— Quem é você? Não te conheço — falou Silverster após ser resgatado.

— Sou um desertor do exército que decidiu que a melhor maneira de aliviar o estresse é a vingança contra os Sandstones — respondeu Shingo.

Ambos deram as mãos em cumprimento, pois o objetivo era o mesmo.

— Conheci um garoto fenomenal chamado Jason. Ela está aqui?

— Pode ter certeza que sim. Jason está lutando conosco desde sempre — respondeu Hórus.

— Que bom — Shingo pegou um rádio e comunicou com uma outra pessoa do outro lado da linha. — Isso é pelo Jason. Reforço.

Aproximando-se de Cacau, uma frota com veículos se aproximava. Shingo explicou que cerca de 2 mil homens rebeldes decidiram ajudar na guerra. Havia até um destruidor de tanques, ou seja, um lançador de foguete que não havia em Sahaarian.

— Eles são de outros locais fora de Sahaarian. Só querem uma boa briga. Quero ver se esse exército suportará — falou Shingo com muita satisfação.

Todos foram até a costa da cidade ainda na lancha.

E a guerra tomou novas proporções com a chegada do reforço militar. Os tanques foram na frente e atiraram contra alguns guerrilheiros.

— Recuem! Recuem!

— Corram!!

Nada podia ser feito para pará-los.

Alguns soldados invadiram algumas casas a fim de verificar se havia guerrilheiros ou gangueiros escondidos. Ao saírem, foram golpeados por Gligar.

— Você foi muito bem — disse Mama Silverster sobre o telhado da casa.

— Estou preocupada com o papai.

— Antes preocupe-se com o seu traseiro, criança — Mama abaixou Sarah e atirou com a sua baioneta num militar sobre outro telhado.

...

Jade e Sade saíram do labirinto quando um soco atingiu o rosto da ex-capitã, fazendo-a cair no chão. Era o marechal Rosé.

— O cheiro do prostíbulo. Senti esse aroma a metros de distância. Aquele tiro foi você? — Chutou a arma para longe.

— Jade!!

— Fique longe dela — Rosé puxou a esposa pelo braço e a empurrou. — Como é que vai ser, Jade? Quer a sua tão pronta vingança? O quão inefável seria me matar? Hahahahaha!

— Maldito...

Jade correu até o homem e começou a lutar. Rosé era maior e mais forte, conseguiu socar a mulher na barriga e dar-lhe uma bofetada.

— Pare com isso, Rosé... Ah!! — Sade também levou uma bofetada e caiu.

— Eu avisei para ficar longe. Depois eu resolvo os meus problemas com você. Agora só somos Jade e eu.

Rosé deu um chute no rosto da mulher, depois a segurou pelos cabelos e socou o rosto dela. Jade sangrava pelo nariz.

— Só porque abriu as pernas para mim, não quer dizer que era a minha melhor amante. Sim, foi muito prazeroso tê-la na minha cama, mas você não passou de um lanchinho da tarde. Uahahahahahaha!

— Canalha... por sua culpa fiquei longe da minha filha. É por isso que tenho que te matar.

— Safira agora está numa família rica longe de Hokkaishin. Tive que livrar-me dela. Parecia muito contigo. O que ela diria se visse a mãe num estado lamentável como agora?

Jade socou a grama com muito ódio do marechal. Sade ficou horrorizada. Rosé zombou.

Enquanto isso, Guedara corria pelos corredores do castelo. Alguns cavaleiros com armaduras de biscoito surgiram. O homem conseguiu roubar uma espada duma sala e golpeá-los sem precisar de pokémon.

...

Machamp arrancou um pilar do jardim e soltou contra o trio de oponentes. Lucario deu um pulo, correu por toda a extensão do pilar e soltou uma rajada de aura no pokémon lutador.

— Maldito — O soldado voltou a mexer no aparelho. Machamp se levantou ainda mais furioso. O seus músculos hipertrofiaram ao máximo. Era como se ele tivesse tomado um anabolizante poderoso. — Mate todos.

O pokémon virou uma máquina de matar, um monstro que não podia ser parado. Deu um pulo alto e socou o meio do jardim. Todas as janelas de vidro ao redor quebraram e as paredes racharam.

Drampa e Mienshao foram avisados por Lucario para terem cuidado com o oponente. A prioridade era quebrar o aparelho nas mãos do humano.

...

A sessão de espancamento continuou. Rosé batia em Jade. Segurou-a pelos cabelos e arrastou como um troglodita e a encostou perto de uma árvore.

— Você devia ter sido mais fiel ao governo de Sahaarian. Mandei acabar com os guerrilheiros na fronteira, mas acabou sendo presa por Guedara. Teve a chance de matá-lo quando houve o motim em Omã, mas resolveu se juntar a Pell Scorpion. Depois disso, você já não me servia mais.

— Para com isso! — Sade apontou a pistola para o marido e exigiu que ele deixasse Jade em paz.

— Comete um erro ao ficar do lado dela. Terá o mesmo fim.

— Sabe o que eu senti quando nos relacionamos? Nojo. Senti-me nojenta.

— Quer livrar-se de mim? Está livre. Mas saiba que a partir de hoje terá o mesmo destino daquela ali. Ah, e antes de apontar uma arma para mim, certifique-se que estará carregada.

Rosé pegou a arma e deu um murro na esposa.

— Fique quietinha. Antes precisarei matar a socos aquela lá.

Guedara correu pela torre do castelo quando sentiu o estrondo do golpe de Machamp. Caiu num degrau perto duma janela grande de vidro. Pensou nos 3 pokémons de Luiza, mas precisava subir até a irmã e salvá-la. Foi quando desviou o olhar para o lado de fora do castelo e viu três pessoas no jardim.

— É o Rosé! E aquela no chão é Jade Ramírez.

O homem viu o espancamento. Pensou na possibilidade de ajudá-la contra o marechal. Contudo, o seu pensamento estava em ajudar Luiza. Passou alguns segundos pensando em quem enfrentaria. Sirajudin ou Rosé. Pensou em Esmirna e tudo o que aprendeu na guerrilha.

— Merda! Luiza, perdão. Essa é a minha chance de vingança. Espero que Jason consiga derrotar Sirajudin. Eu simplesmente não posso deixar a morte do velho em vão por mais tempo. Isso não.

Sade gritou horrorizada e virou a cabeça. Rosé daria o golpe final em Jade quando um barulho de vidro quebrando surgiu. Todos olharam para o alto e viram alguém pular da janela.

— ROSÉ!!! — Gritou Guedara ao saltar pela janela sem se preocupar com a altura.