Unidos pelo Destino 2 escrita por Camila Dornelles


Capítulo 31
Capítulo 31




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      Hermione se viu agora no Salão Principal de Hogwarts. Doze grandes arvores enfeitavam o local enfeitadas com luizinhas verdes, vermelhas, azuis e amarelas.  Lizzie, Tom, Eileen e Abraxas estavam sentados lado a lado em uma grande mesa redonda. Varios outros professores ocupavam as outras cadeiras.

      Hermione reconheceu Dumbledore e Slughorn, os outros nunca os tinha visto. 

- Então – disse Dumbledore para os quatro – É o ultimo ano de vocês aqui. O que pretendem fazer quando saírem?

- Curandeira – respondeu Lizzie.

- Auror – respondeu Abraxas.

- Auror também – disse Eileen.

- Professor – respondeu Tom.

      Hermione voltara as masmorras. Em um canto, uma grande arvore de natal brilhava com luizinhas e laços verdes e prateados. Lizzie, Tom, Eileen e Abraxas adentraram o salão comunal rindo e cambaleando.

      Eles se sentaram ao redor da arvore e pegaram cada um, um pacote.

- Tudo bem. – disse Abraxas pigarreando – Eu começo. Meu amigo secreto é uma pessoa muito especial para mim.

- Qual é! Todos somos especiais pra voce! – exclamou Eileen rindo.

- Quieta! – sibilou Lizzie – Eileen, acho que voce exagerou na bebida.

- Ela é linda... – continuou Abraxas.

- Sou eu! – berrou Eileen mais alto – Sem desmerecer a Lizzie é claro! Mas eu sou tudo de bom.

- Sim – Abraxas revirou os olhos – É você Eileen.

- Eu sabia! – exclamou ela tomando o presente das mãos de Abraxas e lhe entregando outro. – Eu tirei você lindão!

- Chega Eileen! – disse Lizzie se levantando e puxando a garota consigo. – Vou leva-la para o quarto, já volto.

      E subiu com Eileen. Lizzie a colocou deitada na cama e cobriu-a.

      Quando voltou, Tom estava sozinho sentado em um dos sofás. Ela se aproximou meio sem jeito.

- Onde esta o Abraxas?

- Pegou o presente dele e foi dormir. – respondeu Tom e puxou Lizzie para se sentar ao lado dele.

- Bom. – disse ela – Esta meio obvio, mas eu tirei você – e lhe estendeu uma caixa preta.

      Tom a abriu e tirou de lá um caro perfume.

- É o mesmo que você me deu Natal passado – disse ele reconhecendo a embalagem.

- Sim. Imaginei que o seu já tinha acabado. E como você disse que gostou. Eu achei que...

- Eu adorei.

      Ele a abraçou.

      Soltou-se dela segundos depois, mas não se afastou. Seus rostos mais próximos do que nunca estiveram. Os olhos azuis dele se prenderam nos verdes dela.

- E-eu... – ela ia dizendo.

      Mas Tom colocou seu dedo indicador sobre os macios lábios dela.

- Lizzie, eu... Sinto que... Faz tempo que eu... Quero que...

      Ele se aproximou mais e seu lábios se tocaram.

- Meu Deus! – exclamou Lizzie se levantando e ficando de costas para Tom – O que nós fizemos...

- Não sei se você conhece – ele se levantou também – Mas aquilo foi um beijo.

- Não podíamos... Somos como irmãos e...

- Seu presente – disse ele pondo sobre a mão dela um pequeno saquinho de veludo preto.

      Ela não se virou. Pegou o saquinho e o abriu. Para sua total surpresa havia um anel ali dentro. Era prateado e tinha cinco pequenas pedrinhas verdes, esmeraldas.

      Acompanhando o anel, havia um bilhetinho.

“Lizzie, quer namorar comigo?

                                   T. Riddle”

      Lizzie sentiu lagrimas nos olhos e se virou encarando Tom.

- É serio? - perguntou num fio de voz – Ou é alguma brincadeira?

- Eu nunca brincaria com um assunto desses. – respondeu ele – Lizzie... Eu... Eu percebi que eu... Estou.apaixonado.por.você. Não é uma coisa nova, eu não descobri a pouco tempo não. Eu sabia desde o primeiro ano. Você é diferente, é linda, carinhosa, especial, eu não sei se viveria sem você e...

- Desde o primeiro ano? – ela o interrompeu franzindo a testa.

