The Ghost Of Prince escrita por Paulinhadcc


Capítulo 5
Somewhere only you know


Notas iniciais do capítulo

DESCULPAAAAAAAAAA a demora -qqqqqqqqqqq. Bom, eu falei que só ia vir aqui quando tivesse reviews suficientes, mas a verdade é que fiquei sem nenhuma ideia e só foi depois de comentar com uma amiga que ela me fez voltar a sentar a bunda na cadeira e escrever algo. Por fim o capitulo veio, espero que tenha ficado bom.



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Olhei para o lado e Nico olhava-me estranhamente, parecia um pouco surpreso pela minha reação. Fomos direto para a cabana onde Percy se encontrava, vivo, mas gravemente ferido. Os lábios cortados faziam cair por entre a boca gotas de sangue, o rosto não tinha tantos arranhões, porem ao olhar para o seu corpo podia ver a camisa rasgada e um corte feio no abdômen denunciado por uma poça de sangue que se encontrava no lugar onde ele estava.

- Vai ficar tudo bem, vamos te levar para o hospital - disse passando a mão no seu rosto.

- Não! - exclamou logo após se engasgando com o sangue que insistia em cair- Se eu for eles vão perguntar como isso aconteceu comigo e eu não posso deixa-los saber que ainda estou vivo - retrucou com dificuldade.

- Mas se você não se cuidar vai piorar - falou Annabeth visivelmente nervosa.

- Leve-o para Apolo ele saberá o que fazer - Nico disse.

- Quem é Apolo? - perguntei e os olhares de Percy e Annabeth foram para mim.

- Claro! Tio Apolo com toda certeza vai saber o que fazer, ele é medico e vive não muito longe daqui - retrucou Annabeth se martirizando por não ter pensado nisso antes.

- Bom trabalho - Nico falou no meu ouvido ao mesmo tempo em que um arrepio surgia no meu corpo. Ele sorriu.

Não demorou muito tempo para chegarmos ate a casa de Apolo, graças aos deuses Annabeth tinha pegado uma carruagem “emprestada” de sua na mãe na noite passada o que facilitou muito. A casa de Apolo era pequena, no entanto dava para notar que o tamanho da mesma não diminuía a riqueza que este devia possuir. Assim que saímos da carruagem, Apolo por coincidência estava saindo de casa quando nos avistou.

- Olá Annabeth e - seu olhar parou em mim e Percy, como se estivesse impressionado por nos ver de novo, fato estranho, pois ate hoje nunca nem ao menos nos virmos.

- Percy precisa de cuidados, ele foi ferido pelos revoltosos - no exato momento que Annabeth disse isso o olhar de Apolo caiu sobre o corpo do meu amigo.

- Vamos levar ele lá para dentro, felizmente tenho supervisão do governo para ter meu próprio “consultório” em casa - disse e sua voz parecia determinada.

Apolo pegou Percy facilmente e o levou para dentro seguido de uma Annabeth nervosa. Enquanto eu e Nico, que parecia estar com os pensamentos fora da terra, ficamos ali parados tentando entender, pelo menos eu, o que acabara de ocorrer.

- Ele pareceu te reconhecer bem - falou Nico me tirando dos devaneios.

- Isso é impossível! Apesar de o meu pai ser muito rico, ele não conhece ninguém da aristocracia e no geral eu e Percy não somos muito populares - retruquei.

 Para falar a verdade tudo naqueles dias estava sendo muito estranho, para começar o fato de eu ir num baile onde somente as famílias mais ricas e populares estariam passando pelo meu pai ir conversar com “amigos” que eu nem sabia que ele tinha e terminando no fato de Apolo Salamander, o medico mais prestigiado e também filho de um grande burguês, ter me reconhecido. Tudo bem que eu conhecia alguns aristocráticos como Annabeth, havia boatos de que sua mãe comprará o titulo para se vingar de Poseidon, e Luke, que era filho de Hermes um homem que comprara um titulo e que havia boatos de sua fortuna ter sido construída no jogo. Mas apesar de tudo eu e Percy sempre fomos apenas uns telespectadores no meio de tanta gente popular e embora com certeza a minha fortuna fosse maior que a deles todos juntos, ninguém além dos que estavam dentro da nossa casa sabiam do dinheiro que a gente tinha.

- Thalia, qual é o seu sobrenome? - perguntou de repente Nico, mas não tive tempo para responder por que Annabeth apareceu me chamando.

