POV Damon

Ao meu redor tudo o que eu via eram paredes brancas, um quarto degradado e minúsculo apenas uma cama de armação no canto onde eu estava sentado, sem janela apenas uma porta que eu nem imaginava onde dava.

Eu não fazia idéia de onde eu estava, apenas sabia que quem quer que seja o desgraçado ou desgraçada que me prendeu aqui havia drenado todo o meu sangue por isso minha força era tão mínima quando a de uma criança.

Eu estava preocupado com a Ally, ela tinha sumido dos meus braços e do meu campo de visão será que ela estava morta a uma altura dessas? Se estivesse me sentiria estranhamente culpado pelo resto da vida.

A porta se abriu e eu levantei a cabeça para ver quem era, ninguém menos que a Katherine.

-Saudades de mim Damon? – questionou ela.

-Muita – disse sarcástico.

-A Alyson continua fácil de destruir não é Damon?

-O que você fez com ela? – rosnei.

-Eu? Nada – disse rindo – Logo você vai ver ela, Abigail e ela estão tento uma conversa de família.

-Ela jamais estaria com Abigail – disse convicto.

-Creio que você vai mudar de opinião – disse ela vindo para cima de mim.

Katherine ficava passando a mãos no meu corpo e mesmo que eu tentasse segurar suas mãos a falta de sangue não me deixava fazer isso.

-Ah Damonzinho qual é você costumava ser muito mais divertido – disse ela.

-Que ótimo não é mesmo – rosnei jogando-a no chão.

-Você vai ser meu Damon – sussurrou no meu ouvido assim que se levantou – Quando eu matar aquela vadia.

-Eu pensei que quisesse o Stefan – disse confuso.

-Você acredita de mais nas pessoas – disse ela saindo.

[…]

Parecia que eu me encontrava no sendo estagio do sonho, as coisas ficavam tridimensionais e aos poucos eu perdia a noção da realidade era uma sensação um tanto incomum.

As coisas começaram a ficar reais quando a porta se abriu e Alyson entrou pretendendo-me usava roupas distintas a que estava quando nós encontramos a sei lá quantos dias atrás.

-Oi meu amor – disse ela se sentando ao meu lado.

-O que você está fazendo aqui?

-Eu vim levar você comigo – disse pegando minhas mãos.

-Ela vai te matar, vai embora – pedi.

-Eu não me importo – disse sorrindo.

Pegou meu rosto e beijou minha boca docemente quando se afastou de mim abri os olhos rapidamente, estava ofegante na cama onde eu estava deitado, tinha sido tão real.

-É fácil entrar na sua cabeça – disse Abigail rindo parada na porta com os braços cruzados.

-Vadia – sorri.

Abigail olhou para mim e como Bonnie fazia com seus poderes era como se meu cérebro estivesse ardendo em brasas e meu corpo estivesse prestes a se autodestruir, ela parou então rindo alto e malignamente fechou a porta e sentou-se ao meu lado.

-Eu fico impressionado com a sua teimosia – disse ela – Eu pedi um milhão de vezes.

-O que você ganha comigo aqui? – questionei.

-Você querido – disse sínica.

-Eu não quero você – sorri sínico empurrando a para longe de mim, então mais rápida e com o pé de uma cadeira velha ela acertou meu ombro que ficou sangrando sem cicatrizar.

-Você não imagina o que eu posso fazer para um vampiro eu controlo vocês, eu não preciso que você aceite apenas que fique aí que o resto eu faço.

-Onde está a Alyson? – questionei.

-Minha filinha? Deve estar em algum quarto brincando com seu irmão.

-O que? – perguntei surpreso.

-Você achou mesmo que era você? – disse rindo histericamente.

-Ela odeia o Brian.

-Odiar é uma palavra muito forte Damonzinho.

-Eu não acredito

-Veja com seus próprios olhos – disse ela abrindo a porta e eu curioso e orgulho por ter a certeza de que iria provar que a minha Alyson não estava ali falaram mais alto do que eu.

