Begin Again escrita por le97le


Capítulo 2
Bonus: I watched it begin again.


Notas iniciais do capítulo

Bônus, para dar um gostinho.
Obrigada por lerem :D



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Mais uma vez, cheguei em casa suspirando. Mas, desta vez, ninguém pulou em cima de mim.

Fui para meu quarto na esperança de tomar um banho para a festa. Porém, sentadas em minha cama, ninguém mais, ninguém menos do que... SIM, Alice e Rosalie.

Eu ri de suas caras ansiosas. Mas, afinal, quem tinha ido a um encontro? Eu ou elas?

Alice foi a primeira e se pronunciar:

— Como foi? Como ele se chama? Aonde ele te levou? Porque demoraram tanto? Sobre o que conversaram? Ele te beijou? Como foi?

— Alice, respire. — Eu ri novamente. — Não vou dizer o nome. Ele me levou a um restaurante perto da outra ponta da praia. Demoramos porque conversamos e não vimos o tempo passar. Nós conversamos desde infância até musica. Ele é bonito, divertido, encantador e temos muito em comum.

Eu suspirei, esperando que esquecesse a última pergunta.

Rosalie andou até mim, sentiu meus batimentos, olhou para minha bochecha rosada, meus lábios inchados e vermelhos, meu olhos brilhantes.

E disse:

— Sim, Alice, ele a beijou.

Eu sorri bobamente, lembrando de como nos encaixamos perfeitamente em frente ao meu carro.

Mas, como eu tenho amigas como Alice e Rosalie, meu momento adolescente apaixonada foi destruído pela próxima fala de Alice:

— Agora só falta você se arrumar.

Confusa, olhei para seus rostos e percebi que estavam maquiados, assim como seus cabelos impecavelmente arrumados.

Ser Barbie só uma vez ao dia não era suficiente para elas?

Bufei e fui para o banheiro, esperando que meu banho fizesse meu coração bater um pouco mais devagar.

Mas como poderia ele desacelerar se a cada minuto que passava minha mente só conseguia registrar que logo ele estaria perto de mim novamente?

Alice me fez usar todos os produtos que tivessem cheiro de morango. Diz ela que fica bem em mim. Acredita que ela encontrou um perfume com o mesmo cheiro?

Ela me banhou com ele (“banhou” porque ela jogou perfume em 80% do meu corpo, dando a desculpa que “eu devia estar cheirosa para dar inveja àqueles que não eram o cara que colocou o brilho em meus olhos”).

E então, depois de duas horas de sofrimento, eu tinha um coque frouxo em meus cabelos, com fios caídos pelos meus ombros; um vestido preto tomara-que-caia, com uma faixa vermelha marcando a cintura e uma renda branca dando aspecto esvoaçante a parte da saia, que era extremamente curta; olhos marcados pelo lápis e pelo delineador; cílios longos e lotados de rímel; e lábios vermelhos.

Para completar, Alice, que não podia me deixar usar um sapato baixo, me deixou ao lado da cama uma caixa que dentro continha sapatos brancos e lindos com saltos que me faziam pensar que a morte estaria próxima se enfiasse meus pés ali.

Mas me senti a Barbie de cabelo castanho mais linda que já se viu.

Modéstia parte.

Alice, apressada como sempre, já havia descido para o salão do prédio, onde ocorreria a festa não tão surpresa de Edward.

Rosalie, a mais demorada, estava em seu quarto se vestindo e dando os toques finais.

Gritei para ela quando estava na sala, avisando que estava descendo.

Chamei o elevador.

Nós moramos no 11º andar do prédio, tendo em vista que é um apartamento por andar.

Ao entrar no elevador, comecei a ficar ansiosa.

E parece que quanto mais ansiosos estamos, mais devagar o tempo passa.

E o elevador parecia zombar de mim.

Parando em seis andares até, finalmente, abrir as portas para o térreo.

Na porta do salão, estavam Esme e Carlisle conversando com alguém que eu não conhecia, mas, assim que me viram, pediram licença e se aproximaram.

Eu os considerava meus segundos pais.

— Minha querida, — Esme veio me abraçar, — ainda bem que está aqui. Alice não se controla quando está sozinha ou mesmo com Rose. E, é claro, queremos que conheça nosso filho. — Ela apontou para o homem com quem passei minha tarde conversando. — Você se apresente quando ele sair de perto daquela loira aguada, sim?

Eu assenti, fingindo naturalidade.

A verdade é que eu queria sair correndo e pular nos braços dele e mostrar que aqueles lábios vermelhos e convidativos eram meus.

E, no próximo segundo, eu estava sendo esmagada pelos braços paternais de Carlisle, enquanto ele sussurrava em meu ouvido:

— As informações que tive sobre tal mocinha indo a um encontro nesta tarde, eram verdadeiras? — Eu assenti, com as bochechas vermelhas, e ele continuou, com um braço ao redor dos meus ombros: — E a que diz que eu possivelmente conheço o rapaz?

Eu não respondi.

— Olhem, — desviei o assunto, — seu filho está desacompanhado. Vou seguir o pedido de Esme e me apresentar.

