Era Ele escrita por Biaa Black Potter


Capítulo 4
Capítulo III - Glad You Came


Notas iniciais do capítulo

Ei gente, eu sei que eu demorei, mas eu juro que estou beeem ocupada!Obrigada a todos que comentários no cap passado...PS: Desculpem qualquer erro, não deu tempo de revisar..PS2: Pensei em Glad You Came, do The Wanted.



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"And all that counts/Is here and now/My universe will never be the same"

(Tradução: "E tudo que conta/É o aqui e o agora/Meu universo nunca mais será o mesmo")

Continuei a olhar a foto.Se Jimmy era a única pessoa que poderia ter a foto, então como James Potter estava com ela?

Estava em choque. Tudo parecia muito surreal. Não parecia estar acontecendo comigo. Parecia algo de um filme. Porque ou Jimmy conhecia Potter – o que seria estranho- e era amigo dele, e emprestou a foto... Ou Jimmy, o meu antigo melhor amigo, era James Potter.

As opções não pareciam ser verdadeiras ou prováveis. Mas eram as únicas que eu tinha.

Foi a primeira vez na minha vida que eu rezei para estar errada. Porque se eu estivesse certa, eu não fui nem capaz de reconhecer meu melhor amigo e o tratei mal todos esses anos (não que Potter se lembrasse de mim também)... Fiquei com saudades de alguém que estava ao meu lado. E isso pesaria muito em minha consciência.

Não aguentei mais continuar segurando a foto - ela parecia estar pesada em minha mão - e a devolvi a pessoa mais próxima de mim no momento, o Stevie, a mesma pessoa que tinha me passado a foto.

– Então, quem vai querer mostrar a próxima foto...?- falou a professora.

Nesse momento, soube que não conseguiria mais ficar ali, vendo fotos e mais fotos... Não com todas essas duvidas em minha cabeça. Não queria saber de mais nada. Nada.

Mesmo sabendo que isso era uma maneira idiota e imatura de agir, peguei minhas coisas e me levantei, andando em direção à porta, com passos apressados. Sairia dali naquele instante.

– Mas o que...? – falou a pobre professora confusa - Sra. Evans! Aonde você vai?

Senti os olhares de toda a sala em mim, mas nem isso importava. Sabia que se espalharia a noticia que Lily Evans, a certinha da Grifinória, abandonou a aula de Estudo Trouxas, sem falar nada! Corria o risco até de eu perder o cargo. Mas eu precisava de um momento só meu. Um momento impensado. Pelo menos uma vez na vida.

– Não se preocupe professora!- falei enquanto saia – Pode contar ao Dumbledore! Desculpe-me, mas eu tenho que fazer isso! Não é nada pessoal.

Terminei de sair. O que estava feito, estava feito. Agora não tinha mais volta. E, pelo menos naquele instante, eu não me arrependia.

Corri, rápido demais (de uma forma que não podia ser considerada saudável) porém não queria encontrar ninguém me procurando. E por sorte, as poucas pessoas que encontrei no corredor não me pararam. Assim pude seguir meu caminho em paz.

O problema é para onde eu iria. Parei de andar, para pensar. Meu dormitório? Não, podia ser que as meninas ou estivessem matando aula ou não tivessem nada nesse horário, o que seria um problema, pois eu teria que contar o que eu fiz e porque eu fiz. Sem chance. A sala comunal? Não, seria muito óbvio, fora que teria alguns colegas meus. O salão principal? É claro que não. Então... Só me restaria ir para perto do lago... onde tinha várias árvores... As árvores! Como eu não pensei nisso antes?

Quando eu era pequena, adorava subir em árvores, e conseguia fazer isso até que bem, só que depois eu tive que parar de fazer isso. Afinal, eu cresci... E eu também passo a maior parte do ano aqui em Hogwarts, e não queriam que me chamasse de maluca, porque subia em árvores... Seria loucura fazer isso na escola.

Mas, agora pensava, porque ligar para o que pensariam?

Resolvi me arriscar. Voltei a andar, ou melhor, correr. E em alguns minutos eu já estava em frente de uma árvore.

Ela não era muita alta, o que facilitaria na hora de escalar, mas não era tão baixa e estava num ponto um pouco distante da escola, o que seria ótimo, pois ali eu poderia pensar em paz. Ninguém se atreveria a chegar numa área tão perto da Floresta Proibida, ao não ser Potter e seus amigos. E hoje, eu também.

Subi a árvore, testando galho por galho antes de colocar o pé, me apoiando e me equilibrando como podia. Não foi difícil e, mesmo com o motivo de estar fazendo isso, não pude evitar o riso que escapou da minha boca.

O problema foi quando tive que parar de bloquear o que tinha acontecido hoje e pensar... Colocar ordem no caos que estava na minha cabeça...

Se fosse James fosse Jimmy... Qual seria a probabilidade de James ser Jimmy? Porque Potter não me contou antes? Porque eu não percebi? Como posso ter gostado tanto de uma pessoa que hoje odeio? Porque Potter ainda guarda a foto? O que eu vou fazer se Potter for Jimmy?

