POV Alyson

Era como se eu tivesse levado uma surra, meu corpo inteiro doía estava me sentindo fraca aquela dor me consumia conforme os dias se passavam, eu temia que qualquer dia poderia ser o meu último.

Pensava em como diria aquilo a minha irmã e se eu diria mesmo, ou se ela apenas iria no meu enterro com todos alegando que eu havia morrido de morte súbita.

Damon ainda tinha seus braços envoltos em mim, quando eu tentei sair daí ele abriu os olhos e deu aquele sorriso maravilhoso que só ele conseguia dar.

-Aonde vai? – questionou.

-Fugir – disse brincando.

-De mim? Ninguém foge do Damon Salvatore – disse me beijando.

-É porque você nunca conheceu alguém como eu – disse convencida.

-Ah, não mesmo marrentinha, nervosinha e até um pouco sinistra.

-Só vou fingir que não ouvi porque você é muito gostoso – disse maliciosa.

Damon rapidamente me virou ficando em cima de mim, uma de suas mãos pegou minha perna direita segurando apenas minha coxa, beijou minha boca docemente.

-Você é muito abusada Sra. Grey – disse.

-Eu já disse para não me subestimar Salvatore – disse passando a mão em seu peito.

-É eu me esqueci de que você não é minha submissa.

-Eu submissa? É mais fácil eu fazer você meu submisso do que eu ser mandada a fazer algo.

-Ui, essa mulher é mesmo poderosa – disse beijando meu pescoço.

-Você nem faz idéia – sorri.

-Mas, essa mulher continua sendo humana e tem que comer – disse.

-Eu tenho super poderes de Xerox sabia – disse.

-E…? - perguntou desinteressado.

-Abusado – disse rindo.

-Continua sendo humana, vamos descer e eu preparo o café.

-Oh, céus que a Elena esteja em casa porque você não sabe cozinhar.

-Boba – beijou-me novamente.

[…]

Depois de um longo banho eu desci as escadas com Damon segurando minha cintura, como de costume Elena e Stefan estavam no sofá vendo televisão me virão passar para a cozinha com o Damon e sorriram.

Damon como não sabia cozinhar tinha comprado algo pronto, como bolo e pão depois que eu comi, nós também fomos para sala e eu me deitei no sofá colocando a cabeça em seu colo.

- Você me olhando me incomoda – disse sorrindo.

-O Damon incomoda qualquer um Ally – disse o Stefan sorrindo.

-E o Stefan acha que sabe de tudo – reclamou Damon.

-Ah, não reclama – disse beliscando sua bochecha.

Sabia que eles estavam esperando para fala sobre minha doença, mas, Elena e Stefan eram discretos e por isso não tomariam partido tão cedo.

[…]

Esthela havia me ligado para mim ir até sua casa, estava me arrumando para ir quando Damon entrou no quarto sorrindo me beijando e pegando-me pela cintura.

-Aonde vais meu amor? – sussurrou em meu ouvido.

-Eu vou à casa da minha irmã, faz um tempo que eu não fico com ela.

-Quer que eu vá com você?

-Não precisa Damonzitos – sorri – Eu vou passar à tarde com ela a noite eu sou toda sua está bem?

-Ally não é melhor descansar, ontem você estava muito mal.

-Eu vou ficar bem Damon, não se preocupe – disse.

-E se você tiver uma dessas crises dirigindo?

-Eu não vou ter Damon, eu vivo com isso há um tempo nunca sofri nada que fosse fatal.

-E se acontecer?

-É um percurso pequeno Damon, eu vou ficar bem estou bem até hoje não estou?

-Ally…

-Damon, eu sou adulta e vou ficar bem eu só vou ver a minha irmã.

-E se não der?

-Por isso não queria que ninguém soubesse sobre o que eu tenho que passar, vai ficar me tratando como uma criança e eu não quero ser sua filha Damon, eu quero ser sua mulher.

-Tem razão – disse ele a contra gosto.

-Eu volto – sorri – Eu sempre volto.

Damon me pegou pela cintura e me levou escada abaixo, assim que descemos tinha uma mulher parada conversando com Stefan e Elena a olhava desconfiada, mas, não disse nada.

-Lembra-se da Lorena? – questionou Stefan ao irmão.

-Como me esquecer? – perguntou Damon me soltando e indo até ela.

-Vocês não mudaram nada – disse ela com sotaque Frances.

