The Ghost Of Prince escrita por Paulinhadcc


Capítulo 4
The Great Escape


Notas iniciais do capítulo

Estou sumida não? Pois, vou ficar assim sempre que ver que não tem post suficiente para continuar. Só estou postando ainda porque essa é uma historia que eu particulamente estou gostando do que estou escrevendo, mas se a criatividade acabar abandonarei a fic, já que não tenho reviews suficiente...



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– Tem certeza? - perguntei de novo.

– Olha garota, da o fora daqui eu cuidarei de tudo - respondeu o homem.

Decidi não discutir e sai correndo em direção ao salão principal onde um amontoado de gente se encontrava em pé parados, a música já tinha parado e apenas podia se escutar o barulho das pessoas falando umas com as outras.

– Thalia ainda bem que te encontrei vamos embora agora - meu pai me puxou um tanto quanto ofegante.

– Mas pai onde está o Percy? - perguntei um pouco nervosa.

– Ele já foi embora, saiu com aquela filha de Atena, esse menino esta arrumando ideias, mas depois conversamos sobre isso - ele falou e me puxou para fora do palácio onde a carruagem já nos esperava.

O caminho todo nós fomos em silencio, meu pai a todo o momento olhava para os lados, algo de muito estranho estava acontecendo, tudo bem o príncipe estava morto e isso era uma noticia grave devido ao fato que com toda certeza esse atentado foi por conta da decisão do príncipe, mas por que meu pai estava tão agoniado?

– Suba, amanha conversaremos - disse quando chegamos.

– Mas pai - tentei argumentar.

– Mas pai nada! Não me desobedeça Thalia - ordenou apontando as escadas e eu como uma boa filha fiz o que ele pediu.

Sempre foi assim quando acontecia algo ele nunca falava nada, apenas mandava algo e eu tinha que acatar. Coloquei o meu pijama e fui dormir, já que não iria conseguir falar com meu pai, por que deveria tentar discutir? Mas o sono não vinha e a cada hora minha cabeça girava tentando entender o porquê do meu pai estar tão nervoso será que ele sabia de algo que eu não? Tratei de tirar esses pensamentos da minha cabeça e sem eu querer, acabei lembrando da cena que tinha presenciado. Ver aquele garoto morto tinha mexido comigo, quero dizer apenas o achava bonito, mas de alguma forma parecia que eu e ele tínhamos alguma ligação especial não sei dizer direito o que era. Talvez Percy estivesse certo e eu realmente tenha me encantado pelo príncipe.

Acordei no outro dia com dores no braço devido à forma que dormi e assim que acabei de fazer minha higiene pessoal fui fazer um pouco de exercício. Enquanto me exercitava os acontecimentos da noite anterior vinham em minha cabeça, apesar da minha total frieza eu tinha ficado realmente assustada em presenciar, mesmo que indiretamente, a morte do príncipe e eu não sabia direito o porquê aquilo estava mexendo tanto comigo.

– Thalia? - meu pai chamou.

– Sim pai?

– Vamos para a cidade o conselho do príncipe quer anunciar algo e toda a população deve estar presente para escutar - disse sem rodeios.

– Mas pai você tem que me explicar aquilo de ontem e - não pude terminar de falar quando ele falou um pouco exaltado.

– Depois, quando menos você souber agora melhor será para você, Thalia - dito isso ele mandou-me para a carruagem que fui prontamente.

O caminho todo, como sempre, ficamos em silencio. Já estava de saco cheio de tudo aquilo, mas desde a morte da minha mãe tinha desistido de tentar argumentar no final do dia a única que iria se sentir mal era eu. Aos poucos a relação com meu pai foi esfriando e hoje somos como dois estranhos só falando o básico.

– Fique aqui, eu vou ali num instante e já volto - falou quando nos chegamos, apenas assenti em concordância.

Encostei-me num poste e abri um livro para ficar lendo enquanto o conselho não vinha, mas infelizmente não consegui ficar assim por muito tempo já que um homem baixinho e gordo apareceu pedindo a todos silencio.

