Pokémon Pyro Max escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 121
PPMAX-121: Montanha da Aurora Azul




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Dois dias inteiros para Jason chegar perto da Montanha da Aurora Azul. E o nome já entregava a graciosidade do espetáculo acima do cume: auroras azuis. E Bruce sabia que apenas era possível ver a beleza do céu à noite, por isso esperou mais algumas horas até mostrar para Jason.

A montanha era igual a uma comum. A diferença era que ela era larga e o cume achatado (parecida com o Mauna Kea). Havia uma floresta por toda a sua extensão, mas no topo havia neve. Parte do cume não era visível do chão, pois algumas nuvens rodeavam o local.

— O que achou?

— Lindo.

Durante os dois dias, Jason treinou tanto a parte da corrida quanto a parte da luta, haja vista surgiram alguns inimigos pelo caminho. E nesse ínterim, Bruce se apegou um pouco mais a ele.

— São 8 quilômetros de subida. Depois dos quatro, você começa a sentir o ar rarefeito. Vai encarar?

Jason sinalizou positivamente com a cabeça. Estava disposto sim a subir com as próprias pernas.

Bruce mostrou um caminho secreto entre as árvores. Uma pequena trilha com alguns degraus de pedra que davam para a metade da montanha.

Quase cinco quilômetros. Jason respirou mais profundamente. O oxigênio ficava cada vez mais raro. E mesmo que o caminho não fosse tão longo quanto foi no deserto, a problemática do ar e a subida dificultavam o trajeto.

— Quer parar?

— Sim, por favor.

Descansaram um pouco num lugar mais plano com um mirante natural e uma vista maravilhosa para o horizonte. Dali era possível ver o deserto e um pouco da floresta. Fizeram uma fogueira e sentaram em volta.

— Sou seu mestre há mais de um mês e nunca soube quem é realmente o seu pai.

— Papai é o melhor pai do mundo. Desde que a minha mãe morreu, ele cuidou de mim como se fosse dois em um. Sou muito feliz por ser filho de Robert Krueger.

— Agora entendo que você quer salvá-lo. Sabe... nós deuses não nascemos de uma mãe ou pai. E quando eu era humano, nasci sob a estátua sagrada do templo. Convivi com os monges e tal. Quando completei 18 anos, resolvi sair para virar ator de filmes de luta. Fui muito famoso. Eu até tive um filho. Mas a minha natureza não era prosseguir como um humano, por isso morri subitamente.

— E o seu filho?

— Ele continuou a vida dele. Não podemos nos reencontrar. Apesar de ser meu filho, não passa de apenas um humano. Quando eu fiz o tchaca tchaca com a minha ex-mulher, meu corpo era humano. Mas aquele corpo humano era apenas uma casca da minha verdadeira essência. Entendeu?

— Mais ou menos...

— Aff... você é devagar! Minha vida era como num jogo battle-royale. Era um personagem que usava skin, mas a skin não era a padrão do jogo. Tendeu?

— Nunca joguei esses jogos...

Bruce piscou os olhos rapidamente. Sentiu vergonha alheia. Jason era mais pobre do que jumento baleado. Isso era um problema.

A conversa foi encerrada pelo próprio Bruce antes que a sua paciência esgotasse.

Voltaram a subir a montanha após algum tempo. A floresta saiu e uma vegetação rasteira tomou conta. Havia também muitas rochas e um pouco de neve.

6 quilômetros e Jason não aguentou subir mais um centímetro. A sua visão ficou comprometida devido a tontura e a sua respiração mais forçada. Bruce admitiu que o garoto havia chegado a seu limite. Segurou Jason no braço e correu por todo o resto da montanha. Deu um pulo bem alto, alcançando o cume achatado da montanha. Havia neve por todos os lados.

— Chegamos.

— O-obrigado, senhor...

Jason desmaiou. Bruce caminhou pelo nevoeiro. Havia uma porta dupla metálica de quase vinte metros de altura bem à frente. Ambas abriram.

Na verdade, no topo da Montanha da Aurora Azul havia uma fortaleza com muralhas rodeando todo o perímetro do cume. Dentro dos muros havia construções feitas de pedra que lembravam cidadelas da idade média.

Dois monges apareceram diante do deus e fizeram uma reverência.

— Cadê Celebi?

— Ele chegou há dois dias com outros tais como ele. Desde então ficaram treinando na arena dos fundos.

— Preciso colocar essa criança problemática num cômodo quente e confortável.

Os monges assentiram e pediram que Bruce os seguisse.

 

Poucas horas se passaram até Jason despertar. Ele vestia um casaco de pele. A vestimenta era de tecido grosso, por dentro era um tipo de pelo que deixou a criança totalmente aconchegada. A sua respiração voltou ao normal e a tontura passou.

— Pyro!

Charmander deu um pulo até a cama do garoto e deu um abraço. Os outros pokémons também estavam no quarto e se aproximaram dele.

— Você dormiu feito uma pedra. Provavelmente foi o efeito do cansaço de todo o trajeto. Mas tenho que admitir que você se saiu bem — falou Bruce parado em pé perto da porta de entrada.

Jason notou que estava dentro de um quarto minutos depois. A arquitetura do ambiente era diferente da do templo. Lá era mais cores vermelhas e tons laranjas, tipicamente um prédio da era imperial chinesa. Agora o atual ambiente lembrava o interior de um castelo ocidental.

— Obrigado, senhor...

— Não seja acanhado. Preciso dizer mais algumas coisas. Na verdade eu sou dono desse lugar. É a minha casa de inverno. Chama-se Fortaleza do Frio da Neblina. Estamos a 8.400 metros de altitude. É nesse lugar que consigo treinar o meu corpo de uma forma mais completa. Será aqui o seu local durante os dois anos.

— Mas a minha respiração...

— Eu usei magia para fazer o seu corpo se acostumar com a altitude. Agora vamos ao que interessa. Todo o seu treino será intensificado 100 vezes mais. Será o seu inferno, e eu vou te transformar num grande guerreiro. Os seus pokémons também vão ser treinados mais intensamente por Celebi.

Jason riu. O semblante dele era calmo. Não era essa a reação que Bruce imaginava. E o mais importante era que a pedra mágica que supostamente faria Charmander evoluir estava dentro da Fortaleza do Frio da Neblina.


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Notas finais do capítulo

Jason superou tudo. Desde uma maratona de centenas de quilômetros até uma subida numa montanha alta. E tudo isso movido pelo desejo de vencer uma revanche contra a pessoa que levou o seu pai — Bernardo Greco.