- Sim... Por isso eu não falava com você... Por isso te evitava sempre... Então... Um dia, acho que foi no segundo ano, vi você sentada com Abraxas no salão comunal, estava tarde e você estava fazendo um trabalho para o Binns. Ele se ofereceu para te fazer companhia, você aceitou. E perguntou porque eu te odiava... Eu nunca te odiei Lizzie, nunca, nem por um segundo... Então, ele te abraçou... E vocês ficaram mais unidos depois daquilo. E eu cheguei a pensar que você estava a fim dele e...

- Eu e o Abraxas? – ela fez uma careta – Que pensamento...

- Então... Eu estava andando pelos jardins e vi você encostada na arvore perto do lago negro... Não consegui evitar... Me aproximei... E você sugeriu que recomeçássemos do zero... Desde então venho nutrindo esse sentimento louco. Esperando por algo... Algo que eu não sabia se ia acontecer. Uns tempos depois, quando fizemos a nossa primeira “reunião secreta” no meu quarto, eu fiquei esperando que você tirasse seu roupão. Mas você não o fez, e eu pensei que estava com vergonha do Abraxas... Então, quando fomos dormir... Você o tirou, e eu vi... Vi seu corpo...

      Ela se aproximou mas ela sem pensar de um passo atras.

- Seu corpo é perfeito... Eu me senti... Diferente... Quando você dormiu, eu me levantei e fiquei te observando...Seu respirar tranquilo... Sei peito subindo e descendo lentamente... Então, naquele dia, eu assumi para mim mesmo que te amava... Que te queria para mim... Fiquei morto de ciumes quando os alunos do castelo começaram a te notar... E a te paquerar... Mas você nunca deu bola para nenhum deles... Então senti esperança... E fomos ficando mais amigos... Mas até que você e a Eileen ou eu e o Abraxas... Quando sua mãe morreu, e você nos contou no trem chorando em meus braços... Eu me senti horrível... Horrível por não poder te ajudar... Eu... Eu queria poder trocar de lugar com você, só para sentir dor em seu lugar...

      A essa altura, Tom, Lizzie e Hermione, que assistia, tinham lagrimas nos olhos.

- Lizzie... Eu... Só queria dizer que te amo mas... Deixa quieto...

      E se virou para ir embora, mas Lizzie o puxou pela camisa o fazendo voltar a posição antiga.

- É minha vez... – ela secou as lagrimas dos olhos – Você... É... Um.. Idiota.. Tom... Riddle!

      Ele a encarou com cara de tonto.

- Como você pode me manter as cegas por todos esses anos? Eu ficava te olhando, te admirando, sonhando com você quase todas as noites... Ficava louca quando qualquer galinha desse castelo se aproximava de você... Fechava a cara quando você correspondia a essas garotas! Olhe pra mim! – exclamou ela o puxando pelo queixo – Eu estou apaixonada por você seu idiota! Desde muito tempo atras!

- Você.. O que?

- Eu estou apaixonada por você Tom Riddle! – repetiu ela sem paciência.

      Tom sorriu e a puxou pela cintura dando-lhe um beijo de tirar o folego. Assim, os halitos, menta e canela, se uniram.

- Então... – disse Tom ao se soltarem – Minha proposta ainda esta de pé.

- Que proposta?

- Lizzie – ele revirou os olhos – Você pelo menos leu o bilhete que estava com seu presente?

- Claro. Ah... Entendi... Sim. Eu quero ser sua namorada Tomy.

      Eles sorriram um para o outro e se jogaram sentados no sofá.

- Esse sem duvidas... – começou Lizzie – É o melhor natal da minha vida.

      Tom sorriu concordando.

•••

     

- O QUE? – gritou Eileen na manhã seguinte enquanto ela e Lizzie iam para o salão comunal. – Ai que dor de cabeça!

- Bem feito – disse Lizzie rindo – Quem mandou você beber demais ontem a noite?

- Não mude de assunto mocinha! Pode me contar tudo.

- Nós conversamos... E estamos namorando.

- Você e Tom? – perguntou boba quando elas chegaram as masmorras – ALELUIA!

- Aleluia mesmo – disse Abraxas se juntando a elas – Já estava na hora não é mesmo?

      Atras dele, vinha um Tom Riddle sorridente.

      Lizzie corou com o comentário de Abraxas e Tom a abraçou, lhe dando um selinho.

      A seguinte cena aconteceu dois meses depois que Lizzie e Tom começaram a namorar, eles já estavam no final de Fevereiro. Lizzie estava no salão principal com Tom, Abraxas e Eileen. Quando uma coruja cinza adentrou o salão e lhe deixou uma carta no colo.

