Tudo Novo De Novo escrita por Isa


Capítulo 3
When the truth is, I miss you


Notas iniciais do capítulo

Serio, desculpa mesmo pela demora! Finalmente está ai o capítulo, espero que gostem e até o próximo (:



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Desde o aniversário, Ron e Hermione se encontraram muitas vezes. Ben e Hugo estavam estudando na mesma turma e Gina e Harry também faziam de tudo para que eles se encontrassem. O plano da vez era sair os quatro juntos para jantar, sem as crianças.

–Tem certeza que realmente quer juntar esses dois novamente? Harry perguntou a esposa enquanto esperavam os amigos.

–Esses dois têm muitos problemas, problemas sérios que precisam resolver. Mas juntos, são perfeitos um para o outro, vai entender… E nós como bons amigos, temos que fazê-los enxergar isso. Gina piscou. –Olha, Ron chegou!

–Oi, desculpa a demora. Ele sentou se explicando. –Quando fui deixar as crianças com a mamãe, ela resolveu começar a falar sobre a Herm... Digo... O passado.

–O passado, mais precisamente, o seu passado que ainda não acabou com Hermione, certo? Gina provocou o irmão.

–É, vocês sabem que mamãe ainda não acredita que deixei Hermione para ficar lá nos Estados Unidos e depois toda a história com Lilá...

–Para ser sincero também não acredito. Harry opinou. –Achei que vocês iriam acabar casando e tendo filhos.

–Bom, isso meio que aconteceu. Ben, Rose e Hugo estão ai... Por favor, não cometem nada com Hermione. Depois de todo esse tempo longe e desde que a vi, eu só quero tentar ser amigo dela novamente.

–Ei, não se preocupe. Nós iremos te ajudar, irmãozinho! Olha quem chegou, não está um pouco atrasada?

–Eu sei, desculpe. Hermione cumprimentou os amigos. –Hugo estava impossível mesmo com o braço quebrado.

–Também cheguei agora pouco. Ron levantou e puxou a cadeira que estava do seu lado para que ela pudesse sentar. –Podemos pedir? Estou com fome.

–Que novidade! Eles falaram rindo.

Durante o jantar relembraram os tempos de criança, adolescente e na faculdade. Há muito tempo os amigos não saíam e apenas conversavam. A cada lembrança uma serie de risos e comentários. Ficaram conversando e rindo até perceberem que eram os últimos clientes no restaurante.

–O que acham de continuarmos conversando lá em casa? Ron perguntou.

–Acho que não terá problema, os meninos também estão com a mamãe, podemos deixá-los dormindo lá. O que acha, Harry?

–Por mim, tudo bem. Ele concordou com a esposa. –E você, Hermione?

–Eu não sei, deixei Hugo com meus pais e não posso chegar tarde.

–Pare com isso, até parece uma velha. Ron a provocou. –Tenho certeza que seus pais não iram se importar, afinal eles me adoram!

–Todos nós somos velhos, não temos mais vinte anos. Ela respondeu brava. –Quer saber, eu vou apenas para você parar de me importunar.

Pediram a conta e foram para a casa dele. Ron deu uma carona a Hermione, pois ela ainda não havia comprado um carro. Harry e Gina insistiram para que os dois fossem sozinhos no mesmo carro.

–Não reparem a bagunça. Ron abriu a porta meio constrangido pela bagunça que era a sua casa.

–Estamos acostumados. Harry tirou alguns brinquedos do sofá para poderem sentar. –Você está morando aqui há mais de um ano e ainda não se livrou dessas caixas? Como consegue viver assim?

–Organização nunca foi seu forte. Hermione o provocou.

Ficaram conversando, tomando vinho e comendo algumas besteiras que encontraram. Gina recebeu um telefonema da sua mãe dizendo que Albus estava com febre. Harry e Gina foram buscar os filhos, mas insistiram para que os dois continuassem sem eles. Hermione e Ron já haviam tomado muitas taças de vinho e apenas concordaram.

–Nossa já é muito tarde, não sei como Hugo não fez meus pais me ligarem. Hermione levantou meio tonta. –Acho que bebi demais.

–Fica mais um pouco. Ron a puxou fazendo com que ela caísse novamente no sofá. –Você pode dormir aqui se quiser.

–Não, eu tenho que ir. Mesmo abusado do vinho, ainda tinha um pouco de consciência do que estava acontecendo. –Não seria apropriado, nós passarmos a noite juntos.

–Por que não? Eu deixo você dormir no meu quarto e durmo aqui no sofá. Ele ergueu a mão em forma de juramento. –Prometo não fazer nada que você não queira.

–E o que eu iria querer? Ela perguntou curiosa.

–Isso. Ron a beijou.

O beijo foi doce e cheio de saudade, há mais de doze anos que não se beijavam. Apenas interromperam o beijo, pois foi necessário respirar e retomar o fôlego. Hermione o olhava ainda não acreditando no que acabou de acontecer. O silêncio entre eles foi ficando constrangedor, até que ela resolveu falar.

–Eu senti sua falta.

