Pokémon Pyro Max escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 216
PPMAX-216: Coração dourado (2)


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo do ano de 2023. Ainda na guerra final de Sahaarian.



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Há 10 anos

Pela terceira vez, um jovem Guedara caiu no solo arenoso depois de ser espancado por um velho com mais de 60 anos. O homem era Esmirna Sheshi, líder dos guerrilheiros.

— Desiste, moleque. Não vai fazer nem cócegas em mim — Esmirna era um homem de cabelos raspados, bigode e barba grisalhos.

— Disseram-me que o senhor tem condições militares para atacar o governo novo. Preciso que me ajude a derrubá-lo.

Esmirna estava deitado sobre o telhado de uma casa velha, bastante à vontade e fumando o seu habitual cachimbo.

— E por que eu ajudaria um aristocrata? Sabe que eu sou contra a nobreza. Portanto, dê o fora daqui.

— Não sou mais!

— E quer que eu o ajude a resgatar o trono de Sahaarian? Conta outra piada aí. Por mais que Nilo Sandstone seja pior do que o antigo rei, ainda assim a minha luta será a favor do povo sahaarian, não de uma família real.

Guedara ficou com muita raiva do homem e correu mais uma vez para acertá-lo. E mais uma vez foi golpeado.

Há 8 anos

Dois anos após ingressar à guerrilha, Guedara soube pela primeira vez de que Sheshi guardava um segredo de quase todos. Até mesmo Pell Scorpion não sabia de toda a vida do velho.

Nascido em Crystal Gelo, Esmirna era do clã Ramsés, mas não se identificava com a parte nobre do seu clã. Desde cedo era obcecado por uma revolução no distrito e queria até a independência do resto de Hokkaishin.

Vasculhando os pertences num baú, Guedara achou uma carta de alguém com as iniciais F.R para Esmirna. Era do primeiro pupilo do velho e um dos fundadores da Estrela Dourada. Nunca que Esmirna falara dele.

— Mexer nas coisas dos outros é falta de educação, sabia?

— Velho, o que significa isso?

Esmirna suspirou.

— Eu nunca casei para não ter mulher enchendo o meu saco. Aí vem você e faz isso. E quem mandou mexer no meu baú? Guarde isso.

— Espera. Havia outro fundador da guerrilha, não é? Ele escreveu essa carta diretamente para você. Quem é ele?

— Guarde isso, companheiro Guedara.

— Ah não. Eu quero respostas! O senhor nunca me contou sobre ele. Um tal de F.R. Talvez seja Franklin, Frederick, Frei...

Esmirna praticamente arrancou a carta das mãos de Guedara e colocou de volta no baú. Aparentemente, era um assunto que o velho não queria nem que Guedara soubesse.

Dias depois...

— Pell.

— Sim, sua alteza.

— Já te falei pra parar de me chamar assim. Os outros ririam de mim.

— Desculpa. Força do hábito. É companheiro Guedara. O que quer?

— Sabe alguma coisa sobre um tal de primeiro pupilo do velho? Alguém que fundou a guerrilha com ele?

— Nah! Ele nunca me contou detalhes. E olha que entrei na Estrela Dourada ainda antes do golpe. Havia alguém que chegou antes mesmo de mim. Nem mesmo os mais velhos falam, pois o velho Esmirna probiu todos eles. Esquece isso. É um assunto pessoal demais para você se intrometer.

Guedara desistiu desse assunto.

Há 5 anos

Houve uma guerra entre o governo e a guerrilha. Milhares morreram. Havia espiões infiltrados entre os revolucionários (algo que se repetiria mais tarde com Effie e Dokuro).

O conflito durou quase um mês e, com o esfacelamento da guerrilha, muitos decidiram sair dela e formaram a gangue dos Escorpiões. Estes eram separados do grupo principal, agindo como uma facção que visava roubos, assassinatos e sequestros de membros do governo. O líder era Pell Scorpion.

Nesse ínterim, Esmirna salvou Guedara de uma armadilha e foi preso.

Atualmente...

— Meu pai e Esmirna eram amigos desde jovens. Tinham interesse em políticas sociais. Papai era um reformista que visava ajudar os mais pobres por meio de reformas. Esmirna era um radical que queria tomar o poder. Quando houve uma severa seca no governo do seu avô, culparam o meu pai por ser traidor e querer independência. Coisa que ele nunca foi. Esmirna era o que pregava essa ideologia, mas a sua péssima influência manchou a biografia do meu pai. Desde então, ele foi relegado ao ostracismo e nunca mais teve seu cargo político. Eu jurei que me vingaria de Esmirna.

— Tenho certeza que o seu pai sentiria vergonha pelo que fez a Sahaarian. Imperdoável.

— Muahahaha! No começo eu decidi fazer isso por vingança a meu pai, mas depois vi que matar gente inocente para preservar o governo era mais prazeroso. Mesmo assim, meu objetivo ainda não foi concluido. Falta matar você, Guedara Ramsés, e aí termino a minha vingança.

Rosé voltou a segurar a espada e a golpear contra o seu inimigo. Guedara também não deixava que o adversário fosse superior na luta.

 

Do lado de fora do castelo, Flygon e Steelix lançaram os seus respectivos poderes. Ambos colidiram. A cauda de Steelix pegou Flygon de surpresa, que voou na direção do castelo e quebrou várias paredes. O monstro metálico entrou com tudo.

O castelo começou a desabar. O lado que ficava de frente ao mar começou a desmoronar. Um vazamento de gás fez com que ocorresse uma pequena explosão e logo o fogo espalhou. Os empregados fugiram antes de serem pegos.

 

— Malditos pokémons. Fizeram um estrago desnecessário — comentou Rosé.

Guedara aproveitou o segundo de distração do marechal para arremessar um canivete. Rosé se defendeu com a espada, mas foi logo pego com Guedara, conseguindo desarmá-lo e jogá-lo ao chão. Apontou a espada para o pescoço do marechal.

— Queria prendê-lo para mostrar a sua execução, mas numa guerra é matar ou morrer.

— Vai lá, príncipe. Enfia essa espada!

Guedara suou. A decisão era mais difícil do que imaginava.

Um estrondo fez com que Guedara se desequilibrasse, dando a oportunidade de Rosé pegar algumas moedas douradas e jogá-las no rosto do adversário. Chutou a espada e deu um chute em Guedara. Este caiu perto de uma rachadura no solo. O chão cedeu. Guedara caiu num abismo abaixo do castelo.

Rosé comemorou a possível vitória.

— Finalmente a vitória é minha. A partir de hoje a guerrilha não existe mais. Adeus, Ernest Guedara! MUAHAHAHAHAHAHA!!!

Continua...


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