– É com muita tristeza que anuncio que o príncipe entrou em coma. Anteriormente pensamos que tivesse morrido, mas com ajuda aos avançados aparelhos médicos que temos conseguiram deixa-lo nesse estado - o homem continuava a explicar o que tinha acontecido num falso sorriso enquanto toda a população borbulhava tentando entender o que realmente acontecido, logicamente eles não saberiam já que mais da metade não era “digna” de saber - logo se o príncipe não se recuperar dentro de um mês o conselho decidiu que a última decisão do príncipe será anulada e a lei de morte aos menores de dezoito anos que não tenham um emprego de renda maior que quatro mil dracmas estarão com os dias contados. - Dito isso o mesmo saiu arrancando protestos da população.

Há muito tempo a sociedade vivia a beira do apocalipse com tudo muito moderno, já não sabia o que inventar e o constante capitalismo fez com que boa parte da população se alienasse então no intuito de acabar com todos esses problemas foi decidido que iriamos regredir em alguns aspectos e continuar progredindo em outros. Foi assim que coisas como carros, computador, celulares, foram extintos no lugar deles voltaram os cavalos como meio de transporte e as cartas junto com o convívio no dia-a-dia se tornaram o principal meio de comunicação. Por um lado isso foi totalmente horrível, por outro, muitas doenças e problemas que vinham ocorrendo com a população foram extintos. Coisas como saúde e educação, no entanto, desenvolveram bastante. Aos poucos voltamos ao absolutismo monárquico que depois de uma votação geral foi visto como o mais “justo”. No entanto nem tudo eram flores e mais da metade da população ainda sofria com problemas comuns como fome e miséria, o que não era o meu caso já que meu pai era um fazendeiro classe media alta na região.

– Vamos Thalia - meu pai disse me puxando para longe.

– Agora? Você pelo menos escutou o que aquele cara disse? - perguntei um pouco irritada pela maneira indiferente que meu pai vinha me tratando.

– Sim eu escutei, mas isso não é do nosso interesse porque eu tenho dinheiro suficiente para nos proteger e você já tem um trabalho, pelo menos é o que eles pensam - meu pai sorriu com esse último comentário.

A verdade que há dois meses, quando a noticia da suposta lei tinha vazado, meu pai tinha feito uma carteira de trabalho para mim e me empregado em sua fazenda com um salario bem alto de modo que eu estava completamente livre de ser atingida, embora seja apenas fachada e eu nunca tive um trabalho de fato.

– Tudo bem então - dei nos ombros.

Se existia algo que eu e meu pai concordávamos era: se não nos afetava não era problema nosso. Essa filosofia sempre foi pregada na nossa família no intuito de não nos meter em confusão, funcionou, mas sempre fomos visto pela população em geral como: frios e indiferentes.

– Filha, eu sei que você tem muitas perguntas e prometo que na hora certa irei responder a todas elas, mas agora quanto menos souber melhor - ele sorriu me dando um beijo na testa logo em seguida- agora vamos para casa - voltou-se com a postura seria.

O caminho de volta já foi com um clima um pouco melhor, embora nenhuma conversa fincasse pelo menos os comentários alheatórios que ambos fazíamos davam certo, pois rendia alguns sorrisos e ate piadinhas. Quando chegamos meu pai tratou de subir rapidamente me ignorando completamente e fazendo perceber que a situação continuava a mesma, embora o humor dele tivesse mudado consideravelmente.

– Sara? - chamei a velha governanta da nossa casa.

– Sim, Thalia? - nunca gostei dessas formalidades, por isso consenti que meus empregados me chamassem apenas de Thalia.

– Onde está Percy? Ele ainda não chegou? - perguntei estranhando não ver meu melhor amigo.

– Não, o mesmo está fora desde que foram para o baile - Sara respondeu com o semblante confuso.

– Tudo bem então, pode se retirar - disse.

