Begin Again escrita por Senhorita Jackson


Capítulo 42
Te esquecer?


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiiii !!
Mais um capítulo !!
Boa leitura



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‘’Um choro fraco mostra um momento de dor
Ou muitas vezes a esperança de um grande amor’’

~Rosa de Saron~

P.O.V. Annabeth

Meus olhos se abriram, minha visão estava embaçada, tudo rodava a minha volta. Minhas mãos vão para minha cabeça que estava latejando de dor. As lembranças me atingiram como um soco na cara, eu esperava que tudo aquilo fosse um sonho, mas a sorte não estava a meu favor.

- Finalmente a bela adormecida acordou – um frio percorreu todo meu corpo, com dificuldade conseguir me sentar, estava em um carro, o do Percy.

- Onde você está me levando? – perguntei com um fiapo de voz. Mattew gargalhou, e estacionou o camaro em uma vaga qualquer. Olhei do lado de fora e vi que estávamos em um aeroporto.

- Para o seu novo dono princesinha – abracei meus braços e me encolhi no banco – E ele já pagou adiantado – disse sacodindo muitas notas de dinheiro na frente de meu rosto. Mattew desce e abre a porta para mim – Saia.

Nego com a cabeça, e chego para o canto.

- Eu disse para sair do carro Annabeth – Minha cabeça sacodia freneticamente, meu irmão perde a paciência e agarra meu braço com força, fazendo um gemido de dor escapar-me, então me puxa para fora do veiculo – Se comporte.

Ele foi me puxando pelo aeroporto, eu não sabia o que ia acontecer, pensei que fosse o fim. Como Mattew me disse, Bob estava morto, Percy estava morto, meus amigos estavam em Nova York, imaginei meu fim de qualquer jeito, menos assim. Eu queria estrangular aquilo que chamava de irmão, mas minhas forças estavam esgotadas, eu mal conseguia me aguentar em pé.

Mattew me leva para uma área afastada do aeroporto, uma sala exclusiva para os sócios do lugar. Um homem, alto e forte, esperava por nós, seu cabelo estava com um penteado engraçado, todo jogado para trás com bastante gel. Sua pele era maltratada como se ele trabalhasse no sol o dia inteiro, e vestia um terno de grife.

- Aqui está sua mercadoria Afonso – disse Mattew me jogando para o sujeito. Afonso pegou meu rosto e analisou, estreitei meus olhos, juntei saliva na boca e cuspi em sua cara. O homem limpou e em seus lábios um sorriso maligno se forma.

- Além de linda é rebelde – sua voz era grossa e grave – Adorei.

Meu peito subia e descia tentando encontrar o ar que agora parecia não existir. Segurei as lágrimas que estavam prestes a cair.

- O que o senhor vai fazer com ela? – Mattew perguntou, encontrei seus olhos e por um momento vi um toque de preocupação. A risada de Afonso escoou pela sala vazia.

- Não lhe interessa garoto – respondeu, meu irmão recuou um passo para trás – Mas digamos que vou aproveitar muito.

Meu estômago se revirou e na hora me veio uma vontade enorme de vomitar, mais de jeito nenhum que eu iria transar com aquele velho. Olhei para Mattew.

- Qual é a razão disso tudo? Por que você está fazendo isso Mattew? – seu maxilar travou, percebi que ele continha o choro, assim como eu.

- Mamãe sempre preferiu você e Bob, e eu sempre fui o excluído da família, o fruto ruim – ergo a sobrancelha, ele estava me vendendo só por se sentir mal amado?

- Isso não é verdade, Atena sempre tratou nós três igual. Sempre nos amou, ela aguentava Frederick bêbado apanhando, só para nos proteger. E você ainda tem a coragem de dizer que ela preferia eu e Bob?

Mattew ficou calado, somente Afonso se divertia com a cena. Foi ai que me toquei, Atena sempre nos protegeu, Percy tinha razão, Thalia tinha razão, eu estava agindo como uma criança mimada, me colocando agora no lugar dela, eu vi que fazia a mesma coisa.

- Mattew você se lembra do meu aniversario? Quando a mamãe me deu a correntinha?

O loiro assentiu.

- Ela disse que era para minha proteção, e o que ela deu para você?

As mãos de Mattew pousaram em seu pescoço, também vi que ele possuía uma corrente, só que mais grossa, continha o mesmo pingente de coruja que a minha, e a de Bob, sim, Bob também tinha uma, mas quase não usava.

- Ela disse que a coruja sempre me protegia – falou, seus olhos vermelhos e marejados.

- Viu, ela nunca teve um preferido. Atena queria que cuidássemos um do outro.

Mattew me olhou, uma lágrima solitária escorreu pela sua bochecha.

- Afonso não posso fazer isso – sorrir.

O homem soltou uma gargalhada que transbordava sarcasmo.

- Eu já lhe paguei – Mattew tirou o dinheiro de sua jaqueta e jogou em cima da mesa.

- Eu não quero mais, me devolva a garota.

Os olhos do sujeito arderam em chamas, pelo visto ele não gostava de ser desafiado.

- Se você não quer mais o problema é seu, eu vou leva-la – Afonso apertou meu braço, me puxando para a saída. Eu me debatia, mas o cara era um ogro de tão forte.

