PET - 2 Temporada - Estilo de Treinador escrita por Kevin


Capítulo 43
Capitulo 43 – O Treinador Desacreditado




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Capitulo 43 – O Treinador Desacreditado



Eu estava treinando e seguindo para o local da liga. Jotho era grande e perigosa para ficar parado tempo demais naquele momento. A medida que o tempo ia passando eu ia questionando quem seriam meus adversários.


Boatos haviam de que poucos estavam se classificando, mas meu único contato com essa informação estava indisponível. Ao que parecia o Centro Pokemon de Olivia estava muito movimentado e ela n]ao estava com tempo para bater papo.


Mas, eu confiava que meus amigos e meus rivais iriam se classificar para que npos pudéssemos nos enfrentar novamente.



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– Vai Détrio falta apenas um minuto! - Gritou Lubia.


– Anda idiota, você não tem mais tempo! - Berrou Marjori.


– Você vai ficar fora da Liga. - Berrou Doko.



Faltava um mês para a Liga Pokemon de Jotho, mas as inscrições terminavam naquele dia e em menos de um minuto. Os treinadores por toda a Jotho haviam tentado, mas a distancia de mais de um mês de viagem de um ginásio para outro havia feito muitos desistirem na reta final.


Ginásios como o de Olivia que havia sido destruído, Mahogany que havia ficado isolado pela neve e destruição, Eckruteak fechado pelo líder misteriosamente por algum tempo e o da antiga cidade de Azalea que tinha sua identificação muito difícil sem a cidade, contribuíram para as inúmeras desistências antecipadas.


A única batalha que ocorria a poucos instantes do término do prazo era a de Détrio Dasen, jovem obstinado e cheio de esperanças. Ele acreditava no seu potencial e que poderia vencer dentro do prazo, assim como seu amigo, Kevin Maerd Júnior, o fez na última edição da Liga Pokemon de Kanto.



– Eu não vou perder! - Gritava Détrio.



Talvez se Détrio não estivesse no programa de treinamento de Gary Carvalho ele já estivesse classificado. No entanto, Gary não admitia que eles fossem menosprezados ou mesmo comparados a algum treinador de menor potencial. Infelizmente, para todos os Poke-escolhidos, o escolhido para comparações sempre foi Kevin Maerd Júnior.


O jovem Maerd havia se classificado em 8 meses para Liga Prateada, de forma que os quatro discípulos iriam se classificar naquele tempo, ou em menos, ou morreriam tentando. Sendo que cada um ainda recebeu uma rota especifica para estar fazendo, cada um começando por um ginásio e todos terminando na Cidade Violeta.



– Está liquidado pintinho! - Disse Falkner. - Ataque Furacão. -



– Ataque Esfera de Energia! - Berraram os três companheiros de Equipe de Détrio.



Eles haviam viajado em duplas para garantir a segurança de todos. Marjori e Lubia chegaram a Cidade Violeta faltando um mês para o término, enquanto Doko e Détrio com duas semanas. As meninas agendaram as batalhas para a ultima semana, sendo que era apenas a partir daqueles dias em que não haviam batalhas agendadas.


Todos precisaram agendar uma segunda luta, o que resultou numa pressão maior para eles. Mesmo sabendo os três desafios, eles não conseguiam superar as forças de Pidgeot. Falkner o treinava dia e noite para que seu pokemon comum superasse os poderes da raridade que não estava mais com Kevin.



Na segunda luta dos discípulos ocorreu um ato de sorte por parte de Doko derrotando o líder e seu pokemon voador mais forte. Ele resolveu usar Cloyster, o pokemon adquirido durante o torneio de Festival de Inverno de Mahogany. O pokemon de gelo já estava nas ultimas, mas conseguiu usar um Ataque Aurora enquanto o Pidgeot realizava o Fúria dos pássaros. Um mergulho da ave dentro do ataque luminoso de gelo foi o suficiente para desestabilizar a ave.


Golpe de Sorte já que Cloyster já não conseguia mais efetuar um golpe preciso e nem mesmo fechar sua concha. Um golpe de sorte já que em alta velocidade Pidgeot não era acertado. Golpe de Sorte porque o próprio Pokemon não iria lançar mais nenhum ataque, mas após a gritaria de Doko pensou em lançar um ataque na direção dele e acabou acertando o pokemon adversário.


