Unidos pelo Destino 2 escrita por Camila Dornelles


Capítulo 11
Capítulo 11




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/320622/chapter/11

Hermione foi a primeira a acordar no dia seguinte, olhou para o relógio, e viu que não passava das cinco da manhã, sem fazer barulho se levantou, desceu silenciosamente às escadas e foi checar todas as coisas.

Hermione e Ron tomariam a Poção Polissuco com cabelos de trabalhadores do Ministério, Gina e Luna ficariam tomando conta dos corpos originais, para que eles não estraguem o plano. Draco ficaria abaixo da Capa de Hermione, e seguiria a mesma, e Harry abaixo a sua capa, seguindo Ron.

Sobre a mesa da cozinha, seis calças jeans, seis camisetas, e seis pares de tênis estavam milimetricamente dobrados e arrumados por Monstro. Procurou por seus tênis, e achou suas roupas. Foi para o banheiro, tomou um banho tentando relaxar, fez sua higiene matinal, se vestiu, penteou os cabelos e os prendeu em um cabo de cavalo. Quando voltou para a cozinha, encontrou Monstro em frente ao fogão.

– Bom dia Monstro.

– Senhora – ele lhe fez uma reverencia. – Monstro acordou agora senhora, e resolveu já começar a fazer o café.

– Obrigada. – ela se sentou frente à mesa e olhou para o relógio – Meu Merlin! Já são seis horas? Quando tempo eu fiquei no chuveiro?

– Monstro não sabe – crocitou ele lhe servindo um copo de suco e pão.

– Obrigada – repetiu ela tomando um gole de suco.

– Senhora Hermione Granger? Monstro achou uma coisa, e Monstro acha que é da senhora.

– O que?

Ele tirou de dentro de seu armário uma presilha de cabelo, tinha uma borboleta, e era cheia de pedrinhas brilhantes em um tom de vermelho. Hermione sentiu seus olhos arderem e ficaram embaçados pelas lagrimas que caiam. Sirius lhe dera aquela bonita presilha no Natal, quando ela estava no quinto ano, meses antes dele morrer.

– Obrigada Monstro, mas onde estava?

– Mundungo Fletcher ia levar a presilha da senhora também, mas estava com os braços lotados com as coisas dos meus senhores, e deixou cair à presilha. Monstro a guardou no quarto da senhora, dentro de uma gaveta. A senhora não entrou em seu quarto, então Monstro trouxe para a senhora. – crocitou.

– Obrigada Monstro.

– Já de pé? – disse uma voz vinda da porta.

Draco sorriu e caminhou até ela lhe dando um beijo na testa.

– Não consegui dormir mais - ela deu os ombros.

– Ainda esta cedo, você devia tentar dormir mais – ele se sentou ao lado dela.

– Não conseguiria, de jeito nenhum. Só quando voltarmos. Vai tomar banho e se vestir, já esta quase na hora.

Draco pegou suas roupas, e rumou para o banheiro.


•••


Seis e meia, todos já estavam de prontos.

Os Escolhidos se encontraram checando todos os materiais necessários enquanto terminavam de tomar café. Saíram de três em três com as capas da Invisibilidade e aparataram numa viela perto do Ministério. Os primeiros funcionários só chegavam as sete e eram seis e quarenta e cinco.

– Já sabem o que fazer certo? – perguntou Hermione nervosa.

– Sabemos, relaxa Mione - disse Ron.

Eles se esconderam atrás de dois grandes latões de lixo e esperaram. Minutos depois um estalido mínimo anunciou uma aparatação, e uma bruxa miudinha apareceu. Hermione apontou a varinha rapidamente e com um feitiço Estuporante não verbal, a bruxa caiu desmaiada no chão.

– Mira perfeita Hermione – disse Ron.

Eles arrastaram a bruxa para as sombras, e Luna arrancou um punhado de fios do cabelo grisalho e os adicionou em um copo de Poção Polissuco. Hermione o tomou em um gole, pegou o crachá da bruxa estuporada, que dizia “Mafalda Hopkirk”.

– Rápido - sibilou Draco se levantando - O cara do setor de Manutenção Mágica deve estar chegando.

Hermione ficou parada na parte clara da viela esperando, enquanto os outros se escondiam atrás das latas de lixo.

Não demorou e outro estalido anunciou outra aparatação.

– Ola Mafalda – disse um bruxo franzino.

