Quando Dois Homens Amam A Mesma Mulher escrita por Nanamoraesblackmalfoy


Capítulo 16
Capítulo 16- Quem domina quem?


Notas iniciais do capítulo

História chegando ao fim, minhas queridas leitoras. Espero que gostem dos últimos capítulos.
Um grande beijo!
Não me esqueci de vocês não, no final da fic, agradecimentos especiais e uma dedicação para vocês.
nana



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Antes que dê sua resposta, quero que me diga com sinceridade. Aceita se casar comigo mesmo com todos esses defeitos que tenho? Hermione, eu a amo mais que a mim mesmo, e estou disposto a passar o resto de minha vida com você, mas e você? Vai conseguir ficar ao meu lado mesmo sabendo que sou um arrogante ciumento e possessivo? Por que de uma coisa eu tenho certeza, eu não vou mudar e nem se quisesse eu conseguiria. Então quero que reflita, porque depois que se ligar a mim para o resto de sua vida, não vai ter como voltar atrás. – o loiro estava sendo sincero, mas no fundo morrendo de medo por deixar a morena decidir. No entanto, tinha que ser falar o que estava sentindo e deixar claro para ela que  teria que aceita-lo do jeito que era. Ciumento, mas loucamente apaixonado por ela. Enquanto falava pode notar cada expressão no rosto dela, primeiro espanto, em seguida surpresa, depois um pequeno divertimento, ele notou isso. No fundo ficou aliviado. Precisava dizer isso a ela. – Então, mesmo sabendo disso ainda quer se casar comigo? – a morena suspirou delicadamente dando alguns minutos de desespero a Draco, no fundo ela já o havia aceitado muito antes de constatar que ele nunca mudaria seu gênio. E ela sabia que no fundo foi por esse jeito arrogante, esnobe e imponente que a fez louca por ele. Foi por causa disso que ela se envolveu na pequena vingança que a levou onde está agora, e no fundo era agradecida por isso. Quanto a seu ciúme, ela daria um jeito de controla-lo, e de certa forma ela tinha seus modos. E aplicaria isso. Deixando  um sorriso torto escapar dos seus lábios, o que deixou Draco completamente assustado por parecer demais com os que ele designava  para ela, a morena  avançou para o pescoço do loiro o enlaçando e beijando...

- Sim. Sim. sim...sim...! – e vários beijos, em todos os lugares possíveis, e Draco, jamais imaginou-se,  tão feliz como agora.

Tempos atuais

 Por  Merlim, Draco para de andar desse jeito. Estou ficando tonta!

 Pansy, por favor, não enche! Não vê que estou desesperado? Hermione está nas mãos dele a mais de uma semana! Eu não sei o que fazer?!

 Os amigos estavam reunidos na sala da mansão Malfoy, todos estavam angustiados, não tinham ideia nenhuma de onde Zabine havia levado Hermione. Até Severo Snape estava preocupado.

- Não adianta ficar desse jeito, Draco. Cuidado para que seus filhos não percebam! – disse Snape.

- Ah, por favor professor, acha mesmo que, filhos de quem sendo não sabem o que está acontecendo? – falou Luna displicente arrancando olhares assustados de todos. Até  hoje ninguém havia cogitado a ideia dos garotos saberem de qualquer coisa.

- O que sabe disso, amor?- perguntou Fred a Luna.

- Não sei de nada, apenas afirmei que eles não são idiotas. Pensem bem, as duas crianças mais inteligentes de Hogwarts estão aqui dentro dessa casa, filhos da mulher mais brilhante que já houve em todo o mundo bruxo, eles estão calados demais, mansos demais, e além do mais, não se ofenda amigo, mas são Malfoys! – disse a loira arrancando pela primeira vez em dias um pequeno sorriso orgulhoso de Draco.  E o pior, são verdadeiramente sonserinos! – o sorriso do loiro durou pouco e em compensação os dos outros se ampliaram muito diante da sinceridade da loira.

- Vou tomar isso como um elogio Luna. Então eu tentei esconder deles tudo e de nada adiantou, eu deveria ter lembrado,  de quem eles herdaram tanta perspicácia.

- Combinação perfeita, não? Filhos e netos perfeitos! – disse Narcisa arrancando novamente risos na sala. Mas a tensão voltou na mesmo hora. Quando viram o loiro subir as escadas.

