"Próxima parada: Viridian"

A voz suave da aeromoça não conteve o medo de Jason de voar de avião. Nunca entrou em um. Às vezes sonhava que estava num e que caía igual o filme sobre o náufrago.

— Que vergonha. Você voa sobre as costas do Charizard, mas tem medo de voar de avião? — Simon desdenhou.

— Se eu cair das costas do Pyro, ele vai e me resgata. Se isso cair, daria tempo de um resgate? Devia ter comprado passagem para ir de navio.

Gary, que estava na poltrona da frente, se virou e afirmou que levaria dias para chegar em Kanto pelo mar. Não seria prudente.

O avião desceu no aeroporto de Viridian e taxiou na pista. Os passageiros desceram.

Cidade Viridian

O lugar que Gary um dia fora líder de ginásio por um breve período. A cidade era mediana, no meio de montanhas verdes e com um grande lago próximo, as casas eram normais, mas havia prédios com 5 andares. As ruas eram bonitas e asfaltadas, lembrava a Zona Verde de Oásis.

O motorista da família Oak levou todos numa van até o Centro Pokémon da cidade. Todos os profissionais conheciam o neto do famoso professor Oak.

— Esse é o maior Centro Pokémon que eu já vi — disse Jason.

O local era maior do que os outros. Havia até um globo gigante vermelho no teto em que estava localizado o grande salão de espera.

— Venham — chamou o professor.

Todos entraram ali e viram a grandiosidade. Era um hospital completo para pokémons. Vários profissionais da saúde, tutores e os pokémons. O ambiente era repleto de vida.

— Soube que esse nem é o maior de Kanto — falou Luiza.

— Claro. O maior é o de Saffron. É um prédio. Vamos — Gary cumprimentou todos até chegar numa parte com escritórios.

O seu avô era a pessoa mais influente tanto em Pallet quanto em Viridian, e o diretor do centro pokémon era um grande amigo de Oak.

— Dr. Lutero, há trabalhadores no telhado daqui. O que houve?

— Nem te conto. Remanescentes da Equipe Rocket apareceram há poucos dias e roubaram as listas de pokémons que foram levados para a Zona do Safári em Fuchsia. Certos pokémons não se adaptam na floresta e são levados ao Safári. Primeiro são consultados aqui e depois levados.

— Isso é estranho. Vamos em Fuchsia ainda hoje. Esses são Jason e Pyro, Luiza, Simon e a minha assistente Milla.

Todos cumprimentaram o senhorzinho careca, bigodudo e de óculos.

— Trouxe vocês aqui para examinarem os seus pokémons. Afinal, eles são de carne e osso — falou Gary.

Uma enfermeira de belos cabelos verdes surgiu com um pokémon ao lado. A criatura era rosa, ovóide, com seis protuberâncias na cabeça que lembravam cabelos e um ovo no que parecia ser uma bolsa da barriga. Seu nome era Chansey.

Nome: Chansey

Designação: Pokémon ovo

Número: 113

Tipo: Normal

Sexo: Fêmea

Grupo de ovos: fada

Peso: 40 kg

Altura: 1,22 metro

Razão de gênero: 100% feminino

Estado: Energia

A enfermeira pediu que eles deixassem as pokébolas sobre uma mesa com rodinhas. Todos colocaram. Pyro, no entanto, não aceitou entrar no objeto.

— Isso me lembra aquele treinador com o Pikachu que não gostava de pokébolas. Qual era o nome?

— Não precisamos lembrar daquele sujeito, doutor Lutero. Vamos focar no mais importante. Pyro nunca se acostumou a ficar dentro de uma bola, portanto irá sem uma.

Chansey aproveitou para retirar o ovo da sua bolsa e entregou para Jason fazer uma vitamina. O garoto perguntou como, e a enfermeira explicou que ovos de Chanseys eram doces e energéticos.

— Obrigado.

Charmander foi levado numa maca para os exames, que duraram apenas 1 hora. Nesse meio tempo, Gary foi até a cafeteria do centro e pediu à barista para preparar 5 copos de vitamina com o ovo de Chansey. E assim fez. Todos beberam o líquido delicioso. Era a coisa mais gostosa que haviam tomado.

— Eu tô mais forte do que nunca — Jason mostrou os bíceps.

— Não seja exibido, colega — disse Simon também com muita energia.

Luiza apareceu com as suas pokébolas e avisou que os pokémons estavam prontos.

Os exames foram ótimos para a saúde das criaturas. Charmander, Tyrantrum, Galvantula, Sylveon, Cacnea, Cofagrigus, Drampa, Lucario, Mienshao, Houndour, Hitmonchan, Zoroark, Ludicolo e Anorith. Gary não precisou examinar os seus, pois fizera isso poucos dias antes.

— Chegou a nossa carona. Vamos de carro para Fuchsia. Obrigado, doutor Lutero.

— Gary, dê um abraço ao seu avô. Volte sempre. E pede a ele para entrar em contato comigo. Há tempos que não nos falamos.

— Sim!

Todos entraram numa van de Pallet. Mas Gary não passaria por lá. Seu destino era a Zona do Safári.

...

Cidade Fuchsia

Bem maior do que Viridian. Fuchsia também tinha uma cultura própria. Uma cidade bem desenvolvida e com prédios maiores. Os habitantes adoravam vestir quimonos e roupas orientais. Era a cidade irmã de Celestial. Contudo, a passagem naquela cidade seria breve, pelo menos até Jason capturar os 5 pokémons exigidos para a próxima insígnia.

A van parou em frente ao portão de madeira com o letreiro "Zona do Safári do Mestre Baoba". Gary avisou que tinha o passe mais caro e que dava 24 horas de direito na zona. O empregado apareceu ao lado do carro e entregou pulseiras brancas (as melhores) aos visitantes.

— Tenham um bom safari. Boas capturas.

O portão abriu e o carro passou. Não foi muito longe, pois havia uma casa de madeira logo perto da entrada. Uma mulher vestida com blusa e short verdes pediu ao motorista da van dar meia-volta e sair.

— Deixei um quarto nessa pousada de Fuchsia. Amanhã você vem nos buscar nesse mesmo horário.

— Obrigado, senhor Gary — E o homem foi embora.

A guia-chefe levou os participantes para dentro da casa e deu uma breve apresentação sobre o parque. Pediu que deixassem documentos e outros objetos, exceto pokédex e itens de cura.

— Essas bolsas adaptadas vão levar o estojo com 10 pokébolas especiais, itens pessoais e de cura. Guardem os seus pertences nesses armários. E uma última coisa: não machuquem os pokémons ou serão multados. Bem-vindos à Zona do Safári.