Unidos pelo Destino 2 escrita por Camila Dornelles


Capítulo 18
Capítulo 18




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      Não foi muito fácil  achar a barraca, mas depois de um tempo procurar eles finalmente acharam. Ao adentrarem viram as três dormindo tranquilamente. Hermione nas almofadas, Luna na cama que era de Ron e Gina na de cima.

- Hey! – berrou Harry – Acordem!

- O que foi? – perguntou Gina se sentando na cama - Harry você esta b...

      Ela parou estática ao ver Ron.

- Ai seus selvagens! – berrou Hermione se sentando também – Me acordaram!

- Olhe quem esta aqui! – exclamou Harry sorrindo.

      Hermione encarou Ron por um segundo, mas seus olhos foram atraídos para Draco. O loiro estava sem a camisa do pijama e todo molhado.

- Merlin! – exclamou se levantando e pegando três toalhas – O que diabos vocês fizeram? Resolveram dar um mergulho no poço congelado a meia noite? Homens!

      Ela jogou uma para Harry, outra para Ron, e passou a de Draco pelos ombros dele.

- O que aconteceu com vocês? – perguntou passando a tolha pelos cabelos do loiro – E você? Como chegou aqui?

- É uma longa historia. – disse Ron.

- Vamos, sequem-se! Não vão se resfriar. – ela abraçou Ron – É bom te-lo de volta.

      E puxou Draco, o jogando sentado nas almofadas, Hermione se ajoelhou atrás dele com a toalha e a passou por suas costas.

      Gina desceu do beliche e correu para Ron, pulando sobre ele e o abraçando.

- Seu legume insensível! – disse no olvido dele.

- Eu sei minha pequena – ele riu e a colocou no chão.

- LUNA! – gritou Gina – Ela tem o sono muito pesado.

- É um ataque? O que foi? – perguntou se levantando de repente.

- Olha quem esta aqui! – exclamou Gina animada apontando para Ron.

      Luna se levantou da cama e caminhou para Ron como um zumbi. Ele começou a abrir os braços para envolve-la ,as ela se adianto eu começou a socar.

- Ai... Ui... Que isso?... Luna!

- Você... Ridículo... Palhaço... Weasley! – ela apontava cada palavra com um soco.

- O que eu fiz mulher?

- Você... Se... Arrasta... Aqui... Depois... De... SEMANAS! – ela gritou – Eu chamei por você! Gritei seu nome! Quase fui mordida por uma cobra por ir atrás de você! Ah, cadê a minha varinha?

      Harry estava com ela, o moreno gritou “Protego” e um escudo se fez entre Luna e Ron.

- Luna, calma. – disse Gina.

- Não vou me acalmar! – ele retrucou – Harry! Minha varinha! Me dá, agora!

      Draco ria silenciosamente da situação, Enquanto Hermione o secava olhando a briga preocupada, nunca vira Luna daquele jeito.

- Não, Luna. Se acalme!

- Não me diga o que fazer Harry Potter! – exclamou – Devolva minha varinha! Já! E você! – apontou o dedo para Ron – Corri atrás de você! Te chamei!

- Luna, eu lamento...

- Ah, você lamenta!

- Sim lamento! Ora, o que mais eu posso dizer?

- Vasculhe seu pequeno cérebro, Ronald, talvez demore um pouco, mas você achar algo a mais para me dizer!

- Luna – disse Harry – ele acabou de ajudar a salvar a minha...

- Dane-se! – berrou jogando as mãos para o alto – Não quero saber! Semanas! Poderíamos estar mortos!

- Sabia que não estavam mortos! – retrucou – O Profeta só fala no Harry!

- O que não quer dizer que estaríamos mortos! Ninguém sabe onde estamos.

- Se você soubesse o que eu passei...

- O que você passou? – perguntou se jogando na poltrona.

- No momento que desaparatei quis voltar. Mas topei com um grupo de sequestradores.

- O que diabos são isso? – perguntou Gina se sentando.

- São quadrilhas, estão por todas as partes querendo ganhar dinheiro pegando nascidos trouxas. – respondeu Ron ainda olhando para Luna.

- O que você disse a eles? – perguntou Hermione.