- Amy, acha que ele vai fazer alguma coisa de ruim com nossa mãe? – perguntou Scorpion. – Acha que ele pode ...

- Não. Pelo que pude entender ele gosta dela. Ou tem uma profunda obsessão por ela. Temos que fazer alguma coisa, irmão. Temos que ajudar o papai. Nunca o vi tão angustiado em toda a minha vida. Será que isso nunca vai passar? Primeiro ela naquele hospital, depois ela sendo sequestrada. – disse a pequena loira com as mãos no rosto. Ela e o irmão estavam muito unidos, tinha que disfarçar para o pai toda a angustia que vinham sentindo. Por nada nesse mundo fariam com que seu pai tivesse outra preocupação. Há muito tempo haviam descoberto o que tinha acontecido.

- Não fique assim Amy, não podemos deixar que papai perceba que sabemos. Temos que nos controlar.

Mas o que mal sabiam era que Draco estava ouvindo e vendo tudo pela fresta da porta, deixando lágrimas grossas caírem de suas íris, orgulhoso dos filhos que tinha. Era incrível que com toda dor que sentiam ainda tinham capacidade de pensar nele. Como havia sido egoísta. Só naquele momento percebeu o quanto era abençoado e precisava deles. De uma só vez empurrou a porta e deixou que seus herdeiros o vissem. Nesse momento, as crianças puderam compartilhar toda a dor com seu pai.  Draco apenas se ajoelhou, e abriu os braços para que eles pudessem se aconchegar e, choraram juntos pela primeira vez depois de todo ocorrido. Precisavam uns dos outros.

Hermione despertou, de mais uns dos sonos induzidos. Estava assustada e com medo. Não por ela e sim pelos filhos, por Draco. Sentou-se na cama assustada, ainda estava um pouco tonta, sua cabeça dava voltas e um enjoo crescente em sua barriga. A muito custo conseguiu ficar de pé e se encaminhar para um banheiro próximo dali, não reparou de imediato no quarto luxuoso ao qual estava hospedada. Ao chegar perto do espelho visualizou horrorizada em que condições estava, olhos com profundas olheiras, um pouco mais magra do que antes e seu rosto estava pálido, mas o que mais a deixou transtornada foram suas vestes. Uma camisola negra e sensual, só de pensar como ela foi para ali, seu estomago revirou, será que?

- Não, meu amor! Eu não toquei em você! Foi minha elfa. Eu nunca a tocaria sem seu consentimento.

Aquela voz, por Merlim, não era uma pesadelo, ele estava ali, do lado dela. Como seu carcereiro.

- Zabine!

- Sim, meu anjo. Eu disse que você seria minha de um jeito ou de outro, não disse?- falou atrás dela, quase encostando , mas de alguma forma a morena não sentiu medo, sabia que ele não faria nada com ela.

- Me deixe embora, Blás, quero ver meus filhos, deixe-me, você nunca foi mau, por que...

- Cale-se, Hermione! Você quer ver ele, voltar para os braços dele. E isso nunca vou permitir! Jamais! Nesse momento todos acham que você está morta. Nesse exato momento eles choram pelas semanas de seu falecimento, minha querida!

- Não! Você está mentindo! Como pode fazer isso? Meus filhos devem estar sofrendo horrores por isso! – dizia Hermione, socando o peito de Zabine enquanto ele sorria de lado, há muito tempo desejava um contanto com ela. Mesmo que seja nesse termo ele se sentia vivo novamente depois de anos sofrendo por ela, por essa obsessão de tê-la para si novamente. – me deixe ir, me deixe ficar com minha família! Eu odeio você! Odeio!- Hermione se descontrolou. E ao ouvir as palavras da morena, Zabine se enfureceu. Agarrou a morena pelos pulsos e a imobilizou deixando seus rostos bem próximos. A morena sentiu repulsa e ele viu isso, e ficou ainda mais possesso. – Olha aqui, durante anos convivi entre a vontade de tê-la e mata-la. Não me obrigue a fazer isso. Não me obrigue! Sabe o que tive de enfrentar para poder tê-la? Não! Você não tem ideia. Eu enganei, sequestrei, matei por você! Entendeu? – disse o moreno descontrolado, sacudindo a castanha que já estava a beira de perder os sentidos. – e não vou perdê-la novamente por nada nesse mundo. Prefiro vê-la morta! Ouviu bem? Morta, a ter que suportar tudo que suportei durante anos vendo e observando você sem poder tocá-la, sem abraça-la. Eu  me segurava para não arrancar todos os membros daquele infeliz do Draco por ousar encostar em você! Aquele safado! Está tendo o que merece. Uma vez, ele roubou você de mim, e agora estou devolvendo o favor!