Eu e Nico fomos direto para onde Apolo estava fazendo um curativo em Percy, mas ao invés de olhar para o meu amigo meu olhar foi na direção de Nico que parecia mais pensativo que antes.

- Ele vai ficar bem? - perguntei para Apolo.

- Claro! Princesinha - respondeu com um sorriso divertido.

Corei automaticamente com o elogio enquanto meu amigo se controlava para não rir da minha cara de idiota. O que eu podia fazer? Apolo além de ser um medico que tinha fama de ser legal e divertido, também era um dos homens mais lindos do reino. Não era atoa que seu filho, Will, era o garoto mais bonito do reino.

- Você já esta bem melhor, não é Percy? Ate rindo está - comentei cruzando os braços.

- Não foram cortes muito profundos, apesar de que se ele não viesse aqui rápido agora estaria em maus lenções - Apolo retrucou pacientemente enquanto costurava a região do ferimento.

- Felizmente a medicina, foi uma das únicas coisas boas que a revolução deixou - disse Percy e nós concordamos.

Ficamos conversando por mais algum tempo enquanto Apolo terminava de examinar Percy. Por fim o mesmo constatou que meu amigo estava bem e não precisaria de mais nada, o que foi um alivio para todos principalmente para Annabeth que estava tendo um ataque cardíaco com a possibilidade de algo ruim acontecer com ele. Pela primeira vez pude reparar o quanto Percy e Annabeth se amavam e entendia que valia sim a pena toda a luta que eles faziam para ficar juntos, senti inveja de ambos por sentirem algo assim tão forte, mas ao mesmo tempo perguntava-me se eu me apaixonasse iria agir da mesma forma que eles agiam. Acredito que não. Primeiro que o amor sempre vinha junto da dor e segundo porque não o acreditava que ele pudesse ser bom comigo.

- O papo está muito bom crianças, mas acho melhor vocês irem - falou Apolo fazendo com que todos nós protestássemos.

- Ninguém aqui é mais criança tio! Eu tenho dezesseis e o Percy também enquanto a Thalia tem dezessete - argumentou à loirinha, é ate que a mesma não era chata.

- Pois é, sendo que vocês ainda são menores de idades - retrucou e olhou para Annabeth- e você sabe muito bem que a sua mãe a essa altura do campeonato já deve esta chegando do trabalho e não vai gostar nada de te ver na rua, ainda mais com ele - apontou para Percy.

- Você não vai contar não, é? - perguntou ela.

- Obvio que não! Acho essa palhaçada o que sua mãe faz, no entanto você sabe que nada passa despercebido aos olhos de Atena - respondeu e a garota concordou.

- E quanto a você garoto - ele apontou para meu amigo - cuidado, hoje você teve sorte, mas pode não ter da próxima vez - disse em tom serio.

- Obrigado por hoje, Apolo - agradeceu meu amigo.

- Não há de que, é o mínimo que eu posso fazer pelo filho de Poseidon e além do mais o mesmo não iria me perdoar se deixasse você morrer - Apolo retrucou sincero e Percy sorriu.

Não sabia muito sobre o pai de Percy, apenas que ele tinha morrido ainda quando o mesmo tinha dez anos e dois anos depois à mãe deste falecera de causas naturais. Nunca tinha perguntado nada sobre a família dele e este nunca quis abordar o assunto, mas agora começava a ficar curiosa já que o pai do mesmo conhecia Apolo.

- Thalia? - Apolo me chamou quando todos já estavam saindo - Annabeth e Percy vão indo na frente, eu gostaria de falar com ela a sós.

Meu amigo olhou fixamente para Apolo que apenas retrucou o olhar e sorriu de forma amigável que por fim deu nos ombros e saiu junto com sua namorada. Olhei para o lado e Nico, que ainda estava totalmente quieto e com o olhar fixo em Apolo, ainda estava ali e não parecia que iria sair.

- O que foi? - perguntei sem entender, já que nunca nem tínhamos nos falado.

- Nada, só queria dizer para tomar cuidado e se precisar de qualquer ajuda é só chamar - respondeu sorrindo.

- Obrigada - falei um tanto atordoada pela repentina solidariedade.

- Sabe, você parece muito com a sua mãe - ele refletiu - embora pareça ter o temperamento do seu pai - comentou.

- Você conheceu minha mãe e conhece meu pai? - perguntei sem entender.

- Bom, é que eu os vi umas vezes quando você ainda não era nascida - respondeu um pouco desconcertado.