–Eu também senti muito a sua falta.

–Mas não podemos voltar. Ele não entendeu o que ela quis dizer. –Nós não demos certo uma vez, por que daria certo agora?

–Não temos mais vinte e cinco anos, aprendemos com os nossos erros.

–Tem razão, nós não temos mais vinte e cinco e sim, trinta e oito anos e filhos...

Ron não a deixou terminar de falar, a calou com outro beijo. Sabia de todos os argumentos que ela usaria. Hermione tentou protestar, mas acabou se rendendo. Passaram a noite juntos, ali mesmo no chão da sala cercados por brinquedos e caixas de mudança. Durante a madrugada, Ron acordou e apenas pegou umas cobertas e travesseiros para deixar o chão um pouco mais confortável.

O dia foi amanhecendo e os raios solares atravessavam as frestas da cortina indo bem em direção ao rosto de Ron. Ele acordou mal humorado por isso, mas ao ver que ela ainda dormia ao seu lado, simplesmente sorriu. Levantou tentando fazer o mínimo possível de barulho e foi para cozinha preparar um belo café da manhã. Hermione acordou sorrindo ao lembrar da noite passada, ainda sonolenta virou-se para o outro lado que durante a noite ele ocupou, mas não o encontrou. Também não encontrou suas roupas, apenas uma camiseta velha jogada na poltrona, vestiu e foi atrás dele.

–Bom dia. Ela disse meio envergonhada ao encontrá-lo na cozinha.

–Bom dia. Ele respondeu servindo o suco. –Essa camiseta fica bem melhor em você, sempre ficou.

Hermione estava usando a velha camiseta da universidade que ele adorava tanto que era seu pijama há anos.

–Foi a primeira roupa que eu achei, afinal não sei onde as minhas estão. Ela falou vermelha de vergonha. –Não acredito que ainda tem isso, vou te dar um pijama de verdade quem sabe assim você joga fora essa camiseta e essa calça!

–Se o pijama que você me der for tão confortável quanto elas e quando você vestir ficar tão linda como está com elas, posso até pensar. Ron a deixou ainda mais envergonhada. –Podemos tomar café?

O café estava muito bom, tinha pães, frutas e até um bolo de chocolate feito por ele. Conversaram, mas sem tocar no assunto da noite que tiveram.

–Acho melhor eu ir. Hermione falou depois do café. –Meus pais e Hugo devem estar preocupados.

–Claro, quer que eu te leve?

–Não precisa, vou andando não é muito longe. Bom, a gente se vê.

–Hermione, como ficamos depois dessa noite? Ele precisava saber. –Nós...

–Acho melhor deixar como está, foi apenas uma noite, bebemos demais. Não demos certo como casal, mas quem sabe podemos ser amigos.

–Claro, amigos... Não era essa a resposta que esperava, não queria ser apenas amigo dela. –Então, nós nos vemos outro dia?

–Sim, com os meninos na mesma sala vamos nos ver sempre. Ela o abraçou. –Tchau, Ron.

–Diga ao Hugo que não esqueci de assinar seu gesso.

–Ele deixou um espaço especial para você.

Hermione foi embora. Ron arrumou mais ou menos a bagunça e foi para casa dos pais buscar os filhos. Acabou ficando para o almoço, Harry e Gina também estavam lá e o encheram de perguntas sobre a noite passada. Ele contou apenas que ficaram conversando e como ela mesmo disse, seriam amigos.

–Mãe, onde você estava? Hugo perguntou assim que Hermione chegou em casa.

–Eu tava com a tia Gina, tio Harry e o tio Ron. Ao dizer o último nome deixou escapar um sorriso. –E você se comportou direito?

–Ficou tudo bem. A senhora Granger deixou o livro que lia de lado. –Não sabia que você e Ron estavam se encontrando...

–Nós não estamos nos encontrando, apenas saímos com Harry e Gina para jantar. Depois eu te conto, vou tomar banho. Ela conseguiu enrolar por hora, mas sabia que a sua mãe já imaginava o que realmente aconteceu.

Seus pais sempre gostaram muito de Ron e ficaram tristes com o fim do namoro.

–Posso entrar?

–Claro, mãe. Hermione estava cercada de papeis relacionados à abertura da sua confeitaria. –Aconteceu alguma coisa?

–Isso é você que vai me dizer. E não me esconda nada, senhorita Hermione Granger.

–Tudo bem, senhora Catherine Granger. Eu e o Ron passamos a noite juntos.

–Eu sabia! Catherine abraçou a filha. –E então vocês voltaram?

–Não! Ela cortou antes que a mãe pensasse além do acontecido. –Nós não demos certo uma vez, por que daríamos agora?

–Vocês estão mais maduros, tiveram relacionamentos ruins e aprenderam com isso. Minha filha, de uma chance a vocês. Histórias de amor nunca acabam, apenas continuam. E a história de vocês, certamente ainda não está nem perto de acabar.

Catherine deixou a filha pensando. Sabia que para esses dois ficarem juntos teria muito trabalho.


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