Tudo, estava chegando ao fim, Tony pensava enquanto por cima de seu ombro a via caminhar por todo o apartamento, ele gostava, voltou a seus pensamentos, gostava de ver, e sentir a grande barriga que ela estava, mesmo que fosse pesada e talvez desconfortável, ele gostava de vê-la assim tão... mãe.

Mas tudo isso ja estava chegando ao fim, mesmo que fosse apenas uma parte que estivesse acabando, segundo Ziva ela estava prestes a explodir, tinha os cabelos extremamente cacheados, os lábios inchados e uma barriga, segundo Tony, de dar inveja.

Ele a viu novamente percorrer todo o apartamento, e depois de secar toda a louça, foi em direção a ela.- Sente-se, agora eu vou lhe mostrar um pequeno truque da família Dinozzo.- Ela se sentou na cama- Espera que eu só vou pegar uma toalha para você...- Mas ela ja tinha tirado a blusa de Tony, deixando a barriga e as costas de fora, cobrindo os seios com ela.

Tony pegou o creme que ela geralmente usava, passou nas mãos e levemente foi massageando as costas dela, ele percebeu quando seu corpo relaxou e os nós de seu pescoço se desfizeram, ele levemente tirou as mãos da pele quente dela.

-Melhor?- Ele a viu de costas colocar novamente a blusa, e se recostar nos travesseiros.

-Muito- Ele sorriu.

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Tony estava no NCIS, contava os minutos ansioso para voltar para casa e se deparar com aquela linda barriguinha.

-Tony?- McGee o trouxe novamente ao mundo real.

-O que?- Ele disse meio desorientado.

-Só perguntei como esta Ziva?

-Bem.- Ele jogava uma bolinha de papel para o alto- Linda, grande e grávida. Segundo ela esta quase explodindo, mas eu...- Seu telefone tocou.

-Agente especial Anthony Dinozzo.

-Hey Junior.- A voz de seu pai soou do outro lado.

- Pai?!. Esta tudo bem?- Ele perguntou preocupado, logo que se ligou que seu pai estava tomando conta de Ziva ( ou vice e verça).

-Sim, sim, esta tudo bem Junior.- Ele se tranquilizou um pouco- Só queria saber se você pode dar uma passadinha aqui.

-Aconteceu algo...

-Não, não. É só que a Ziva esta com umas pontadas e...

-Pai, Gibss está no meio de um interrogatório e quando ele sair...

-Ora Anthony! Ela esta assustada, filho. Diga logo ao Gibbs que sua esposa esta com problemas e venha logo para cá.

Tony não reclamou na hora em que ouviu a palavra ''esposa'', mas conversaria com seu pai depois.- Já estou indo- Ele desligou o telefone com força e pegou o casaco.- Diga ao Gibbs que eu já volto- Ele correu para o elevador.

-Algum problema Tony?- Mas a pergunta de McGee não deve ter chegado ao ouvido do parceiro.

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As batidas constantes na porta, significavam que Tony tinha esquecido a chave em casa. Senior abriu após umas três ou quatro batidas, Tony entrou arfando por ter subido de escada ja que o elevador estava demorando de mais.

-Onde ela esta?

-No quarto agora. Não vai admitir mas, ela esta assustada Tony.

-Não, ela nunca vai admitir.- Ele andou até o quarto, e se deparou com ela, virada de costas para ele.- Oi.- Ele disse baixo e calmo.- Como, você esta?- Ele não obteve resposta.- Ziva.- Ela se virou para ele, foi quando viu sua cara de espanto e a mancha d´agua na  roupa.

Ele correu e direção a ela, passou seu braço por cima do ombro dele- Pai!- Ele gritou o mais alto que pode, e se virou para ela, acariciando sua bochecha e falando baixinho- Vai ficar tudo bem, certo?.

-O que foi Junior?- Tony apenas fez uma careta para o pai, quando se deparou com a imagem deles.- Agora?- Ela gemeu e se encolheu de dor, Senior saiu correndo em busca das chaves enquanto eles caminhavam até a porta. O celular de Tony tocou, ele apenas olhou para a tela McGee, e desligou-o.

Eles chegaram ao carro e Tony entregou as chaves ao seu pai.- Rápido.- Ele disse, enquanto a ajudava a entrar no carro. 

No caminho, eles encontraram um pequeno engarrafamento, mas como não tinham mais tempo de sobra, cortaram, atalharam e fizeram de tudo para chegar o mais rápido possível ao hospital. 

