Reviravoltas Lidinho escrita por Pryscila


Capítulo 5
O Milagre do Amor


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas pela demora para postar esse capítulo!
As explicações seguem nas notas finais.
Mais uma vez peço a todos que leiam, vai ser muito a importante a leitura destas notas para uma melhor compreensão dos próximos capítulos...
Boa leitura a todos!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/318592/chapter/5

(Ao chegar no hospital, Dinho é imediatamente encaminhado para o centro cirúrgico. Mário decide não esconder de Alice o real estado do filho. Ele liga para ela e conta tudo. Ela chega no hospital desesperada e em um impulso abraça Lia, que também estava chorando muito. Depois todos se juntam em um abraço coletivo e confortante. As horas passavam e nenhuma notícia chegava. Até que um dos médicos que cuidava do caso apareceu...)

(Médico) – Vocês são os familiares do paciente Adriano Costa?

(Alice e Mário) – Sim, nós somos os pais dele.

(Alice) – Como é que está meu filho, doutor? Ele vai ficar bem? Não vai?

(Médico) – Senhora nós fizemos tudo o que era possível para salvar a vida do seu filho, mas infelizmente a bala atingiu o coração e ele não resistiu ao procedimento cirúrgico.

(Alice) – O que? O meu filho...

(Todos se descontrolaram naquele momento, Mário tentava controlar Alice. Jú e Fatinha tentavam amparar Lia. Eles ficaram destroçados com a verdade. Estava chegando ao fim a vida de um garoto jovem e saudável. Ninguém se conformava com essa informação. Queriam acreditar que o médico estava errado, que fora precipitado em seu diagnóstico, mas a única e triste realidade ali existente era: DINHO HAVIA PARTIDO; e com sua ausência deixado muitas saudades para seus familiares, amigos e o grande amor de sua vida.)

SEMANAS DEPOIS...

Minuto após minuto... hora após hora... Dia após dia... e assim o tempo foi passando... no lugar da raiva por ele ter partido tão jovem, começava a ficar a saudade, e em determinados momentos a fúria pela dor da ausência. Assim com muito pesar e sofrimento todos seguiram suas vidas. Os amigos de Lia lhe faziam visitas diárias e Jú e Fatinha praticamente se mudaram para a casa da roqueira, pois Lia não reagia, pouco conversava, pouco se expressava, sua rotina tinha se tornado: de casa para a escola, da escola para casa. Sua tristeza era tanta que nem sua guitarra ela conseguia tocar, pois sempre que a via, lembrava das horas que ficou trancada em seu quarto compondo a música que dedicara a ele, ao seu amor, ao seu único e grande amor.

Alice era outra que sofria, mas não calada, pois sabia que isso poderia fazer mal ao seu bebê. Chorava, gritava não se conformava com a perda do seu garotão, do seu menino, que tinha como único plano na vida desvendar os mistérios mundo a fora. Tudo o que ela queria naquele momento era seu filho ao seu lado, nem que fosse para dar broncas quando ele aprontava das suas travessuras, ou até mesmo para lhe dar colo e consolo quando estava triste, para sorrir com o seu sorriso encantador, ou até mesmo para chorar as suas lágrimas de dor. Lembrava que o filho passava mais tempo no telhado do que dentro de sua própria casa e que ela não gostava disso, mas de uma forma meio que instantânea isso não fazia mais sentido, pois seu único desejo era tê-lo de volta.

Mário, claro, também sofria. Afinal perdera o filho que tanto amava, mas este sim sofria calado, pois não queria ver a esposa mais triste ainda vendo o seu sofrimento. Andava e chorava escondido pelos cantos da casa, as lembranças dele estavam espalhadas por cada canto dela, seja nas paredes, nos porta retratos na estante, no vaso rachado da mesa de centro, que fora rachado quando jogava bola dentro de casa e principalmente no quarto e no telhado. Estas eram as partes da casa que ainda não conseguia enfrentar. Doía muito entrar ali.