Fiquei um pouco frustrada. Pouco sabia sobre a historia dos meus pais, minha mãe tinha morrido quando eu era muita nova e a conversa com meu pai sempre foi difícil, logo era difícil saber algo dos meus pais e dificultava ainda não conhecer nenhum amigo do meu pai, embora já tenha visto ele com um ou dois caras.

- Prometo que vou me cuidar, Apolo - respondi de repente e ele sorriu dando-me uma piscadela.

- Espere! Vou pedir para Will levar você em casa, afinal de conta aqueles dois já devem estar bem longe - comentou o mesmo sorrindo maliciosamente e eu apenas assenti.

Apolo chamou Will e na mesma hora o garoto apareceu com o habitual sorriso que conquistava a maioria das garotas. Will era alto e tinha um porte bem atlético, seu rosto se parecia com o de Apolo, na verdade eles podiam passar fácil como irmãos só mudando o fato que enquanto o pai tinha uma barba por fazer, Will possuía o rosto liso. Ambos eram loiros dos olhos verdes e tinham um rosto tão bem esculpido que pareciam ate mesmo obra dos deuses.

- Então vamos? - perguntou o garoto e eu apenas assenti.

Fomos caminhando em silencio e quando chegamos à carruagem que o mesmo tinha preparado para nos levar este fez questão de abrir a porta para mim, algo que considerei bem educado da parte dele.

- Meu pai fala muito dessa coisa de ser cavalheiro, ele diz que é a obrigação de um homem ser cavalheiro principalmente se estiver na frente de uma dama - disse este sorrindo, corei automaticamente enquanto Nico rolava os olhos.

- Obrigada - foi só o que disse e na mesma hora Nico e Will olharam para minha cara de uma forma meio estranha, decidi ignorar.

- Então - pigarreou- você é Thalia, certo? A garota que o Luke dispensou porque os amigos deles não te acharam bonita o suficiente? - ele me perguntou e dessa vez fiquei um pouco desconfortável, mas este não pareceu perceber.

- Sim sou eu - respondi um pouco desconfortável.

Nico analisava-me com o olhar e não pude evitar me sentir uma idiota. Eu detestava quando as pessoas sentiam pena ou qualquer coisa parecida, principalmente quando era em relação a mim. Naquele momento tudo que eu queria era dar um tapa na cara de Will por ter puxado esse assunto, mas não seria justo já que ele não parecia esta falando por mal.

- Ele é um babaca - soltou Will do nada, na mesma hora o olhei- não se trata uma garota dessa maneira - disse e eu sorri. Will podia ser meio burrinho, mas era um garoto bem gentil e fofo. Entendia porque as garotas morriam de amores por ele.

- Tudo bem, eu já esqueci - retruquei e ele sorriu.

- Que bom, não vale a pena se prestar a esse papel - o mesmo me olhou e disse num tom calmo - quando alguém diz algo sobre você, mesmo que isso seja uma mentira, e você acredita nisso ela vai acabar se tornando verdade, então nunca deixe que as pessoas te digam o que você é faça ao contrario: diga a elas quem você é - sorriu.

- Pode deixar, eu lembrarei isso - dei uma piscadela-, mas por que esta me dizendo todas essas coisas? - perguntei.

- Não sei, talvez pelo fato de ter ido com a sua cara ou simplesmente porque achei injusto o que lhe fizeram - ele deu nos ombros.

O resto do percurso se seguiu em silencio por ambas as partes. Nico ainda estava totalmente calado e quase nem me olhava e aos poucos a presença dele foi ate esquecida. Quando a carruagem chegou à minha casa, Will se despediu da forma cavalheiresca dele e saiu.

- Ainda bem que você chegou, já estava ficando preocupado - falou o meu amigo assim que a carruagem tinha ido embora.

- Falou o cara que me abandonou para sumir com a namorada - retruquei sarcasticamente e na mesma hora ele ficou mudo- aconteceu alguma coisa? - perguntei.

- Eu e Annabeth terminamos - respondeu friamente.

Na mesma hora eu fiquei em estado de choque sem entender nada. Por que eles tinham terminado, se qualquer um via que eles foram feitos um para o outro? Alguma coisa tinha que ter acontecido para eles terminarem assim do nada.

- Por quê? - retruquei nervosa.

- Ela disse que era muito perigoso ficarmos juntos com toda essa gente caçando-me e que eu precisava me manter seguro que enquanto ela estivesse comigo iria se sentir muito preocupada - comentou triste.

- Entendo - esbocei um sorriso triste e o abracei.

