As Histórias De Thalia escrita por GiGihh
- Não- Thalia gritava enquanto era arrastada para o sótão pelo padrasto- Por favor! Eu não fiz nada! A culpa não é minha que aquele raio quase o matou. Solte-me!
- Menininha ridícula! Pensa que me engana! – ele grita de volta, joga a garota na escuridão e tranca a única porta.
Thalia chutou, socou, mas a porta não sedia. Ela encostou-se na parede e escorregou até o chão .
Ela pensou ter ficado horas, trancada até que adormeceu.
Ela acordou com leves batidinhas em seu rosto. Sua visão estava embaçada, e ela se sentia fraca e impotente.
Quando sua visão melhorou, Thalia percebeu que estava no colo de um senhor ,com cabelos grisalhos e bondosos olhos castanhos. Beto era agente de sua mãe, e sabia perfeitamente que a menina era maltratada. Também percebeu que Beto tinha uma expressão preocupada em seu rosto.
-Que bom que acordou- ele disse com um sorriso no rosto, mas a voz ainda tinha uma nota de preocupação.
-Quantas horas eu fiquei La dentro?- Thalia pergunta com um fio de voz
- Minha querida, você ficou trancada durante três dias inteiros, e ainda estaria La se eu não descobrisse onde eles põem a senhorita de castigo!Você esta desacordada há no mínimo dois dias. Sem ar, sem comida... A senhorita poderia estar morta!- ele completou – E trouxe comigo um lanche e uma vestimenta para você.
-Obrigada – A menina agradece logo depois de comer e sair vestida, da suíte.
-Acho que você já pode descer –Beto começa a dizer – eles não farão mal há senhorita
Dizendo isso, os dois desceram as escadas. Beto foi terminar a reunião que tinha, e Thalia sentou-se na janela para observar a chuva que caia. Por alguma razão ela sempre se sentira atraída por raios. E às vezes via lindos olhos azuis, como os seus. E perdeu-se em pensamentos de que algum dia , seu pai chegaria para buscar a filha.
Com esses pensamentos distantes, a menina não reparou que sua mãe e seu padrasto a observavam. Pela primeira vez sua mãe não estava bêbada, e em seu olhar era nítido um único sentimento: saudade.
Por outro lado seu padrasto tinha ódio no olhar, e perguntou com raiva:
- O que vocês vêm de especial em tempestades como essa?
-É como se eu estivesse olhando para alguém que não conheço e que me muita faz falta!- Thalia responde com a voz distante, quando um relâmpago corta o céu e novamente ela tem a impressão de ver lindos olhos azuis.
A mãe da garota sobe para seu quarto.
- Que coisa mais idiota é essa? Se esta pensando no seu pai esqueça garota. Ele não te quis! E nunca vai querer! – Hugo responde ainda com raiva, mas com uma nota de diversão em sua voz. Como se todo o sofrimento nos olhos da menina lhe fizessem muito bem- Você esta proibida de ficar olhando para essas luzes horríveis. Faça algo de útil e vá para o seu quarto.
Thalia sobe as escadas correndo e fecha a porta do seu quarto com força. Ela não pode deixar de evitar que lagrimas rolassem por seu rosto. Ela se joga na cama, e nem tenta conter as lagrimas.
Mas a menina adormece com a estranha sensação de alguém acariciando seus cabelos e lhe cantando uma linda canção de ninar.
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