- O que é? – perguntou Eileen.

- É de Dumbledore – respondeu Lizzie – Ele quer que eu vá sozinha no escritório dele, hoje a tarde.

- Você vai?

- É claro. Deve ser importante.

      Tudo ficou escuro, mas voltou ao normal um segundo depois. Hermione estava nas masmorras. Tom e Lizzie estavam sentados em um sofá conversando e trocando carinhos.

- Que horas são? – perguntou ela.

- Quase quatro.

- Acho que já vou ver o que Dumbledore quer. – ela se levantou.

- Mas antes... – disse ele sorrindo maliciosamente e a puxando com tudo.

      Lizzie caiu deitada no sofá e Tom deitou-se sobre ela. Ele grudou o corpo no dela e lhe deu um beijo no pescoço.

- Tom... – disse ela num fio de voz o repreendendo.

- Quieta. – sussurrou ele em seu ouvido e lhe deu um beijo.

      De lento e calmo, passou a rápido e exigente. Lizzie puxou Tom para mais perto, não deixando nenhum milímetro de distancia entre os dois. Ela afagava-lhe os cabelos e enquanto isso, Tom, acariciava e apalpava suas cochas com desejo.

      Quando o ar faltou, os dois se separaram relutantes e vermelhos.

- Quatro horas – disse ele olhando seu relógio – Acho melhor você ir.

- Sim.

      Tom saiu de cima dela, a ajudando a levantar e lhe aplicando um selinho rápido.

- Não precisa me esperar – disse ela e saiu.

      Lizzie e Hermione andaram rapidamente em direção a famosa sala circular. As duas passaram pela gárgula de pedra com a senha (Sorvete de Chocolate).

      Lizzie bateu na porta e Dumbledore gritou La de dentro.

- Entre.

- Professor Dumbledore? – chamou ela tímida – O senhor queria falar comigo?

- Sim Lizzie – disse ele – Sente-se, por favor.

      Ela se sentou de frente para ele.

- Lizzie – ele respirou fundo como se estivesse tomando coragem – Imagino que não saiba o porquê de estar aqui.

- Acho que tenho alguma ideia. Tem a ver com o Tom?

- Em partes – Dumbledore sorriu – Fiquei sabem que estão namorando.

      Lizzie corou.

- Estamos.

- Fico feliz que se acertaram, já era hora não? Mas não estamos aqui para falar disso. Lizzie te chamei aqui para pedir um imenso favor.

- O que quiser professor.

- Isso pode lhe ocupar a tarde toda – alertou ele.

- Sem problemas.

      Ele abriu a gaveta de sua escrivaninha e tirou de lá dois objetos parecidos com relógios de bolso, um era dourado e outro prateado.

- Sabe o que são? – perguntou o diretor.

- Vira-tempos.

- Exato – Dumbledore sorriu orgulhoso – São meus, eu mesmo os fiz. O Ministério da Magia não sabe, portanto, peço descrição da sua parte.

- Claro. – ela arregalou os olhos – Se depender de mim, ninguém saberá.

- Ótimo – ele se levantou, pegou debaixo de sua escrivaninha uma caixa e entregou a Lizzie – Primeiro quero que vista as roupas que estão aqui. Pode se vestir no meu banheiro.

      Lizzie se levantou, rumou para o banheiro, tirou seu uniforme, vestiu a calça jeans, botas de neve pretas e uma blusa. Hermione arregalou os olhos. Essa era a roupa que ela usou para ir a Hogsmeade quando Catia Bell fora amaldiçoada pelo colar de Opalas.

      Ela saiu do banheiro do diretor.

- Sabia que lhe cairiam bem – disse Dumbledore ao vê-la – Agora, Lizzie, preste bem atenção.

      Lizzie se aproximou do diretor aprumando os ouvidos.

- O vira-tempo dourado vai para o futuro, o prateado volta para o passado. Você ira para o futuro, daqui a 50 anos. 369 voltas devem bastar. Vá ao Três Vassouras e fique escondida no banheiro feminino por um Feitiço de Desilusão. Quero que descubra quem entregou o colar de Opalas a Cátia Bell. Você saberá quem é. Ela vai estar com uma amiga chamada Liane – ele lhe entregou uma capa preta com capuz – Seja discreta. E antes que eu me esqueça de avisar, vai estar nevando. Assim que descobrir, saia do bar e caminhe pela neve. De mais cinco voltas no vira-tempo dourado e você estará em uma floresta. Suba em uma arvore próxima a uma clareira. Tem alguém lá que você tem que ver. Então pegue o vira-tempo prateado, de 373 volta e você estará de volta. Entendeu?