Détrio seria o seguinte a batalhar, mas recusou-se a lutar contra outro pokemon que não fosse Pidgeot. Kevin e Doko haviam derrotado Pidgeot, ele queria derrotar a Pidgeot.


Marjori e Doko o viam como um idiota quanto aquilo. Lubia e Gary entendiam perfeitamente a situação. Ele estava procurando se firmar como treinador. Provar suas habilidades e ter suas habilidades reconhecidas pelos outros. Como eles viam isso? Tenso sido o último colocado na Copa Kanto, visto Lubia se tornar campeã de uma Liga e classificar-se para a Quest Liga, visto Doko e Marjori tornarem-se altamente conhecidos no mundo pokemon por sua família ou profissão, respectivamente, não era difícil perceber a ânsia de mostrar o seu valor e igualar-se aos demais.



Lubia acabou batalhando em sequencia de Doko e aproveitou-se da oportunidade de não lutar contra o mais forte do líder. Fearow era o segundo mais forte, mas tinha como seu potencial a ferocidade.


Marjori lutou no dia seguinte, o dia final das inscrições e como Détrio fazia questão de derrotar a Pidgeot, Falkner não o usou contra Marjori dando a ela a oportunidade de ganhar.


Détrio queria mostrar que poderia vencer, mas o seu tempo era escasso. As regras da jornada de Gary diziam que ele não poderia usar nenhum dos pokemon antigos, apenas os capturados do treinamento militar em diante. No entanto, ficar fora da liga parecia pior, por isso ele trouxe Serperior em segredo.


Surpresos com a ousadia de Détrio, o grupo já esperava uma repreenda feroz de Gary pelo seu ato, mas o pior foi ver que ele realmente não havia escutado-os contra atacando um Furacão com o Tornado Mágico.



– Ataque Tornado Mágico! - Comandou Détrio.



O grupo abaixou a cabeça e viu o ataque Furacão de Pidgeot do líder dominar completamente, anulando o ataque Tornado Mágico do Serperior. A gigantesca ave pareceu não se importar em ver a serpente do tipo planta ser tomada pelo furacão e perder a consciência enquanto rodava de um lado para o outro.



::” Ele tem que ter algum problema nessa cabeça de vento dele. O Tornado Mágico gira pelo lado contrário do Furacão. O ataque dele certamente seria desarmado em poucos instantes. Mesmo que rodasse para o mesmo lado, a força e velocidade é muito maior, iria ser irrelevante. O certo era aproveitar a velocidade do furacão para usar algum ataque que pudesse viajar pelo ataque. Todos sabiam que deveriam lançar o Esfera de energia, que diabos aquele menino achou que estava fazendo?”:: Lubia não acreditava no que Détrio havia feito.



– Fora de Combate! - Anunciava o juiz.



Pidgeot parou seu tornado e com grande velocidade agarrou o pokemon serpente em pleno ar e o trouxe, com cuidado, para o teto arena, do ginásio da Cidade Violeta.



Falkner estendeu a mão para Détrio, mas ele não cumprimentou-o o jovem estava paralisado com o término da luta. Ele não esperava perder novamente, não de uma forma tão vergonhosa.



– Você lutou bem. - Disse Falkner recolhendo a mão que havia ficado estendida. - Espero lhe ver na próxima temporada. - Falkner virou para sair, mas foi impedido. Seu caminho havia sido bloqueado por uma figura que estava com cara de poucos amigos.



– Seu verme insolente! - O berro tirou Détrio de sua paralisia momentânea. - Seja cortês com o seu adversário e não um garoto mimado. Cumprimente o líder e peça desculpas agora mesmo. - Gary estava realmente revoltado com a atitude de Détrio.


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– Para que serve a regra? - A voz de Gary podia ser escutada pela noite.



Naqueles quase quatro anos de treinamento, nenhum dos poke-escolhidos haviam visto Gary tão irritado quanto naquele dia. Nenhum fracasso de tarefa passada parecia ter aborrecido a Gary ao ponto dele extrapolar na tarefa castigo.



– Eu... Eu... - Gaguejando Détrio tentava conter as lágrimas. Nenhum treinamento militar havia preparado-o para tantas situações embaraçosas.


– Não gagueje na minha frente! Não gaguejou na hora de insultar o líder ou aos seus pokemons. -




– Acho que estou com pena do Détrio. - Comentou Marjori ao lado de Lubia.