Fatinha tentava se controlar pelo menos na frente de Lia, mas quando estava sozinha em seu quarto não conseguia segurar as lágrimas. Era só lembrar que seu único amigo e confidente não estava mais ali presente, que as lágrimas teimavam em cair.

Orelha era outro que se fazia de durão na frente dos amigos, mas em casa desabava em lágrimas cada vez que assistia um dos milhares de vídeos que tinha gravado dele.

Todos os outros amigos sofriam também, Juliana, Fera, Pilha, Rafael, Morgana e até mesmo o Gil, que não se dava muito bem com ele por motivos óbvios, também sentia falta do amigo; mas os que mais sentiam indiscutivelmente foram: Alice, Mário, Tico, Lia, Fatinha e Orelha. Os mais próximos. Os mais apegados. Os que mais amavam.

(Era uma linda manhã de sábado...)

(Lia finalmente encontrou forças para se levantar da cama. Ela não sabia porque, mas tinha algo que ela precisava fazer, ela só precisaria ter coragem e força para enfrentar a situação)

(Lia se arrumou, foi em direção ao seu armário e pegou uma caixa, foi até a sala e pediu autorização a seu pai para sair. Aquela seria a primeira vez que Lia sairia de casa sem ser para ir ao colégio. Sabendo que a filha precisava deste tempo para ela, Lorenzo nem chegou a questioná-la, apenas deu consentimento para que saísse)

(E assim Lia fez. Andou menos de 2 minutos e já havia chegado ao seu destino: a casa de Dinho)

(Alice) – Lia?

(Lia) – Oi Alice!

(Neste momento as duas se abraçaram ali mesmo no corredor e começaram a chorar. Algum tempo depois Alice chama Lia para entrar. As duas começam uma conversa sincera e entre lágrimas)

(Alice) – Lia, entre, fique a vontade.

(Lia) – Obrigada!

(Alice) – Desculpe a minha reação... é que eu fiquei surpresa com a sua visita, desde que aconteceu aquilo tudo, você nunca mais tinha voltado aqui.

(Lia) – Eu sei... é que para mim ainda é muito difícil vir aqui e saber que ele não vai sair correndo ali do quarto ou descer do telhado para me recepcionar com beijos e abraços...

(Alice) – Eu te entendo! Ai, como eu te entendo!

(Lia) – Mas e você e esse bebezinho como estão?

(Alice) – Eu estou levando, e ela aqui está crescendo forte e saudável!

(Lia) – Ela? Já confirmou que é uma menininha?

(Alice) – Não, ainda não confirmei. Mas eu sinto que é menina!

(Lia) – Meus parabéns, então! Eu desejo muita saúde para vocês duas...

(Alice) – Obrigada! Mas e você como está? Lia, eu preciso te confessar uma coisa... no início eu não gostava muito de você não, talvez por causa desse seu estilo aí, não sei... mas eu fui te conhecendo aos poucos e percebi a menina incrível que você é... e que principalmente fazia meu filho muito feliz...

(Lia) – Não se preocupe com isso Alice! É passado! O meu pai também tinha uma certa implicância com o Dinho, eu acho que isso é coisa dos pais mesmo... talvez o medo de perder o carinho e atenção dos filhos, talvez um pouco de ciúmes...

(Alice) – É você pode até estar certa!

(Lia) – Você teve alguma notícia dela? Daquela mulher?

(Alice) – Sim! Pela primeira vez um vídeo do Orelha teve utilidade! Ele gravou aquilo tudo... e nos entregou uma cópia. O Mário contratou um excelente advogado criminalista. Ela está presa, mas o julgamento ainda não foi marcado.

(Lia) – Pelo menos vamos ter justiça!

(Alice) – Eu escutei o Mário conversando com o advogado... ele disse que aquela assassina pode está enlouquecendo na cadeia, mas com medo dela ser solta eu me intrometi na conversa e perguntei se isso iria livrar ela da cadeia.

(Lia) – Aquela assassina não pode ficar impune! Se isso acontecer eu mesma acabo com a raça dela! Nós ainda temos muitas contas para acertar!

