Unidos pelo Destino 2 escrita por Camila Dornelles


Capítulo 17
Capítulo 17




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      Desaparataram em uma clareira em uma floresta coberta de neve.

- Onde estamos? – perguntou Draco pegando a barraca na bolsa de Gina.

- Na floresta de Deão – respondeu Hermione – Acampei aqui com meus pais uma vez.

      Eles montaram a barraca, armaram a proteção e Gina fez a primeiro vigia da noite.

      Dois dias se passaram, em uma noite, Harry assumiu a vigia, enquanto Hermione, Gina e Luna dormiam.

      Draco estava sentado na poltrona, o canivete que herdara de Dumbledore girava em seus dedos. De repente ouviu um barulho de madeira sendo pisada, e viu a sombra de Harry se levantar e sumir.

- Aonde esse idiota vai? – perguntou a si mesmo.

      Pegou uma jaqueta, calçou seus sapatos e abriu lentamente o zíper da barraca, dando uma ultima olhada para Hermione antes de fechá-lo.

      Viu Harry correndo para dentro da mata, seguindo algo luminoso, seu primeiro pensamento foi que era um Patrono, que Harry o tinha conjurado, e que haviam dementadores no local. Então, adentrou a floresta, atento a qualquer som.

- Não! – Harry exclamou de algum lugar – Volte aqui!

- Potter? – chamou, mas não teve resposta.

      Parou, apurando os ouvidos e ouviu um barulho de água. Correu em direção ao som, e viu um pequeno poço, Harry estava mergulhado lá dentro, uma pilha de roupas jogada no chão.

      O loiro se aproximou esperando Harry voltar, o que não aconteceu. Ele começou a se debater em baixo d’água. Draco, sem pensar, pulou no pequeno poço, ao mesmo tempo em que outra pessoa fazia o mesmo. A água estava super gelada e os poros de Draco reclamaram. O loiro viu uma cabeleira ruiva, e por um momento pensou que era Gina.

      Uma coisa prateada ofuscou sua visão por um minuto, e Draco viu, no fundo do poço a espada de Godric Gryffindor. O vulto ruivo mergulhou mais fundo e pegou a espada, e ao se virar para Harry, Draco viu o medalhão de Slytherin o enforcando. Puxou o objeto do pescoço do moreno e o arrastou para a superfície.

      Uma vez em terra, Harry cuspiu a água que adentrara sua boca e ofegou, tremendo.

- Você é doido? – disse uma voz masculina vinda do poço.

      E Draco pode ver que o vulto ruivo que vira, não era Gina, e sim Rony.

- Como você mergulha sem tirar o medalhão retardado? – perguntou Draco segurando à corrente.

- Foram vocês? – perguntou quase gemendo.

- Que te tiramos do poço? – perguntou o loiro com azedume – Sim fomos nós.

- Cala a boca Malfoy! – exclamou Ron.

- Vem calar, Cenourinha.

- Parem os dois! – berrou Harry se levantando do chão e pegando sua camisa – Qual dos dois conjurou aquela corça?

- Meu Patrono é um tubarão.

- E o meu um cão – disse Ron. – pensei que tivesse sido você.

- Eu também pensei isso – disse Draco.

- O meu é um veado.

- Achei que estava sem os chifres. – Ron deu os ombros.

- Como veio parar aqui? – questionou Harry vestindo a ultima blusa.

- Bom... Eu voltei... Se ainda me quiserem...

      Harry encarou a espada na mão dele, e em seguida encarou o medalhão com a corrente arrebentada na mão de Draco.

- Ah, sim – disse o loiro – tive que arrancá-lo do seu pescoço.

- Salvou a minha vida – refletiu o moreno.

- Sem sentimentalismos, ok? – disse Draco revirando os olhos – Estamos quites.

- Quites?

- Me deixou vir com vocês. – o loiro deu os ombros.

- Acha que é a verdadeira? – perguntou Ron levantando a espada.

- Só há um jeito de descobrir.

      Eles se afastaram do poço, colocaram a horcrux no chão e Ron estendeu a espada para Harry.

- Não. – respondeu ele.

- Você deve fazer isso – completou Draco.

- Por que eu?

- Você a tirou do poço. Ela escolheu você – disse Harry – vou abrir o medalhão com ofidioglossia, assim que eu abrir você o transpassa com a espada.

- Não! – ele berrou apavorado – Não abra esse negocio! Vocês não sabem como ele me afeta! Me afeta mais do que a vocês cinco! Por favor, Harry, faça você.

- A espada escolheu você, Ron – disse o moreno – Você consegue!

      Ron olhou para Draco em duvida.

- Nunca pensei que diria isso – disse o loiro – mas, você consegue Weasley.

- Me diga quando – disse o ruivo para Harry.

- Quando eu disser três – respondeu Harry – Um... Dois... Três...Abra!

      A ultima palavra saiu como um rosnado, e o medalhão se abriu.

      O medalhão começou a tremer sobre as mãos de Harry.

- Perfure-o! – disse ele a Ron.

      O ruivo levantou a espada, segurando-a com as duas mãos, quando se preparou para atacar, a horcrux falou:

Vi seus corações, e eles são meus.

