Ernest se sentia estranho. Era como se o seu corpo estivesse flutuando e dormente num espaço escuro e vazio. Pensou se estaria morto. Olhou uma luz surgir ao seu lado e a silhueta do velho Esmirna aparecer num breve momento.

— Não te ensinei para ser um derrotado, garoto. Você tomou o meu lugar como líder e precisa fazer jus a sua posição.

— Ma-mas velhote... acho que cheguei ao meu limite. As coisas foram muito difíceis sem o senhor. Não sou um bom líder para a Estrela Dourada.

— Ahuahauahua!!! Do que tá falando? Eu sequer fui um líder exemplar. Criei uma cobra chamada Farkus Rosébaum, e ela me picou. Não importa se você é competente ou não. O que importa é o povo de Sahaarian ter o que comer e sorrir todos os dias. Mas esse governo tirano dos Sandstones ficou cada vez pior. É por isso que terá uma queda grande.

— Velhote...

— Em breve você testemunhará a força da justiça do povo nas mãos daquele menino chamado Jason Krueger. Mas antes disso, você precisa fazer a sua própria justiça. Portanto, ACORDA!!!

Guedara acordou de repente. Estava debaixo de alguns escombros, mas não notou ferimento algum. O ambiente era úmido e escuro. Lembrou do breve sonho que teve com Esmirna. Era um sonho ou a alma do velhote que apareceu para dar sermão?

— Maldito velhote. Até depois de morto vive dando sermão. Onde estou?

Era na masmorra do castelo. O grande porão. Um lugar subterrâneo cheio de passagens e grutas.

— Tenho que voltar para cima. Tenho que acertar as contas com o Rosé.

Enquanto isso, o marechal Rosé saiu do castelo e viu toda a destruição causada pelos pokémons. Praguejou. A família real nunca o perdoaria pelos danos. Pensou ser a hora para fugir com um pouco do tesouro.

— Malditos Sandstones. Escondiam todo esse ouro — disse enquanto arrastava um saco cheio de ouro. Levou para um barco.

O comunicador do marechal tocou. O rei Sirajudin praticamente gritou com ele por causa da demora em atender.

— Onde você estava? Há tempos que eu tentava entrar em contato contigo.

— Majestade, estava ocupado...

— Mais ocupado do que me servir? Esqueça. Preciso que me ajude a capturar Luiza o quanto antes. Ela fugiu para a cidade. Mande uma mensagem a todos os militares. Agora!

— Sim, majestade.

Rosé desligou a chamada e xingou Sirajudin de todas as formas. Ainda assim, fez o seu último ato como homem mais fiel ao governo. Mandou uma mensagem única para todos os militares na guerra sobre a fuga de Luiza (cada militar tinha um fone no ouvido de onde saíam as ordens). Ordenou que todos capturassem a fugitiva o quanto antes.

Um estrondo ocorreu. Era Steelix vs Flygon.

Nome: Steelix

Designação: Pokémon cobra de ferro

Número: 208

Tipo: Aço/Terra

Sexo: Macho

Grupo de ovos: mineral

Peso: 1.014 kg

Altura: 13 metros

Razão de gênero: 50% masculino e feminino

Estado: Defesa

Quaisquer ataques eram defendidos pela pele metálica da grande serpente. Steelix era um verdadeiro tanque de guerra vivo. Tanto os golpes de terra quanto os de dragão não funcionavam no monstro. Steelix deu uma cabeçada em Flygon e o afundou na areia da praia. Eles entraram debaixo do chão com Steelix levando Flygon. Um terremoto local ocorreu, balançando toda a ilha. Cada pessoa que estava ali sentiu o solo tremer bastante.

— Esses malditos vão acabar derrubando o castelo. Preciso fugir o quanto antes!

— PARADO AÍ!!!

Rosé olhou para trás e viu Guedara sair de dentro do castelo.

— Maldito Guedara. Ainda segue vivo!

— Eu disse que não vou descansar enquanto não te matar.

— Muahaha! Ainda segue com esse sonho tolo? Na primeira vez, pensei que morrera com a queda. Agora eu mesmo me certificarei que estará bem morto. Vou arrancar a sua cabeça só pra garantir — disse Rosé ao pegar a espada.

E mais uma vez, ambos colidiram os fios das espadas. Guedara estava decidido a morrer e levar junto o seu inimigo. Não havia mais espaço para vacilações.

Rosé deu um corte no braço esquerdo do guerrilheiro, defendeu-se em seguida e voltou a atacar. Guedara se defendia, mas algumas vezes estava perto demais da lâmina da espada do vilão. E assim, eles mediram forças com cada qual empurrando o outro com as espadas. As lâminas emitiam sons metálicos com o atrito dos seus fios. Ficaram assim por um tempo até que Guedara, com o dedo indicador, cutucou o olho de Rosé. Este sentiu a dor de levar uma dedada no olho. Guedara chutou a espada do marechal e aproveitou para estocar a sua espada na barriga do outro. Era o fim da luta.

— Perdeu. Até que enfim...

— Eu perdi? — Rosé viu a arma dentro do seu corpo e o sangue escorrer. Caiu de joelhos no chão.

— É o fim. E só para constar, Flygon também sabe golpes do tipo fogo. Não tão bons quanto daquele Charizard, mas suficientes para acabar com o seu pokémon.

Um tremor surgiu repentinamente. Steelix saiu debaixo da terra com o corpo saindo fumaça. Havia aquecido a ponto de perder a batalha. Caiu em direção aos dois humanos. Guedara correu o mais rápido para fugir da zona da queda. Rosé, porém, viu o Steelix cair em sua direção. Gritou, mas era tarde demais. Foi esmagado por 1 tonelada de aço quente.

— Acabou, velhote. Pode descansar em paz.

Flygon caiu exausto ao lado do seu parceiro. Guedara sorriu e parabenizou pelo trabalho em conjunto. Sentiu a ferida do seu braço e o sangue escorrer. Preferiu ficar deitado.

BATALHA NA PRAIA

VENCEDORES: ERNEST GUEDARA E FLYGON

...

O Marechal Rosé perdeu, mas a guerra continuou. E a última ordem do homem fez com que a vida de Luiza corresse perigo. Os militares ficaram atentos a tudo em seu redor.

— Peguem-na!

— É a criminosa. Atrás dela!

Alguns até atiraram contra Tyrantrum a fim de fazer com que deixasse Luiza cair no chão.

Um tanque ficou na frente de Tyrantrum e ameaçou atirar. Mas três pokémons uniram forcas e conseguiram destruir o veículo.

— Não pode ser. São vocês!!

Luiza ficou emocionada ao ver Lucario, Mienshao e Drampa ajudando a sua treinadora.