Ficamos abraçados por um longo tempo sob o olhar de Nico que encarava a cena com um olhar confuso que ignorei. Eu perguntava-me o que diachos tinha feito Annabeth chegar a essa atitude tão precipitada, mas não argumentei, já que vi o estado da menina e ela tinha sofrido demais ao ver seu amado daquele jeito, além do mais tinha esperanças de que quando tudo isso acabasse eles iriam voltar a ficar juntos e foi isso que disse ao mesmo que logo concordou forçando um sorriso. Fomos para dentro e meu pai já estava me esperando ansioso. Ele fez varias perguntas das quais tratei de responder rapidamente, não queria que este se preocupasse tão pouco fizesse mais perguntas.

- Só uma coisa que não entendi, por que você demorou tanto? Percy chegou aqui tem uma meia hora - perguntou meu pai ainda com o olhar desconfiado.

- Eu ainda conversei um pouco com Apolo - respondi indiferente e na mesma hora o olhar dele escureceu.

- Ele disse alguma coisa? - perguntou de novo.

- Não, só para eu me cuidar - falei confusa e ele pareceu aliviado abraçando-me.

- Bom, pode subir então - disse da forma indiferente de sempre e eu protestei, pois queria ficar um pouco com ele - sem “mas”, hoje foi um dia cansativo e precisamos dormir e ver como cuidaremos do caso do Percy - terminou olhando nos olhos do meu amigo que apenas o mirou de volta numa conversa silenciosa que não entendi direito.

Subimos em silencio, tirando a parte que eu estava pisando duro por mais uma vez ser tratada de maneira indiferente naquela casa, e depois quando cheguei ao meu quarto bati a porta forte sem se preocupar com nada, no entanto ninguém falou nada. Já estava irritada com essa profunda falta de respostas que tinha, não sabia nada, não conhecia ninguém, parecia como se estivesse vivendo numa bolha da qual pegavam e faziam o que bem entendia. Sentia-me como uma inútil. Aos poucos as lagrimas começaram a brotar e eu não fiz questão de conte-las ate que senti uma presença do meu lado, olhei para cima e Nico estava olhando-me de forma compreensiva, mas desconfortável, sem saber ao certo o que poderia fazer para ajudar-me.

- Não fica assim, logo tudo vai se resolver - falou no meu ouvido tentando passar a mão no meu rosto, só que inutilmente já que a mão dele passava direto, mas mesmo assim podia sentir o toque deste.

- Eu só gostaria de saber um pouco mais, não gosto da forma como meu pai não fala nada comigo e de como todos me escondem algo - retruquei frustrada e ele mirou-me compreensivo.

- Talvez ainda não seja a hora - disse.

- E quando será? - perguntei.

Ele ficou por um momento calado, avaliando o que dizer. Por fim ele suspirou, sentou-se na cama e seus olhos cruzaram com os meus e uma onda de eletricidade parecia se chocar por entre a gente, começava a ficar muito nervosa com aquela simples olhada. Por fim ele parou de olhar-me nos olhos e disse como se fosse algo normal.

- Qual é o seu nome todo, Thalia? - perguntou curioso e eu me surpreendi.

- Thalia Grace, por quê? - retruquei sem entender.

Na mesma hora ele voltou a dar aquela olhada que me deixava desconcertada. Mas dessa vez eu não entendia o que estava acontecendo. Por que ele perguntou o meu sobrenome? O que isso tinha de haver com a pergunta que eu fiz? Ele me deu uma olhada de cima a baixa e por fim disse.

- Quero te conhecer melhor - surpreendendo-me.

- Como? - falei sem entender.

- Isso mesmo que você ouviu, vamos nos conhecer melhor eu estava enganado você não é uma garota chata, apesar de ser mimada, e já que aceitou ajudar-me temos tempo de sobra para nos conhecer - falou sorrindo.

Naquela hora quis protestar, dizer algo diferente ou perguntar o porquê dele fugir tanto das perguntas, mas só foi ele voltar a olhar nos meus olhos e eu descobri que não estava nem ai com mais nada desde que ele continuasse a me fitar com aquele olhar tão penetrante do qual eu tinha definitivamente uma queda. Naquele momento percebi que Percy estava certo, eu estava encantada justamente pelo príncipe e isso não era bom sinal.


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso. Reviews? Indicações? Gostaram? Espero que sim porque esse capitulo custou a sair e seria frustante estar ruim D:
Mesmo esquema, comentem!