- Não vai – Mattew então, pulou nas costas do homem. Ambos foram parar no chão.

- Me solta seu pivete – gritava o cara.

- Annabeth saia e chame os seguranças.

- Mas...

- VÁ – abrir a porta e sair em disparada gritando por ajuda, ninguém parecia me notar. As lágrimas já desciam sobre meu rosto. Até que uma imagem me faz suspirar aliviada, Percy correndo em minha direção, atrás dele uns cinco policias. Ao me ver o moreno cai em prantos, e me pega em um abraço que quase me sufoca, e novamente com seus braços em minha volta, tenho aquela sensação de estar protegida.

- Annie – disse chorando e acariciando meu rosto.

- Mattew e Afonso, sala á esquerda – isso foi tudo que conseguir falar, e novamente me enterrei nos braços de Percy enquanto os policiais iam correndo para a direção que apontei.

(...)

Estávamos de fora do aeroporto, várias viaturas estavam lá e tinham chamado a ambulância para caso de haver mais feridos. Eu estava sentada em um banco com um cobertor sobre meus ombros. Frederick conversava com os policias, enquanto meus amigos estavam ao meu redor. Levantei meus olhos e vi um policial saindo com Afonso algemado, ele gritava coisas que nem eu entendia. Eu não via Percy em lugar nenhum.

Meu pai se aproxima enxugando seus olhos e se senta ao meu lado.

- Pessoal será que vocês poderiam me deixar sozinho com a Annie e Bob por um instante?

A galera da um super abraço em Bob e em mim e nos deixa. Não desgrudei de meu irmão hora nenhuma.

- Eu deveria deixar você de castigo senhorita vou-fugir-com-meu-namorado – sentir minhas bochechas esquentarem – Mas não vou, isso foi bom para você aprender que não deve confiar em qualquer um.

Apenas fiquei calada, me aconchegando mais no peito de Bob.

- E tem outra coisa – os olhos de meu pai ficaram vermelhos – Mattew levou um tiro e...

- Meu Deus – disse Bob me apertando mais contra si.

Meus olhos se fecharam, por incrível que pareça eu não chorei, minhas lágrimas já tinham sido todas esgotadas, e acho que não tinha mais coração para sentir uma dor como esta. Frederick nos abraçou. Ficamos ali juntinhos, como uma família. De longe vi Percy se aproximando.

- Será que eu posso conversar com você? – Bob se colocou de pé.

- Você não tem nada para conversar com ela. Será que não percebe a bagunça que fez? – Percy abaixou seu olhar, envergonhado. Toquei o ombro de meu irmão com delicadeza.

- É só por alguns minutinhos – falei, relutante meu irmão saiu com meu pai. Sentamos no banco, ambos calados apenas observando o movimento que ali passou a ter.

- Eu soube de Mattew, sinto muito – tirei a franja que cobria meu rosto.

- Ele só precisava de carinho – o silêncio novamente prevaleceu. A mão de Percy encontrou a minha, mas me desvencilhei rapidamente – Não da Percy.

O moreno encarou-me com a testa franzida.

- Não da para continuarmos juntos – vejo uma lágrima solta em seu rosto, mas ele assente sem surpresa.

- Vou para o reformatório, terminar o ano lá – arregalei os olhos, eu sabia a fama dos reformatórios de Nova York e não era nada boa – Não foi certo o que eu fiz, e meu pai insistiu para eu ir.

- Minha mãe, ela voltou para a França, me ligou chorando desesperada, dizendo que teve medo de perder sua princesinha – rir pelo nariz – E me convidou para morar com ela.

Percy encontrou meus olhos e pude ver o medo que ele estava sentindo, suas mãos começaram a ter um leve tremor.

- E você vai? – respirei fundo, olhando para meus amigos de longe.

- Eu ainda não sei.

Era uma decisão difícil, ir para a França, deixar meu pai, Bob, Thalia, Luke, Nico, Melina e Megan, eles eram a minha família, eram meu ponto forte, sem eles minha vida não teria sentindo algum. Mas por outro lado, era a França, eu iria esquecer o que houve aqui, e quem sabe começar de novo.

Percy se levantou.

- Só espero que um dia você me perdoe pequena – disse – Porque eu ainda te amo, e não vou lhe esquecer tão cedo.

- Perdoar é uma coisa complicada Percy. Eu não confio mais em você, é difícil de acreditar que me ama depois de tudo que aconteceu. Mas, te esquecer? Isso jamais, por mais que eu me odeie por isso, eu te amo e um amor como esse é difícil de ser simplesmente apagado.

O moreno sorriu, ele se abaixou e encostou nossos lábios em um demorado selinho.

- Até breve minha pequena.

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Meus lindos leitores, comecei uma fic nova também com Percabeth (qual é, eu amo esse casal) e queria que vcs dessem uma olhadinha !! (http://fanfiction.com.br/historia/410096/When_I_Was_Your_Man)

Obrigada !!!!!!


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Notas finais do capítulo

Gostaram???
Acho que o próximo capítulo vai ser o último, BUÁ BUÁ !!
Quero reviews
Beijos
Karol Oliveira



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