(Alice) – Calma Lia! Isso não vai acontecer. O Dr. André me explicou que se isso acontecer ela pode ser transferida para um manicômio judiciário.

(Lia) – Pelo menos isso! Ela tem que pagar pelo que fez, tem que pagar!

(Ela deixa cair algumas lágrimas)

(Alice) – Lia me promete, que você não vai fazer nada. Vai deixar a justiça cuidar daquela mulher. Promete?

(Lia) – Prometo ficar quieta, se for feito justiça. Se ela conseguir se livrar da cadeia, ela vai se arrepender... Alice, eu posso te pedir um favor?

(Alice) – Claro Lia! O que você quiser!

(Lia) – Será que eu posso ir lá?

(Ela diz isso apontando para o quarto de Dinho)

(Alice) – Pode sim! Claro que pode! Qualquer coisa que você precisar é só me chamar!

(Lia) – Obrigada Alice!

(Lia entra no quarto e coloca a caixa em cima da cama. Depois não aguentou mais e a cada passo que dava, cada canto que olhava, as lembranças insistiam em percorrer sua mente e as lágrimas a escorrer pela sua face. Lembrava de tudo o que tinha passado com ele ali. O quarto estava extremamente organizado, a cama super bem arrumada, os livros da escola na mesinha,(como se estivesse apenas esperando ele chegar), no criado ao lado da cama tinha algumas fotos, inclusive dela também. Então ela se aproxima do guarda roupa e o abre. Pega uma caixa que estava na parte superior do móvel. Com ela em suas mãos, aproxima-se da cama, senta-se e abre cuidadosamente a caixa. Dentro dela encontra os cartazes, recadinhos trocados durante as aulas chatas e monótonas, mais algumas fotos deles e um envelope lacrado. Lia hesita em abrir, mas ao ver o seu nome, não resiste e abre. Ela tinha certeza que aquela carta era para ela.)


“Meu Amor...

Eu nem sei porque estou escrevendo essa carta, talvez eu esteja ficando doido, porque eu não vou ter coragem de postar ela e muito menos de te entregar. Eu sei que você, se chegar a recebê-la iria rasga-la imediatamente e eu não tiro sua razão. Eu fui um cafajeste e covarde contigo. Mas a única verdade é que eu te amo. Te amo mais a cada dia. Hoje, se eu não tivesse feito a burrada de te trair estaríamos completando 5 meses de namoro, mas por minha causa hoje está completando 2 meses que você me deixou...

Eu sei que se eu disser que eu te amo você não vai acreditar. Talvez se eu estivesse em seu lugar também não acreditaria...

Mas eu queria tanto que você acreditasse de novo em mim, que acreditasse no meu amor por você, que você me desse a chance de me desculpar e provar o quanto eu te amo. Eu faria qualquer coisa para não te ver sofrer... eu daria a minha vida para salvar a sua, eu daria tudo o que eu tenho hoje só para ver novamente aquele brilho nos seus olhos e aquele sorriso que me encantou desde o primeiro dia que eu vi. Quando ficamos juntos pela primeira vez, eu nunca entendi porque você só quis ficar, eu estava disposto a largar meu título de pegador por você, mas você não quis. Deixou claro que não me amava. Que tinha sido um beijo sem importância. Aquilo me magoou profundamente. Mas nunca te contei isso, né? E nem vou contar. Desculpa Lia, mas esse vai ser meu segredo, tá?

Por falar em segredos, quantas coisas nós dois vivemos juntos, momentos só nossos, brincadeiras, brigas, implicâncias, declarações, beijos, quantas coisas mais que não preciso comentar, pois você sabe perfeitamente. Por mais que você fale que quer esquecer ou que já esqueceu, eu sei que é mentira. Porque um grande amor igual ao nosso não acaba assim. Não vai ser um erro idiota meu que vai destruir tudo o que construímos. Eu não vou desistir de você nunca! Nunca! Vou sempre está ao seu lado, mesmo que você não queira.

