Draco tocou no cabide que brilhou, e em um segundo estava na cabana, no seguinte estava caído no quintal da Toca. Ao se levantar, Draco viu Harry, Lupin, Gina e Luna que correu ao seu encontro e o abraçou. Kingsley foi como um cavalo em direção a Lupin, e apontou a varinha para o peito dele.

– Quais foram as ultimas palavras de Dumbledore para nós dois?

– “Harry é a melhor esperança que temos. Confie nele" — respondeu Lupin calmamente.

Ele se virou para Harry. Mas Lupin o parou.

– É ele mesmo, já verifiquei. Que aconteceu com vocês?

– Fomos seguidos por cinco. Ele – apontou para Draco – estuporou dois e eu um. E depois ele acertou um Crucio no peito de outro, ele caiu da vassoura. E vimos Você-Sabe-Quem, ele se juntou aos Comensais mais ou menos no meio da perseguição, mas desapareceu em seguida. Remo, ele é capaz de...

– Voar. – completou Harry.

– Mas e você Remo? Onde esta George?

– Ele foi ferido. Perdeu uma orelha.

– Perdeu uma... – Draco não completou.

– Foi Snape, usando Sectumsembra.

Draco correu para dentro da Toca e viu a Sra. Weasley pressionado uma toalha no buraco onde deveria a ver uma orelha em George, este estava deitado no sofá, inconsciente.

– Não posso decompor, foi decepada por Artes das Trevas. Mas não sei como fechar o buraco.

– Eu sei. – disse Draco.

Ele se ajoelhou em frente a George ao mesmo tempo em que Harry e Lupin entravam na Toca.

– Vulnera Sanetur, Vulnera Sanetur, Vulnera Sanetur. – murmurou o loiro três vezes passando a varinha sobre o buraco.

E o buraco da orelha, lentamente se fechou.

– Vou provar quem sou depois de ver meu filho! – berrou o Sr. Weasley surgindo na porta – Agora, saia da minha frente!

– Arthur! – Molly correu para abraçá-lo

– Como ele esta? – perguntou o Sr. Weasley.

– Draco fechou o buraco da orelha. – disse Molly sorrindo fracamente – Como você fez isso querido?

– Bom, eu fui atacado este ano. Jogaram-me um Sectumsempra. E eu escutei quando Snape fez o contra feitiço.

Com todo o movimento e a gritaria do pai e do irmão. George acordou.

– Como se sente filho? – perguntou a Sra. Weasley quando Draco se afastou.

– Mouco.

– O que? A perda afetou o cérebro dele? – perguntou Fred.

– Mouco. – repetiu George – Entende... Surdo e oco, Fred, sacou?

– Patético! – exclamou o irmão.

– Onde estão Rony e Gui? – perguntou George.

– Anda não voltaram. – disse a Sra. Weasley com pesar – Nem Olho Tonto com Hermione.

O silencio reinou na sala. Draco, sentindo o clima pesar, foi para o quintal e se sentou na grama encarando o céu. Sentiu uma movimentação atrás dele, e Luna se sentou ao seu lado.

– Sei como esta se sentindo – comentou ela.

– Não sei do que esta falando.

– Você esta preocupado. Com Hermione.

– E você com o Rony. – completou Draco.

– Estou. Eu gosto dele, sabe? E sei que você gosta da Hermione.

– Ficou louca?

– Qual é. Sei exatamente como se sente.

– Segui seu conselho, sabia? – ele mudou de assunto – Quando estava na Torre de Astronomia. “Escute seu coração. Essa sempre será a melhor saída.”

– Eu imaginei que seguiria. – ela sorriu sonhadora – Você não pode fugir para sempre. Ela não estará aqui para sempre.

– Quem?

– Hermione, oras.

– Continuo sem saber sobre o que você esta falando. – ele encarou as estrelas.

– Draco, - ela suspirou – O pior cego, é aquele que não quer ver, sabia?

– Você tem bons conselhos, Luna. Mas já tentou os seguir?

– O que...?

– Olhe! SÃO ELES SRA WEASLEY!

Ele exclamou e apontou para o céu, se levantando em seguida quando uma vassoura se materializou, parecendo estar sem controle. Rony pois os pés no chão tentando frear, e Tonks voou. Draco só viu um tufo rosa choque se chocar contra ele, fazendo-os parar no chão.

Todos, menos os gêmeos, saíram da Toca.

– Tonks! – berrou Lupin tirando a esposa de cima de Draco.