Fiquei um tempo pensando, Percy nunca ficava tanto tempo fora de casa, algo tinha acontecido. Decidi ir procurar por ele no velho esconderijo que o mesmo ficava junto com Annabeth. Peguei o brinquedo, o cavalo que meu pai tinha me dado, e corri para o lugar que ficava não muito longe do rio que costumo nadar.

Quando cheguei perto do rio decidi tomar um banho, talvez pelo fato de estar morrendo de calor ou por que nessa correria esqueci-me de banhar durante a manhã, rapidamente tirei todas as roupas de cavalheira e não me importando mergulhei na água. Precisava me refrescar e então poderia pensar em tudo que estava acontecendo nesses últimos dias. De uma forma ou de outra tudo já estava resolvida eu não iria ser atingida e duvidava muito que alguém do meu convívio também fosse. Agora só resta fechar os olhos e fingir que nada acontece e talvez com um tempo as autoridades vejam o que estão fazendo e decidam parar. Fiquei um bom tempo na água pensando ate que, sem querer, percebi o sol aumentando sua intensidade e se não me enganava agora já devia ser horário de almoço e eu nem tinha procurado por Percy. Abri meus olhos e quando me virei me apoiando numa pedra para levantar uma figura aparece na minha frente tirando totalmente minha concentração me fazendo voltar para a água.

– Desculpa, não quis assusta-la, mas quem em sã consciência toma banho pelada num rio onde qualquer pessoa pode passar? - a pessoa perguntava com um cenho franzido e um sorriso brincalhão.

– Esse lugar é totalmente deserto, ninguém anda por aqui a não ser alguém da minha família - eu disse um pouco envergonhada.

– E qual nome da sua família? - perguntou.

– Não lhe interessa e alias quem é você? - perguntei.

No entanto não foi preciso dizer nada para eu saber exatamente com quem estava falando. Era um garoto, mas não um garoto comum e sim o príncipe. Ele estava com um roupão, tal como na noite que ele morreu, e com uma ferida na cabeça fruto do atentado.

– Vejo que já sabe quem sou - falou com um sorriso triunfante.

– Como? Você? - gaguejei.

– Não faço a menor ideia, estou vagando por ai desde o incidente e você foi a primeira pessoa que conseguiu me ver - disse pela primeira vez mostrando sinais de confusão.

– Mas como isso é possível? - perguntei em estado de choque.

– Não faço a menor ideia, tudo que sei é que preciso da sua ajuda - falou voltando a sua velha pose de comando.

– Minha ajuda? - retruquei sem entender.

– Sim com a sua ajuda podemos descobrir o responsável pelo meu atentado, uma forma de me tirar do coma e o mais importante deter as mortes - ele já falava com um ar de sonhador.

– Pera ai, por que você acha que eu iria lhe ajudar? Isso não me atinge e além do mais quem quer que esteja comandando isso é perigoso e eu sou só uma simples garota que nunca nem pegou numa arma - disse com certo ar de grosseria e ele me olhou com um ar de desapontamento- e, por favor, me entregue essa toalha ali - pedi e ele estendeu a mão com a toalha o que foi pega rapidamente por mim - agora se vire para que eu possa me vestir - falei e ele continuou parado.

– Para que você quer que eu me vire? Não há nada ai para se vê. É normal uma garota na sua idade ter tão pouco peito? - se questionou com a mão no queixo me analisando de cima a baixo- Quantos anos você tem? - perguntou.

– Dezessete - respondi um pouco sem jeito.

– Não parece, daria a você uns quinze anos se bem que com esse rostinho... - ele fez uma pausa pensativa.

– O que tem meu rosto? - perguntei um pouco nervosa.

– Digamos que já vi melhores - respondeu com aquele sorriso que antes eu tinha achado lindo.