Levantei me arrastando e encostando-me as paredes, Abigail ia na frente até que parou no meio do pequeno corredor abriu o quarto onde haviam risos misturados a gemidos baixos.

Assim que ela abriu o quarto que era um quarto de luxo, Alyson estava sentada em cima do Brian sem a blusa ambos quase se comiam um beijo voraz, eu queria acreditar que quem estava colocando aquilo na minha cabeça era a bruxa da Abigail e que os delírios faziam parte da falta de sangue.

-Você não está sonhando docinho – disse Abigail no meu ouvido

-Isso não é real não pode ser ela – disse.

-Mais é ela – sussurrou – Eu sempre soube que ela era uma vadia, agora você também sabe.

-É mentira – disse negando até onde eu conseguia.

-Alyson – a chamou sarcástica, Alyson se virou para trás ainda agarrada ao Brian, olhava para mim sem surpresa ou arrependimento ou como quem pedisse ajuda apenas sorriu sínica.

-Oi Damon – disse ela.

-Ally… - foi só o que consegui dizer.

-Pode me deixar em paz Damon? – disse ela e então Abigail fechou a porta e me jogou novamente onde eu estava.

Seu empurrão fez com que minha perna se cortasse no ferro solto da cama, que não cicatrizou rapidamente como deveria o que significava que como bruxa ela havia tirado minha cura rápida.

-Viu Damon é tudo mentira ela é tão vadia quando qualquer outra que você tenha conhecido.

Abigail sumiu como mágica, eu queria acreditar que era mentira como eu queria, mas, era ela realmente ela se agarrando ao filho da puta do meu irmão, porque ela mentiu para mim então?

[…]

Alyson entrou graciosamente no quarto agora sabia que não estava dormindo, mesmo desejando estar.

-Damon eu sinto muito – disse ela.

-Pode me deixar em paz?

-Eu devia ter sido sincera com você – disse – Eu deveria ter dito que não gostava de você.

-Eu nem acredito que seja você.

-Sempre foi ele Damon, eu estava enganada sobre ele e eu o amo não importa o que você faça para mim, eu nunca gostei de você Damon.

-Porque não some daqui?

-Você vai conseguir ir embora daqui e vai se esquecer de mim.

Ela era doce até pra me dar o pé na bunda, ao menos isso.

-Não é você – disse.

-Sim sou eu Damon – disse levantando-se.

Antes de sair ainda me olhou e disse:

-Você é quem não me conhece.

[…]

Katherine tinha vindo mais uma vez com a função de me importunar.

-O que você quer? – rosnei.

-Está magoadinho por causa da sua namoradinha?

-Não quero falar na Alyson se você não se importa.

-Vamos nos divertir então – disse sussurrando ao meu ouvido.

-Me deixa Katherine – rosnei.

-Ela não quer mais você mesmo, então vamos nos divertir.

Ela tinha razão, a Ally nunca me quis ou se um dia me quis o que eu tinha feito de errado para não gostar mais? Se ela podia brincar com meu irmão eu podia brincar com a Katherine.

-O que me diz Damonzinho?

-Porque não – sorri.

-Eu sabia que você ainda era o meu Damon – disse ela maliciosa.

-Nunca deixei de ser ele – disse.

Afogaria minhas magoas como eu tinha feito nos últimos 100 anos.

POV Alyson

Eu estava com uma sensação estranha, como se eu estivesse em dois lugares ao mesmo tempo, como se estivessem usando meu corpo deveria mesmo estar ficando louca era à única explicação para isso.

Elena e os outros entraram pela porta com feições preocupadas e tristes, isso apenas confirmava duas coisas ou Damon estava morto ou não havia sido encontrado.

-Alguma noticia? – perguntou Caroline vendo que eu já tinha pensado no pior.

