Estrela Negra escrita por Sophia Santos


Capítulo 1
Prólogo Helston, Inglaterra 1854


Notas iniciais do capítulo

Bom Dia Leitores! Então, primeiro eu gostaria de falar sobre a minha outra fic Escrito nas Estrelas. Eu não posto nada nela já faz um tempinho e vim dizer o motivo: Estou sem motivação ou ideias para ela, mas caso você acompanhe ela, não se preocupe que um dia eu vou continuar com ela. Voltando para a Estrela negra... Aqui esta o Prólogo da minha história. Desculpa se ficou pequeno, foi o máximo que consegui escrever. Espero que vocês acompanhem e curtem bastante! O capítulo um esta previsto para a próxima Terça Feira, dia 15 de janeiro. Caso eu atrase, irei postar dois capítulos semana que vem, como prometido! Não perca!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/316518/chapter/1

Estava escuro. Devia ser já de madrugada, mas Lucinda estava acordada. Não conseguia dormir. Ela tentava fazer de tudo para se acalmar, mas todos os pensamentos voltavam para ele. Cansada e sem determinação, Lucinda resolve caminhar no jardim para pensar ou ate para desabafar. Uma brisa gelada no rosto, uma pequena caminhada, isso sim era felicidade para ela. Fazer isso sempre a ajudava a melhorar, quaisquer que sejam as circunstâncias. Estava frio lá fora, mas Lucinda não se importava. Nada importava na verdade. Afinal, um casaco de lã resolvia este problema.

Ela olhou as margaridas à sua frente e viu como a natureza era bonita e frágil. O gramado do terreno em que ela estava era bem cuidado e tinha uma enorme variação de flores neste jardim: rosas, margaridas, verbenas, jasmins, entre outras milhares de espécies de flores. O jardim mais bonito de toda a Inglaterra! Isso sem duvida alguma. Lucinda sempre achara que ela tinha uma enorme sorte de ter um jardim como esse. Ela só não admitia, é claro. Estava com pouca iluminação, mas isso não foi problema para Lucinda, ela pensou. Ate sem querer tropeçar em uma raiz de arvore e soltar um gritinho de dor. Pelo menos ela enxergou o suficiente de achar um banco e se acomodar. Sentou-se e começou a se lamentar de suas insatisfações da vida.

Como era possível ela amar um homem e não querer sentir a felicidade dele? Por mais egoísta e estranho que isso soasse, era exatamente como ela sentia. Lucinda estava enjoada e cansada deste homem. Ela seria tão ingênua e imatura para pensar que, o sentimento que sentia por ele, era amor? E será que ele acreditava no amor de Lucinda? Sua maior duvida era saber o que o rapaz sentia por ela. O que este homem significava para Lucinda? Ele era apenas um artista bonito que ela quis ter nas mãos. Mas ele a amava de verdade. Os sentimentos do artista eram reais. Lucinda era o porto seguro dele, o ponto de paz. Ele faria tudo para conquistá-la. Este rapaz atravessaria os mares para encontra-lá. Lucinda fugiria pelos ares para não vê-ló novamente!

Lucinda percebeu que, ela não queria o amor. De ninguém. Era algo que não combinava com a sua existência. Por quê? Seria maldade que reinava no coração dela? Ou o ódio estava na alma? Talvez, ela já tivesse amado este homem, há muito tempo atrás. Mas agora, este sentimento não existia mais. E seria egoísmo ela esconder isso dele.

Ela se esgotou e soube que estava na hora de tudo acontecer. Iria abrir o jogo e contar a verdade ao artista. Ela não agüentava mais esperar. Será que sempre seria assim? Essa pergunta estava na cabeça de Lucinda a séculos! Nunca havia uma resposta clara.

Lucinda correu pelo gramado e atropelou algumas flores. Respirou fundo e tirou os restos de folha de seu vestido. Uma brisa gelada bateu em seu rosto e ela pensou: “Dessa vez eu consigo.” Ela chegou perto da entrada da residência familiar e esperou impaciente dois empregados abrirem a porta pesada da casa. Esse lugar era tão grande e luxuoso, que a maioria das pessoas considerariam um castelo. Lucinda reclamou um pouco antes de entrar.

