A Momo Farm estava em alegria. Kou-chan havia sido aceito para estudar na prestigiada academia ranger da região. Familiares do garoto foram convidados para uma festinha.

Nesse ínterim, Mimosa fora cuidada pela enfermeira Joy. As coisas na família Machiko estavam melhorando.

Mas havia um problema: Victini não podia ser aceito para integrar com Kou. O garoto tinha que escolher um novo parceiro pokémon que seria escolhido de dentro da academia.

CAPÍTULO 03

 — Não aceito outro que não seja o V-chan. Ele tá comigo desde que eu tinha 5 anos! — esbravejou Kou.

Os pais do garoto prometeram que fariam de tudo para incluir Victini na parceria. O menino correu para fora de casa e subiu no telhado do curral a fim de ver o céu noturno estrelado.

Victini acompanhou o menino.

Kou-chan lembrou da primeira vez que conheceu Victini. Fora um presente de um treinador vindo do leste do mundo. Ele era um homem jovem, moreno, com um boné vermelho da Liga Pokémon e sempre tinha um Pikachu fora da pokébola. Nunca que soube do nome verdadeiro daquele homem, exceto pelo apelido de Red.

O pokémon de fogo e psíquico havia sido achado por esse Red numa das suas aventuras pelo mundo. Cuidou do ovo e deu o filhote para Nobunaga criar. De alguma forma, seu pai e ele se conheceram no passado. E o ato de dar Victini de presente era um pagamento de um favor passado, antes mesmo de seu pai conhecer a sua mãe. Kou nunca perguntou qual fora o favor.

— Odeio isso. Devia ter falado com aquele diretor para assegurar a sua entrada, V-chan!

Os dois ficaram deitados no telhado por várias horas até ficar tarde.

— Kou-chan, V-chan, hora de dormir.

Kou e Victini desceram e obedeceram à sua mãe.

°•°•°

ACADEMIA RANGER - VALE SITRUS

A famosa escola para rangers ficava numa outra cidade um pouco mais afastada e após uma montanha. O local era grande, com o campus maior do que 5 estádios de futebol e muito próximo à floresta.

— Chegamos cedo — falou Nobunaga ao estacionar o carro em frente ao portão principal da entrada.

— Muda essa cara, filho. Pode ter certeza de que fará ótimos amigos — disse Soga.

O carro passou pelo portão e parou no estacionamento. Foram caminhando para dentro da instituição. Parecia mais um castelo. Alguns pokémons viviam pastando na área externa.

Muitas pessoas eram vistas por ali. Muitos jovens com os seus pais.

De repente, um garoto correu no vestíbulo e esbarrou em Kou. Os dois caíram.

— Ai meu traseiro — disse o rapaz com cabelos ruivos e pontudos que, penteados de lado, pareciam a barbatana de um tubarão.

— Você está bem?

— Estou... Desculpa qualquer coisa. Esqueci algo no carro dos meus pais e estou indo buscar. Desculpa outra vez.

— Tudo bem.

Kou ficou feliz por falar com um outro garoto da sua idade por meros segundos. Como em Abacaxi havia poucas crianças, era raro encontrar gente nova. Apenas alguns da antiga escola dele, mas que nunca se deram bem.

Soga e Nobunaga chamou Kou para a fila a fim de formalizar a inscrição.

No ganinete do diretor, pais e alunos davam documentos para a formalização total da entrada dos novos recrutas. O diretor era um senhor de uns 70 anos e longos cabelos brancos. Usava óculos de grau redondos, uma bengala e sempre trajava um jaleco branco. O nome dele era Mr. Lamont.

— Próximo!

Era a vez da família Machiko. Apenas a mãe foi autorizada a entrar, pois só podia um membro da família.

— Você tem sorte, Machiko Kou. Se fosse anteontem, jamais admitiria um pokémon como parceiro, mas ontem recebi a ligação do meu chefe para liberar a inclusão de pokémons parceiros desde que não fossem evoluídos.

— Posso ter V-chan ao meu lado?!

— Pode sim. Mas eu nunca vi um pokémon da espécie dele.

O diretor pediu para a secretária analisar o arquivo digital num computador sobre a espécie do pokémon. A mulher terminou e deu ao diretor.

— Oh! Um pokémon psíquico endêmico de Unova. Isso é raro. Normalmente a gente vê mais de outras regiões. Enfim, estão aceitos.

Kou pulou de alegria. Abraçou Victini e agradeceu a Lamont por aceitar o seu parceiro.

Do lado de fora da sala, Nobunaga viu outros alunos e os seus pais. Viu o garoto chegar com uma pasta e entregar aos pais.

— Eles saíram — falou o garoto. Os pais entraram.

— Ah... é você.

— Você tem um pokémon? Que legal.

— V-chan vai ficar comigo.

— Eu queria ter um parceiro pokémon, mas o Persian da minha casa não e lá sociável. Mas o diretor me contou que posso adquirir um conforme aprenda.

— Estou torcendo por você. Meu nome é Kou. Machiko Kou.

— O meu é Ichimonji Keith. Espero que possamos ser amigos.

Os dois se cumprimentaram.

Um professor orientou todos que estavam ali (pais e alunos) a irem ao salão de conferência da academia. O diretor e outros surgiram no palco e apresentaram sobre a escola. Alguns rangers veteranos surgiram e contaram as suas experiências. Por fim, os pais se despediram dos filhos e foram embora.

Kou e Keith ficaram no mesmo dormitório. Parecia ser o destino querendo que ambos ficassem juntos. O ruivo pulou na cama da direita, enquanto Kou colocava as roupas no armário da esquerda.

— Que inveja. Aposto que é legal ter um pokémon!

— V-chan e eu somos inseparáveis.

O instrutor abriu a porta e entregou as roupas R-D (ranger-d para os recrutas). Pediu que os meninos fossem para a sala de aula.

— Eu estou na sala 05.

— Eu também — disse Keith. — Sabe o que quer dizer? Seremos bons amigos!

UNIFORME RANGER

RANKING: D (RECRUTAS)

PEÇAS: UM SHORT, DOIS TÊNIS, DUAS MEIAS, UMA FARDA E UM BONÉ

CORES: SHORT AZUL, TÊNIS BRANCO, MEIAS AZUIS, FARDA AZUL (UMA CAMISA SOCIAL QUE FICAVA POR BAIXO DO SHORT) E BONÉ BRANCO COM O SÍMBOLO RANGER.

Kou-chan, Keith e V-chan foram conhecer os seus colegas de classe. Entraram na sala e viram cerca de vinte alunos entre 10 e 12 anos. Era o começo de uma vida como ranger.

Continua...