– Bom dia – disse Hermione – Como estamos hoje?

– Não muito bem, sinceramente.

– Pobre homem, vamos coma uma bala, doces sempre alegram meus dias – ela lhe estendeu um saquinho com pastilhas.

O bruxo sem desconfiar pegou uma bala e a colocou na boca, o efeito foi instantâneo, começou a vomitar tanto que nem reparou Hermione lhe arrancando um punhado de cabelos. De repente o bruxo caiu desacordado no chão, e Draco saiu de trás das latas.

– Qual é. - disse ele – Ele tem que ficar desacordado.

Luna e Gina puseram os dois corpos sentados contra a parede, e se esconderam.

– Voltamos logo – disse Harry a elas se cobrindo com sua capa – Fiquem aqui, usem o medalhão se precisarem de ajuda.

– Usar o medalhão? – questionou Gina – Como?

– Se estiverem em perigo, nossos medalhões vão queimar então viremos atrás de vocês – esclareceu Draco.

– Tudo bem, mas acho que não será necessário.

– Assim esperamos.

Draco se cobriu com a capa de Hermione, e eles rumaram para o ministério. Ao adentrarem viram uma enorme placa de gesso, com escritas douradas, dizendo: ”Magia é Poder”.

– Que coisa mais ridícula – sibilou Hermione e sentou algo enlaçar sua cintura.

– Relaxe – ela escutou a voz de Draco em seu ouvido – Você esta indo bem.

Hermione e Draco se juntaram a Ron e a Harry, e se misturaram a multidão de bruxos e bruxas e seguiram para uma imensa fila de espera para entrar nos elevadores.

Espremeram-se, e o elevador andou, depois de um tempo deu um tranco, e uma bruxa com cara de sapa adentrou.

– Mafalda! – ela exclamou – Traves de mandou?

– Ah, sim.

– Você será perfeita, vamos para o tribunal.

Ela apertou um dos milhares de botões do elevador. Ron e Harry já tinham saído, para resolver um problema com um vazamento de água.

– Fique calma, e repita tudo o que eu disser – sussurrou Draco para Hermione, que assentiu silenciosamente.

O elevador de um tranco, e parou, estavam de frente a um corredor escuro e sombrio, Hermione sentiu sua felicidade sumir de repente. Dementadores. Só podia ser. Ela seguiu Umbridge até uma porta, e ao abri-la se deparou com um enorme aposento, um perfeito tribunal. Dolores se sentou na cadeira principal, e apontou uma cadeira ao seu lado para Hermione, ela hesitou um segundo e se sentou, largando seu corpo pesadamente, ouviu um gemido baixo vindo debaixo dela.

– Você esta em cima de mim – sussurrou Draco – Da próxima vez, seja mais delicada.

– Desculpe – sussurrou Hermione e se ajeitou na “cadeira”.

– Próximo: Maria Cattemole – disse Umbridge. – Sente-se.

Hermione estremeceu, era esposa do homem que Rony se tornara. A mulher miúda se adiantou e se sentou na cadeira dos acusados, correntes a prenderam ali.

– Você é Maria Luise Cattemole? - Perguntou a cara de sapa.

– Sim.

– É casada com Reginald Cattemole?

– Sou.

– Mãe de Maisie, Elia e Alfredo Cattemole?

– Sim.

– Sua varinha foi confiscada – disse Umbridge – Pode nos dizer de que bruxo ou bruxa a roubou?

– Não roubei. Eu comprei quando tinha onze anos. Ela... Escolheu-me – e caiu no choro.

– Acho que não. Varinhas só escolhem os bruxos. A senhora não é bruxa. Tenho tudo aqui. Mafalda, o pergaminho. – ela estendeu a mão branca e pequena.

Hermione procurou em uma pilha de pergaminhos um com o nome “Sra. Cattemole”, e o pegou.

– Olhe – sussurrou Draco, - ela esta com o medalhão. Vamos, entregue o pergaminho e aponte para o medalhão dizendo “Que lindo Dolores”.

– Que... Que lindo Dolores. – disse Hermione lhe entregando o pergaminho e apontando para o medalhão.

– Que? Ahn... Uma velha herança - disse ela – o “S”, é de Selwn, sou parenta deles, - ela abriu o pergaminho e riu com desdém – Profissão dos pais: verdureiros.

O Comensal da Morte que estava do outro lado dela riu.