Ela atravessou a porta correndo e foi direto para a escadaria. Se Lucinda não tivesse com tanta pressa, iria admirar as pinturas e os lustres de cristal que enfeitavam a entrada. Ela os achava magníficos! Nunca cansava de observar e analisar cada pedaço das obras de arte.

Lucinda subiu os degraus com cuidado, só que mais ágil do que de costume. No ultimo lance de escada, ela quase caiu, mas continuou na mesma velocidade que antes. Aproximou-se de um quarto simples e entrou. Respirou e prosseguiu, mas dessa vez, com cuidado e cautela. Bem devagar, ela olhou em todos os cantos do quaro. O procurou em toda parte, o lugar estava vazio. A pessoa que ela esperava estava na varanda. Provavelmente fazendo uma de suas obras de arte!

Lucinda parou no meio do quarto vazio. Ela pensou em voltar e continuar vivendo a vida dela com a mesma rotina, enganando o mesmo homem... Mas Lucinda não queria isso para ela, não merecia isso.

Ela estava decidida! Tinha que vê-lo agora!

Lucinda espiou pela cortina, ela viu um cara sentado de costas. Os cabelos loiros escuros estavam balançando muito por causa do vento. Ele estava abaixado desenhando alguma coisa. Lucinda não sabia, mas era ela no desenho.

Lucinda caminhou lentamente. Ela viu varias malas fechadas e organizadas no canto da varanda. Não parecia que era para uma pequena viagem.

–Você vai embora? – Lucinda disse calmamente, apontando para as malas.

–Eu pretendia te contar, Lucinda olhe...

Os olhos dele estavam em um tom escuro, sem o brilho violeta que quase sempre tinha. Ele estava muito triste e tinha a aparência cansada. Lucinda percebeu isso, mas não se importou. Não adiantava. Ele poderia estar nas piores das hipóteses, ela iria ter que falar o que fosse preciso de qualquer jeito.

–Por que estas tristes meu bem? Tu não precisas partir. Pelo menos não ate eu me despedir de você! –Lucinda falou, tentando apressar logo a conversa, para falar o assunto principal da mente dela.

–Perdoe-me, eu irei partir ainda hoje. Não queria te atrapalhar. Vamos ser franco uns com os outros. Eu só estou atrasando a sua vida. Eu... –Ele estava prestes a chorar. Seus olhos ardiam, ele olhava para cima tentando impedir as lagrimas.

–Eu preciso te dizer uma coisa. Sei que não é o melhor momento mais... Por favor, não pense que sou egoísta ou algo assim, mas o que tenho a dizer é de extrema importância! –Lucinda disse com a voz grave. –Você deve apenas escutar. E depois, pode ir embora.

O artesão se assustou com a amargura de sua amada. Ele olhou para ela e uma lagrima desceu de seus olhos e correu por sua bochecha. Lucinda estava vermelha. Então para quebrar o silêncio que ficou ele pediu:

–Posso fazer uma coisa antes?

–Eu não tenho tempo para...

Antes que Lucinda pudesse acabar de responder, eles se aproximaram e o rapaz colocou as mãos nas costas da mulher queria. Ele aguardou o toque macio dos beijos dela. Seus lábios se juntaram, e para a surpresa dele, Lucinda não retribuiu o beijo. Ao Inez disso, ela o empurrou levemente prestes a falar alguma coisa. Porém, antes de manifestar-se, Lucinda viu sombras invadirem a varanda a qual estavam e ela sentiu seu corpo formigar. Primeiro foi apenas um pequeno incômodo, depois o corpo dela foi esquentando. E após longos segundos o calor aumentou tomando conta de seu corpo inteiro e Lucinda sentiu um grito sufocado subir pela sua garganta. Quando seu corpo estava quase na carne, ela conseguiu balbuciar:

–Mas o que... –Falou com suas ultimas forças.

Ele não disse nada. Apenas abraçou sua amada com muita força. Lagrimas corriam pelos os olhos dos dois. E antes que ele pudesse tentar abraçá-la ou beijá-la pela ultima vez, Lucinda se desfez em chamas.





Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do prólogo da história que escrevi com tando cuidado e carinho! Curtiu? Não curtiu? Comente e de a sua opinião!