Wolverine: Uma História escrita por Tenebris


Capítulo 22
Notícia




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- Há quanto tempo ele está lá? – Perguntou Scott.

- Desde que ela foi internada, não saiu de lá um minuto. – Respondeu Charles, a expressão cansada e preocupada.

A ambulância não tardara a chegar, Julia fora prontamente internada e levada às pressas ao hospital mais próximo. Logan conseguira reunir forças e ligar para Charles, de modo que todos os X-Men se dirigiram de imediato para o hospital citado. Logan pegou uma carona como acompanhante e seguiu com Julia para o hospital.

Chegando lá, Logan não tivera permissão de entrar no quarto com Julia, apesar de alguns rugidos e bons palavrões. Julia seria avaliada, passaria pelo exame ou procedimento médico que fosse necessário e então seria medicada. Desde que Julia entrara na sala de emergência, Logan se postara do lado de fora da sala, recostado na parede artificialmente azul. O cheiro de esterilização e as pessoas lhe irritavam, mas ele não ousou sair de lá um instante sequer.

Então os outros chegaram. Todos os X-Men, embora Charles e Scott fossem os mais próximos e os únicos dispostos a encarar Logan.

Bom, o corredor onde a sala de emergência se localizava era estreito. E, como todos os X-Men estavam lá, alguns deles permaneciam na recepção e isso já era suficiente para deixá-la quase sem espaço. No corredor da sala, encontravam-se Logan, Charles e Scott. Jean fora designada para cuidar dos mais jovens na recepção.

Aliás, Logan quase nunca falava. Matinha a expressão impassível e só se tranqüilizou quando Charles foi verificar o primeiro boletim médico. Com a alegria que a ocasião permitia, Charles comunicou a todos que Julia não havia sofrido nenhum trauma permanente. Eram apenas graves ferimentos espalhados por todo o corpo, um braço quebrado e uma batida da cabeça. Isso fazia Julia sentir muita dor e, provavelmente, tontura e enjôos. Sua dor era controlada com medicação na veia, e ela tinha a previsão de ficar internada uma semana.

- Pelo menos o pior já passou. Agora é questão de tempo até que ela fique bem. – Comentou Charles, aproximando-se de Logan e dando-lhe tapinhas nas costas. Ofereceu-lhe um café, que foi recusado com uma carranca impaciente.

Então, como se recebesse um aviso telepático de Charles, Scott avisou que Jean deveria estar precisando dele e que comunicaria as novidades aos outros. Depois de um longo tempo dessa saída sugestiva, Logan respondeu:

- Eu sei...

- E o que pretende fazer agora, com tudo isso? – Perguntou Charles, secretamente avaliando as emoções de Logan. Ele estava melhor, era verdade, mas igualmente amargurado e ansiando pela recuperação de Julia.

- O que eu estava fazendo antes. – Respondeu Logan, mais rápido dessa vez. Porém, igualmente carrancudo.

Charles, caso não estivesse em sua cadeira de rodas, provavelmente cairia. Não podia acreditar no que ouvia da boca de Logan. Não depois de tudo o que tinha acontecido. Tudo estava mais do que provado. A expressão de contradição e surpresa era evidente na cara do professor quando ele falou, tentando conter a altivez:

- Como pode, Logan? Você não percebeu? Nem mesmo depois de sua namorada quase morrer? Sua presença ou não na vida dela não influencia nos ataques. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Como X-Men, ela assume os riscos. Julia sabe que o problema não é você!

Logan fitou Charles e aumentou o tom de voz, defendendo seu ponto de vista:

- Continuo firme no meu propósito de mantê-la viva. Ainda acho que para isso acontecer, devemos estar afastados. Eu já disse, Charles. Isso foi um problema antigo com a Irmandade. Mais dia, menos dia, longe de mim, os ataques vão acabar e ela poderá viver livre.

Charles agora estava totalmente indignado e gesticulando com as mãos enquanto falava, tentando firmemente ser a voz da razão para Logan:

- Viver livre? Ela é uma X-Men. Os X-Men nunca estão livres. Renunciaram a sua liberdade e comprometeram-se a cuidar da humanidade porque acreditam na união. Por acaso, você está livre? Sente-se assim? Completamente seguro?

Logan não respondeu e seus lábios eram uma linha fina de pura selvageria.

A resposta dele era clara: Não.

Charles continuou, falando ligeiramente mais calmo, porém, ainda decidido:

- Você se afastou dela porque queria vê-la bem e segura. Ela está assim agora?

Logan crispou os lábios e uniu as mãos em um gesto de prece. Parecia mais controlado.

- Não.

Charles encaminhou o raciocínio.

- Continuará bem e segura sem você?

