. O monitor havia mostrado apenas Shingo e Emboar.

— Cadê eles?

Nenhuma filmagem mostrava Hemingway e Incineroar.

De repente, mais explosões ocorreram pela aeronave. Numa filmagem, uma criatura destruía a câmera do corredor.

— Cretino. Não vai ficar assim.

O anão saiu da sala e foi para um local anexo ao laboratório e retirou uma capa preta de cima de um maquinário. O vilão tirou seu jaleco e vestiu uma roupa preta e máscara de luta livre. Quatro braços surgiram abaixo dos seus dois braços já existentes. Sua boca ficou cheia de dentes pontudos e olhos vermelhos.

Tarantudo, tranformado em mutante aranha, entrou num robô aranha e arrancou a parede para ir atrás da dupla de "fujões". Ele só não imaginava que não havia fuga, e sim a destruição completa Jorogumo.