E se Potter não fosse Jimmy? De onde ele pegou a foto? Potter me deixaria falar, de alguma forma, com Jimmy? Mas, para ele deixar, eu teria que pedir e explicar o motivo...

Oh, merda! Minha vida estava tão boa... Antes dessa aula. E agora estava tudo tão diferente... Não chorei, mas talvez o tivesse feito... Se tudo não fosse uma confusão ainda.

Ah, pare de drama, repreendi a mim mesma. Sorria e finja que está tudo bem. Diga que saiu da aula porque estava enjoada. E desça dessa árvore!

Desci da árvore, eu tinha que encarar a situação e não agir como uma fraca!

Eu teria que falar com Potter. Sim, eu sei como essa frase soou estranha, mas só ele poderia me esclarecer como tinha essa foto. Seja qual for a resposta.

Talvez, a aula já teria acabado. Só tinha um problema. Como eu acharia James Potter?

Resolvi que iria andar pela escola, e quando passasse por alguém, perguntaria se tinham visto Potter. Admito, não era nada elaborado nem muito eficiente, porém não tinha nenhuma outra ideia. E podia dar certo.

Passei por vários lugares, até que decidi para um pouquinho para respirar. Não queria ficar com falta de ar.

– ACHEI A LILY!- gritou uma voz que eu conhecia muito bem. Era a voz de Potter - Lily! Lily! Graças a Merlin, eu te achei!- falou Potter.

Potter me abraçou, e dessa vez, eu não o empurrei. Simplesmente porque ele não estava fazendo nada de mais. Foi um ato impensado. Sem malícia.

– Estava me procurando?- perguntei, um pouco confusa.

– Eu... Estava sim – confirmou, parecendo envergonhado – Todos se preocuparam quando você abandonou a sala daquela maneira. Não parecia você. Tem alguma coisa errada?

Então todos se preocuparam comigo? Que fofo.

– Talvez- respondi, me afastando um pouco do seu abraço, para encará-lo - Potter, eu.. Eu conheço aquela foto.

Vi que Potter pareceu ficar confuso. Ele não sabia ainda.

– Se posso perguntar, quem a tirou?- perguntei com o coração acelerado.

– É claro que pode. Não é como se fosse segredo. Quem a tirou foi a mãe de uma amiga minha – falou, calmo.

– Só mais uma pergunta, ou melhor, duas. Você sabe o nome da mãe dela? Ou o nome da amiga? – perguntei pensando rápido.

– Mais ou menos – respondeu – Eu não me lembro do nome de nenhuma delas, mas me lembro do apelido da pequena. Era Lyan.

Lyan– repeti, como se estivesse em um transe.

Precisei me sentar. Isso confirmava quase tudo. Então, ao que parecia James era Jimmy. Como era possível minha vida ter mudado tanto em tão pouco tempo?

– Lily? Tudo bem? Você está pálida... – falou Potter, se sentando do meu lado.

Bem? Tudo estava péssimo e ótimo, ao mesmo tempo. Era assim que me sentia e aposto que se alguém já precisou enfrentar uma situação parecida, em que descobre que seu inimigo era seu melhor amigo, se sentiu igual. Mas dessa vez eu não iria desperdiçar minha possível felicidade.

– Desculpe, é que... acontecerem várias coisas estranhas hoje... e eu não sei... se isso... pode ser bom ou ruim... – falei.

– O que foi, Lily?- perguntou com um ar sério.

Merlin, porque eu o odiava mesmo? Ok, ele é arrogante, mas isso é só um defeito!

– Lily? – ele me chamou de novo.

Respira fundo, Lily! E saia do mundo da lua!

– Tudo que aconteceu hoje... Pode ter haver com você... Quer dizer, provavelmente tem... E, para falar, preciso que fique calmo...

– Lily, você está me assustando- falou Potter, me encarando.

– Só prometa que vai ficar calmo – pedi.

Não precisava de outra pessoa surtando, como eu tinha feito.

– Há muito tempo, quando eu era criança, eu tive um amigo. Porém, eu acabei perdendo contato com ele, o que é normal, mas foi uma pena... Porque ele era realmente legal... E eu adoraria ter ele como amigo... De novo. E descobri que há uma chance de isso acontecer... e não vou ignorar ela... essa manhã, na aula de Estudo Trouxas. Quando você me passou aquela foto.

Vi um semblante de compreensão aparecer no rosto de Potter. Ele tinha entendido rápido. Só faltava acreditar.

– Não pode ser.

– James. Eu reconheci aquela foto. Porque eu tenho uma cópia dela. Eu estava lá no dia que ela foi tirada. Junto com meu amigo, o Jimmy.

– Jimmy?

– Um apelido para seu nome... que foi dado por mim. Mas você também me deu um apelido. Lyan. Ly de Lily e An de Evans... Entendeu James?

Segurei sua mão bem forte.


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Notas finais do capítulo

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