Era sábado  e finalmente o dia do baile, havia saído com Esthela para tomar café em uma padaria próxima a minha casa, a cidade estava realmente toda movimentada por causa do baile que seria na mansão Lockwood.

Esthela comprara o seu vestido, depois voltamos para casa e colocamos as coisas dos nossos pais no sótão, coisas que haviam chegado com a mudança há um dia.

Tentávamos reestabelecer nossa amizade de irmã depois da briga, aos poucos conseguíamos e voltamos ao que éramos antes.

Depois havíamos comido em um restaurante na cidade ao lado, tínhamos passado um dia maravilhoso, mas, agora estávamos de volta para casa e começaríamos a nos arrumar para o baile.

Tinha que confessar que a idéia me animava, não via a hora de ver Vincent em um smoking preto e bem alinhado.

[…]

Havia tomado um longo banho quente, estava com meu roupão enquanto terminava de arrumar os meus cabelos, amarrava ele em um coque com tranças o que realçava o meu rosto, depois de finalizado o meu penteado, comecei a fazer uma maquiagem que destacava meus lábios e meus olhos.

Coloquei meu vestido e meus sapatos de mesma cor, estava arrumada e pronta me olhei no espelho e suspirei eu estava bonita, tinha que admitir.

Desci as escadas vagarosamente e Esthela já estava pronta parecia uma princesa, seu vestido havia lhe caído muito bem emoldurando seu corpo bem distribuído tinha os cabelos em um belo penteado e sorria como há tempos não via.

-Ally como você está linda – exclamou maravilhada.

-Você também está – sorri abraçando-a.

-Vincent não vai buscar nós duas?

-Não ele nos encontra lá – sorri.

-Então vamos, vamos.

[…]

Era uma bela mansão, estava toda iluminada e decorada a deixava parecendo um palácio de conto de fadas, flores que combinavam com a iluminação e cores claras que deixavam o lugar acesso.

-Eu vou indo – sorriu Esthela.

-Claro, eu vou esperar o Vincent, pode entrar – sorri.

Enquanto esperava vi Elena e Stefan eles eram um belo de um casal, ele estava lindo em um smoking preto e com uma gravata borboleta vermelha que combinava com o vestido da Elena, seus cabelos longos estavam bem arrumados em um penteado.

-Hey Alyson – disse Elena alegre – Está muito bonita.

-Obrigado, posso dizer o mesmo de ambos – sorri.

-Obrigado – ambos responderam.

-Não vai entrar? – perguntou.

-Vou esperar o Vincent – disse.

-Então nos vemos lá dentro – sorriu Stefan.

Caroline e Klaus também passaram sorrindo por mim, Caroline estava linda em seu vestido e com seu belo penteado e Klaus parecia mais velho com seu belo terno preto.

Bonnie que eu não havia tido muito contado, também estava linda em seu belo vestido azul e seus cabelos negros em um penteado perfeito, ela estava acompanhada pelo Tyler isso explicava o porquê Caroline estava com o misterioso Klaus.

-Oi Detetive – sorriu.

-Só Alyson – sorri.

-Não vai entrar?

-Estou esperando Vincent

-Nos vemos lá dentro Alyson.

[…]

Ventava um vento gélido diferente dos ventos frescos de NY, estava com os braços cruzados havia meia hora que eu estava parada ali fora, Vincent não havia chegado já estava escuro era noite.

Estava ficando tarde, não conseguia decidir em engolir a história de que havia acontecido alguma coisa ou se eu enfrentava o fato de havia sido esquecida aqui como no meu baile de formatura.

Eu tinha apenas 15 anos, era para ser o dia perfeito o dia em que eu usaria um belo vestido e que alguém me seguraria pela mão e dançaria comigo até o dia virar, eu estava tão bonita meu pai disse que era a princesa mais rebelde que ele tinha visto.

Então eu fiquei na varanda da minha casa sentada na balança, esperando Daniel o cara mais bonito da escola vir me buscar, mas, horas se passaram e eu continuei sentada e então Brian o rebelde da escola apareceu apenas com a parte de cima do smoking.

É um dos poucos momentos que fazem parte dos bons momentos que passei com ele, mesmo que não tivesse me levado ao baile nós saímos pela primeira vez e ele parecia o cara certo.