Mas Logan, aturdido, interrompeu o processo tranquilo de conversa. Elevou o tom de voz novamente e se desencostou da parede:

- Olha, Charles, eu não vou mudar de idéia. Acredito firmemente em meu propósito.

Charles gritou e olhou para Logan como se olha a uma criança que não tem salvação em sua infantil teimosia cega:

-Você está cego, Logan! Não entende nada! Vocês estavam juntos, ela sofreu ataques. Vocês se separaram, e ela sofreu o pior ataque de toda sua vida. Ficou mais do que provado que sua presença não influencia nada disso. E, se influencia, vocês podem lidar com isso juntos. Ela vai continuar sendo atacada, com ou sem você. O diferencial é que, com sua presença, ela lida com tudo isso mais facilmente. Sente-se melhor... Ao seu lado. E sei que você também se sente assim.

Pela primeira vez, Logan vacilou numa conversa com Charles. E, pela primeira vez na vida, pensou em considerar o que Charles falava. Ele não podia ignorar o fato de que o que ele dizia fazia todo o sentido. E, também, quase perdendo Julia de uma vez por todas, ele chegara à conclusão de que queria viver com ela. Ele a amava, e manter-se longe dela estava lhe consumindo. Por que não deixar a teimosia de lado? Por que não deixar de lado as idéias que se provavam erradas e inúteis? Mas, no calor da discussão, Logan não queria dar o braço a torcer e dizer que pensaria no assunto. Simplesmente falou, agitado e furioso:

- Sinto muito, Charles. Vou ter que ignorar novamente suas palavras.

E saiu andando a passos firmes e retos pelo corredor, disposto a se dirigir para qualquer lugar que não aquele. Precisava pensar a respeito.

- Logan! – Chamou Charles, encarando as costas dele.

- LOGAN. – Chamou ele novamente.

Um chamado diferente. Logan nunca vira Charles gritar daquele jeito com alguém. Era um grito que misturava fúria, medo e desespero. Um chamado urgente, como se tudo que Charles mais queria dizer a Logan estivesse sendo sintetizado naquele grito. Como se, gritando daquela maneira, ele pudesse dizer a Logan algo forte o bastante para mudar tudo.

- LOGAN! – Chamou Charles pela terceira vez.

Logan não viu alternativa senão parar, mas ainda manteve-se na direção do corredor sem encarar Charles, que estava às suas costas na direção oposta. Havia também curiosidade, pelo modo como a fala de Charles o tinha atingido.

Charles falou como se finalmente liberasse a mensagem presa dentro de seu grito:

- Julia está grávida.

Logan sentiu que o chão sob si tremia violentamente.

No que pareceram horas de reflexão e aceitação, passaram-se minutos. Cada tique-taque do relógio de parede era absorvido com apreensão. Charles não sabia como Logan reagiria: as coisas tanto podia melhorar como piorar definitivamente.

Suas reações podiam ser acompanhadas por etapas. Logan sentiu imediatamente confusão, mas deixou que sua mente trabalhasse, a seu ritmo, na absorção da informação. Sentiu, em seguida, remorso. Era isso o que Julia tanto queria lhe contar e ele lhe ignorara. Depois, sentiu que simplesmente devia encarar os fatos. Estava feito e ele não poderia voltar atrás. Logo, imaginou-se pela primeira vez como pai.

A idéia lhe conferiu ainda mais confusão. Logan não sabia o que era ser pai. Não tinha ao menos vaga idéia. Lembrou-se de sua infância. O homem que o criara, que era seu pai adotivo (embora Logan não soubesse), morrera assassinado. Pior do que isso, o assassino era o verdadeiro pai de Logan. E que, num acesso de raiva, o próprio Logan matara com suas garras de osso, sem saber que perfurava o estômago do pai verdadeiro. Desde então, com doze anos de idade, repelido pela mãe assustada com a mutação da criança, vivera com seu meio irmão Victor à solta no mundo. Até que circunstâncias os separaram definitivamente.

Ou seja, a figura paterna nunca estivera exatamente presente na vida dele. Como poderia ser pai, se ele mal tivera tempo de aproveitar o seu? A perspectiva de não saber criar alguém que dependia dele o deixava acuado. Era óbvio que não abandonaria Julia nem o filho. Ele era homem o bastante, com dignidade e orgulho como guias de suas atitudes e vertentes de sua sobrevivência. Só queria que seu filho crescesse saudável e bem, e não sabia como agir como pai para isso acontecer.

Um homem que não temia enfrentar batalhas, um exército de Sentinelas, quem sabe, e que agora temia verdadeiramente falhar. Em falhar na criação de um filho que ainda mal chegara ao mundo.

