Nos tempos de Hogwarts

Pansy, andava decidida para os dormitórios da sonserina. Depois do término de namoro Draco voltou para lá. Não queria encontrar com Hermione. E Pan como uma boa sonserina que é não deixaria que as coisas ficassem sem explicação. Quando estava quase chegando ao dormitório Draco estava saindo.

- Draco quero falar com você e agora!

- Não tenho nada a falar com você Parkison! Dê o fora. Sua traidora.

- Ah, cala a boca Draco! – o loiro arregalou os olhos para ela. Sempre que a morena usava esse tom, boa coisa não era. Ela devia estar irada. Acabou por enfiar a mão no bolso para pegar a varinha por precaução. Ela viu o movimento e sorriu. Tá procurando por isso? – mostrou a varinha. – sabe que sempre fui mais rápida do que você, não é loiro idiota. Agora fecha essa boca e você vai me escutar e se depois não quiser mais falar comigo ai é problema seu. – a morena empurrou Draco de volta para o quarto e lançou um feitiço silenciador na porta.

- Bem eu falo e você escuta. Será por bem ou mal. Você decide Draco. Lembre-se que estou com sua varinha e como uma boa sonserina que sou, posso silencia-lo até eu acabar.

- Fala logo Pan!- a morena sorriu de lado ao ver o loiro voltar a chama-la pelo apelido que ele mesmo lhe dera. Observou que ele estava ansioso mesmo não demonstrando. Viu o cruzar os braços e escorar na parede com aquela pose esnobe de sempre. Uma máscara.

- Hermione estava cansada de ser humilhada por você e Zabine. Não tinha um só dia que ela não chegava chorando no dormitório por causa de vocês. E principalmente você, Draco. – disse Pan apontando o dedo diretamente para ele. O loiro abaixou a cabeça envergonhado. Muitas vezes chegou a pedir perdão a Hermione por causa disso. – um desses dias, no qual creio que deve se lembrar ! Vocês  dois...- disse a morena com muita raiva. -  chegaram aos extremos, insultando- a no corredor. Nesse dia, a partir desse dia encontramos uma Hermione diferente. Ela não estava chorando, ela não fazia nada e apenas olhava para fora da janela. Quando chegamos a conversar ela nos disse que não deixaria vocês dois a humilharem mais, estava cansada e iria fazer vocês pagarem.

- Ai ela resolveu montar uma armadilha para os dois idiotas aqui.

- Não foi bem armadilha, Draco, foi vingança mesmo. E quanto ao idiota... concordo com você. E sabe que os dois eram canalhas demais. Eu que o diga isso, não Draco? Continuando..., ela a garota mais inteligente de Hogwarts que todos conheciam, era só aparência. Hermione só levava esse tipo de comportamento dentro da escola. Por que fora dela, era o terror da ala masculina!

-O Quê? – Draco gritou.  Está me dizendo que na escola ela agia...

- Como uma verdadeira anjinha. Mas na realidade era uma mulher exuberante e determinada. Podia conseguir o homem que quisesse na hora que quisesse. – o loiro não conseguia balbuciar nada. Estava irado, inconformado de saber que sua garota já despertava tanto interesse na população masculina. – nesse dia ela decidiu que seria ela mesma, só que com cérebro. Saiu para a casa dos pais por um tempo, ela era racional demais. Pensava demais. Passado alguns dias ela voltou da forma que voltou. Mas ela não havia mudado porque aquela Hermione que você viu entrando maravilhosamente naquele salão era a verdadeira Hermione que só eu e as meninas conhecia. O plano inicial era, usar as armas que ela tinha. Sabia que estava lidando com os dois homens mais galinhas da escola. Tinha que jogar pesado. Seduzir, conquistar e vingar.

- Então ela enganou a  todo mundo com a pose de santinha dela? E nos...

- Ah dá um tempo Draco. Simplesmente ela achava que estava aqui para estudar e não para se exibir. Ela leva as coisas certas muito a sério. E não vem julgá-la Draco. Você não é ninguém para isso.