Hermione desmaiou assim que ouviu as últimas palavras. O moreno colocou-a delicadamente na cama novamente. Passou uma das mãos na face da castanha, limpando as lágrimas que insistiam em cair mesmo desacordada. Sabia que ela estava sofrendo. Mas tinha que ser assim. Ele também sofreu. Era justo também que ela sofresse.

Casamento de Draco e Hermione.

Pov Zabine

Ficar disfarçado ali no meio daquelas pessoas era incomodo. Mas não podia aparecer. Ainda era recente os acontecimentos. Ela estava lá. Sabia que daqui a poucos minutos a mulher que sempre amou entraria para casar com seu ex melhor amigo. Era uma dor sufocante. A mansão estava toda enfeitada com as flores que sua Hermione mais gostava. Sim, sua. Sempre seria. Rosas vermelhas para todos os lados. Era incrível que tudo cheirava ela. E em breve ela seria de outro. Sem conseguir me conter, olhei para os lados para visualizar meu ex amigo, feliz e nervoso no altar esperando a mulher que teria sido minha se ele, não tivesse intrometido e tirado ela de mim. Nunca havia sentido tanto ódio de alguém como agora. Era eu quem devia estar ali. Não ele. Mas um dia eu faria ele sentir tudo que estou sentindo. Tudo. De uma forma ou de outra, eu teria Hermione em meus braços, nem que seja morta. Aproveitei que todos estavam no jardim, e me encaminhei para dentro da mansão. Pude vislumbrar que tudo estava preparado para ela. Tudo a seu gosto. A passos lentos fui  me encaminhando até as escadas que levaria a um dos quartos. Era tudo majestoso, enorme, mas conhecia todos os cantos daquela casa onde seria a morada de minha amada. E eu não faria parte de sua vida. Aproximei-me da porta e bati delicadamente ouvindo apenas um entre Gina. Sorri com a ingenuidade dela. Entrei e pude perceber a surpresa e o medo dela ao me ver ali. Nesse momento queria guardar a imagem dela como um presente que ganhei naquele dia em vê-la naquele vestido de noiva. E nem em meus maiores sonhos podia visualizar tanta beleza. Mas não era para mim que ela se vestiu assim. Não era. Uma imensa tristeza se apossou do meu coração. Sei que a poção que tomei já havia perdido o efeito e era a minha imagem real que estava ali. Fiz apenas o som dos dedos nos meus lábios indicando que ela não gritasse e me apressei em dizer que não faria nada e que apenas queria vê-la pela última vez. Ela pareceu acreditar nas minhas palavras mas não  se aproximou de mim.

- Está linda meu, amor! Como sempre imaginei que ficaria. – disse a ela. Estava tão hipnotizado que não me dava conta do que dizia, assustando-a.

- Zabine, por favor, vá embora. – pude perceber o medo dela.

- Não se preocupe minha Hermione. Não farei nada. Não esta noite. Mas fique sabendo, que nunca a esquecerei, e, que você está impregnada na minha alma. Eu te amo! E sempre amarei! Só queria que soubesse. – aproximei-me dela e vi que ela retesou o corpo com medo de algo, levei minhas mãos a seu rosto e beijei a sua face. Aparatei para outro lugar e lá fiquei imaginando que poderia ter acontecido se Draco não tivesse roubado ela de mim. Eu me vingaria dele. Isso eu tinha certeza. Draco nunca aceitou que alguém colocasse as mãos em suas coisas. E eu também não. Ele pagaria. E se possível com sua vida.

Capítulo

Flash back ( um mês antes do casamento de Hermione)

Professora Minerva onde quer que eu coloque esses pergaminhos?- Hermione estava desenvolvendo uma pesquisa com a diretora Minerva. As duas sempre tiveram uma relação de amigas. A professora confiava cegamente em sua pupila.  A aluna mais brilhante e inteligente do mundo bruxo tinha mais que uma simples admiração por sua mestra.