- Que era Lalau Shumpike. Foi o primeiro nome que pensei.

- Acreditaram?

- Não eram muito brilhantes. Tiveram a maior discussão para saber se eu era mesmo o Lalau. Então eu os ataquei. Consegui uma varinha e aparatei, quebrei uma unha. – e entregou para Harry a varinha– É sempre bom ter uma a mais.

- Fez bem – respondeu ele – a minha quebrou.

- Uau! – exclamou Luna – Nesse meio tempo, fomos a Godric’s Hollow, e o que aconteceu mesmo, Draco? Ah!... Sim, Harry e Hermione quase foram mortos pela cobra de você-sabe-quem, e por pouco não foram mortos pelo próprio você-sabe-quem! Isso é claro, não é NADA comparado a perder uma unha. Mas, me diga uma coisa, como exatamente você chegou aqui?

- Com isso.

      Ele tirou o desiluminador que Dumbledore lhe deixara do bolso.

- Não serve só para acender a apagar luzes – continuou -, não sei como aconteceu. Mas eu estava escutando radio na manhã de natal, e eu ouvi você. – apontou para Luna.

- Me ouviu no radio? – perguntou incrédula.

- Não. Sua voz saiu daqui. – ele mostrou o objeto prateado de novo – você disse meu nome “Ron”, e algo sobre uma varinha. Então, tirei-o do bolso e não me pareceu diferente nem nada, mas eu tinha certeza que tinha ouvido sua voz. Então o liguei. E a luz se apagou no meu quarto, mas outra luz apareceu fora da janela Era uma bola luminosa, meio pulsante e azulada, como a luz que aparece ao redor de uma Chave de Portal, entende?

- Sim – responderam os outros cinco.

- Senti que o momento era aquele. Apanhei as minhas coisas, arrumei-as na mochila e saí com ela para o jardim, a bolinha luminosa estava pairando lá, esperando por mim, e, quando eu saí, ela oscilou um pouco e eu a acompanhei atrás do barraco então... Bem, ela entrou em mim

- Comoéqueé? – perguntou Hermione.

- Foi como se ela flutuasse ao meu encontro — disse Ron, ilustrando o movimento com o dedo indicador livre —, direto para o meu peito e então... Entrou. Foi aqui — ele indicou um ponto junto ao coração —, eu a senti, era quente. E, uma vez dentro de mim, eu soube o que devia fazer, soube que ela ia me levar aonde eu precisava ir. Então desaparatei e me vi na encosta de um morro. Havia neve para todo lado... E depois eu estive em uma colina, la em baixo, uma fazenda.

- Estivemos lá – respondeu Gina.

- Depois aparatei aqui. Achei que tivesse que me entocar em uma arvore e esperar amanhecer para voltar a procurar. Mas ai eu vi a corça, depois vi o Harry, e o Malfoy o seguindo. Então corri atrás deles.

- Corça? – perguntou Hermione – Que corça?

      Juntos, Draco, Harry e Ron contaram sobre a corça, a espada, e a destruição da horcrux. Não contando sobre as visões dela e de Riddle.

- Então foi assim? Vocês a espetaram, e fim? – perguntou Gina.

- Bom... Ela gritou – disse Draco.

      Harry mostrou o medalhão, uma das janelinhas torta e amassada.

- Bom – Luna respirou fundo e se deitou na cama que era de Ron – Uma horcrux a menos, isso é muito bom. Ah – ela se virou para o ruivo o encarando severamente – essa cama agora é minha. Se vire com outra.

      Virou-se para o lado oposto, e fechou os olhos.

      Harry tirou o feitiço escudo, e Ron se aproximou do outro beliche, largando sua mochila e pegando seu pijama.

       Pelo menos não foi a Hermione – disse Harry ao ruivo – se lembra dos passarinhos que ela lançou contra você no ano passado?

      O ruivo riu e se deitou. Seguido pelos outros. E Harry apagou a luz.

- Que passarinhos? – sussurrou Draco para Hermione um tempo depois.

- Longa historia – ela sorriu – Conto depois.

- Boa noite, mi bailarina.

- Boa noite.

      Hermione sorriu e lhe deu um beijo na bochecha. Os dois trocaram um olhar profundo, e Hermione logo adormeceu. Draco a olhou por um tempo, mas logo adormeceu.