McGee ja tinha ligado umas três vezes, e na ultima Tony o atendeu.- Péssima hora McDesocupado.

-Tony, Gibbs...

 Ziva puxou o celular da mão de Tony, ele nunca a tinha visto tão enfurecida- McGee!- Ela gritou na hora em que sentiu outra pontada.- Pare de ligar para o Tony!

-Esta tudo...- Novamente desligaram o celular na cara dele.

Ela respirava, e tentava se acalmar. Tony não quis dizer nada, mas ficou extremamente assustado quando viu sangue na perna esquerda dela, ela notou o olhar de preocupação.- Respire.- Ele disse.

Ela gritou e apertou a mão de Tony tão forte que poderia quebrá-la- Tony! A culpa é toda sua.

-O que!

-A, sue viciada em filmes, intrometido e narcisista...

-Ei!

-Junior.- o pai de Tony olhava para ele pelo espelho do carro- Não contrarie-a.

Eles chegaram ao hospital, e uma equipe de médicos já estava de plantão para atende-la, Ziva foi levada  em uma cedeira de rodas, enquanto Tony foi obrigado a assinar toda a papelada. Ele queria sair correndo dali, e encontrar a sua parceira, mas teve de ficar esperando até que o médico chegasse.

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Ela abriu os olhos levemente, virou a cabeça para o lado e viu  o que parecia uma pequena caixinha transparente do lado de sua cama, subiu um pouco mais para cima, para poder ver sua filha, estava envolvida em um cobertorzinho amarelo, ela não teve outra reação se não sorrir.

De relance ela podia jurar que tinha visto uma figura alta e familiar, quando se virou para comprovar sua teoria pulou o mais rápido que pode da cama, e pegou sua filha no colo o mais depressa possível, pois ele, o grande Eli David estava ali, parado a um metro de distancia de sua cama. Ela instintivamente tentou se afastar, mas a única coisa que tinha atras dela era uma janela. Ela piscava varias vezes, como se a visão estivesse embaçada, e sentia as pernas ainda meio bambas.

-Ziva- Ele disse com uma voz calorosa, e abriu um sorriso. Ela, com os cachos caindo no rosto apenas o fitou.- Então, está é...

-Não!- Ela disse alto, e pela primeira vez ficou preocupada que poderia acordar sua filha.- Não diga estas palavras.

-Ziva...

-Não! Ela não é sua neta.- Ela aproximou a criança contra si.- Ela é minha, e só minha... E você não vai pôr as mãos nela. Não... você não vai estragar a minha felicidade de novo, principalmente quando desta vez eu consegui chegar a tê-la nos braços.

-Como?...

Ela deu uma leve rizada, mais de nervosismo do que de humor- Você não sabia, não é?. Não sabia que ao me esquecer naquele deserto, você matou o meu filho!- Ela riu novamente- Não, você não sabia...

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Tony já estava esperando a mais de vinte minutos, quando ouviu os estalos no chão e se deparou com a querida gótica correndo em sua direção.- Tonyyyyyyyy!- Ela o abraçou forte.- Como ela esta?

-Mas como souberam?

-McGee rastreou seu celular...- Disse Gibbs.

-E quando vimos no mapa ''hospital'' viemos correndo até aqui.- Abbs terminou a frase- Então, como ela esta?

-Eu não sei...- O medico parou atras de Dinozzo.

-Anthony Dinozzo?!

-Aqui!- O medico veio até eles.- Como ela esta?

- Ziva David, sim?. Esta estável, ja no quarto, perdeu bastante sangue vindo até aqui, mas ja esta melhor.

-E... e a minha filha?- Tony sorriu.

- Esta ótima. Uma criança saudável, peso e medidas certas, pode visitá-las assim que o senho sair de lá, claro que em menor numero...

-Como?- Tony gelou.- Quem... quem esta com ela?

-Hããã... aqui! Eli Dav...- Todos saíram correndo em direção as portas brancas.- Ei! Todos vocês não podem entrar.

-Abbs, Sr. Dinozzo, fiquem aqui.- Gibbs disse e depois correu novamente pelo corredor.

Tony tomou a frente na corrida, e quando viu o numero do quarto entrou sem mais nem menos, logo acompanhado pelos outros dois agentes- NCIS! Afaste-se.- Ele gritou.

Claro que isso não causou nada em Eli se não um pequeno susto. Tony guardou a arma, a final ele era um diretor, o que ele faria?, atiraria em Eli?. Tony correu e ficou parado em frente a ela, fitando Eli.