Quantas saudades eu sinto de você! Que saudades de te chamar de minha marrentinha! Hoje faz 2 meses que você não olha na minha cara, que não fala comigo direito, não me deixa eu te tocar, muito menos me aproximar. Mas eu não vou desistir de ter você de volta. Custe o que custar. Eu te amo e não vou desistir! A minha vida sem você não tem mais sentido. Não tem mais graça. Não tem mais cor. Não tem mais brilho.

Você é a minha alegria. A minha razão de viver. Te ver todos os dias no colégio ao mesmo tempo que um castigo, (por não poder te ter em meus braços novamente), é um alívio, (pois mesmo a distância, posso te ver, saber que você está bem). Você nem imagina quando chega o fim de semana e sei que não vou te ver, como tudo fica sem sentido. Fico torcendo para chegar logo a segunda feira, só para poder mais uma vez olhar para você.

Eu olho para você e vejo seu olhar triste e sua face séria, marrenta; como era antes, mas agora você tem motivos para agir e se sentir assim, e a culpa é minha. Às vezes me pergunto como eu posso querer que você me desculpe, se nem eu consigo fazer isso? Eu não consigo me perdoar por ter sido tão idiota, tão inconsequente; você confiava em mim, demonstrou isso diversas vezes e eu não soube aproveitar. Na primeira oportunidade, na nossa primeira briga, eu te traí. Ai, como eu me arrependo. Mas pena que esse arrependimento veio tarde demais...

Eu fico me perguntando se você tivesse escutado de mim a verdade, se eu tivesse tido a coragem para revelar a minha fraqueza, se tudo isso não seria diferente. Se a sua raiva seria menor. “Eu sei que não adianta mais chorar pelo leite derramado”, mas tenha a certeza, se eu pudesse, eu voltaria atrás faria tudo diferente. Eu espero sinceramente que algum dia você me perdoe, que você seja capaz de compreender o incompreensível; de perdoar o imperdoável; de aceitar o inaceitável; que seja capaz de voltar a me amar e de confiar em mim como antes. Eu vou fazer o possível e o impossível para conseguir o seu perdão. Não vou deixar de te pedir perdão nunca. NUNCA!

Eu sei que eu errei, que eu fui fraco, que eu tentei colocar a culpa em você na época, por causa da sua falta de atenção e de carinho comigo, isso só foi mais um grande erro meu. Você não teve culpa. A culpa foi só minha, eu que não podia ter ido viajar e ter te deixado sozinha quando você mais precisava de mim, quando eu era o único que podia te ajudar...

Por isso vou viver te pedindo perdão e esperando algum dia ser merecedor dele...

Eu não sei qual vai ser a finalidade desta carta, talvez eu termine de escrever, amasse e jogue fora; talvez eu tenha coragem de te entregar; talvez eu a guarde para lembrar sempre de como eu fui tolo, imbecil por ter te perdido; talvez eu rasgue... ainda não sei, mas se você chegar a ler esta carta um dia, não duvide nunca do meu amor por você Lia, tudo o que a gente viveu foi de verdade. Todos os sonhos que idealizamos juntos eu ainda espero realizar ao teu lado.


Deste idiota sem noção que te ama mais que a própria vida,

Dinho”

(Depois de ler todo o conteúdo da carta ela se encosta na cabeceira da cama e chorando pega uma foto em que aparece os dois juntos e sorrindo e começa a por para fora tudo o que ela não tinha tido coragem de falar nestas últimas semanas)

(Lia) – “Como você teve coragem de fazer isso comigo Dinho? Me deixar assim? Sozinha? O que vai ser de mim sem você? Sem os seus beijos? Sem as suas implicâncias? Sem o seu sorriso maroto? Sem sua pele macia para tocar e me tocar? Sem seus cachos para enrolar nos meus dedos? Sem a sua vontade de desvendar os mistérios do mundo? Como encarar aquela sala de aula sem você? Como eu vou fazer sem você aqui para me chamar de “minha marrentinha”? E a partir de agora quem eu vou chamar de idiota? De meu idiota? Porque você fez isso Dinho... aquele tiro era para mim... você se foi e levou todas as minhas respostas, pois só você sabia me compreender, só você sabia responder as minhas perguntas, até mesmo a mais indecifrável... só você me completava... e agora eu estou sozinha... você é um idiota sabia? Mas um idiota que amo muito e não sei viver sem... é isso mesmo, eu não sei viver sem você, eu não consigo viver sem você... nestas semanas eu fiquei me iludindo que você estava viajando, mas que ia voltar... porque se eu não pensasse assim eu não conseguiria resistir a essa dor imensa que é te perder.