Tudo bem que eu não era tão bonita quanto Piper Mclean, uma guria que era filha de um famoso músico da região, nem tinha tanto corpo quanto as outras garotas, mas eu não era nenhuma aberração. Eu tinha estatura media, segundo os médicos, era magra e fazia pouco tempo que não parecia mais um esqueleto possuía ate um pouco de bunda e cintura mesmo não tendo muito peito e necessitando sempre de algum sutiã de bojo para disfarçar a falta não era sem nada. Já o meu rosto, bom ele podia não ser perfeito, mas era bem bonito e disso tinha certeza! Tinha olhos azuis elétricos e um cabelo preto liso grande e em meu rosto não existia uma espinha, algo raro entre as garotas da minha idade! Não eu realmente não era feia, podia ate não ser tão boa quanto às garotas que ele se acostumava a pegar, mas não iria deixa-lo me humilhar.

– Olha aqui guri você se acha não é? Fique você sabendo que não pedi sua opinião para nada e se você não gosta, tem quem ache lindo então recolha sua opinião e jogue ela no lixo porque eu não a pedi e nem a quero ou você vai me prender por desacato a autoridade? A não esqueci, todos pensam que você já foi dessa para melhor e que se não fosse por uns aparelhos você já estaria morto - disse com um sorriso sarcástico.

Ele me olhou um pouco surpreso como se não acreditasse no que tivesse escutado. Depois de um tempo paralisado sorriu e não demorou muito a começar a gargalhar. Fiquei sem entender nada ate que por fim, já cansado de rir ele disse.

– Nossa você me surpreendeu, desculpa não quis te ofender - sorriu me estendendo a mão, mas ao ver meu olhar ele corou se é que era possível para um fantasma - acho que fui um pouco autoritário com você é só que estou realmente desesperado - confessou.

– Tudo bem, acho que você tem motivos para estar assim depois de tudo - dei nos ombros um pouco sem jeito.

– Sim eu tenho, mas nada justifica a falta de cavalheirismo que tive ao falar da sua beleza - disse olhando em meus olhos.

– Não se preocupe já perdoei- falei dando um sorriso.

Aproximou-se um pouco de mim me obrigando a também olhar nos seus olhos, minha boca ficou completamente seca e eu já podia ouvir meu coração batendo mais forte que o normal. Estava já com os olhos prontos para fechar, esquecendo completamente que seria impossível qualquer toque, quando ele falou.

– Então vai me ajudar na minha missão? Você já provou que tem coração suficiente para ir contra a todo um sistema - sorriu e eu fechei a minha cara.

– Pera ai você tentou me seduzir? - retruquei franzindo o cenho.

– Bom, eu não. Funcionou? - o mesmo perguntou com o velho sorriso que agora já sabia que era totalmente falso.

– Olha aqui seu - eu ia falar algo quando de repente um vulto começou a se mover.

Olhei imediatamente para a direção enquanto Nico me olhava sem entender nada. Ate que por fim reconheci quem estava ali: Annabeth Chase. Ela parecia ofegante e com um semblante nervoso como se tivesse correndo fazia horas.

– Thalia ainda bem que te encontrei eu preciso da sua ajuda - a mesma falou se aproximando de mim, obviamente não reparando na presença de Nico.

– O que aconteceu, Annabeth? - perguntei um pouco espantada jamais tinha visto a garota assim.

– Eles vieram na cabana onde eu e o Percy ficamos. Bateram muito nele, disseram que era um aviso e que na próxima vez eles irão mata-lo, você precisa vir agora mesmo, eles já começaram e vão mata-lo - ela chorava compulsivamente no meu ombro.

– Calma, vamos dar um jeito nisso tudo - Nico me olhou com os braços cruzados um olhar preocupado e ao mesmo tempo com um sorriso vitorioso eu o mirei e disse - prometo que vamos acabar com isso.

– Mas como? - perguntou Annabeth.

- Não sei, mas ninguém mexe com alguém da minha família e fica impune - respondi.


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Notas finais do capítulo

Bom, comentem. Se não estão gostando é só falar também. Sei que muitos não gostam da fic por ser Nicalia, mas eu só fiz essa fic Nicalia porque já estava cansada de Percabeth...
Reviews?