POV Damon

Estava indo me alimentar de uma morena que andava para a floresta sozinha, mas, a mulher que tinha o corpo esculpido em um vestido preto havia chamado minha atenção, suas costas estavam nuas e seu cabelo preso em um belo coque.

Ela estava indo embora, quem iria embora tão cedo? Comecei então a seguir ela e só quando olhei para que carro ela estava tentando abrir reconheci sua identidade era ninguém menos que a Alyson.

Alyson tentava abrir a porta do carro, mas, parecia impossível parei atrás dela sorrindo sinicamente, ela seria a mais difícil e conseguir a confiança, mas, nada é impossível pra mim.

-Já está indo embora Detetive Grey? – perguntei sedutoramente.

Ela se virou calmamente, chorava um pouco e assim que me viu limpou rosto delicadamente, cruzou o braço na frente do corpo e de frente ela estava ainda mais bonita com o vestido negro.

-Bailes não são para mim – disse com a voz fraquejando forçando um meio sorriso.

-Ora, bailes são para todo mundo – disse – Porque está indo embora? Pensei que Vincent iria levar você.

-Ele não veio – disse ela – Mas, tudo bem eu vou embora eu nem queria vir a essa droga mesmo, não é a primeira vez eu estou acostumada.

-Acostumada? – perguntei sem entende o que ela dizia.

-Ninguém apareceu no meu baile de formatura – disse seca – Tchau, Damon eu vou indo.

-Não espera – disse pegando em sua mão impedindo de que entrasse no carro, ela olhou para as mãos e depois para o meu rosto surpresa.

-Eu tenho que ir – disse revessando os olhos entre nossas mãos juntas e a porta do carro.

Sabia que o que eu estava prestes a fazer sai totalmente dos meus planos, já que os mesmos eram arrastar Alyson para longe da festa, embebeda lá e quem sabe até transar com ela mais tarde, só que eu não faria isso, havia fico com pena dela mesmo que jamais fosse admitir isso.

-Eu acompanho você – sorri.

-Não precisa me acompanha só porque ninguém apareceu, não precisa ter pena de mim – disse séria.

-Eu não estou com pena de você

-Ah, claro e só está me convidando porque eu sou uma esquecida que veio a festa errada.

-Não, estou te convidando porque você está linda e merece que os outros vejam isso.

Ela não me respondeu apenas ficou me olhando de uma forma curiosa, estendi a mão e mesmo relutante ela aceitou, agarrou-se ao meu braço e nós fomos para o baile.

Assim que nós cruzamos a porta atraímos todos os olhares possíveis, era como se duas pessoas muito importantes estivessem entrando, escutei até Elena dizendo ao Stefan enquanto dançavam.

-Ela não viria com o Vincent?

-Elena, concentre-se na dança – sorriu Stefan.

-A deixe longe do Damon.

-Pensei que tivesse concordado…

-Tinha – resmungou ela.

  Escute: Taylor Swift - Enchanted

Olhei sorrindo com desdém para ela e levei Alyson para o meio do salão de dança, peguei no meio de sua cintura deixando nós dois mais próximos um do outro, posicionou sua mão quente em meu ombro me olhava de forma curiosa.

A música começou a tocar e nós começamos a dançar levemente pelo salão como se flutuássemos, passávamos pelas pessoas que nos olhavam de uma forma inédita ter ela em meus braços era algo e uma sensação que eu não conseguia explicar.

-Você é gelado – sorriu.

-Não tenho coração – disse irônico – Virou poeira.

-Assassinos não tem coração – brincou.

-Vai insistir para sempre nessa história?Você não me conhece Alyson, mas, eu conheço você.

-Conhece? – perguntou desconfiada porém curiosa.

-Sim, conheço – sorri – É curiosa, audaciosa e não deixa nada passar diante dos seus olhos, não gosta que sintam pena de você, gosta de estar no comando, procura alguém que faça você quebrar todas as suas crenças, alguém que a surpreenda pelo fato de ser apenas ela, não gosta de sonhar tem os pés no chão e é uma detetive porque o mistério chama você é como algo incontrolável.

Ela ficou quita me encarando, como se afirmasse o que eu havia dito em sua cabeça, sorriu e disse:

-Uau, Sr. Salvatore você é algum infiltrado do governo?