- Não de ouvidos a ele! – berrou Draco – Perfure-o!

Vi os sonhos dos três, tudo o que querem pode ser de vocês, mas tudo que não querem, também.

      Das janelinhas do medalhão brotaram dois olhos, e de la de dentro, saiu Hermione. Não a Hermione que provavelmente estava dormindo na barraca, era outra, mais cruel e mais perversa.

      Seus cabelos estavam lisos e brilhantes, usava um macacão de couro preto, a roupa era de alçinhas e cobria um palmo de suas cochas. Deixando seu busto e  suas pernas – mais brancos que o normal – a mostra.

      Seu rosto, também mais branco, estava coberto por uma forte maquiagem. Os olhos eram delineados por cílios grossos e negros, as pálpebras esfumaçadas com sombra preta, e para completar, seus grossos lábios estavam cobertos por um batom vermelho sangue, igual aos olhos, como os de Voldemort.

      Os três pararam vidrados pela garota.

Ora, ora, ora. Quem temos aqui.

      Ela caminhou lentamente para Rony.

Você é um fracassado Ronald Weasley! Menos amado pela mãe que queria uma filha... Menos amado agora pela garota que prefere seu inimigo, a você. Luna Lovegood!

Ela soltou uma gargalhada maléfica.

A garota que prefere Draco Malfoy a você! Um traidor de sangue! Um pobre! Porque você voltou? Estávamos tão bem sem você, seu resmungão!

- Perfure-o! – sibilou Harry.

      A Hermione perversa se virou para ele. Flutuando, se aproximou do garoto. Os olhos vermelhos de cobra brilhando como dois rubis.

Pobre bebezinho Potter! Você é só mais um órfão! Só mais um, dos milhares que existem! Os papais te deixaram sozinho, foi?

      Ela soltou uma risada irritante, que lembrou a Harry, Belatriz Lestrange.

Criado pelos únicos parentes vivos, vivendo no mundo dos trouxas! Sendo desprezado, e sendo tratado como um ser inferior! Mas tudo mudou não Potter? Quando você me conheceu. E no ano passado bebe? Quando você me beijou em uma sala vazia? Sentiu-se diferente, não foi? Sentiu-se excitado COMIGO! Aquela que você julgou ser como sua irmã!

- Não... Não é verdade! – ofegou o moreno.

      Ela soltou outra gargalhada.

Não é verdade que você me beijou Potter? É claro que é verdade! Você sonha com aquele dia quase todas as noites!

- Ron! – berrou o moreno – Perfure-o! AGORA!

      Mas Ron estava paralisado, de boca aberta, encarando a Hermione perversa.

      Ela sorriu diabolicamente, e flutuou em direção de Draco.

Olha só quem temos aqui! Um sangue-puro! Sabia que seu pai te odeia? Você não cumpriu sua missão, querido. Ele te odeia! Te acha um fraco, um covarde, um ridículo! Sua mãe é como você! Uma traidora! Sabia que ela esta de papinho com a mãe do ruivo, ali?

- Não fale da minha mãe! – sibilou Draco com raiva e avançou para Hermione.

      Ela desapareceu, e reapareceu, só em cima de um galho de uma arvore.

Como ousa?

      Ela saltou com leveza e pousou frente ao loiro.

Dos três, você é o que mais me adora! Adora não! Você me ama, não é bebe? “Mi Bailarina, gatinha, você me controla.” E blá blá blá. Baboseira de apaixonado! Mas você sabe que não tem chances comigo, não é? Sabe que pertenço ao Lorde das Trevas.

      Mal acabou de falar, e de dentro do medalhão, mais dois olhos vermelhos brotaram. E Lord Voldemort saiu, com aparência de 17 anos. Usava uma calça social preta, e uma camisa preta com os três primeiros botões abertos. Hermione sorriu de orelha a orelha e se aproximou de Tom.

Sabe que sou dele e não sua! Só dele, para sempre.

      E começou a desabotoar os outros botões da blusa de Tom.

Só minha.

      Disse Riddle com um sorriso convencido.

Só sua, e de mais ninguém.

      E seus lábios se tocaram.

- PERFURE-O! – gritou Draco.

      Rony, que estava hipnotizado, levantou a espada, e transpassou o medalhão.

      Hermione e Riddle gritaram, e foram desaparecendo, lentamente.

      Rony caiu de joelhos no chão.

- Você a beijou? – perguntou Draco a Harry.

- Foi um acidente! – disse o moreno – Ela estava chorando, e aconteceu. Eu gosto dela como irmã. Só como irmã. E Ron, a Luna chorou por dias quando você foi embora.

- É, e ela não gosta de mim. – completou Draco – Não do jeito que isso – ele apontou para o medalhão – disse.

- Me desculpem por ir embora. – ofegou o ruivo – Sei que fui um... Um...

- Um idiota – disse Draco.

- Mas compensou me salvando.

- Ah! Ele te salvou? E eu não fiz nada?

- Compensou ajudando a me salvar – corrigiu Harry revirando os olhos.

- Obrigada. – Draco cruzou os braços – Acho melhor voltarmos. O problema agora só vai ser achar a barraca.

      E juntos, seguiram floresta adentro.


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