Pov. Renesmee
Hoje, acordei feliz. Seria um dia totalmente diferente, tirando as costumeiras cara feia de Georgina e sua infelicidade por não ter uma vida como de meus avós. Por falar neles, estava sentindo muita saudades das visitas deles e das conversas sobre como meus pais estão atualmente.
Levantei da minha cama, indo me arrumar para ir a escola. Com certeza, minha melhor amiga e bitch Katherine queria saber das novidades e sem contar que ela não é nada discreta, dando seus pulinhos de espevitada. Terminei de fazer minha maquiagem e soltei meus cabelos, meus cachos caiam por minhas costas como cascatas e a cor era idêntica a de meu pai. Peguei minha bolsa e desci.
– Bom dia, Renesmee - disse Georgina com a voz grossa.
– Bom dia, tia Georgina - disse na maior calma e ao mesmo tempo confusa. Ela nunca me desejava bom dia e nem se importava comigo tanto assim - Só vou tomar um suco e comer uma torrada, preciso chegar cedo hoje.
– Tudo bem - disse ela dando de ombros. Fui para a cozinha, encontrando Kate tomando uma fumegante xícara de café e comendo um pedaço de bolo.
– Bom dia Kate - disse dando um beijo em sua bochecha - Fez aquele lanche que eu pedi?
– Bom dia, minha menina - disse ela sorrindo - Sim, coloquei uma maçã que você adora.
Kate terminou de falar e peguei meu lanche. Agradeci, roubando uma mordida de seu bolo e despedi-me dela. Voltei a sala de jantar, Georgina continuava tomando seu café farto e eu simplesmente tomei um pouco de suco e sai de casa comendo uma torrada com manteiga, só Kate sabia fazer.
O caminho foi normal e silencioso como sempre. Tomei o ônibus e cheguei em prazo de 15 minutos na escola, toda a galera ainda estava lá no estacionamento conversando e rindo. Me aproximei deles e ouvi parte da conversa.
– Meninas, estou tão feliz - suspirou Kath.
– Feliz porque, bitch? - perguntei e ela se assustou, colocando a mão no peito.
– Me assustou, sua vaca - disse ela e rimos. Dei um abraço apertado em cada um de meus amigos e me juntei a eles - Feliz, porque eu e o Stefan estamos namorando.
– Nossa, que maravilhoso amiga. Felicidades - disse e a abracei.
– Obrigada amore - retribuiu ela. Avistei Paul conversando com alguns amigos dele, apesar de não estar mais estudando aqui, ele ainda vinha nos fazer uma visita seja na entrada ou na saída do colégio.
– Gente, vou ali e já volto - disse e me aproximei de Paul. Ele olhou de relance e deu um sorrisinho, o abracei e cumprimentei o resto dos meninos - Paul, pode me fazer um favorzinho?
– Claro Nessie. Até dois favorzinhos - disse ele e ri. Tirei um pedaço de papel do meu bolso e o entreguei.
– Dê isso ao Jacob e peça para ele me ligar depois do meio-dia - disse. Paul pegou o papelzinho e guardou no bolso de sua camiseta.
– Pode deixar, Nessie - disse ele e o agradeci. Voltei para a minha rodinha de turma, percebendo que o resto tinham chegado, continuamos nossos papos de costume e o sinal bateu para que entrássemos.
[...]
– Bem alunos, o trabalho de vocês será sobre o Romantismo. Quero grupo de 5 pessoas, podendo ser slide ou um vídeo representando o tema - disse a professora de Literatura. Eu adorava aquela aula, simplesmente por ter uma paixão por livros e romances - Esse trabalho será para daqui duas semanas. Espero que surpreender, hein?
A turma riu do humor dela. O sinal bateu e todos começaram a sair, Kath foi tratar algo com a professora sobre uma prova na qual ela não fez, devido a tia Mary que ficou muito doente. Meu telefone começou a vibrar na minha bolsa, rapidamente o saquei e era um número novo.
– Alô - disse ao atender.
– Espero não estar te atrapalhando, pois ficarei chateado se não ouvir sua doce voz– disse aquela roquidão que reconheci imediatamente.
– Jake - disse alegre. Ele riu do outro e pigarreou para continuar.