-Não só alguém que conheço muito a personalidade das pessoas, vamos dizer que sou bastante velho.

-Você não é tão difícil assim Salvatore – sorriu.

-Não? Então me diga quem eu sou?

-Você é o irmão mais velho que implica com os seus dois irmãos, é um cara que não quer compromisso com ninguém, porque já foi muito magoado, não confia em ninguém acha que vive melhor sozinho, mas, deseja que alguém faça sua cabeça sair do lugar, usa a ironia como uma defesa porque não quer que vejam como você realmente é…

-E como eu realmente sou? – a interrompi, curioso.

-Não sei você ainda não me deixou ver quem você é – sorriu – Eu só sei que não é o cara que está na minha lista de assassinos não é o mesmo cara que leu sonhos de uma noite de verão.

-Você também não me deixou conhecer você.

-Eu sou a policial mandona, que veio investigar essa cidade e que você queria destruir a vida.

-Não é não, você se esconde atrás disso, mas, hoje você não está usando um distintivo e nem está armada, então é só a Alyson.

-Uma policial nunca sai sem arma – sussurrou.

-Onde você carregaria uma arma – olhei desconfiado – Na perna… claro.

-Anda assistindo muitos filmes policiais, mas, está correto – sorriu.

-Ah, temos que ser atentos – sorri.

-Eu sei mais uma coisa sobre você

-O que?

-Você é bipolar

-Bipolar?

-Claro, um momento está dormindo com a minha irmã e tentando fazer da minha vida um inferno e no outro momento está dançando comigo e fazendo eu me sentir menos… eu – sorriu envergonhada – Ela ficou brava comigo, desde que você terminou com ela ou sei lá o que vocês tinham juntos, ela esperou que como um príncipe você convidasse ela para o baile mas, vejamos com quem você veio.

-Olha, eu sinto mesmo embora você não acredite nisso, foi um erro ter alguma coisa com ela até por ser mais nova muito mais nova do que eu, mas, vou te contar um segredo – sorri – Eu não queria estar aqui com mais ninguém.

-Sabe por que me irritava você com minha irmã? – disse ela desviando de foco a última coisa que eu havia lhe dito

-Por quê?

-Porque você nunca gostou dela, era só para me irritar – sorriu.

-Ah, vamos esquecer isso e tentar ser amigos pode ser?

Nós havíamos dançado e tomado alguns drinks, encostada ao bar Alyson me cutucou e disse:

-Olhe a briga que vai sair ali – disse ela apontando para onde Caroline e Klaus estavam.

-Garanto que o Tyler sai perdendo – disse.

-Aposto no Klaus – disse irônica.

-Apostado – sorri.

Caroline tinha o braço enroscado a Klaus, Tyler que estava com Bonnie desde que a traição deles ficara conhecida, o Lobinho se aproximou a fim de proteger Caroline, só que o coitado do Klaus não estava fazendo nada.

-Desde quando você se acha no direito de falar assim comigo? – perguntou Klaus cordial como sempre.

-Caroline como pode vir com ele? – perguntou Tyler ignorando o Klaus.

-Como se vocês dois fossem melhor do que ele, Klaus não está fazendo nada de errado estamos apenas dançando e Tyler minha vida deixou de ser a sua conta quando você estava com a vadia da minha melhor amiga.

-Ele machucou todo mundo que você conhece, destruiu com a cidade como tem coragem de vir aqui com ele – disse Bonnie.

-Pelo menos ele não destruiu meu coração – disse Caroline saindo de perto do dos dois.

-Bem, não houve briga ainda bem que não apostamos dinheiro – sorriu.

-Claro – disse.

-Mas, se tivesse Klaus ganharia.

-Ah, nada de apostas Alyson – sorri.

-Damon, você acredita em… ah esquece é loucura.

-Me surpreenda.

-Acredita que alguém possa fazer a outra esquecer, tipo de propósito.

-Controle da mente?

-É – sorriu – No FBI nós temos isso, mas, sei lá.

-Porque pergunta isso?

Então ouve-se um barulho de tiro Alyson me olhou e soube que naquele momento havia se transformado na policial e não mais a mulher que dançava comigo, corremos todos para fora a fim de entender o que havia acontecido.