Rangers -ordem Dos Arqueiros -a Lealdade escrita por Veritacerum
Notas iniciais do capítulo
Eu sei, eu sei! Demorei mas estou aqui!! Novinho para vocês! Ah, já arrumei o cap interior...
Capítulo 32
Depois de meses sem ver as muralhas de um castelo, Alyss estava fascinada quando as grossas muralhas do castelo Araluen se ergueram ameaçadoramente na sua frente.
O sol da tarde batia nas pedras do muro, fazendo com que refletissem vermelhas e imponentes a luz do sol. Alyss puxou as rédeas de seu cavalo e parou para admirar a vista do castelo de baixo.
Os homens de Shigeru passavam por ela, lançando olhares discretos, tentando adivinhar o que ela fazia parada no pé do morro. – Alyss não se preocupava com isso. Pelo contrário. Ela sorria e acenava cumprimentos aos poucos fazendeiros que conhecia.
-Pensando na reação de seu rei? – perguntou uma voz firme atrás dela. –
Alyss se virou e viu Shigeru parando seu cavalo ao seu lado.
-Sim – respondeu a diplomata.
-Eles vão gostar muito – continuou o imperador.
-Sim – ela concordou com um gesto de cabeça.
-Que vista maravilhosa – comentou Shigeru. –Nunca tinha visto uma coisa parecida.
-É muito bonito mesmo – disse ela olhando para todos os lados.
-É sempre assim? – ele perguntou admirando as altas muralhas.
-É – respondeu ela. -Todas as tardes.
Eles ficaram esperando por mais alguns segundos, e como tivesse saído de um transe, Alyss bateu com os calcanhares no flanco de seu cavalo e começou a subir a colina que levava ao castelo. – Shigeru se assustou com a repentina mudança de clima e saiu em perseguição a jovem.
Eles entraram trovejando pela ponte levadiça do castelo e pararam junto a uma das altas torres da construção. – Alyss desmontou e entregou as rédeas de seu cavalo a um jovem rapaz, que já estava segurando o cavalo de Shigeru.
-Cuide bem deles – disse ela se virando para ir em direção as portas duplas que levavam ao interior do castelo.
-Não se preocupe, senhorita! – respondeu o jovem entusiasmado.
Alyss caminhou despreocupadamente com Shigeru ao seu lado até a carroça onde estava preso o ladrão que tentou assaltá-los na estrada.
-Eiko, solte esse infeliz, por favor – pediu ela tirando seu sabre da bainha.
Eiko foi até a carroça e cortou os nós da corda que o prendia nas tábuas da carroça. Ele tentou chutá-los, mas logo foi parado por Mikeru, que deu um soco em seu nariz. Agora o ladrão se via cercado por espadas desembainhadas, e achou que gostava de viver. Mesmo que tivesse que suportar a fúria de Duncan.
-Ele irá conosco até o rei – informou Alyss apontando para Shigeru e Reito.
-Mas e se ele causar problemas? – indagou Mikeru.
-Ele não se atreverá – respondeu a diplomata levantando o sabre. – Como se fossem um só, Shigeru e Reico tiraram cerca de 10 centímetros de lâmina de suas bainhas.
-Tente e morrerá – falou Reito com desprezo.
Ela começou a andar em direção a torre central do castelo, onde normalmente se localizava o escritório do Rei. Eles passaram por um par de guardas assustados, que, assim que viram Alyss abaixaram as lanças e liberaram a passagem.
Começaram a subir a escada em caracol, que como sempre se inclinava para a direita, que se por acaso o castelo fosse invadido, os soldados poderiam manejar as espadas para a esquerda com mais facilidade, assim que a maioria era destro.
-Esses castelos são bem construídos – comentou Reito quando terminaram no último patamar.
-Temos ótimos construtores para isso – respondeu Alyss batendo na porta.
Depois de alguns segundos ela se abriu revelando Lord Anthony.
-O quê desejam, amigos? – perguntou olhando para os rostos estranhos.
-Sou Eu, Lord Anthony – disse Alyss dando um passo a frente.
Anthony abriu mais a porta e olhou bem para o rosto da jovem. A princípio não reconheceu a diplomata, mas chegou mais perto e tudo veio com uma rapidez incrível em sua mente.
-A senhorita... – ele começou – a senhorita é... Alyss... Alyss... Não pode ser! A senhorita estava morta... que bom que está bem! Está viva! – incapaz de se conter, Anthony deu um passo a frente e deu um abraço caloroso em Alyss.