Em seguida, teve certeza. Se antes estava disposto a pensar em voltar com Julia, agora isso era fato. Tudo fazia mais do que sentido. Voltaria com ela. Não somente pelo filho que agora ela esperava, porque ele a amava imensamente. A notícia da gravidez apenas fez com que ele percebesse que esteve errado o tempo todo.

O problema é que Logan nunca se imaginara nessa posição de pai, e agora, com essa realidade imposta para si, era como nunca ter imaginado algo e de repente ter de encará-lo, sabendo que há uma vida em jogo. Uma vida que é parte de você e da pessoa que você ama. Logan, no íntimo, mal sabia, mas já amava aquele ser que ele nem ao menos pudera imaginar a face.

Mas ao saber que Julia e ele seriam pais, tudo ficou mais claro. Ele amava Julia. Disso não tinha dúvidas. Afastar-se dela foi um erro total e inconseqüente. Ela era uma X-Men e assumia riscos por si só, porque sabia o que estava fazendo. Os ataques que proviessem de inimigos de Logan seriam combatidos com a união. Logan podia protegê-la. Naquele momento, comprovava que ao lado dela poderia conferir-lhe uma proteção bem mais eficiente. Estava cansado de iludir a ela e a si mesmo ao fazer coisas que não queria. Se a amava, permaneceria ao lado ela. Não se privaria disso nunca mais. Agora, imaginava que Julia precisaria de todo o apoio. Imaginou-se ao lado dela, levando-a ao médico. Porque ele obviamente acompanharia a coisa toda. Imaginou seu filho crescendo, pulando no quintal do Instituto.

Entretanto, ele com certeza teria de mudar seus hábitos. Talvez Logan fosse um pouco estúpido e grosso demais, e teria de pensar nisso. Sempre resistiu a mudanças em si mesmo. Acreditara que deveria ser como era e pronto. Agora, percebia que havia muito que ser feito, as mudanças que aquele filho traria... E, como Charles dissera, a resposta para todos os problemas recentes era essa: União.

O filho fora, além de tudo, o que faltava para Logan perceber que a união resolvia tudo. Tudo mesmo.

Fora assim.

Um misto de confusão, remorso, alegria, medo de falhar, lembranças da infância, uma visão que lhe possibilitara ver que tinha sido um ignorante agindo estupidamente. Percebera que suas atitudes recentes eram um fracasso, e que, se amava Julia, permaneceria ao lado dela. Isso bastava. O resto era conseqüência. Com dificuldade, claro, mas com um enorme prazer, ele a ajudaria em tudo. Era uma nova fase que, apesar do receio e da hesitação, Logan estava disposto a encarar. E assim, pensando uma vida toda, transcorreram-se apenas minutos.

- O bebê está bem? – Foi a primeira pergunta de Logan, intimamente apavorado com a idéia de que algo tivesse acontecido a ele.

- Sim. Não houve traumas. Ele já tem oito semanas.

Logan se emocionou, sentindo que o Adamantium em seus ossos se desprendera.

- Como soube? – Perguntou ele a Charles, virando-se depois de muito tempo refletindo. Seus músculos estavam rígidos devido à falta de movimento.

- Os médicos fizeram exames. Eles... me contaram. E contaram para o pai da Julia. Ele está na recepção com os outros e disse que já desconfiava. –Respondeu Charles, parecendo aliviado por não haver reação explosiva da parte de Logan.

- Eu... Eu não sei o que fazer, Charles. Tem um guri que vai precisar de mim, e eu não sei fazer nada... – Desesperou-se Logan, aproximando-se de Charles.

Para a surpresa de todos, Charles riu. Um riso contido, mas ainda assim, uma pontinha de alegria:

- Você já está preocupado com isso? Bom, espero que tenha entendido. A união vai resolver a maioria dos seus problemas a partir de agora nessa nova fase. Quero que saiba que não está sozinho. Não só pode contar com Julia, com seu filho, como pode contar conosco. Acho que será o membro mais novo dos X-Men. E ele contará com uma fila de babás...

Logan deu um riso nervoso e Charles continuou, encarando firmemente os olhos escuros e selvagens de Logan, como se os sustentassem com uma linha invisível:

- Não digo que será fácil. Vai haver dificuldades e momentos em que você se sentirá perdido por não saber como lidar com alguém que depende tanto de você. Eu sei como é isso. Quando abri o Instituto, senti-me como o pai de todos vocês. E não foi simples. Mas, mesmo tendo dificuldades e momentos em que você se sentirá sozinho, saiba que não está. Jamais estará, a partir de agora, Logan.