Aos pés da Torre Brotinho, da cidade Violeta, próximo a meia noite, Gary estava realizando suas tarefas castigo. Era uma tradição para o grupo que os erros e falhas da tarefa fossem mostradas, os ensinamentos fossem ressaltados e uma tarefa de castigo, entendidas como fixação, acontecesse após o debate. Para a infelicidade geral, parecia que Gary estava realmente transtornado e para cada falha cometida a pessoa percorria um 1 quilômetro.


Eram cerca de 30 a 40 falhas para cada um, sendo que o que mais tinha falhas era Lubia. A menina havia feito interpretações variadas de todas as regras que Gary havia passado, tentando assim tirar vantagem e facilitar viagem. Outro fator é que viajando com Marjori a menina acabava metendo-se em confusão ao tentar evitar que a companheira de viagem burlasse alguma regra.



No geral, as falhas não eram tão sérias, mas os deixavam distantes de serem treinadores de elite como Gary queria que eles fossem considerados ao final da Liga de Prata. Elogios para Doko e a vitória sobre Falkner e sobre o pai. Elogios para Marjori que despontava como a treinadora com os pokemons mais velozes, além de ter transformado-os em grandes sensações, assim como fizera com os seus anteriores. Elogios para Lúbia e sua perfeita quanto a ter conseguido realizar a jornada pelas insignias em um tempo menor que o de Kevin.


Aquele realmente fora um feito que ela na verdade havia armado para isso. Sabia que era difícil e que se ela conseguisse, certamente Marjori conseguiria, já que viajaria com ela. Para tanto, deixou para registrar-se na como competidora atrás de insignias apenas uma hora antes de sua primeira disputa de insignia, enquanto todos os outros registraram-se juntos, antes de irem para o Festival de Inverno de Mahogany.


Claro que oficialmente, por uma questão de jornada, ela havia feito em mais tempo que Kevin. Mas, Gary sabia ela havia feito em menos tempo.



– Por acaso é orgulhoso demais para aceitar ajuda? - Berrou Gary. - Escutei o grito de todos lhe dando conselhos assertivos para a luta. Você desrespeitou o grupo! -




Do lado de fora os três limitavam-se a correr em volta da torre escutando aquilo. Realmente a atitude de Détrio havia os incomodado. Sempre houve competição entre eles, mas desde o final da Copa Equipe onde saíram cada qual querendo matar um ao outro eles começaram a aprender a se respeitar e a trabalhar como uma verdadeira equipe. Por sinal, lembravam-se perfeitamente do dia em que tudo havia mudado.



Um dia de treinamento com Vurge. O treinamento consistia em derrotar uma das aves treinadas por Vurge, mas eles não conseguiam enfrentá-la no alto da montanha. Ficaram no topo, com os pokemons desgastados e querendo provar que eram um melhor que o outro, até que Marjori escorrega e quase vai desfiladeiro abaixo.


Détrio salta a segurando, enquanto Doko puxa os dois para cima com a ajuda de Lúbia. Num momento de silêncio onde a tensão passa um obrigado surge da menina de cabelos rosas. A noite cai e os pensamentos se aceleram com a fome. Pela manhã sentiram falta de Lubia, mas logo a reencontraram mastigando algumas frutas.


Lúbia naquele momento ofereceu as frutas em troca de cooperação, um trabalho em equipe com o líder tirado na sorte. Acharam ridículo no começo, mas passado uma hora com as barrigas roncando, decidiram aceitar a proposta.


Détrio foi o sorteado e decidiu que deveriam usar um como isca para trazer ave para baixo, até próximo ao alcance dos ataques e dar um jeito de mantê-lo em baixo. Para Lubia aquilo era melhor do que uma estratégia, no geral todos queriam trazê-lo para baixo, mas até ela tentaria abatê-lo em um único ataque e não mantê-lo no chão por mais tempo.



Tiveram êxito lutando juntos contra a ave e naquele dia cada tentou dormir com os pensamentos de que talvez, apenas talvez, pudessem aprender muito uns com os outros. Que talvez, nunca pudessem se igualar a Davis Motto e surrá-lo pela traição, mas juntos poderiam fazê-lo pelo menos sangrar e sair da sua postura de Deus.