-Está viva! – ele exclamou sem se importar que todos estivessem escutando. -Está viva!
Eles escutaram passos no soalho de madeira e se viraram, dando de cara com Duncan, que reconheceu Alyss no mesmo instante.
-Alyss! – ele exclamou empurrando Lord Anthony com os cotovelos para abraçar a jovem. -Como que tudo isso aconteceu? A senhorita está bem? Viva! Eu sabia!
-Senhor – disse Alyss dando um aperto gentil em seu ombro. –Consegui me salvar.
-Estou vendo – disse ele dando um passo para trás. Seus olhos caiu sobre cada um do grupo, mas ficou parado em um prisioneiro. –Quem é este?
-Um idiota que tentou nos assaltar na estrada – disse Alyss empurrando o homem para frente. –Ele tentou nos matar.
Duncan se aproximou do sujeito e começou a inspecioná-lo dos pés a cabeça.
-Lord Anthony – ele fez sinal para que seu secretário se aproximasse e continuou –, veja se meus olhos estão vendo bem.
Anthony se aproximou e fez o mesmo que o Rei.
-Será – ele começou –, que esse é o mesmo homem da descrição de Halt?
-Isso! – concordou o Rei se virando para seu escritório. -Traga ele para dentro. – se virou e desapareceu pela porta.
Shigeru e Reito cercaram o bandido e entraram. O escritório era espaçoso, com uma grande janela virada para o jardim do palácio, um tapete e uma mesa de carvalho no centro do aposento. Todos se sentaram e Duncan se aproximou do sujeito amarrado.
-Foi você, não foi? – perguntou com desprezo.
-Eu o quê? – retrucou o bandido. – Shigeru não conseguiu se conter e deu um murro na cara do atrevido.
-Se não quiser outro igual, respeite seu Rei!
Duncan chegou mais perto e continuou o interrogatório.
-Foi você que pôs aquela flecha envenenada na árvore. – sua voz estava fria como gelo.
-Então o infeliz ainda vive – não era uma pergunta e sim uma afirmação.
Agora foi a vez de Duncan reagir. Sua mão foi direto para o cabo da espada, que em menos de 1 segundo estava desembainhada e a lâmina girava no ar e seu cabo atingia a cabeça do ladrão.
-Leve esse imbecil para uma cela – disse ele a um assustado Lord Anthony –, e volte para cá.
Anthony chamou dois guardas para que levasse o homem amarrado até uma cela e saiu da sala fechando a porta atrás de si. – Duncan foi até a sua cadeira de espaldar alto e se sentou.
-Egbert – ele chamou –, nos traga um pouco de café.
O homem saiu para buscar a bebida e Duncan olhou para Alyss.
-Que bom que está viva – disse sorrindo. –Lady Pauline irá ficar muito feliz quando vê-la de novo.
-Eu também vou ficar feliz, senhor – respondeu a jovem. –Mas o quê aconteceu com Halt?
-Bem – ele começou –, ele e Will estavam prestes a capturar um bando de foras da lei, e já tinham dado muitos prejuízos para aquela gangue. Will foi para o norte do Reino para resolver alguns problemas e Halt ficou por aqui. Querendo se vingar, aquele homem – fez um gesto na direção da porta –, resolveu se vingar. Viu Halt sozinho na floresta e atirou duas ou três flechas em um tronco de árvore. Assustado com a repentina mudança de ambiente, Halt investigou aos arredores e só achou as flechas em um carvalho. Sem pensar, arrancou uma da madeira e foi examinar a ponta e a pena. Ele se distraiu e acabou se ferindo com a ponta da arma. De início não foi nada, mas, depois de algum tempo as reações foram aparecendo. A flecha estava envenenada. Will voltou da reunião dos arqueiros e o levou até Malcoln, o curandeiro do Norte. Agora ele está bem, e daqui a pouco voltará para casa com Will, Horace e Crowley.
Sabiamente, Duncan pulou a parte do casamento arranjado entre Will e Cassandra. “O que vou fazer agora?”, - pensou o monarca.
-Crowley também foi? – perguntou Alyss tirando o rei de seus pensamentos.
-Sim, ele insistiu muito – respondeu ele enquanto o café era servido.
No início Reito e Shigeru ficaram um pouco indecisos com a bebida, mas depois de ver Alyss e Duncan beberem, também apreciaram a bebida. Como sempre viveu na companhia dos arqueiros, Alyss adicionou uma colherada de mel em sua xícara.
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O que acharam?? Bjinhos!