Volta para mim! O mundo inteiro sem você fica vazio! Fica sem sentindo! Tudo perdeu o motivo de existir! Como eu vou para o colégio sabendo que mesmo quando bater o sinal, você nunca mais vai chegar? Vou está em uma festa e saber que você não vai estar lá para arrasar os corações da mulherada?

O que vai ser da Fatinha sem você? Sua melhor amiga... e do Orelha? Você é o único amigo que ele pode contar... da galera toda... você era o sorriso do grupo, o pegador da escola que se apaixonou pela roqueira marrenta, e a partir daí só fez besteiras...errou, sim errou, e muito viu? Mas errou por ser um ser humano, e não um super herói perfeito, intocável..e eu errei muito mais por não ter compreendido você, a sua liberdade, a sua vontade de conhecer o mundo... novas experiências... novas aventuras...

Porque Dinho? Porque?

(Lia abre a caixa que trouxe de sua casa e espalha todos os cartazes e bilhetes pelo quarto, colocando um seu e alternando com um de Dinho. Depois ela volta e senta-se novamente aonde estava)

(Lia) – Volta pra mim Dinho... volta... por favor...

(Lia fala com a voz falhando por causa do choro)

(Dinho) – A marrentinha me chamou? E pediu, por favor? É grave!

(Lia não acredita no que seus olhos veem e os esfrega com força. Fecha-os e os abre novamente. Sim, é verdade, Dinho está ali na sua frente, há pouquíssimos centímetros...)

(Lia) – Dinho? É você? É verdade? Mas como isso é possível?

(Dinho) – Eu também não sei!

(Lia) – Não diz mais nada, vem cá!

(Lia puxa Dinho para um beijo. Inexplicavelmente o melhor beijo de suas vidas. Um beijo cheio de vontade, de saudade, de desejo, de intensidade e principalmente repleto de muito amor... e assim eles se beijaram, um beijo atrás do outro até perderem completamente o fôlego...e entre beijos, abraços, lágrimas e sorrisos eles começam a conversar)

(Lia) – Como? Eu não entendo como você chegou aqui? Dinho eu vi...

(Dinho) – Minha Marrentinha, calma!

(Lia) – Diz de novo... diz...

(Dinho) – Minha marrentinha, minha marrentinha, minha e só minha marrentinha para sempre!

(Lia) – Meu idiota! Meu amor! Minha vida! Meu tudo!

(Dinho) – Uau Lia! Se eu soubesse que você ia ficar tão romântica, eu teria ido embora antes...

(Lia) – Não fala besteiras Dinho! Não vai mais embora, por favor fica comigo, você prometeu que ia ficar pra sempre comigo, ao meu lado, lembra?

(Dinho) – E eu não estou cumprindo minha promessa? Olha eu aqui!

(Lia) – Não vai mais embora! Não me deixa sozinha nunca mais viu seu idiota! Mas espera, você ainda não me respondeu como você chegou aqui?

(Dinho) – Calma marrentinha!

(Ele a beija)

(Dinho) – Para que explicar o inexplicável? Apenas aproveite o momento. Você me chamou e eu vim. E também preciso te pedir uma coisa.

(Ela o beija)

(Lia) – Claro! Para que perder tempo com meros detalhes... pode pedir o que você quiser!

(Dinho) – Eu só posso dizer uma coisa... a luz do nosso amor me guiou até você...

(Eles se beijam e choram emocionados)

(Lia) – Mas me diz, o que você quer me pedir? Não é perdão de novo, não né?