-Saia- Ele gesticulou para a porta. Ele permaneceu ali, parado.- Agora!.

Um silêncio pairou por segundos, até a risada dele soar.- Se não o que? Agente Dinozzo?. Vai me prender?, vai, atirar em mim?. Não, não, o seu distintivo não me assusta, e de qualquer forma eu tenho imunidade diplomática e só vim ver minha filha e...

-Saia!- Tony gritou- Não interessa se você é o diretor, o papa ou até o prefeito, Saia!

-E com que autoridade pensa que pode me expulsar?. Ela é minha filha, sangue do meu sangue, tenho todo direito de vê-las.

-Você não tem direito nenhum sobre elas. E se pensa desta forma, bem então eu também pensarei, e como parceiro e pai desta criança eu não quero que você chegue perto dela ou de Ziva.

-Então é você, o verdugo que causou tudo isto a minha filha.

- O único que causou algo a ela foi o senhor. Agora saia. Agente Gibbs, McGee, por favor acompanhem-no para bem longe daqui.

Gibbs e McGee levaram Eli para fora e bateram a porta ao saírem. Tony se virou para ela, viu com parecia cansada, a pele pálida, as pernas tremendo e os dedos branco de tanta força que usava para segurar a filha.

-Vamos sente-se.- Ele levou-a até a cama de hospital, e quando já estava recostada ela finalmente prestou atença aquela coisinha pequena em seus braços.

Tony se aproximou mais dela para ver a filha, ela ainda dormia, mesmo com todo o barulho, tinha o nariz e a boca da mãe, mas lembrava muito ao pai de rosto, o olhos eles só saberiam quando ela acordasse.

-Então?- Tony disse, tirando-a de seus pensamentos- Que nome quer dar a ela?

-Eu... eu não sei.- Ela não parava de sorrir.

-Eu, andei pensando em um mas... não sei se você vai gostar.

-Qual?

-Elizabeth. Era... o nome da minha mãe, é...

-Lindo. Elizabeth Dinozzo.

-Bem... também tem uma coisa, que eu... queria te dar.- Ele sentou na frente dela. Abriu a mão e ela viu um anel antigo, rustico, com um D moldado no topo.- É... o anel da família Dinozzo, é passado para o filho homem da família Dinozzo quando completa vinte e um anos, mas... pode ficar com você, vai que temos um garotinho.- Tony sorriu ao colocar o anel no dedo dela, incrivelmente serviu ( até a falange pelo menos).

Ela ao se tocar do que realmente estava acontecendo olhou carinhosamente para ele- Tony!, isso... é o que....

-Eu só preciso de uma resposta.- Lágrimas escorreram pelo rosto dela e quando ela ia falar, a porta se abre e o médico enxerido diz apenas que Ziva já esta bem e que pode ir para casa.

Enquanto ela se vestia, Tony ficou com a filha no colo, ele já a embalá-ra por tanto tempo, que não sabia como não estava tonto. Quando chegaram na recepção, Ziva foi rodeada por todos, o que não permitiu Tony de receber uma resposta, todos estavam maravilhados com a pequena nos braços dela.

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Eles chegaram em casa e já estava anoitecendo, Ziva voltou atras no carro, com a filha no colo, e quando chegou em casa, se deparou em seu quarto com um berço de madeira, pintado de branco cheio de ornamentos e um protetor contra mosquitos.

-O que é isto?- Ela olhou para Tony.

-Digamos que é um presente de Gibbs.- Ela colocou a filha no berço já todo arrumado, e quando se virou foi interceptada por Tony.- Sera que... eu posso receber aquela resposta agora?

-Que resposta?- Ela disse brincando, Tony parecia apavorado. Ziva girou o anel no dedo.- Você acha realmente que precisa de uma resposta?- Ela sorriu com a expressão de bobo dele.

Tony passou a mão por traz das costas dela e a puxou, os dois se beijaram, apaixonadamente, e a o termino com os dois ofegando Tony abriu um enorme sorriso.- Eu sempre quis fazer isso.

-Bem, agora tem todas as oportunidades do mundo- Ele a beijou novamente.- Senhor Dinozzo.

Ele sorriu, um sorriso enorme, expondo toda a felicidade que Tony sentia naquele momento, seu peito inflava e a sensação era maravilhosa, incomparável, apaixonante -Eu te amo, sabia?...