Logan pensou que jamais poderia retribuir o favor. Charles sempre se provara alguém que estava disposto a ajudar, e ele não seguira o conselho dele. Logan sentiu-se um imbecil incapaz de administrar a própria vida. Quem diria administrar outra. Não era sempre que admitia estar errado e engolir o seu orgulho ainda era algo que exigia demais dele, mas falou, receoso:

- Charles. Com tudo isso acontecendo, o ataque do Magneto, a quase morte da Julia, a notícia de que vou... ser pai. Eu percebi o quanto estava errado, e lamento que as coisas tenham chegado a esse ponto pra eu perceber que estava sendo estúpido. Eu não vou fugir dessa. Vou ficar com Julia e cuidar dela e do meu filho porque eu os amo. E, antes de tudo, obrigada. Por tudo. Vou achar uma maneira de compensar isso. Sei que falhei, mas quero consertar.

Charles sorriu como um professor que sorri pra um aluno que evolui em todos os aspectos. Bom, talvez fosse isso mesmo. Ele falou com serenidade e sabedoria características:

- Você finalmente percebeu que estava errado, está admitindo isso pra mim, e está disposto a mudar. Acho que já é um avanço bem convincente da sua parte, Logan. Mas... Como se sente?

Logan contou resumidamente tudo que sentiu ao professor:

- Não sei... Remorso por não ouvir Julia. Confusão por não saber como lidar. Mas, estou feliz. Nunca me imaginei sendo... Pai. E, agora, ao saber que vou ter um guri... Meu guri, sabe? Estou com medo, sim, mas alegre.

Os dois sorriram. Charles deu tapinhas nas costas de Logan e falou:

- Então, quero que saiba que pode contar comigo. A Julia vai precisar de apoio e todos vamos ajudar nisso. O Instituto se preparará para receber os dois.

Logan sorriu novamente e percebeu o quanto esse ato fluía naturalmente depois de um mês todo inerte na amargura da solidão.

- Por que não vai falar com ela amanhã cedo? Ela vai estar acordada. – Incentivou Charles.

- Ele vai me odiar. – Comentou Logan, sabendo do merecido destino.

- Não se cobre tanto. Ela está mais abalada que você.

- Por que eu falhei. – Disse Logan, lembrando-se com pesar das ligações ignoradas. Mas a idéia de uma notícia dessas nunca lhe passara pela cabeça.

Charles pensou um pouco e falou com a mesma sabedoria do homem de mil anos que sempre soubera aconselhar Logan:

- Mas está disposto a consertar. É isso que importa. Agora, porque não vai dar a notícia aos outros? Garanto que vão ficar bem felizes.

A madrugada transcorrera bem.

Logan e Rudolph ficaram conversando por cerca de uma hora e estavam se dando bem, na medida do possível. Rudolph mostrara compreensivo e admirado pelo fato de Logan entender tanto de motos antigas. Ambos compartilharam a felicidade de ver Julia bem e também o bebê. O brilho nos olhos de Rudolph ao ser chamado de “avô” era o mesmo que dos olhos de Logan quando se chamava de “pai”.

Assim, depois da conversa, Logan e Charles deram a notícia aos outros X-Men. Quem mais vibrou foram Kitty e Kurt, que quase pularam em cima de Logan lhe desejando felicidades e zoando com ele. Scott foi mais discreto, mas ainda assim, fazia comentários que realmente faziam Logan sentir-se melhor. Até mesmo Jean o parabenizara e parecia deveras contente. Talvez a idéia de uma criança chegando a tivesse sensibilizado, de repente. Tempestade se colocou a disposição para ajudar no acompanhamento da gravidez e a fazer bonequinhos de palha, os quais ela tinha aprendido a fazer em sua tribo.

Vampira também ficara contente, lamentando não poder carregar o bebê por causa de seus poderes. Em suma, todos contentes. Numa conversa civilizada na qual todos participavam, Charles propôs que aumentassem o cômodo da casa de Logan no quintal da Mansão. Assim, ela comportaria a família toda. Todos estavam muito felizes com a idéia de haver o mais novo membro dos X-Men.

- Ele nem nasceu e já é X-Men! – Comentou Kurt, rindo com Kitty.

- Cara, imagina só! – Comentou ela, extasiada. – Que poderes ele pode ter? Vai ser um dos membros mais fortes! Eu que não vou contrariá-lo!

Foi então que Logan percebeu. Provavelmente, seu filho também seria mutante. Não que fizesse diferença para ele, mas sabia que era algo a mais para se lidar com o filho. Talvez o poder mais parecesse maldição do que dádiva para ele. O próprio Logan muitas vezes amaldiçoara a si mesmo por ser quem era e não deixaria que o mesmo acontecesse com o filho.

Mas agora sim ele sabia. Agora entendia o verdadeiro significado da palavra dádiva. Devia ser algo bem próximo da felicidade que ele sentia no momento. 


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