O passado e o futuro parecem-nos sempre melhores; o presente, sempre pior.
                               William Shakespeare

Seguimos tranquilos depois do momento chato que passamos, tentava não ter raiva das Hannah Montana's, mas era quase impossível, o jeito arrogante com que elas me tratavam, na verdade tratavam todo mundo, existem aqueles que estavam com elas para serem populares, as que queriam ser como elas e as que as idolatram.
Katherine não tem uma vida fácil o pai só pensava em trabalho e a mãe estava sempre no hospital pelo mesmo motivo do pai, a mãe de Katherine era uma viciada em trabalho e dinheiro.

Mas nenhuma delas era realmente feliz, eu pelo menos tinha amigos de verdade, uma boa mãe e só isso sempre me bastou... Aprendi a conviver com a falta do meu pai, mas a dor da perda nunca passou, nem para mim e para minha mãe.

Me Despedi de Matt e entrei no laboratório, as paredes eram verde menta, haviam mesas de tampo branco, haviam alunos já na sala o ruim e que era obrigatório usar um jaleco branco o ambiente parecia ser claro demais.

Sentei-me no meu lugar se sempre, ao lado da janela, sem nenhuma pessoa junto comigo, todos tinha duplas eu fazia sozinha, mas preferia assim do que com alguém que apenas ficasse me enchendo a paciência.

A senhora Olive entrou na sala os cabelos pretos balançando sobre seus ombros morenos, os óculos com lentes grossas escorregando pelo seu nariz, enquanto ela segurava varias pastas nas mãos tudo nela gritava "desajeitada".

Então repentinamente a conversa parou e a Sra. Olive deixou escorregar as folhas das mãos dela, ela tinha a boca aberta num "o", em seus olhos tinham a cobiça, segui com os meus a direção dos olhos dela.

Edward Cullen estava parado na porta como se pedisse permissão para entrar, ele usava o jaleco branco a Sra. Olive demorou uns bons segundos para respondê-lo.

–En... Entre... Tur... Turma esse e Edward Cullen o novo colega de classe de vocês. - Ele entrou seus olhos varrerão a sala rapidamente e encontraram os meus. Raiva foi o que encontrei nos dele.

Seus punhos se fecharam, eu me encolhi na cadeira, o único lugar vago era ao meu lado, eu gemi internamente arrumando minhas coisas num canto para deixar a mesa livre para ele.

–Sente-se ao lado da senhorita Marley. - A professora disse pegando os papeis que ela havia deixado cair.

–Bem turma hoje vamos estudar a relação ecológica onde uma espécie inibidora... -ela começou e Edward veio se sentar a contra gosto ao meu lado, sua carranca deixava isso bem claro.

Ele olhou para mim com nojo e eu fiz uma cara de descrença, e murmurei um "idiota", ele me olhou com incredulidade, depois sua face se fechou novamente e ele se encolheu de um lado da mesa e eu do outro, era estranho ele não parecia respirar. Os ombros não se movimentavam, e o rosto ficou absolutamente imóvel, eu resolvi deixa-lo para lá, era o melhor que eu fazia.

Tinham alguns exercícios para serem feitos, a senhora Olive estava na mesa do lado ajudando um aluno com sua tarefa, ela olhou para Edward e murmurou algo como Christian Grey, oh meu Deus essa professora era louca.

Terminei os exercícios, ao que parecia o senhor "Sou bom demais para falar com alguém" já os tinha terminado também. A aula pareceu se arrastar em câmera lenta, eu estava tão cansada de ficar encolhida no canto que levantei a mão.

–Posso ir tomar um ar?-perguntei a professora que ainda olhava para Edward revirou os olhos e assentiu.

Levantei-me senti os olhos dele em minhas costas, ignorei e sai da sala, andei sem rumo por alguns minutos, avistei os bancos de estudos ao ar livre, sentei-me no mais afastado da escola, fiquei olhando para o nada pensando em coisas se importância, como o que eu faria para o jantar, ou se minha mãe gostaria de fazê-lo hoje, sempre gostei de cozinhar, mas a comida da minha mãe era tão boa.

Olhei para o relógio, 5 minutos para o final daquela aula, caminhei para dentro do prédio, dei uma leve batida na porta e a abri, Edward não estava mais lá, eu fui aliviada para meu lugar, peguei minhas coisas, arrumei minha bolsa. O sinal bateu, sai calmamente pela porta para minha próxima aula. Educação Física, já disse o quanto eu amo essa matéria? Eu adorava esportes, danças, lutas, tudo que envolvia movimentos eu amava. Entrei contente para o ginásio, se eu não estivesse enganada, hoje as garotas fariam ginastica e os meninos basebol.