Tinha que admitir ela era muito bonita, cabelos longos e negros como a noite um corpo avantajado e perfeito, olhos tão claros quanto os do Damon.

-Bem eu vou indo – disse sentindo-me estranhamente desconfortável.

-Eu vou com você Ally – disse Elena no mesmo tom.

-Quase me esqueci, essa é a Alyson minha namorada – disse Damon, me esqueceu? Descemos as escadas juntos, pensei.

-Damon Salvatore namorando? Não me lembro disso desde Elisabeth – riu ela.

-Vamos Elena? – questionei praticamente arrastando ela para fora comigo.

[…]

-Quem era aquela Elena? – questionei quando já estávamos no meu carro

-Acho que uma antiga amiga dele – deu de ombros – Ou na minha linguagem alguma vadia sem nada melhor para fazer que decidiu checar se os amigos de anos atrás ainda estavam solteiros.

-Ah entendi – disse fingindo não ter importância – Eu vou na casa da Esthela vai vir comigo?

-Pode ser não quero voltar para mansão enquanto ela estiver lá – rosnou.

-Como quiser senhora vampira – sorri.

[…]

Nós fomos à casa da Esthela e não conseguimos ficar mais que duas horas, sabia que tanto os meus pensamentos quanto os da Elena estavam na mansão sobre o que eles estavam fazendo e eu com medo de pensar preferi apenas ficar em silêncio.

Fomos para o Mystic Grill vimos Bonnie e Tyler ao longe eu nem conseguir imaginar como eles conseguiam ainda viver aqui, uma cidade tão pequena da qual tantas pessoas sabia da traição horrível de Bonnie, eles não vieram falar conosco apenas acenaram.

-Certeza que é bom beber? – perguntou Elena – E se você passar mal?

-Fique tranquila Eleninha eu sempre bebi, meus miolos não vão decidir explodir agora, o Damon já consegue fazer isso só de estar comigo – disse.

-Não é melhor…

-Gata, fique tranquila – disse bebendo um copo de uísque.

-Então um brinde – sorriu – A nossa nova vida.

-A nossa nova vida – sorri.

Eu e Elena bebemos até quase anoitecer, ela como era de se esperar não estava bêbada e eu não estava trocando as pernas, mas, estava um pouco tonta.

-Eu dirijo – disse Elena tomando a chave da minha mão.

-Como quiser Lena – disse me jogando banco do motorista.

[…]

Nós duas chegamos a casa, estava um silêncio mortal nos olhamos e questionamos internamente que sim se tinha dado a aquela amiga dos Salvatore e porque eles estavam tão quietos.

-Damon? – chamei, mas, ninguém respondeu.

-Stefan? – chamou Elena.

Subi a escada estava indo dormir, minha cabeça começava a doer por causa da bebida e eu sabia que logo teria mais uma das minhas crises, assim que abri a porta tive uma cena que jamais pensaria ver, Stefan Damon e Abigail estavam deitados na cama onde eu e ele dormíamos.

Não falei nada embora minha raiva ardesse por dentro, andei até Elena e disse:

-Eu os achei – rosnei.

-Onde estão?

-Vem comigo – disse.

Ela subiu comigo e nós abrirmos a porta e Elena teve a mesma visão do que eu tinha tido, eles cobertos por lençóis, Abigail deveria estar morta, mas, se estava como os dois estavam deitados com ela?

-Ela deveria estar morta – disse Elena com lágrimas nos olhos.

-Eu sei – disse triste – Eu vou embora.

-Stefan! – gritou Elena, dessa vez não partiria de mim a gritaria.

Os dois abriram os olhos e olharam em volta como se não soubessem onde estavam.

-Não esperava isso de você – disse ela saindo.

-Mas, eu esperava isso de você – disse ao Damon saindo também.

Não havia nada a dizer, era melhor apenas irmos.

[…]

Elena tinha vindo comigo passar a noite na minha casa, ficou no quarto da Esthela e eu tranquei a casa inteira evitando que qualquer um dos dois entrassem aqui depois me tranquei no meu quarto.

Com a cabeça explodindo eu estava encolhida na cama, minhas lágrimas saiam rapidamente eu sempre soube que isso tudo acabaria mal, o maldito do amor havia me cegado me fazendo ver tudo doce e bonito.

Damon já tinha mentido para mim e mesmo depois de tudo que ele fez comigo eu escolhi o perdoar e em troca eu havia ganhado um belo par de chifres.

-É novamente só você Ally – disse para mim mesma.