- No começo as meninas e eu fomos contra, a avisamos que era perigoso e que as coisas não poderiam correr bem e então muitas vezes a questionamos sobre essa obsessão de fazer vocês pagarem. Principalmente você, Draco! Todas as vezes que nós falávamos sobre isso dizíamos que ela parecia que nem te odiava e sim que era apaixonada por você. Não era normal seu nome ser citado 24 horas por dia. Era ódio demais para uma pessoa só. – o peito do loiro começou a inchar e um sorriso de lado apareceu na face.

- Todo o plano de vingança dela tinha como objetivo maior atingir você, Draco. Zabine seria apenas um escarpe para fazer ciúme em você de maneira que o Bláz caísse também de quatro por ela. E foi isso que aconteceu, porém ele se apaixonou por ela de verdade e você também. Aquele dia no pub depois do beijo que deu nela, ela já tinha se decido a não continuar com a vingança por que já estava apaixonado por você.

- Mas aquele dia, ela disse que não queria ficar comigo! E beijou o Zabine na minha frente!

- Certo. Mas se bem me lembro ela só beijou ele porque ela viu você agarrando aquela loira no canto daquele lugar. Depois desse dia ela não quis levar isso adiante mas Zabine conquistou a confiança dela e ela se sentiu segura com ele, coisa que ela achava que não ficaria com você. – o loiro ouvia tudo atenciosamente. Muitas coisas agora estavam claras para ele. Nunca entendeu o porque dela ter ficado com Zabine.

- Quando os dois começaram a namorar ela já estava perdidamente apaixonada por você. Mas ficou com o outro por que sabia que no fundo você nunca assumiria nada com ela. Uma sangue ruim!

- Isso não é verdade! Eu disse a ela que estava disposto a ficar com ela. E ela me rejeitou.

- Sim Draco, mas você nem esperou ela virar as costas e já estava com outra. O que queria que ela fizesse, batesse palmas para você? – Pan, estava irada com o machismo dele. A partir desse dia ela tentou levar sua vida normal. Sem você. Por muitos dias, semanas vi o esforço que ela fazia para manter-se em pé amando uma pessoa e namorando outra. Sabia que ela não se entregou para ele? Você sabia disso, Draco?

- Eu  não sabia... eu nem desconfiava... sempre achei que os dois...

- Não! Nunca! Ele tentou mas ela não conseguia. Ela amava você. Sempre foi você. No dia que ela havia tomado a decisão de dormir com ele foi quando você quebrou seu quarto inteiro num acesso de raiva e ciúme, lembra? E acabou que ela se entregou para você, Draco. Não vê? A vingança nem chegou a ir para frente! Nós até tínhamos esquecido disso. Naquele dia em que estávamos conversando na biblioteca estávamos tirando sarro da Mione porque ela irradiava felicidade! Por sua causa. Rimos na biblioteca sim, mas foi dos tapas que recebemos simplesmente por dizermos que você era lindo , coisa e tal. E que pensar que tudo começou por uma vingança. Ninguém. Ouviu bem, hora nenhuma riu de você.

- Então ela me ama mesmo. Nunca foi mentira? – disse Draco com tanta humildade que Pan não conseguiu se segurar e foi até o  loiro e envolveu em um abraço fraternal.

- Ela te ama muito! Como nunca vi alguém amar em toda a minha vida! E está sofrendo e muito por sua rejeição. Ela tentou explicar isso várias vezes a você mas estava tão preocupado com sua dor que nem deu ouvidos a ela ou a ninguém. – Draco tinha lágrimas nos olhos. Sabia o tempo todo disso mas a mágoa e o orgulho não deixava que ele a procurasse e não sabia agora se ainda queria fazer isso. Por mais que tudo seja verdade ela havia enganado. , Pan, sabendo do gênio do amigo já tinha uma cartada final e bem sonserina digamos assim. Iria apelar para a única coisa que poderia desarmar o sonserino. O ciúme e o medo de perder. Até hoje ele ainda não tinha visto Hermione com ninguém mas sabia que ele estava sempre de olho nela sem que ela visse.

- Bem o resto você já sabe. Agora se me der licença eu vou sair tenho que ajudar a Mione com as malas e...

- Malas? Para onde ela vai?

- Não está sabendo? A é esqueci que não quer saber nada dela. Tá bom Draco não quero mais tomar seu tempo e ...

