Flashback

3hrs00 da manhã – Campus Columbia University

Ventava no campus da universidade, eram tantas lembranças boas e ruins, algumas lágrimas escorriam pelo rosto escondido da figura por um capuz e não só ela como os demais presentes estavam com os rostos escondidos. O ar pesada de gelado, o clima entre os presentes era mais frio que o próprio vento cortante em suas roupas.

Todos sem exceção olhavam a terra úmida recém-posta, eles haviam feito o que prometeram e encaravam sem coragem de dizer, como forma de retardar o inevitável, um raio passou por eles iluminando por uns segundos os corpos em pé e como que acordada por um sinal alguém finalmente rompeu o silêncio:

– A caixa está enterrada como havíamos combinado, agora precisamos ir, será melhor para todos e lembrem-se da promessa – disse uma voz autoritária olhando para os demais presentes – em três anos nesse mesmo lugar e hora, quem não vier não será esperado – terminado afastou-se a passos firmes sem olhar para trás.

Somente duas figuras a seguiram, de resto cada um foi para um canto sem olharem para trás; era doloroso, mas eles precisavam fugir e afastarem-se, caso contrário o destino seria igual para todos.

Seria uma longa espera, mas foi feito (...)

Flashback

Meia-noite – Escritório de advocacia Swan

Rose estalava seus dedos em minha frente chamando-me novamente para a realidade. Rosalie Hale, como descrevê-la – corpo escultural, alta, loira com cabelos ondulados até quase a cintura, olhos azuis chega a ser cômico o fato de seus olhos darem a impressão de ser uma pessoa ingênua e doce, mas quem a conhece como eu sabe que por trás dessa fachada angelical encontra-se uma mulher perigosa. Mas voltando ao que estava lhes contando (...).

– ISABELLA – me sacudiu fazendo com que eu a encarasse – está tudo bem? Estou te chamando a horas, no que está pensando? – sua voz saiu preocupada, sim, apesar de conhecê-la há tanto tempo ainda não me acostumo com seu estilo maternal de lidar comigo, fiz careta – e não me olhe com essa cara, porque estava submersa em seus pensamentos?

– Desculpa Rose, eu só estava pensando em como passou rápido, já se passaram três anos; como será que estão todos? – minha voz saiu como um sussurro, sinto falta da minha antiga eu ao encarar os olhos de Rose eu soube que ela sentia falta do que fomos um dia também.

– Sei como está sentindo-se Bells, mas hoje temos que terminar o que começamos naquele dia, vamos a nossa antiga universidade e saber o que James e Vic queriam nos mostrar, precisamos abrir o baú – ela suspirou e notei seus olhos preocupados

– Está com medo? – perguntei encarando-a

– Você não? – seu olhar foi duro, ela sabia, ela me conhecia melhor que qualquer outra pessoa, fiz um aceno afirmando estar com medo, ela entendeu – sim e não, quero revê-los, mas tenho medo de ninguém aparecer – afaguei seu rosto e tentei sorrir, mas estava cansada – você tem que se perdoar Bells, já faz muito tempo.

– O tempo não cura, eu deixei nossa família partir – ergui um pouco o rosto e o que senti foi uma bofetada forte – ai cadela, você tem a mãe pesada – ela revirou os olhos.

– Se fosse pra fazer carinho eu não a bateria – ela falou rindo – mas agora sério Bellinha, foi um acordo nosso, somos e sempre seremos uma família... – ela ia concluir quando somos derrubadas no chão por um ser morto – Jacob Black saia de cima de mim ou será um cão morto – falamos juntas e ele ergueu-se rindo nos ajudando a levantar

– Quanto senso de humor mocinhas – ele estava tranquilo.

Bem deixe eu lhes apresentar Jacob – moreno, forte, cabelo curto meio arrepiado, olhos escuros e firmes, por trás daquele jeito brincalhão de ser, Jake era igualmente perigoso como Rose e eu, por enquanto não entrarei em detalhes com vocês, mas logo conheceram mais sobre quem somos, bem corrigindo, éramos, mas prossigamos (...)

– Eu não pude deixar de escutar o que falavam – lançamos um olhar interrogativo pra ele que se apressou em explicar – não me culpem, vocês estavam falando alto e querendo ou não o assunto me interessa, mas continuando – fez uma pausa nos encarando – melhor irmos para não nos atrasarmos quero ver a cara do restante do grupo – ele não iria admitir a falta que sentia dos amigos, mesmo que doesse, ele não admitiria.

Saímos do meu escritório e seguimos até o estacionamento estávamos muito calados, mais do que o habitual, mas eu sabia que não era só eu que tinha perguntas não respondidas aquele dia, todos ficamos com dúvidas e elas nos cercaram cada momento no decorrer desses anos. Jake parou encarando o carro e não conteve a risada – você não muda né?! Parece até piada que vai usar o mesmo carro daquela noite – fiz uma careta o que fez ele e Rose rirem alto

– Eu me rendo – disse rindo – não consegui deixar meu bebe parado muito tempo, sabem que nenhum de nós conseguiu se afastar do nosso mundo, você principalmente – apontei pro meu amigo – quantas vezes não fui tirar você da prisão? – ri da virada de olhos que ele deu – vai ficar ai parado? – questionei saltando pra dentro do carro seguida por Rosalie

– Ata e deixar vocês se divertirem sozinhas – deu uma risada irônica e pulou pra dentro do carro – acelera baixinha – disse bagunçando meu cabelo, fiz careta o que causou uma crise de riso nele e na minha amiga, como eu os amava, sem eles eu não poderia suportar, eles foram minha base ao longo desses anos e sou eternamente grata por isso.

Mas devem estar se perguntando, quem sou não? Me chamo Isabella Swan, no auge dos meus 24 anos já vivi muita coisa, cursei direito na Universidade de Columbia onde conheci minha família e neste momento estou guiando meu carro até lá, ao contrário de três anos atrás o tempo hoje está calmo e não está frio. Sou péssima em me descrever, então ficamos por aqui ok?! Mas saibam que não sou a mocinha e nem a vilã, isto basta!

“A sensação do vento, o barulho do motor são como êxtase. Fugindo ou correndo estar atrás de um volante em alta velocidade é maravilhoso. Gosto de curtir a vida e sem duvida odeio normalidade”. (Isabella)