- Pode coloca-los em cima da minha mesa mesmo Srta Granger. – ao colocar os pergaminhos na mesa um deles chamaram a atenção da castanha que mais curiosa impossível, leu o conteúdo, como era fluente em línguas distinguiu que devia ser algo incomum, mas não demorou muito em descobrir o que significava. Desajeitada deixou que caíssem todos no chão. Ela olhou envergonhada em direção a diretora.  – a professora sorriu para a menina. – não se preocupe Hermione isso acontece às vezes comigo.

- Tudo bem professora. Disse a morena recolhendo todos e colocando um deles no bolso de suas vestes e depois de um dia duro de trabalho a castanha foi para seus aposentos. Mas as palavras do pergaminhos ainda estavam impregnados em sua mente:

Сам преживео убиство проклетство. Наша љубав је јача. Сам преживео. Али не би суфициенте.Прецисариа више. Две силе су заједно и борили до смрти. Дон'т Лет Ме Го. Она ме није потребно, она не би могла да ми да. Неко ме је волео више од ње. Они умиру у мом месту.

                                                                                            ллганаогцм авреним

Pov Hermione

 Eu  estava à duas semanas sem ver Draco. Eu na França, ele em Londres. Com tantas coisas para arrumar, meu casamento próximo e a saudades de Draco era cada vez maior. Por mais que nos correspondêssemos  por corujas, não era a mesma coisa. Entrei em seus aposentos. Lembrei-me da briga acirrada que travamos um com o outro para poder fazer esse curso e desenvolver minha tese. Draco era extremamente agarrado e ciumento ao que se dizia a mim. Queria controlar todos os meus passos. A muito custo permitiu que eu continuasse estudando e quase teve uma ataque quando descobriu que eu viajaria sem ele para a França. Mesmo sabendo que estaria com sua professora isso não o acalmou. Ao seu ver, eu não poderia sair de seu lado nunca. Mas eu sabia que ele venceria sempre. Mas dessa vez não. Pude constatar isso quando o enfrentei dizendo que se fosse assim era melhor que déssemos um fim ao nosso relacionamento de uma vez. No momento ele disse apenas: “ é isso mesmo que você quer?” eu consenti e ele saiu em disparada de meu apartamento no beco diagonal. Ficamos sem nos falar durante dias e temi que ele tivesse desistido de mim. Era muito engraçado vê-lo dando seus ataques de ciúmes. Para ele todos dariam em cima de mim, todos me tocariam, todos me desejariam. Era o cúmulo do exagero! Durante esses dias achei que ficaria louca, porque por mais que brigássemos  nunca ficamos tanto tempo separados. Cheguei a achar que ele realmente não me procuraria. Lembro-me que chorei todos os dias por ele. Mas não cederia. Todas às vezes era assim, eu tinha sempre que ceder. Quando não eram passeios, roupas, amigos e vários empregos que  tive que recusar por causa dele. Dessa vez não cederia de forma alguma.  Em desses dias tive uma ataque de fúria. Quem ele pensava que era meu dono. Ah! Quem eu queria enganar. É claro que ele era, e o pior era que eu gostava disso. Por Merlim, isso não era normal, querer que uma pessoa tivesse ciúmes, brigassem ou travasse uma verdadeira guerra por causa dela, só podia ser doença. Não podia? Por que se fosse eu já estaria morta! Após esse ataque de fúria liguei para Gina, Pansy e Luna. Sabe o que mais incrível? Todas estavam de relações cortadas com seus respectivos noivos e namorados. Cada um pelo motivo diferente, quer dizer menos Pansy, que só Rony para se igualar a meu loiro.

Bem estávamos decididas a nos divertir e sair um pouco para extravasar nossas, digamos “ Tensões pós homens”, saímos para um Pub, bruxo famoso certas de que encontraríamos nossos homens lá. Bem, vestidas para matar fomos para essa danceteria bruxa. Chegando lá a primeira coisa que vimos foram eles. Numa mesa afastada bebendo, mas Draco não. Ele estava conversando com uma morena que eu não conhecia. Ele não me viu, mas um monstro se apossou de mim rapidinho e em pouco tempo pude experimentar o que ele sentia em todos os momentos em seus ataques. Porem eu não era ele. Não me movia por raiva ou impulso. Era racional. E de uma coisa eu tinha certeza que era boa. Em provocar. Ah, nisso eu tinha orgulho em ser uma irritante sabe tudo. E ele viu com quem ele estava se metendo.