– Oi Nessie– disse ele - Bem, meu grande amigo Paul entregou seu "recadinho" e resolvi te ligar. Você já está saindo da escola mesmo.
– Sim, estou saindo da escola - disse e Kath acenou para irmos ao estacionamento. Continuei com o aparelho ao meu ouvido, falando com o Jake.
– Bem, eu te liguei para te fazer um convite um tanto fofo– dizia ele e dei uma risadinha - Quero me encontrar com você naquela campina hoje, te levarei até aquela casinha novamente e gostaria de fazer um piquenique. Aceita?
Mordi o canto da boca levemente, sorrindo feito uma boba. Kath estava do meu lado vendo tudo com a maior cara de boba.
– Aceito sim, Jake - disse.
– Ótimo. Esteja lá às 17 horas em ponto, vou estar esperando você– disse ele.
– Tudo bem. Tchau Jake - disse com as bochechas vermelhas.
– Tchau Nessie– retribuiu ele e desligamos. Guardei meu celular, virando meu olhar para Kath e no seu rosto dizia "tem muito o que me contar, sua doida". Ri e beijei sua bochecha.
– Eu sei que temos muito o que contar, mas depois te mando um sms - disse - Agora eu preciso ir para casa, amiga. Senão aquela bruxa da Georgina me liga enchendo as paciências.
– Tudo bem, amiga. Mas vamos que eu te levo - disse ela e aceitei a carona. Nos despedimos da galera e entramos no carro. Kath e eu cantávamos as nossas músicas favoritas do rádio, ríamos das piadas e ainda fomos contando os babados da turma.
Por fim, chegamos até minha casa. Desci do carro e ficamos de combinar o dia do trabalho, nos despedimos e entrei em casa. Ri de minha grande felicidade, Jake e eu iríamos ter um encontro na campina onde nos conhecemos.
– Qual o motivo de grande felicidade, querida sobrinha? - perguntou Georgina. Aff! Quanto mais rezo, mais assombração o diabo manda.
– Não é nada, tia Georgina - disse simplesmente. Subi para meu quarto, jogando minha bolsa em um canto, troquei de roupa e desci novamente. Kate estava colocando a mesa para o almoço, o cheiro daquela comida estava fazendo meu estomago roncar adoidado.
Peguei meu prato e comecei a me servir. Macarronada ao molho de atum e purê de batatas, meus favoritos. Georgina era uma mulher maléfica, rancorosa e sem amor, mas tinha dias que ela sabia agradar um pouco e me lembro que aos 10 anos ganhei uma linda boneca de pano dela, na qual a tenho em cima da minha cama e a chamo de Gi.
– Como foi a escola? - perguntou ela.
– Foi normal, como todos os dias. Nada de diferente - respondi tranquila. Assentiu ela e começamos a comer em pleno silêncio de sempre.
– Seu avô Carlisle ligou - disse ela e meu coração saltou - Eles irão vir te visitar amanhã na hora almoço.
– Ta. Eu precisava mesmo ver eles - disse e ela nem se importou. Terminei meu almoço e subi para meu quarto.
Como sempre coloquei meus fones de ouvido, ligando meu mp3 e decidi terminar aquela tarefa de Biologia que havia começado na escola. Fiquei bastante concentrada, o assunto era sobre DNA e mandava bem nessa matéria e logo acabei. Deitei em minha cama e fiquei pensando na visita de meus avós amanhã.
Se tivesse como, nem que seria por alguns minutos, visitaria meus pais e diria a eles o quanto os amo apesar desse tempão de distância. Queria poder lembrar da voz de minha mãe e o sorriso de meu pai, vovó Renée disse que mamãe adorava as horas de me amamentar. Ela dizia que era os minutos mais lindos da vida dela e papai sempre estava ao seu lado, olhando a princesinha dele mamando no seio do grande amor de sua vida. Nem percebia que as lágrimas já brotavam no canto de meus olhos.
Era tão difícil assim? Eu olhava todas as vezes aquela foto, onde mamãe estava no meu quarto junto com papai, eu estava em seu colo aninhada. Parecia que tudo ruía, Georgina poderia deixar uma vez na vida o orgulho de lado e trazer meus pais aqui, porém nenhum milagre acontece.
Viajando nesses pensamentos, cochilei e depois acordaria para ir me encontrar com Jake.