– Eu... - Détrio deixou uma lágrima rolar dentro da barraca. - Eu quero ser mestre Pokemon. - Berrou Détrio. - Não adianta eu ser treinado, respeitar meus pokemons e ser amigável com os adversários se sempre precisar de ajuda para fazer tudo! - Détrio cerrou os punhos ele deixava as lagrimas rolarem pelo seu rosto. - Não precisa me dizer que estou errado. Você fazia coisas piores no começo. Para os meus princípios isso que fiz está errado e não importa as justificativas... - Détrio estava o tempo todos olhando para baixo, evitando olhar direto para Gary. - Mas, eu quero honrar a todos com o meu melhor. -


– E seu melhor por acaso é toda essa choradeira e orgulho? - Gary deu uma risada. - Você falou que eu fazia coisa pior, mas eu tinha hesito em tudo. - Gary se aproximou dele falando próximo ao seu rosto. - E mesmo assim tinha respeito pelas pessoas. Era ignorante e orgulhoso e ainda sou, mas eu não ignorava as pessoas sem que eu tivesse certeza do que iria acontecer! -



Gary não se moveu deixando seu rosto ainda próximo do de Détrio.



–Você viu a cara de desapontados dos seus pokemons quando deixou-os no centro? Você viu a cara de desprezo que a equipe fez assim que você insultou o líder? Nenhum deles tinha essa feição antes de você se desesperar e agir como idiota! - Gary riu debochadamente. - Você perdeu para Lubia e a insultou, nem percebendo que ela era a única a te respeitar dentro da equipe. - Gary se aproximou mais um pouco. - Sabia que seu melhor amigo Kevin está nesse momento treinando para despertar um estilo próprio? E você enquanto isso ainda está se comportando como um moleque! - Gary riu novamente ao ver as lagrimas começarem a descer mais abundantemente. - Eu sei o que você quer dizer e não consegue, “estilo dos punhos do meu avô“. Você não está nem perto, mesmo tendo recebido a maior dica. Seu estilo é a maior piada para alguém como você! -



– Esse estilo não é piada! - Gritou Détrio armando um soco com sua mão direita e desferindo em direção ao rosto de Gary.



Gary se inclinou para trás e levou seu punho direito rapidamente para frente deixando seu punho se chocar contra o do jovem discípulo desesperado. Os punhos ficaram tocados durante um tempo onde Kevin tinha uma expressão ardilosa no rosto como se provocasse ao jovem, enquanto Détrio parecia completamente assustado.



– De... De... - Tremendo com a situação, Détrio deu um passo para trás abaixando seu punho. - Des... -



– 35 falhas. Por tudo que você fez fará 2 quilômetros por falha. - Disse Gary virando-se e ficando de costas.



Détrio saiu correndo da barraca.



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– Não estou entendo Joy. - Comentou Marcos. - Você sabe que além de treinador sou fiscal da liga pokemon. Vou para a Convenção de prata usando o balão que me deram. -



No Centro Pokemon de uma cidade entre a antiga Azalea e Quinhão Dourado, Marcos se preparava para rumar em direção ao Planalto índigo, que do lado de Jotho era conhecido como Montanha Prateada. No entanto, ele era abordado, em sua saída, pela enfermeira Joy questionando como ele iria para a Convenção.



– E você vai direto? - Perguntou a Joy.


– Sim. Não fui direto pois estava sem mantimentos e queria uma noite de sono tranquila. Conquistar a insignia de Bugzy foi meio complicado. - Marcos parou suspirando. - Ele é uma pessoa muito irritante. Não sei como ele não perdeu o ginásio ainda. - Marcos olhou a enfermeira. - Mas, porque tanta pergunta? Está precisando de algo? -


– Na verdade não exatamente eu. - Joy sorriu sem graça. - Será que gostaria de companhia para sua viagem? -


– Companhia? - Marcos parou por alguns instantes. - Acho que não tem problema. Vai ser legal viajar com alguém. Eu tinha que viajar sozinho por causa da tarefa de fiscal. - Marcos riu. - Se a pessoa não for muito tagarela será melhor ainda. -


– Não se preocupe. Meilin não fala! - Sorriu Joy.



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Quanto pode uma pessoa correr sem que comece a sentir a fadiga física? Quanto tempo uma pessoa consegue ficar sem pensar em nada, ou ao menos manter um pensamento perturbador fora de sua cabeça?