(Dinho) – Também! Mas tem outra coisa!

(Lia) – Eu já disse que te perdoo, eu te perdoo, eu te perdoo, mas você também tem que me perdoar. Você me perdoa pela minha teimosia, arrogância e marrentice?

(Dinho) – Lia, você não tem que me pedir perdão, mas se isso te deixa mais feliz, eu perdoo você sim. Sempre! Eu te amo para sempre! Acredite nisso!

(Lia) – Dinho, eu achei a sua carta!

(Dinho) – Eu sei!

(Lia) – Não me diz que agora você virou adivinho também?

(Dinho) – Não Lia, eu estou vendo a carta aqui, do seu lado! Ela é sua! Pode ficar com ela, se você quiser!

(Lia) – Porque você não me entregou ela antes?

(Dinho) – Você receberia?

(Lia) – É verdade! Eu acho que se você tivesse me entregado ela naquela época, eu teria rasgado sem nem ler! Desculpa!

(Dinho) – Não precisa se desculpar, você tinha os seus motivos! Foi por isso que eu não entreguei e confesso também faltou coragem! Eu sou muito desajeitado para escrever...

(Lia) – Nada disso! A carta ficou linda... bem o seu estilo...

(Dinho) – Eu posso te pedir um favor?

(Lia) – O que você quiser! É só pedir!

(Dinho) – Cuida da Cecília! Ela vai trazer um presente para você! Essa menina tinha uma missão linda, mas por rupturas do destino essa missão vai ser um pouco alterada. Mas mesmo por outros caminhos ela vai cumprir seu destino. Não esqueça! Cuide da Cecília!

(Lia) – Cecília? Quem é Cecília, Dinho?

(Dinho) – Ah, não esqueça... eu te amo! Eu vou te amar para sempre!

(Ele a beija)

(Lia) – Eu também vou te amar para sempre!

(Dinho) – Lia. Vem aqui...vem... você precisa descansar agora, você está tão abatida, com o rosto tão cansado...vem minha marrentinha mais amada, vem meu amor...

(Dizendo isso, Dinho ajeita Lia em seu colo)

(Lia) – Dinho, mas eu não estou com sono! E quem é Cecília?

(Dinho) – Calma minha marrentinha linda... a curiosidade matou o gato... no tempo certo você vai saber...

(Eles se beijam mais uma vez e Lia adormece)

(Dinho) – Desculpe te fazer dormir minha marrentinha, mas foi a forma que eu encontrei desta despedida não ser mais dolorosa do que já está sendo. Não esquece, eu vou te amar para sempre e vou está sempre do seu lado. O seu presente vai está nos olhos da Cecília. Sempre que você olhar para ela, vai me ver lá. Esse é o nosso presente. Vamos estar sempre juntos. A missão dela ia ser nos unir, mas o destino não quis assim. Mas mesmo assim vamos está sempre juntos! Eu te prometo isso! Eu te amo!

(Chorando, Dinho beija a testa de Lia, chega até a porta, a olha pela última vez e sai. Ele encontra Alice repousando no sofá)

(Dinho) – Eu amo vocês! E eu vou está sempre ao lado de vocês duas!

(Dinho faz um carinho nos cabelos de Alice, beija a testa e a barriga da mãe e vai embora)


(Algum tempo depois... Lia desperta e se pergunta... )

(Lia) – Cecília? Quem é Cecília?

(Ela permanece mais alguns instantes no quarto recolhe todos os cartazes e bilhetes e os devolve para suas respectivas caixas, exceto a carta que ela coloca em sua caixa, guarda a caixa de Dinho no guarda roupa e depois volta para sala com a sua caixa nas mãos e encontra Alice dormindo. Ela se aproxima...)

(Lia) – Alice... Alice...

(Dinho) – Dinho? Meu filho? Ah, Lia desculpe... eu pensei que fosse o Dinho...