O Sr. Weasley estendeu a mão para o garoto, que a pegou sem hesitar, e se levantou do chão. Draco viu Luna pendurada em Rony.

– Estou bem... Estou bem... – ele murmurava para ela.

– Rony foi o máximo - comentou Tonks calorosamente, soltando Lupin. - Fantástico. Estuporou um dos Comensais da Morte direto na cabeça, e olha que quando se está mirando um alvo móvel montado em uma vassoura...

– Você fez isso? – perguntou Gina abraçando o irmão.

– Sempre o tom de surpresa. – ele revirou os olhos – Somos os últimos?

– Não – respondeu Harry – Faltam Gui e Fleur, e Olho Tonto e Hermione.

– Que aconteceu? – perguntou Remo a Tonks.

– Bellatrix. Me quer tanto quando queria Sirius e quer Harry.

– Você esta bem querido? – perguntou Molly abraçando Rony.

– Estou bem.

– Olhem! – exclamou Gina olhando para o céu.

Um enorme testrálio vinha voando e quando pousou Gui e Fleur desceram descabelados.

– Gui! – berrou a Sra. Weasley o abraçando – Graças a Deus!

– Olho Tonto morreu. – anunciou Gui para o pai,.

Todos ficaram em silencio.

– E Hermione? – perguntou Draco.

– Vimos acontecer – seguiu Gui – Foi logo depois que rompemos o cerco, Olho Tonto e Hermione estavam perto de nós, indo para norte. Voldemort que é capaz de voar, se juntou aos Comensais, mais ou menos no meio da perseguição. Ele foi direto para Olho Tonto porque achou que Harry estaria com ele, por ser o mais forte. A maldição da morte o atingiu direto no rosto. E eles caíram da vassoura.

– E Hermione? – tornou a perguntar Draco com mais firmeza.

– Desapareceu com ele. Não pudemos fazer nada, tinha oito vassouras nos seguindo.

– É claro que não puderam fazer nada... – disse o Sr. Weasley.

– Hermione? – sussurrou Harry baixinho.

– Não. – sibilou Draco se apoiando em Luna – Ela não...

– Calma. – disse a loira o puxando pelo braço – Vamos andar um pouco.

E arrastou Draco para longe da Toca.

Os outros, desolados, voltaram para dentro da Toca onde Fred e George riam juntos.

– O que houve? – perguntaram.

– Olho Tonto, morto. E Hermione, desaparecida.

As risadas dos gêmeos se transformaram em caretas de sobressalto. Ninguém parecia saber o que fazer. Gui foi ao aparador e apanhou uma garrafa de uísque de fogo e alguns copos.

– Peguem – eles distribuiu um copo pra cada um e os encheu – A Olho Tonto. E a Hermione.

– A olho Tonto e Hermione – disseram juntos e beberam.

Gina, Rony e Harry tinham lágrimas nos olhos. E ainda não podiam acreditar, que sua melhor amiga. Estava morta.

O silencio reinou outra vez na sala.

– Você-Sabe-Quem agiu exatamente como Olho-Tonto previu — disse Tonks, fungando. — Olho-Tonto disse que ele calcularia que o verdadeiro Harry estaria com os aurores mais fortes e capazes. Perseguiu primeiro, Olho-Tonto, e, quando ele caiu, se virou para Kingsley, e depois quando Harry se denunciou ele seguiu para Hagrid.

Neste momento, Draco e Luna adentraram a Toca, os dois com olhos vermelhos, Draco mais do que Luna. A Sra. Weasley correu para abraçá-lo.

– Querido – disse ela – Sei que não é uma boa hora. Mas tenho algo para você.

Ela foi ate o armário, e pegou em uma das prateleiras uma caixa preta e entregou para Draco.

– Sua mãe veio aqui, três dias atrás. Ela sabia que você viria para a Toca. Então me pediu para lhe entregar isso.

– Obrigada. – ele abriu a caixa e viu um relógio prateado lá dentro.

– É tradição ganhar um relógio quando se faz 17 anos. Acha que ela se esqueceu de você?

Junto com o relógio, tinha um pequeno pedaço de pergaminho.

"Meu filho, lamento por não poder estar com você nesta data. Mas quero que saiba que te amo muito. Agradeça a Molly por mim outra vez, por tudo.

Ciça. "

– Ela mandou agradecer à senhora, por tudo. – disse Draco.

– Não a nada que agradecer.

– O que diabos é aquilo? – indagou Tonks olhando para algo pela janela.