– Vamos estuporá-los e pegar o medalhão – sussurrou Draco, - se prepare. Agora!

– Estupefaça! – berrou ele e o Comensal caiu.

– Mas... O que diabos...?

– Estupefaça! – berrou Hermione se levantando, e Umbridge caiu.

– Muito bem.

– HERMIONE! - berrou uma voz e Harry apareceu na porta.

– A Sra. Cattemole! – ela respondeu.

Os dementadores que estavam na sala se adiantaram para a mulher.

– EXPECTO PATRONUM! – berrou o moreno e os dementadores se afastaram. - Peguem o medalhão!


Hermione e Draco pegaram o medalhão, e o duplicaram. Deixando o falso no pescoço da cara de sapa.

– Como vamos sair daqui?

– Patronos. Vamos conjurem os de vocês. – O veado de Harry correu pelo corredor.

– Expectro Patronum! - Exclamou Hermione e sua fênix voou atrás do veado. – Draco? Você consegue, vamos. Pense em mim.

– Expectro Patronum! - Um enorme tubarão saltou de sua varinha e nadou no ar.

Os três correram pelo grande corredor, a Sra. Cattemole tentando alcançá-los. O elevador parou na frente deles e eles entraram, encontrando Ron lá, a mulher correu para abraçá-lo.

– Reg! – exclamou em seus braços – temos que fugir....E, porque esta molhado?

– Água – ele se dirigiu aos outros – Harry, já sabem que tem intrusos no ministério. Temos pouco tempo! Vamos!

O elevador se movimentou e parou no oitavo andar, o átrio.

– Temos cinco minutos! - sibilou Ron.

A s portas do elevador se abriram, e eles correram pelo átrio, se desviando das pessoas. Draco e Harry, cobertos pelas capas. Eles ouviram o Comensal que estava no tribunal berrando para os guardas.

– Droga! – disse Draco e puxou Hermione para debaixo da capa, Harry fez o mesmo com Ron.

Eles correram para a saída e o Comensal de algum modo os seguiu. Eles correram para a viela e encontraram Luna e Gina sentadas, no chão.

– Gente! – Hermione saiu de baixo da capa, já de volta a sua verdadeira aparência – Temos que ir! Agora! Eles descobriram.

Hermione os segurou pela mão e eles voltaram para o Largo Grimmald. Só que se esqueceram de aparatar abaixo das capas, e ao desaparatarem sobre as escadas de mármore, os dois Comensais que mantinham vigia ali os viram.

– SÃO ELES! – berrou um.

– Ai Droga! – sibilou Hermione – Luna, Gina voltem la dentro e pequem as coisas, nós cuidamos deles.

As duas entraram, e os Comensais avançaram para os quatro.

– Estupefaça! – berraram Harry e Rony para um.

– Avada Kedrava! – berrou Draco para o outro.

Os dois caíram desacordados, e os garotos entraram correndo na antiga Sede da Ordem da Fênix. Luna e Gina estava tentando colocar os travesseiros dentro de um das bolsinhas de contas.

– Monstro! - berrou Harry e o elfo veio correndo – Precisamos de toda a comida que tem na casa, Ron vai te ajudar.

– Ponha tudo aqui dentro – Gina entregou sua bolsinha para Ron.

– Rápido!

Ron e Monstro correram para a cozinha. Hermione correu para seu antigo quarto, pegou a foto em que ela e Sirius sorriam e acenavam, e enfiou na bolsa. Quando estava voltando pelo corredor, um quadro todo preto e vazio chamou sua atenção. Tirou-o da parede e o enfiou com custo em sua bolsinha de contas.

Correu escada a baixo e quando chegou no meio se chocou contra alguém, quase indo para o chão.

– É a segunda vez que você me esmaga hoje, morena. – disse Draco – Temos que sair daqui.

– Eu sei, fui buscar uma coisa. Vamos.

Eles desceram as escadas e encontraram Harry falando com Monstro.

– Não podemos levar você - disse o moreno – Eu ordeno que você se esconda Monstro. Vá para Hogwarts, e fique com Dobby e Layla. Não saia de lá a não ser que um de nos seis o chame. Vá.

– Senhor – ele fez uma reverencia e aparatou.

– Vamos. – disse Harry.

Eles desceram as escadas de mármore da entrada, deram as mãos, e tudo ficou escuro.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Unidos pelo Destino 2" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.