Quando estava virando para ir em direção a Edward, Esme ainda comentou:

— Estou sentindo que o moço do encontro está mais perto do que imaginamos. Talvez nós o encontremos hoje.

O que eles sabiam?

Eu me afastei antes que eles fizessem mais perguntas e eu acabasse por dizer algo como “Ah, ele é o seu filho, na verdade. Aquele que acabou de chegar da Europa. Sabem que ele beija muito bem?”

Sim, eu sou uma bosta quando estou sob pressão.

Edward estava de costas para mim, de frente para um balcão que Alice colocou ali como bar.

Quando cheguei bem perto, sussurrei em seu ouvido:

— Você sabia que sua irmã e seus pais estão loucos para saber quem foi o cara que almoçou com a mocinha deles?

Ele se virou para mim, sorrindo torto.

E, nesse momento, eu quase morri.

— Mas quem será que é a mocinha deles? Eu só vejo uma linda mulher.

Eu ri.

— Eu fiquei sem sair com ninguém durante oito meses. Nem os amigos da Alice me agüentavam por tanto tempo.

Eu dei um sorriso triste.

— Mas agora você está saindo comigo, então...

— E ninguém sabe disso.

— Podemos contar.

— Agora?

— Quando você quiser.

— Alice vai ficar eufórica.

— Meus pais já te amam mesmo.

— Mas você vai continuar querendo sair comigo? — Agora eu estava séria.

— De onde veio essa pergunta?

— De dentro da minha cabeça.

Ele riu.

— Para mim a resposta é óbvia.

— Para mim, não. — Suspirei. — Responda.

Ele puxou minha mão, me levou até o meio do salão.

Olhei em volta e vi Alice e Rosalie parando de conversar com seus respectivos namorados, Esme e Carlisle olhando para nós sorrindo, todas as loiras convidadas com cara de inveja e o resto dos convidados nos fitando com curiosidade.

Senti minhas bochechas ficarem vermelhas.

— O que vai fazer? — Eu estava meio nervosa.

— Acho que assim é mais fácil do que conversar com cada um separadamente.

Seu sorriso me deu forças para colocar os braços em volta de seu pescoço.

Suas mãos voaram para minha cintura e logo minhas mãos estavam em seus cabelos.

E ele me reivindicou como dele.

Deu-me um beijo digno de Hollywood, daqueles que você espera o filme inteiro para ver. E nunca se decepciona.

A única coisa que me fez separar meus lábios dos dele foi um grito animado que veio da platéia.

Alice.

Ela saiu correndo dos braços de Jasper para pular em nossos pescoços.

Olhou bem para nós dois e começou a rir.

— Você é o cara bonito, divertido e encantador que a Bellinha disse?

Ele olhou para mim e eu fiquei MAIS vermelha.

Ele soltou uma risada e se virou para ela.

— Eu já te disse que posso ser um príncipe quando quero.

Alice ainda ria.

— Tudo bem, tudo bem. Alice, você não tem mais o que fazer? — Eu disse.

Ela parou de rir na hora.

— Nossa, Bellinha, que consideração. Você sabe que se o Emmet não tivesse fingido que estava preso no apartamento dele, dizendo que era poder se livrar do Edward antes da festa, vocês nem estariam assim. — Ela apontou para nossas mãos entrelaçadas. — Mas eu realmente não sabia que a Bellinha que era a menina que você tinha encontrado.

Olhei para Edward e ele olhava Alice, chocado.

Procurei Emmet pelo salão e ele sorriu para mim. Parecia orgulhoso.

Murmurei um “depois” para ele e seu sorriso diminuiu.

Então, quebrando a tensão criada entre Edward e Alice, eu ri.

Virei-me para ele e disse:

— Eu disse que ela era uma diaba.

Alice foi andando de costas até esbarrar em Jasper.

Nesse momento, nós dois saímos do salão, sendo seguidos de perto por Esme e Carlisle.

Só paramos quando ela disse:

— Eu disse que você faria parte da família permanentemente.

Ela me deu um sorriso carinhoso.

Edward foi abraçado pelos pais orgulhosos.

— Ela é nossa mocinha, não a machuque. — Carlisle disse baixo, pensando que eu não ouvia. — Merece ser amada mais do que você possa imaginar.

E Esme veio até mim e sussurrou no meu ouvido:

— Tenho certeza que ele é o certo. — Ela me puxou até um espelho perto dos elevadores. — Vê esse brilho que tem em você? Não podíamos ver na última vez que nos encontramos.

E assim foi nossa noite.

Feliz, cheia de abraços e sorrisos, piadas vindas de Jasper e Emmet, e loiras invejosas.

Agora eu sei que sempre chega uma pessoa que muda completamente sua mentalidade. Talvez Edward seja o último. Aquele que fica para o resto de nossas vidas, sabe?

Mais uma vez lembrei que passei os últimos oito meses pensando que o amor só partia, queimava e acabava.

Mas em uma quarta-feira, em uma cafeteria, eu assisti tudo começar outra vez.

   “But on a wednessday, on a cafe, I watched it Begin Again.”


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Notas finais do capítulo

Please, comentem e me deixem feliz.
Esse é o fim...
Beijos,
L.