-Não – disse Stefan – Ele simplesmente sumiu do mapa, não está em lugar nenhum e nós não conseguimos nenhum rastro que leve até ele.

-Eu não consegui localização com ele ninguém esteve tão próximo deles nos últimos dias, posso tentar com você Ally? – questionou Bonnie.

-Porque não – disse desanimada.

Bonnie sentou-se ao meu lado, esperava que para esse feitiço sei lá o que não precisasse arrancar meu sangue, minha alma, meu fôlego, minha vida ou algo do gênero.

-Me dê suas mãos – disse ela e assim eu o fiz.

Ela segurou minhas das mãos e começou a dizer novamente naquela língua morta que eu não conhecia.

No momento seguinte foi como se eu estivesse em um filme, minha vista ficou branca e eu conseguia ver Damon enroscado com a vampira que parecia a Elena, a que se chamava Katherine, ele sorria assim como ela ambos estavam nas preliminares, não querendo mais ver aquilo soltei minhas mãos das de Bonnie.

-Acho que ele não quer ajuda – disse nervosa.

-O que foi Ally? – questionou Klaus.

-O que você viu? – perguntou Caroline.

-O que ela viu? – questionou Elena para Bonnie vendo que eu havia ficado paralisada para responder.

-Eu não sei – disse ela por fim – Eu só consegui encontrar sua localização, ou quase.

-E onde ele está? – questionou Stefan.

-É um lugar escuro – disse Bonnie – Uma casa não muito grande afastada da cidade, eu acho que é aqui em Falls ainda ou talvez seja West Virgínia não é longe, ou Danver.

-Ele não está querendo ajuda – disse novamente me levantando e indo para o quarto.

Eu não entendia o Damon como ele conseguia ser o homem perfeito em um dia e o que eu queria matar no outro? Eu sabia que Abigail era um bruxa e que poderia ter obrigado ele, mas, quem se obriga alguém a ficar como ele estava?

Estava quebrada a visão, ou seja, lá o que eu tivesse visto quando Bonnie me tocou, era algo que tinha me magoado no mais profundo sentimento, me sentia uma burra, uma estúpida idiota por achar que ele podia ser meu, por ter me entregado como nunca tinha e ele me passado para trás.

Mas, eu não derramaria uma lágrima por ele eu não me permitiria chorar, porque ele não merecia minha tristeza havia fico claro que não era eu e não seria eu, eu apenas tinha que seguir.

Só que eu não poderia simplesmente seguir, minha irmã teria um filho e eu tinha que lhe ajudar porque ela ainda era nova de mais para passar por tudo isso sozinha e eu tinha que ver o Damon bem antes de desistir de tudo.

Eu só tinha certeza de uma coisa no momento, eu o amava.

Esthela entrou no quarto e só agora eu notara sua barriga saliente era tão bonitinha.

-O que me conta? – perguntei – Pensei que estivesse na sua casa.

-Eu estava, mas, também estava com saudades de você – sorriu.

-Vem cá – disse fazendo sinal para que se deitasse ao meu lado.

-Está triste Ally? – questionou.

-Não, só preocupada.

-Com o Damon?

- Talvez – sorri.

-Eles vão encontra ló.

-Talvez ele não queria ser encontrado.

-O que houve?

-Nada não Esthelinha, fica tranquila – sorri – E minha sobrinha.

-Ah anda agitada ultimamente – disse – Eu nunca estive tão ansiosa por algo, eu sei que vai ser difícil, mas, eu nunca quis tanto algo na minha vida toda.

-Eu só quero que você seja feliz Esthelinha, eu também quero muito pegar a garotinha nos meus braços – sorri – Já tem nome?

-Ainda não – disse sorrindo – Eu também quero que você seja feliz Ally.

-Eu sou feliz, só que do meu jeito.

 -Será que é mesmo?

Não, eu não era feliz pensei baixo, mas, simplesmente sorri em resposta, um  sempre sorriso que dizia ao contrário da verdade.