As Histórias De Thalia escrita por GiGihh


Capítulo 4
Encrencada ... De novo




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THALIA


Acordei me sentindo maravilhosa. Sentia como se alguém estivesse segurando uma das minhas mãos enquanto dormia. Sentia também um formigamento na testa, como se tivesse recebido um beijo. Existia também uma musica em minha cabeça. Uma musica adorável. E o mais estranho de tudo: eu sentia uma sensação de paz e segurança... Algo que só sentia durante tempestades. Algo que só sentia quando pensava em meu pai.

Tomei um banho rápido, e fui preparar o café da manhã.

Enquanto preparava, cantava aquela estranha e maravilhosa canção dos meus sonhos. Estava tão distraída, tão concentrada na musica que não reparei meu padrasto, Hugo, entrando na cozinha.

–O que pensa que esta dizendo anormal?

Como sempre tão carinhoso... Mas é isso. Nada de “Bom dia” “Dormiu bem” ou coisa do tipo, mas estou acostumada. Eu não respondi a pergunta e continuei cantando enquanto preparava o café.

Reparei que ele estava assustado com o que eu dizia, mas também reparei que ele queria ver o mesmo sofrimento nos meus olhos que ele vira noite passada. Eu não lhe daria esse gostinho de novo. E eu tenho que admitir... Era impagável a sua expressão: espanto, medo e raiva.

–Você é surda ou o que? – Hugo gritou e agarrou meu pulso com força me forçando a parar e olhar em seus olhos.

–Você esta me machucando imbecil - retruquei por entre dentes e lançando um olhar cheio de raiva.

–Ahhh... Então a princesinha sabe falar- Hugo estava totalmente descontrolado, pior do que o normal eu quero dizer- Responda traste: o que você pensa que esta cantando?

Eu não entendia o que ele queria dizer com aquilo. Sério, eu não entendia mesmo. Eu achava a letra linda principalmente um trecho que dizia: Entre meus braços eu te cuidarei.

–Eu penso apenas que alem de você ter problemas de audição não te interessa! LARGUE O MEU PULSO AGORA!

Nesse momento um raio quase o atinge. Ele se salvou por apenas milímetros. Hugo largou meu pulso no susto e nesse momento eu consigo sair de casa quase tão apavorada quanto ele.

Eu escutei seus gritos a quase 2 km de distancia da casa.

Fui ao único lugar em que conseguia ter paz. Dirigi-me ao parque mais próximo a minha casa. Sempre que vou para La, vou para o lado mais afastado. Deito-me na grama embaixo de uma macieira e observo o céu. Isso sempre me trouxe paz.

Mas tudo seria diferente a partir dessa manhã.

Se eu buscava por paz... Bom, acho que nunca mais tive um pouco de paz.

Mas hoje eu não me deitei na grama. Simplesmente me escorei na árvore e minha atenção ficou voltada para a imensidão azul do céu.

Ao olhar para aquele lindo céu azul não pude conter um sorriso, pensando na cara de pânico do meu padrasto.

Mas o meu sorriso se desfez quase tão rápido quanto se formou.

Eu não estava sozinha. Mas não era uma pessoa que me observava.

Posso dizer que não sou a pessoa mais inteligente do mundo, mas algo dentro di mim sabia perfeitamente o que era aquilo.

Havia três cães pretos do tamanho de rinocerontes, com olhos vermelhos como fogo e presas que pareciam punhais.

Havia três cães infernais. Todos olhando diretamente para mim.


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Notas finais do capítulo

Boa leitura!



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