Correr para melhorar o físico. Uma distancia absurda para aprender a controlar a energia para que pudesse tê-la para cumprir a tarefa. Estratégia de como e quando diminuir a velocidade. Quando as energias começassem a faltar, como manter a contagem das voltas em sua cabeça e assim aprender a pensar em estados de esgotamento e dificuldade. E o mais importante, manter na cabeça que as tarefas eram todas possíveis, mas demorariam bastante. Se você não acreditar no que está fazendo, não adianta de nada.



– Não seja idiota palerma. Você não é um tipo de atleta físico. - Détrio acaba de dar uma volta em Doko quando escutou aquilo e de repente ele percebeu que não era a primeira vez que dava uma volta em cima dele, apesar dele já ter levado várias voltas de todos os membros. - Caminhe! -



O ruivo sentia seus músculos arderem, o ar lhe faltar e a cabeça latejar. Olhou e viu que Marjori e Lubia mantinham um ritmo de cooper, que mais parecia uma caminhada, enquanto Doko realmente apenas caminhava.



– Obrigado... - Détrio tentava agradecer a Doko, mas seu pé direito tropeçou no esquerdo e ele foi ao chão e sua visão ficou completamente embaçada e escura.



Escutava seu nome ser chamado constantemente desde o momento que seu corpo começou a cair. Sentiu o chão lhe provocar dor, e logo sentiu alguma coisa acertar seu rosto de forma ritmada. Sim sabia que era a mão de alguém, e pela força, tinha certeza de ser Doko. Mas, ainda não tinha energia e nem vontade de abrir os olhos do que dirá levantar-se. No entanto, sentiu algo gelado cobrindo o seu rosto.


Abriu os olhos assustados. Uma garrafa, metade cheia, estava nas mãos de Lúbia que estava abaixada perto dele. Marjori estava ao longe, voltando e Doko tentava abaná-lo.


Détrio não disse nada, ainda permanecendo deitado no chão. Eles haviam virado-o de barriga para cima, o que lhe fez questionar se ficou desacordado e quanto tempo decorrera disso.



– Você por acaso lembrou de hidratar-se? - Perguntou Lubia.


– Esse cabeçudo sequer trocou de roupas para correr. - Satirizou Doko.



Naquele momento Détrio observou, todos estavam com roupas para exercícios. Roupas leves e frescas. Todos estavam com uma pequena garrafa de água na cintura e não pareciam tão cansados quanto ele.



– Assuste-nos assim de novo e juro que te mato. - Comentou Marjori retornando. - Acho melhor fazermos uma pausa para comer. Gary não está por aqui. -



Todos assentiram e Doko ajudou Détrio a levantar-se e começaram a rumar para próximo a barraca.



– Eu... Eu vi vocês e Gary batalhando. - Comentou Détrio de repente.



Doko parou e olhou para o companheiro que ajudava a manter-se de pé. Olhou para as meninas logo depois que haviam virado-se.


– Sempre que lutamos você estava presente. - Disse Marjori.


– Não eram em Kanto. Eu não sei onde onde era, mas havia felicidade e uma vontade louca de vencer. - Comentou Détrio. - Gary usava uma estratégia para combater os três e sentia-se feliz por estar em pé de igualdade com vocês. Apesar dele estar preocupado com algo. -



– Felicidade? - Lubia colocou o dedo na bochecha pensando um pouco. - Deve ter sonhado com isso enquanto desmaiou. -


– Só assim para você saber dos sentimentos de alguém. - Riu Doko.



Détrio desvencilhou-se de Doko abruptamente. Ergueu seu punho direito a altura de seu prório rosto e ficou olhando seu punho direito.



– Foi uma piada seu retardado. - Berrou Marjori. - Não vai querer dar uma de chato agora, né? -


– Não é isso. - Détrio olhou o grupo. - Eu... não vi aquelas coisas enquanto estava desmaiado. -


– E você viu quando? - Perguntou Lubia.



– Quando meus punhos se chocaram com o de Gary. - Disse Détrio.




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Eu não sei como estão nenhum dos meus amigos. Eles evitaram passar pelo ginásio enquanto eu estava nele. Acho que de uma certa forma eu agradeço a eles por isso. E por isso vou honrar o esforço deles e dar o meu melhor na Liga de Prata.




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