(Lia) – Não me diz que você também estava sonhando com o Dinho? Porque eu acho que sonhei com ele, mas foi tão real, que eu estou achando que não foi só um sonho... acho que ele esteve aqui de verdade...

(Alice) – Lia, pode parecer loucura, mas o Dinho esteve aqui sim, eu estava dormindo, mas eu senti o carinho e o beijo dele, do jeitinho que ele sempre fazia quando chegava em casa e me encontrava dormindo.

(Lia) – Eu não sei, mas eu sinto que ele esteve aqui também, os beijos, os abraços foram reais, eu tenho certeza, eu senti... o calor dos beijos dele nos meus lábios, o perfume dele está na minha pele, sente aqui Alice...

(Lia aproxima seu braço para Alice cheirar)

(Alice) – É o perfume do Dinho, Lia!

(Elas se emocionam)

(Lia) – Alice eu juro que não toquei no perfume do Dinho!

(Alice) – Eu sei Lia! Não precisa jurar, eu acredito em você! O cheirinho dele está por toda a casa... você não está sentindo?

(Lia) – Alice, agora que você falou, é verdade, eu estou sentindo sim. Ele esteve aqui! Eu sei!

(Lia e Alice se abraçam emocionadas)

(Alice) – O Dinho esteve aqui! Eu tenho certeza disso!

(Elas se abraçam novamente)

(Lia) – Eu preciso ir agora! Eu saí de casa já faz um tempão e nem falei para o meu pai que vinha aqui...

(Alice) – Tudo bem, eu entendo...Vai com Deus minha filha!

(Lia) – Fique com Ele também!

(Quando Lia já está com a mão na maçaneta para sair, Alice diz uma coisa que a faz quase cair)

(Alice) – E pode deixar Lia, que eu e a Cecília vamos retribuir sua visita!

(Alice percebe a reação de Lia e a ajuda a se sentar no sofá)

(Alice) – O que foi Lia? Sentiu-se mal?

(Lia) – Alice, você disse Cecília? Se você tiver uma menina o nome dela vai ser Cecília?

(Alice) – Vai sim!

(Lia) – Alice, o Dinho sabia disso?

(Alice) – Sim, ele sabia; aliás, foi ele que me pediu para batizá-la assim, ele queria fazer uma homenagem para você.

(Lia) – Homenagem para mim? Mas ele não me falou nada!

(Alice) – Quando ele me pediu isso, vocês dois ainda não estavam brigados. Mas ele queria te fazer uma surpresa. Aí ele teve essa ideia de colocar o nome da irmã de Cecília, a princípio eu achei loucura, mas depois eu compreendi que era realmente uma loucura, mas uma loucura de amor. Eu nunca tinha visto meu filho gostando e sofrendo por uma garota de verdade, assim como eu vi, quando vocês estavam juntos e depois quando terminaram. Bem, e sem contar que Cecília é um nome lindo, não acha?

(Lia) – Lindo, com certeza... eu também acho! Mas porque Cecília?

(Alice) – O Dinho me explicou que tinha dois motivos; Primeiro porque Cecília termina com L-I-A , no caso seu nome; em segundo porque começa com Ceci, e você melhor do que ninguém sabe do que eu estou falando, né?

(Lia) – Ceci? Claro que eu sei! A peça do colégio... foi depois dela, que mesmo de uma forma errada a gente começou a se entender e depois a namorar... Mas o Dinho era um maluco mesmo, né?

(Alice) – Maluquinho! Meu garotinho!

(Alice fica pensativa)

(Alice) – Mas porque você teve essa reação quando eu falei o nome dela?

(Lia) – Eu não sei se foi sonho ou realidade, mas o Dinho me pediu para cuidar da Cecília. Eu perguntei quem era, e ele disse que eu descobriria no tempo certo.

(Alice) – É que eu tinha contado para ele, que eu ia chamar vocês dois para serem os padrinhos do bebê, aí só depois que ele me sugeriu o nome.

(Lia) – Eu e o Dinho padrinhos do seu filho? Quer dizer, da sua filha?

(Alice) – É! Você aceita?