- Para com isso Pan! – o loiro estava agora segurando com força o braço da sonserina. No intimo ela sorriu. Sabia que daria certo.

- Solta meu braço Draco. O que que tá pegando einh!- a morena se soltou e fez menção de sair mas Draco impediu sua passagem.

- Que negócio de malas é essa? Para onde ela vai? O que eu não estou sabendo? – a morena sorriu exultante. Teria que contar com a sorte agora e de uma mentirinha da Gina.

- Ah tá legal Draco você vai saber mais cedo ou mais tarde mesmo. Pois bem, a Mione recebeu uma carta do Vitor Krum convidando ela para passar o natal e uma temporada com ele na Bulgária. Pronto falei.

- Como é que é? Aquele filho de uma Morgana mandou uma carta para minha namorada? – o loiro estava tão nervoso que nem observou o termo minha namorada. E ela vai?!

- Olha talvez se lembre Draco, você não quis nada com ela. Você terminou com ela. E mandou que ela sumisse de sua vida.

- A cala a boca Pan! Me responde. Ela vai para lá?

- Vai. Quando ela tentou falar mais uma vez com você no seu quarto ela viu Astória e você no quarto. Então ela desistiu de tudo que tinha em relação a você. Agora, ela vai começar de novo. Afinal, ela e Vitor já foram namorados e quando ele descobriu que vocês tinham terminado ele ficou doido para voltar para ela e...

- Pára! Para! Chega! Ela não pode ficar com ele! Eu não vou deixar! Ela me ama! Hermione é minha e nenhum búlgaro filho da mãe vai tirá-la de mim. Isso nunca.

- Creio que isso já não está em suas mãos Draco. Eu mesma a incentivei. Ela tem esse direito. Você pode por que ela não.

- Eu não tenho nada com Astória! Ela é minha amiga, e só. Ela me ajudou quando precisei. A única mulher que amo é Hermione. Só ela.

- Que pena, que tenha percebido isso só agora Draco. Tenho que ir agora. Ela parte hoje a noite e tem tanta coisa para levar, vestido de baile, maquiagem, ah não posso esquecer de dar meu presente de natal antecipado. Uma lingerie preta linda que ela vai poder usar com o ...

- Cala a boca! Cala essa maldita boca! Ela não vai a lugar nenhum! Só por cima de mim que ela sai. Hermione é minha namorada e logo vai se tornar uma legítima Malfoy e ninguém vai tirá-la de mim.- o loiro saiu em disparada deixando uma morena feliz e emocionada pelas palavras: "legítima Malfoy." Agora era só esperar.

Draco corria pelos corredores, desesperado. Em pensamento ele se chingava o tempo todo. Como podia ser tão burro! Estava a ponto de perder a mulher que ama por orgulho. Quando estava chegando perto do quarto da monitora topou com uma sentinela ruiva a espreita.

- O que quer aqui Malfoy?

- Eu quero falar com Hermione. – ele já ia bater na porta quando Gina se interpôs em seu caminho.

- Vai embora! Deixe Hermione em paz. Ela está ocupada agora. Está fazendo as malas e eu estou saindo para o corujal para despachar a resposta que a Mione vai mandar para o Vitor. Até que enfim, minha amiga se decidiu por aquele pedaço de mal caminho.

- Você vai fazer o quê? Mandar resposta para ele. Isso nunca. Me dá essa carta! Agora!

- De jeito nenhum. Vou agora postá-la. Por que tá interessado. Você não quis nada com ela. Vai se danar.

- Me dá essa carta Weasley! Antes que eu azare você pelos restos de seus dias. – Draco travou uma luta acirrada até que conseguiu pegar a carta das mãos de Gina e queima-la. A ruiva ria tanto internamente que teve que se segurar para não gargalhar na frente de loiro. Ele estava desesperado. – Essa carta nunca vai chegar nas mãos dele. Minha namorada não vai para longe de mim. Nunca! Tá ouvindo? – Draco entrou no quarto de Hermione sem bater.