Saí com minhas amigas e fomos direto para a pista de dança. O pub estava cheio. De homens é claro. Em buscas de presa e parece que eu e minhas companheiras de armações éramos as presas. O que deixaríamos tranquilamente que acontecesse. Draco pagaria por estar me “traindo” ou seja, conversando com outra que não fosse eu. Aquela vaca estava se insinuando para ele o tempo todo e parece que ele estava gostando. É parece que o feitiço virou contra o feiticeira. Sorri muito naquele dia. Se tinha uma coisa que também era boa, era em contrafeitiços. Lembro-me que dei um sorriso bem maldoso para minhas amigas, tipo aquele que dei no salão comunal quando comecei minha vingança. Bem, porque não mais uma. Naquele dia também tive um sentimento muito estranho, talvez perda não sei, decepção por ver que ele não sentia falta de mim, ou porque ele talvez tivesse realmente pensando em terminar. Sei lá. Só sei que não deixei que isso me torturasse. Se era guerra que ele queria, eu estava disposta a não perder essa batalha. E como uma boa estrategista que era fiz questão de lutar na frente da infantaria bruxa. Fiquei um pouco escondida observando seus passos, me pareceu que ele não estava nem um pouco feliz de estar ali. Eu o conheço bem para saber que não estava confortável e toda hora ele levantava os olhos para procurar alguma coisa pela danceteria. Então vislumbrei vitoriosamente que ele estava procurando por mim. Se era assim por que não deixar que ele me visse. Uma música começou a tocar e fui para o meio da pista. Vários olhares foram direto para mim. Também com o vestido colado ao corpo mostrando todas as minhas formas, curto e uma bota negra com o salto bem fino compunha o visual, os cabelos enormes em cascatas do jeito que ele gostava. Comecei a rebolar e trabalhar para ter meu homem de volta. Quando ele me viu, levantou rapidamente ignorando a fulaninha do seu lado. Seu rosto lindo ficou rubro de ira, raiva. Fingi não notar. Há muito tempo minhas amigas não estavam ali. Já haviam saído para os cantos depois de uma tórrida discussão, mas haviam feito as pazes. Dançava de olhos fechados, e em alguns momentos sobre o toque da música descia até o chão dançando sensualmente. Olhei novamente para ele e pude ver Harry segurando seu braço enquanto ele se retorcia da raiva, seu olhar encontrou-se com o meu e não me atrevi a desviar, de longe pude ver seu peito subindo e descendo descompassadamente. Draco estava a ponto de explodir e ele nunca esteve tão bonito como naquele dia. Camisa negra com as mangas dobradas até meio daquele braço musculoso que eu não permitiria que nenhuma outra tocasse, os três primeiros botões abertos mostrando um pouco  daquele tórax que somente minha mão poderia percorrer. E aqueles lábios?!. Ai, Merlim, que saudades! Tinha que faze-lo reagir. Continuei minha dança e dessa vez fiz questão de desviar de seus olhos mostrando a ele que não estava dando a mínima para sua expressão raivosa. Uma leitura labial, era a única coisa que consegui discernir de meu amigo Harry, “ por favor, não provoque”. Sorri maldosamente, estava ficando boa nisso. Vivendo e aprendendo. Virei de costas para Draco novamente  e rebolei mais uma vez, mostrando o tamanho de meu decote. Pena que não foi só para ele. Depois desse meu movimento o que aconteceu foi muito rápido. Alguém se encostou a mim, e começou a dançar comigo, não repeli e nem tive tempo porque em segundos vi o corpo do rapaz que nem deu  para ver seu rosto de tão ensanguentado. Draco o  socou e tamanha foi a força que o homem sequer levantou. Enquanto a mim? Me  senti  puxada por um fio. Quando me dei conta estava na casa onde moraria futuramente. Lembro-me de suas palavras até hoje e acordo rindo, disso. Era muito bom ser amada por ele. Como era?