- Sim. Dourado vai, prateado volta, 369, Catia Bell, depois mais cinco, arvore, clareira – disse Lizzie pausadamente memorizando tudo – Mas... Professor por que...?

- Perguntas depois que voltar – respondeu Dumbledore – Lizzie, você conhece as regras. Ninguém pode ver seu rosto. Boa Sorte.

      Lizzie vestiu a capa e pendurou os vira-tempos no pescoço. Pegou o dourado e o virou 369 vezes;

      Dumbledore foi sumindo e ela se viu no mesmo lugar, mas a diretoria estava vazia. Um estranho calendário na mesa marcava o ano de 1996.

      Lizzie lançou um feitiço de desilusão em si mesma, mas Hermione de algum jeito conseguia vê-la.

      Ela saiu dos arredores do castelo e rumou para Hogsmeade, adentrou o Três Vassouras e correu para o banheiro se escondendo em um Box.

      Minutos depois uma mulher loira e bonita adentrou o banheiro segurando um embrulho e uma moeda dourada falando sozinha.

- Não, ela esta chegando – disse a mulher e guardou a moeda.

      Duas garotas adentraram o banheiro, uma entrou no Box onde estava à mulher loira e a outra ficou esperando do lado de fora.   A que estava no Box voltou com um embrulho na mão.

- O que é isso Cátia?

- Nada Liane. É uma entrega para o professor Dumbledore. Vamos embora. – e saíram rapidamente.

- Pronto senhor – sussurrou a mulher bonita para a moeda – Ela já esta com o colar de Opalas.

      Lizzie desfez o feitiço de desilusão e saiu do banheiro. Hermione a seguiu.

      Ela parou próxima a porta e encarou três adolescentes sentados em uma mesa, dois garotos e uma garota, que era igualzinha a ela.

- Não pode ser – sussurrou ela – É uma ilusão. Impossível

      Em choque, ela saiu apressada rumo à neve.

      Os três adolescentes saíram do Três Vassouras em seguida e rumaram pela estrada em direção a Hogwarts.

      Lizzie não conseguia ver direito o que estava acontecendo. Só viu que a garota que era a sua cara acenou. Mas as ordens de Dumbledore eram claras. Ninguém podia ver seu rosto. Então, rapidamente, deu mais cinco voltas no vira-tempo dourado e a neve sumiu. Dando lugar a uma densa floresta. Logo à frente, uma clareira. Lizzie subiu em uma arvore, e viu um garoto moreno, de óculos e com uma cicatriz em forma de raio na testa.

      Ele adentrou a barraca correndo ao escutar um barulho de um galho sendo quebrado.

      Instantes depois, a mesma garota do Três Vassouras saiu da barraca, e olhou em volta.

- Inacreditável! – sussurrou Lizzie soluçando enquanto lagrimas cobriam seus olhos.

      Hermione também estava boba, então, o barulho que ela ouviu era Lizzie?

      Mais cinco adolescentes saíram da barraca, eles deram as mãos e aparataram. Lizzie desceu da arvore tremendo. Ela pegou o vira-tempo prateado e deu 373 voltas.

      Chegou a Hogwarts minutos depois. Estava parada em frente à sala de Dumbledore. Adentrou-a sem hesitar e encontrou o diretor sentado em seu mesa olhando a noite estrelada.

- Pensei que só viria de manhã – disse ele abrindo um sorriso, mas fechando-o ao vê-la com lágrimas nos olhos.

- O que diabos foi aquilo? – perguntou ela tirando os vira-tempos e os depositando na mesa de Dumbledore.

- Vamos com calma. Primeiro, descobriu sobre o...?

- Foi uma tal de Madame Rosmenta. – interrompeu Lizzie – Nunca ouvi falar dela, mas a vi. Ela estava falando com alguém atrás de um galeão falso. Não sei como... Mas era homem. Ela disse “senhor”. Mas não disse o nome...

- Obrigada. Isso vai ajudar muito. Agora... Pergunte o que quiser.

- Porque me mandou lá?

      Ele soltou um muxoxo.

- Lastimável que a primeira pergunta que você me faz eu não poderei respondê-la.

- Tudo bem então – Lizzie se sentou frente a ele – Quem era aquela garota?