•••

      O dia seguinte amanheceu mais leve do que o anterior. Eles comeram algumas bolachas no café. E os garotos foram procurar algumas frutas na floresta.

- Então – perguntou Ron quando eles acharam alguns morangos silvestres e estavam colhendo – Como vocês descobriram do Tabu?

- Que tabu? – perguntou Harry.

- Ora, vocês não chamam mais você-sabe-quem pelo nome.

- Ah, nós pegamos essa mania. Mas não tememos o nome de V...

- NÃO! – berrou o ruivo – Esse nome é tabu! Foi azarado, foi assim que nos encontraram na casa de Sirius.

- Porque usamos o nome dele? – questionou Draco.

- Sim. Ele sabe que você nunca temeu dizer o nome, Harry. Acha que você vai cometer um deslize e eles vão te pegar.

- Temos que avisar as garotas. – disse Draco – Luna e Gina até não falam, mas Hermione o chama pelo nome.

- Quem vocês acham que mandou a corça? – perguntou Harry.

- Talvez... O Kingley?

- O Patrono dele é um cavalo. – respondeu Draco.

- Vocês... – Ron hesitou – Acham que foi Dumbledore?

- Como pode ter sido ele, Ron? – questionou Harry – Ele esta morto, eu o vi morrer.

- Eu também vi – disse Draco – e, além disso, o Patrono dele era uma fênix.

- Porque Dumbledore nos deixou aqueles coisas estranhas? – questionou o ruivo – O único que entendo é o colar e a chave da Hermione, afinal eram da avó dela. Mas um pomo velho, um canivete, um vidrinho emperrado, um livro infantil e um desiluminador?

- O desiluminador é o mais fácil – disse Draco e os outros dois o encararam com curiosidade – Oras, Dumbledore devia saber que você sempre iria querer voltar.

- Faz sentido – disse Harry.

- E o meu canivete – disse Draco – é um negocio muito estranho.

- Como estranho? – perguntou Harry.

- Vamos voltar pra barraca, eu mostro o que ele faz.

      Os três caminharam rumo à clareira e pararam frente à barraca, Harry se curvou para procurar o zíper, mas Draco o parou. Ele estendeu o canivete para o nada, e uma luz branca brilhou no objeto, escutaram o barulho do zíper da barraca se abrir, sozinho.

- Inacreditável – disse Ron boquiaberto.

- Eu falei que era estranho – Draco deu os ombros e adentro a barraca, seguido pelos outros.

      Luna estava sentada em sua cama, Gina na poltrona e Hermione segurando “Os Contos de Beedle, o Bardo” sobre as almofadas.

- Quem bom que chegaram – disse Hermione enquanto eles se espalhavam pela barraca – Quero visitar Xenofilio Lovegood.

- Impossível - disse Luna –, papai esta foragido. Não esta em casa. Mas o que quer falar com ele?

- Quero fazer umas perguntas.

- Sobre? – questionou Harry.

- Sabe aquela marca? Do livro da Luna? – Harry assentiu – É a mesma marca que Xenofilio usava no casamento de Gui e Fleur. A de Grindelwald.

- Não sabia que Grindelwald tinha uma marca – refletiu Luna – E de que símbolo estão falando?

- Você não estava aqui quando... – disse Gina – Ah não. Foi logo depois que esse idiota – ela apontou para Ron – foi embora. Naquela semana que você ficou meio doentinha, Lu, você só dormia. Então, a Mione e o Malfoy traduziram seu livro. Eles acharam um símbolo, que não estava no silabário.

      E contou toda a historia do símbolo, de Grindelwald, de Krum, da aparição do símbolo em um tumulo em Godric’s Hollow e de Xenofilio.

- Vocês falam desse símbolo aqui. – ela apontou para o livro onde estava o desenho.

- Sim.

- Vitor Krum disse que é de Grindelwald?

- Disse – respondeu Harry.

- Pois ele esta errado – respondeu Luna – Sei muito bem que símbolo é esse. E não tem nada a ver com as Trevas.

- Você sabe? – disse Hermione – Então conte Luna!

- Esse é o símbolo das Relíquias da Morte.


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