O que pensa que está fazendo em Hermione? Esqueceu que é noiva? Que está de casamento marcado?  – pegou nos braços de Hermione sacudindo-a, ele estava possesso de raiva e ciúmes. Não queria ir àquele lugar. Foi lá só por insistência de seus novos amigos. Na verdade o que ele queria era procurar Hermione, que por ele já teria feito isso há muito tempo. Mas tentou se segurar o quanto pode. Estava se sucumbindo a ela, inteiramente. Estava ficando louco de saudades. Tinha pesadelos constantemente vendo-a nos braços de outros, vigiou-a todos os dias em que ficaram separados. Seguiu todos os seus passos e por várias vezes velou seu sono. Morria por ela. Decidiu ir somente porque ouviu que ela e suas amigas iriam para lá essa noite. Estava disposto a procura-la e fazê-la entender que precisava dela junto de si. Infelizmente acabou encontrando Melanie, amiga de infância. Não conseguia se concentrar na conversa e toda hora seus olhos vasculhavam o local procurando por ela. Somente ela. Foi até que a viu. Todos os sentimentos estavam misturados, raiva, ciúmes, amor e saudades. Ai, que saudades ele sentia. Os últimos sumindo imediatamente quando a viu seguir para a pista de dança e rebolar, com a aquele corpo que era dele e somente ele, Draco Malfoy podia tocar. A raiva era tanta que levantou e tiraria dali rapidamente se não fosse Harry o segurando. Ela estava provocando-o, e nunca esteve mais linda, ele sabia disso. Pediu a Potter que o soltasse e desviou um minuto seus olhos dela para visualizar a silhueta de um safado encostando no que era seu. Isso não ficaria assim. Depois de socar o desgraçado aparatou com sua mulher para aquela que seria a morada deles. E faria com que ela entendesse isso de uma vez.

- Gostou de se esfregar naquele safado? Gostou?- perguntou Draco ainda segurando a castanha entre seus braços. Ela sorriu maliciosamente depois se enfurecendo ao lembrar dele com aquela mulher, mas de forma alguma deixaria que ele soubesse que ela morria de ciúmes dele também para usar isso contra ela. Mas já o dele, era sua arma para prendê-lo a ela para o resto de sua vida.

- Não sei do que está falando Draco. Eu estava dançando e me divertindo assim como você.

- Eu não estava me divertindo! Estava esperando você. Queria procura-la, por isso estava ali. Mas já você..., estava mesmo se divertindo, dançando com esse vestido minúsculo, se exibindo para aqueles, montes de marmanjos, pensa que não vi os olhos deles para você. Sabe que detesto que saia sem mim! Como pode? E com esse vestido? – disse o loiro extremamente nervoso, o ciúmes a flor da pele. Só de lembrar dela, dançando daquele jeito fez seu sangue ferver.  – Por que faz isso comigo, Hermione? Sabe que morro de ciúmes de você! Sabe o quanto a amo! Por que me tortura desse jeito? – a morena o olhou, era lindo! E como o amava!

- Você, Draco Malfoy, é mesquinho e egoísta!  - a castanha apontou o dedo para ele enquanto se aproximava dele, felinamente, raivosamente- Eu sempre fiz tudo que você pedia. Exigia na verdade. Você sempre teve uma última palavra. Eu só queria estudar, pesquisar e você queria me privar disso também. Você não entendi o quanto essa pesquisa é importante para mim?

- E, eu Hermione? – o tom de voz do loiro era triste e inseguro. Era sempre assim perto dela. Ela o deixava sempre inseguro. – Onde eu fico nessa história? Longe de você durante um mês, inteiro? Eu não posso ir, por causa dos negócios. Você ficará sozinha naquele país cheio de..., droga, Hermione, não consigo ficar longe de você!- a castanha estava de costas para ele, enquanto o loiro estava com as mãos em cima da mesa cada uma de um lado. A cabeça baixa, respiração descompassada, o peito subia e descia, os suspiros eram doloridos como se quando respirasse sentisse dor.

- Achei que queria o fim desse casamento?

- O quê? Ficou maluca? – falou Draco virando para ela, assustado.

- Sim. Você não me procurou. Depois vi você naquele Pub, cheguei a pensar que tinha desistido de nós eu o amo Draco, muito! Chega a doer e esses dias longe de você foram uma tortura sem fim eu...

Draco não a deixou falar, beijou-a como queria desde que discutiram a semanas atrás quando a vontade de voltar na mesma hora se apossou dele. Explorou, sugou a língua avidamente da castanha, sentindo aquele gosto inesquecível. Era ela somente ela que importava.  A morena enlaçou as pernas na cintura do único homem  que sabia que a dominava. E se naquele momento ele pedisse que ela não fizesse essa viagem, com certeza ela cederia mais uma vez.

Fim do Flash back
Quando abri a porta de meu apartamento, meus olhos quase saltaram de terror!
Zabine?!
- Oi amor! 
E a última coisa que vi, foi a escuridão que tomou conta de mim. 

 


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