Entrei e vi que as garotas já estavam perto da velha trave de equilíbrio, Angel toda desajeitada, tentava entender os aquecimentos que as lideres de torcida faziam com perfeição, eu sorri para ela encorajando-a, ela fez uma careta, segui rapidamente para o vestiário, troquei de roupa rapidamente coloquei a roupa esportiva ridiculamente feia.

Comecei os aquecimentos, observando que a turma dos meninos tinha um novo integrante, Emmett Cullen, os movimentos no aparelho de ginastica eram simples, "estrelas", saltos, e mais algumas coisas.

As lideres de torcidas começaram os exercícios, tinha que admitir, ela era boas, logo chegou a vez de Angel, ela tremeu e começou, por sorte conseguiu sem cair nenhuma vez.

Minha vez, eu sorri e subi na trave, dei a estrela, e depois um avião (Posição de equilíbrio em que se mantém uma perna no chão e eleva a outra para trás, com os braços abertos), em seguida um mortal, depois uma parada de mãos (apoiando as mãos na barra e levantando as pernas) e encerrei descendo da barra, Emmett Cullen olhava com a boca aberta, por isso o time adversário fez um ponto, pela sua falta de atenção. Eu corei e me sentei na arquibancada. As outras garotas faziam os movimentos, Angel ainda olhava perto da trave.

A treinadora Jones veio se sentar ao meu lado.

–Amy, precisamos de uma ginasta como você na equipe de torcida!-ela foi curta e grossa.

–Hum... Desculpe, mas não e minha praia. -eu disse juntando as mãos. Ela deu ombros e saiu às meninas, fizeram o resto e a professora encerrou a aula, enquanto eu seguia para o vestiário, vi uma figura alta e musculosa a minha frente. Emmett Cullen.

–Oi, sou Emmett Cullen, o que você fez foi incrível. -ele disse erguendo a mão em sinal de amizade eu a apertei, ela era dura e fria, mas não me estranhei por isso, franzi a testa e depois sorri.

–Emmett você também e um ótimo batedor. Amy Marley. -eu disse sorrindo.

–Deixe-me ir, a gente se vê Bel... Amy.-ele falou e foi para o vestiário masculino.

Eu segui para o feminino e me troquei, as populares exibiam roupas de grife e suas lingeries, eu revirei os olhos e fiquei esperando Angel sair de lá dentro.

O resto do dia passou devagar e monótono, cheguei ao estacionamento, os populares num canto do lugar perto de seus carros caros e reluzentes, as jaquetas dos times esportivos e os uniformes das lideres de torcida reinavam, típico cenário americano no Canadá, os nerd s perto de seus carros velhos analisando e trocando jogos de RPG (N/Ju: sei que isso e meio estranho... Mas foi o melhor que eu pude pensar), os alunos "normais", estavam espalhados em pequenos grupos, os carros mais afastados de todos eram os meus e de meus amigos e os dos Cullen. Tudo muito normal. Alias, normal demais.

Fui até o carro dos meus amigos e me despedi, Matt e Angel faziam o mesmo caminho para a casa, quando me aproximava do meu carro, Seth, Jacob e Nessie acenaram para mim, eu acenei de volta, era estranho era como se eu os conhecesse há muito tempo.
Entrei no meu carro e segui cantarolante para casa, coloquei numa estação de musica antiga no radio e fui alegremente para casa, o carro da minha mãe já estava lá.

Peguei a chave na bagunça que era dentro da minha bolsa, e abri a porta, minha mãe estava na cozinha ou na biblioteca.

Verifiquei a cozinha nada dela, subi as escadas e fui para o meu quarto, me vesti com uma roupa confortável, uma calça confortável, uma regata branca e meu All Star, deixei minha mochila num canto qualquer do quarto.

Segui para a biblioteca (não era muito grande, tinha muitos livros uma poltrona e uma mesa), era o nosso lugar favorito na casa. Entrei minha mãe estava sentada na poltrona como o papai fazia todos os sábados pela manhã segurando um livro. As Crônicas de Narnia. Nostalgia me tomou.

–Oi filha se lembra desse livro?-ela disse rindo da minha cara.

–Sim... Porque o pegou?

–Vou empesta-lo para um novo amigo meu, o Dr. Cullen do hospital, ele disse que amava esse livro mas o exemplar dele...-eu congelei enquanto ela tagarelava.

–Vamos até lá?-perguntei com um pouco de medo.

–Sim, uma social com os Cullen e alguns médicos.-ela sorriu eu gemi e andei.

Ela ficou me olhando enquanto eu saia e a única coisa que me passava pela cabeça era “estou fodidamente fodida”.