Enquanto isso, a batalha no salão do trono começou intensa. Charizard teve que lutar contra os três pokémons voadores sozinho, haja vista Jason não tinha outra criatura que também voasse para ajudar na luta. 

Golbat, Noivern e Swoobat se separaram e cada um ficou num lado oposto para terem mais chances de um ataque coordenado e perfeito. O primeiro a atacar foi Golbat, que utilizou as suas asas para dar um golpe Wing Attack (fazendo com que o vento causado pelo bater das suas asas virasse um projétil). Pyro desviou antes de ser atingido, porém Swoobat atacou com um golpe psíquico, que Charizard defendeu com o seu próprio corpo. Por fim, Noivern, que era o mais forte dos três, aproveitou para formar lâminas de vento e jogar um Air Cutter pra cima do voador de fogo.

Todos os golpes foram dados um atrás do outro, sem ter a oportunidade de Pyro reagir. Isso deixou Jason preocupado, pois a luta seria mais difícil do que imaginava.

A pokédex de Jason tocou, ele atendeu. Simon apareceu no vídeo.

— Sairemos da montanha. Cadê você?

— Estou bastante ocupado aqui. Vão na minha frente e detenham aquela bruxa. Ela deve ter passado pelo mesmo caminho que entramos.

— Certo. Vamos indo na frente.

Os três capangas desdenharam da decisão do garoto em ficar para trás.

— Não confundam as coisas. Confio neles para pararem a bruxa da chefe de vocês. E tenho interesse de utilizar essa luta para servir de treinamento ao meu Pyro.

De repente, Charizard se levantou como se não houvesse nada. Sua chama na cauda aumentou ainda mais. Tanto Pyro quanto Jason ficaram interessados na luta.

...

A Equipe Kumo continuou a caminhada até verem uma luz no fim da caverna. Finalmente saíram da Montanha Koju pela base.

— Titia... conseguimos.

— Logo sairemos desse lugar abjeto. Quero mais é que todos morram mokumokumoku!!

Onodera confirmou que Jason continuava ocupado com os seus capangas no salão do trono.

— Odeio admitir... mas fomos um fracasso a respeito da morte daqueles moleques. Nunca pensei que simples crianças fossem capazes de arruinar parte dos meus planos. Liguem para Jorogumo. Precisamos da nave.

— Sim, minha rainha — disse um soldado.

Ainda no topo da montanha, a aeronave Jorogumo não estava em bom estado, pois havia sido destruída na parte de trás pelo fogo dos invasores. O piloto responsável mandou engenheiros tentarem consertar a fuselagem o mais rápido possível.

Uma ligação surgiu no painel de controle da nave. A imagem de Lady Kumo apareceu na tela, assustando o homem.

— O que estão esperando? O ano novo chinês? Tragam a Jorogumo para baixo. Estamos na base da montanha!

— Minha ra-rainha... estaremos logo aí. Só que não podemos descer numa área cheia de árvores. Te-temos que descer numa superfície mais plana.

— Tá gaguejando por quê? Deixa pra lá. Tem razão. Onodera, tem alguma ideia de onde a nave pousará?

— Acho que tenho uma sugestão. Existe um lago grande dentro do território de Permafrost. Fica 90% do ano congelado. É bem possível que a água esteja congelada.

— Tá ouvindo? Desça até o lago — e desligou.

O piloto respirou fundo. Tentou chamar os engenheiros pelo rádio, mas não teve resposta.

Tarantudo trancou Shingo e Hemingway no seu laboratório e fez com que armas de raios lasers surgissem nas paredes.

— O que acharam da minha recepção calorosa? — A voz de Tarantudo surgiu no recinto.

— Quem tá falando? — indagou Shingo.

— Vocês invadem a aeronave alheia e ainda querem uma recepção amistosa? Daqui vocês não sairão, porque as paredes são revestidas de um aço poderoso que nem mesmo seus pokémons conseguirão destruir.

Emboar e Incineroar socavam as paredes, mas nenhum arranhão. Os golpes de fogo também não eram efetivos.

— Temos que resolver essa situação com parcimônia, Shingo. Não se deixe levar pelo desespero.

— Eu não estou desesperado, sensei.

Hemingway segurou a espada. Preparou-se para repelir qualquer ataque com os lasers.

Tarantudo riu dos adversários, pois estava certo de que nenhum deles escaparia com vida. Nesse meio tempo, o piloto entrou em contato com ele para dizer que Lady Kumo exigia a ida da nave para onde ela estava.

— Suba a nave!

— Não posso. Os engenheiros ainda não terminaram de consertar.

— Então não perturbe. Estou muito ocupado combatendo os intrusos.

O anão apertou os botões. Raios lasers saíram das armas e foram na direção dos dois. Shingo pulou, mas recebeu uma queimadura de raspão na perna. Hemingway conseguiu repelir os raios com a lâmina de sua espada.

— O quê? Ele é muito rápido!

De repente, todas as armas de raio foram destruídas por Emboar e Incineroar. 

— Você é burro ou o quê? Era óbvio que destruiríamos as armas. Você não pensou nessa possibilidade? — Hemingway olhou para a câmera no teto.

Tarantudo ficou com muito ódio. Não tinha como acabar com eles, pois o gás tóxico acabou. Pensou numa possibilidade.

— Já sei.

O homúnculo desceu da cadeira, saiu da sala e correu pelo corredor até chegar num outro ambiente anexo ao laboratório. Estavam guardados os pokémons roubados que serviriam de experimentos. Cerca de dez deles: um Pidgey, Furret, Beedrill, Magneton, Voltorb, Trubish, Persian, Ariados, Koffing e Raticate. Eles estavam dentro de cilindros de vidro. O cientista teclou algo e fez com que os pokémons despertassem.

— Agora acabem com eles!!

Todos estavam manipulados.

O piloto não esperou pelos engenheiros e fez com que a Jorogumo subisse. A aranha gigante ascendeu por meio de propulsores.

— O que ele tá fazendo? — imdagou um kumo perto do local em conserto.

— Espere, capitão!

O fogo se alastrou ainda mais. A parte traseira teve outra explosão. Os kumos ali perto correram e pularam na neve.

— Não vou esperar mais. Droga. A rainha vai nos matar se eu atrasar mais para descer.

A nave balançou mais do que deveria, pegando todos de surpresa.

— Aquele bastardo vai nos matar! — ralhou Tarantudo.

Shingo e Hemingway tiveram que se segurar em algo até o balanço parar por um momento. De repente, uma porta de aço abriu em dois automaticamente. Os pokémons desafiantes apareceram no recinto. Emboar e Incineroar tomaram a frente.