- Qual?

- A que se parece comigo!

- Hermione Jean Granger...

- Jean? – perguntou perplexa – Ela é uma Jean? Como eu?

- Sim. Ela é sua parenta na verdade.

- Ela é... Minha filha?

- Não. Sua neta.

- NETA? Eu já tenho uma neta?

- Não. Você ainda vai ter.

- Neta. – repetiu Lizzie – Mas como...? Ela é uma bruxa sim? Isso eu já percebi. Quantos anos ela tem?

- Bom no três vassouras ela tinha 16 e depois na floresta 17.

- Nossa! Mas ela é muito parecida comigo!

- Com as únicas exceções dos olhos e dos cabelos. Até na escola são iguais.

- Como assim?

- Ela é a primeira da turma dela. Sempre foi. Igual a você Lizzie.

      Hermione e Lizzie coraram.

- Não gosta de Quadribol, como você. Adora ler, como você. É corajosa e leal como os membros de sua casa...

- Espera! Coragem e lealdade não estão nas qualidades dos Sonserinos. São dos grifinorios e... Espera um pouco! Ela é da Grifinória?

      Hermione sentiu um pesar no coração, sabia que sua avó estaria decepcionada pelo fato dela ser da Grifinória.

- Sim – respondeu Dumbledore.

- Serio? – Lizzie sorriu – Que Maximo! Nunca tive nenhum parente que fosse de lá.

      Dumbledore e Hermione arregalaram os olhos perplexos, obviamente acharam que Lizzie não gostaria nada de Hermione ser da Grifinória.

- Conte-me mais sobre ela professor. – pediu Lizzie – Por favor. Quero saber tudo.

- Quem sabe amanhã. Volte para seu salão comunal Lizzie. E durma um pouco. Já passam das três da manhã.

- Nossa! Eu não percebi! Lá foi tão rápido.

- Épocas diferentes. Pode ir se trocar se quiser.

      Lizzie rumou para o banheiro e trocou as vestes que usava por seu uniforme. E devolveu as roupas para Dumbledore.

- Boa noite Lizzie.

- Boa noite professor.

      Lizzie saiu da sala circular e rumou para as masmorras. Tudo estava escuro, os quadros estavam dormindo. Nem uma alma viva, ou morta, passeava por ai. Lizzie e Hermione adentraram as masmorras silenciosamente.

      Tudo também estava escuro e silencioso demais. Algo se moveu mais adiante e Lizze parou.

      Então aconteceu, mas rápido do que Hermione podia acompanhar. Três raios vermelhos voaram em direção de Lizzie, que murmurou um feitiço escudo a tempo. Ela se abaixou e se escondeu atrás do sofá.

- Quem esta ai? – exclamou uma voz que Lizzie conheceu rapidamente.

- Abraxas! – exclamou uma mulher – Quieto.

- Calem-se os dois – disse Tom.

- Sou eu! Lizzie – disse ela se levantando para que eles pudessem vê-la – O que estão fazendo seus idiotas?

- Lizzie! – exclamou Tom aliviado correndo até ela e a abraçando forte.

      Ele estava com os cabelos bagunçados e tinha olheiras.

- Sua maluca! – disse Eileen se aproximando furiosa – Onde estava? Estávamos ficando loucos de preocupação aqui!

- Eu avisei a vocês que ia falar com Dumbledore!

- Mas isso foi há dois dias – esclareceu Abraxas.

- O que? – perguntou Lizzie intrigada – Mas para mim pareceram horas!

- O que? – repetiu Tom.

- Perdi a noção do tempo – disse Lizzie ao sentir sua barriga roncar – Estou faminta.

- Você não comeu?

- Não! Já disse pareceram horas!

      Abraxas e Eileen trocaram um olhar preocupado. Enquanto Tom lhe dava um beijo na testa.

- Fiquei preocupado. – admitiu ele.

- Desculpe – sussurrou ela – Não foi minha intenção. Eu juro que para mim pareceram horas.

- Ele não comeu nem dormiu enquanto você esteve fora – disse Abraxas – Tentamos falar com Dumbledore, mas todos diziam que ele não estava.

- Estou aqui agora – disse Lizzie – Estou bem, não aconteceu nada. Desculpem.

- Vamos comer algo? – sugeriu Tom.

- Vou dormir – disse Abraxas abraçando Lizzie.

- Eu também – Eileen fez o mesmo e subiu as escadas para seu dormitório.

- Vamos?

- Sim – Lizzie assentiu.


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