(Lia) – Aceito! Claro que aceito, mas...

(Alice) – Não tem mas... eu fico muito feliz de você ter aceitado. Muito obrigada! E você já se sente melhor? Mais calma? Você ficou branca igual a um papel!

(Lia) – Estou sim, acho que foi só o susto, a surpresa do nome, acho que foi só isso!

(Alice) – O que aconteceu com a gente hoje foi mágico!

(Lia) – Foi especial... eu acho que foi o Dinho que me chamou até aqui, não tem outra explicação... quando eu saí de casa eu vim parar aqui... ele me guiou. Mas Alice, eu preciso ir mesmo!

(Alice) – Claro! Eu te acompanho até a porta! Promete que volta?

(Lia) – Volto sim! E eu vou ficar esperando a visita de vocês também!

(Alice) – Até logo!

(Lia) – Até logo Alice! Até mais Ceci!

(Elas se abraçam mais uma vez e Lia sai. Ao chegar em casa ela recebe um abraço confortante do pai e como ele não lhe faz nenhuma pergunta ela em seguida segue para o seu quarto e guarda a sua caixa. Ela fica lá por horas e horas pensando em tudo o que aconteceu. As lágrimas corriam pelo seu rosto. Depois de um longo tempo sem tocar, ela retira sua guitarra do case e dedilha algumas notas, até criar coragem a começar a tocar e cantar a música que ela mesma compôs para Dinho)

(Lia) – Eu prometo que vou cuidar da nossa Cecília!

Eu te amo para sempre Dinho!




FIM! (1)


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Vamos lá...
De todos os capítulos que eu escrevi na vida, esse com certeza foi o mais difícil e mais emocionante também... #ChoreiMuito em algumas partes. Começava e não conseguia terminar... por isso a demora para postar...desculpem...
Acredito que alguns estão com vontade de me matar também, né?
Mas eu vou tentar explicar agora o porque que eu escolhi este final para uma das duas versões que estou escrevendo...
Primeiro, eu queria tentar mostrar para mim mesma e para vocês também que o Dinho (já que ele teria mesmo que sair) poderia ter saído da história de uma forma mais digna, mais coerente,mais humana...
(Eu não sei vocês, mas eu não consegui engoli que depois que a Lia descobre a traição e termina tudo com o Dinho, ele não aguenta a pressão e simplesmente resolve viajar com aquela ValentiNaja. Depois de todas as perseguições e armações dela, isso não faz o mínimo de sentido. Ele nem sequer vai tentar o perdão da marrentinha que ele tanto diz que ama. Desistir no primeiro não? Esse definitivamente não é o Dinho que foi apresentado no decorrer da trama).
Em Segundo lugar eu queria muito que o Dinho tivesse saído da trama com uma fama de heroi, e não com fama de covarde e galinha, e infelizmente o que vai acontecer é isso mesmo... tiraram o nosso Dinho e o deixaram com a maior fama de cafajeste.
Como não vai ser possível na novela, pelo menos na fic foi... o Dinho partiu, dando a sua própria vida para proteger o grande amor de sua vida.
Bem galera, as explicações foram dadas... espero que também sejam aceitas...
........................................................................................................................
Agora como eu prometi, a partir de amanhã, vou começar a postar um NOVO FINAL... vocês lembram que eu sempre disse que essa fic teria 2 finais? Então amanhã vocês começarão a ler as novas emoções e aventuras do casal que conquistou os nossos corações... s2 LiDinho s2
Muitas coisas irão acontecer, conflitos, confusões, armações, emoções, e claro, como não poderia deixar de faltar... muito romance também!
Acho que já falei demais por hoje...
Agora é a vez de vocês... me digam se vocês gostaram da história... Diante de tudo o que eu expliquei para vocês fez algum sentido o final "1" escolhido por mim?
E eu também gostaria de saber... será que vocês vão acompanhar a 2ª parte da fic, com um final "2"?
Até o próximo capítulo galera!
#LiDinhoForever
Como não poderia deixar de ter: #VoltaGuiPrates
bjoooo