- Eu nunca vou esquecer disso, Pan. A ruiva disse sem fôlego. Nunca me diverti tanto em fazer uma outra pessoa sofrer. Ainda bem que ele nã abriu a carta, se não estava ferrada. Ainda mais por saber que não tinha nada lá. 

- Nem me fale. Achei que ele me mataria, mas valeu a pena Gina. As duas garotas caíram na gargalhada. 

Hermione fazia suas malas, quando escutou a porta bater fortemente, nem levantou a cabeça e somente falou:

- Pan, você disse que queria que eu levasse o meu presente e... Draco? O que faz aqui?

- Então é verdade? Vai viajar?

- Sim eu vou! Estou indo para...

- Eu sei para onde você vai! – Draco dizia enquanto se aproximava lentamente, como uma cobra a dar o bote. Vai se encontrar com aquele búlgaro retardado? Por isso quer tanto o presente que a Pan vai lhe dar?

- Draco eu não estou entendendo nada do que você está falando.

- Não brinque comigo Hermione. – disse agarrando-a pelos braços.  – você não vai, tá me ouvindo.

- Draco do que está falando. Eu estou indo...

- Nem bem terminamos e já vai cair nos braços do queridinho Vitor Krum? Aquele búlgaro idiota? – Hermione agora entendia.

- Como você sabe disso. Quem te contou?

- A Pan me contou. E isso não importa agora. O importante é que você não vai. – “Pansy Parkison e Gina Weasley”, sabia que essa insistência delas para que eu viajasse tinha outras intenções. Depois me entendo com elas. Então, porque não aderir o plano e conquistar esse sonserino de uma vez.

- Ah... a viagem para a Bulgária. A sim, estou de saída. Vitor vem me buscar a noite. Então se puder me dar licença.

- Para com isso, Hermione. Você não pode viajar com aquele búlgaro!

- Não só posso como vou. Eu sou livre, faço o que quero. E não tem nada mais que me prenda aqui.

-Não pode estar falando sério. – disse Draco. - É claro que estou Draco. Cansei de esperar por você. Não sei por que se preocupa, já está até com outra! Vai procurar Astória, Draco e me deixe em paz.

- O quê? Tá maluca!  Eu não tenho nada com ela. Mas você! – disse o loiro apontando o dedo a centímetros do rosto da morena. – nem esperou e já está indo se encontrar com outro?

- Sim. Estou. E você está me atrapalhando. Me dá licença que eu tenho que tomar meu banho. Vitor já deve estar chegando e...

- Você não vai sair daqui!  Eu não vou deixar! Você é minha! E não vou deixá-la sair de perto de mim! – e a próxima coisa que a morena viu foram seus lábios sendo tomados e sua língua sendo sugada. Draco a agarrou em um abraço desesperado. Sua boca era tomada com fúria. O beijo era quente cheio de desejo, luxuria, saudades, amor. O loiro não deixou nenhuma brecha para a resistência. Nem poderia. E nem se quisesse lhe negaria. Há muito tempo, ela necessitava dele. Depois que se separaram sem ar, a morena ainda estava tonta, o loiro a pegou em seus braços e a levou para a cama, até aquele momento palavras não eram necessárias. Os dois se olharam como sempre faziam

- Por favor, não vá! Eu te amo Hermione! Amo. Desculpe se meu orgulho, nos fizeram sofrer tanto meu amor. Desculpe.

- Achei que tinha me esquecido Draco. Quando vi você com Astória naquele dia. Minhas esperanças acabaram. Eu ...

- Não! Não Hermione, não aconteceu nada naquele dia. Fiquei bêbado e Astória me ajudou, porque estava sofrendo demais por não ter você.

- No começo era mesmo uma vingança. Mas eu já o amava. Por Merlin! Eu já o amava.

- Eu sei, eu sei. Agora me diga que não vai viajar e que vai voltar para mim. Diz! Diz que quer se casar comigo e ser uma legítima Malfoy! – o loiro disse pegando uma caixinha de veludo vermelha dentro do bolso da calça e mostrando o anel de brilhantes que havia comprado para ela.

- Draco! Isso é! Merlin! – Hermione não tinha palavras para expressar tamanha emoção.

- Sim. Meu amor, aceita se casar comigo e viver o resto da vida ao meu lado?