Demigoddess escrita por Pacheca


Capítulo 27
The Last Day


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas!
Avisozinho rápido, acho: Essa parte da fic ( eu vou escrever de tudo até o Último Olimpiano) já está quase acabando,mas eu vou escrever o resto aqui mesmo, nessa fic. Não me abandonem quando eu parar de postar, eu não vou abandonar vocês, ok?
Agora podem ler...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/310057/chapter/27

Paramos assim que saímos de New Mexico, para reabastecer a caminhonete. Chad foi com Scirus até a lojinha, pegar algumas garrafas d’água pra nós.

– Então, o que aconteceu entre você e o garoto dourado? – E eu que imaginei que Dante tinha deixado de ser irritante.

– Como assim?

– Fala sério! Eu nunca vi meu irmão tão corado. E então? Vocês são um casal?

– Cala a boca, Dante. Não aconteceu nada.

– Sério mesmo, o que foi? – ele estava sério, fechando o tanque da caminhonete.

– De verdade, Dante, se alguma coisa tivesse acontecido você seria a última pessoa pra quem eu contaria qualquer coisa.

– Você está corando.

– E daí? Eu estou sem graça, mas não é porque aconteceu alguma coisa. – Eu realmente sentia minha cara inteira ardendo.

– Eu preferia ouvir de você, mas eu posso descobrir por conta própria.

– Idiota. – Respirei fundo. – Você quer mesmo saber? Eu o beijei, não faço ideia da razão, mas o fiz.

Dante ficou sério, me encarando. Devo ter ficado mais vermelha que um pimentão. Ele parecia aturdido com o que eu tinha dito,até chocado. Ele abriu a porta da caminhonete e entrou, sem dizer uma palavra.

Esperei Chad e Scirus voltarem, antes de entrar na caminhonete com eles. Eu fiquei aturdida com a reação de Dante, mas tinha mais com o que me preocupar : encontrar o elmo e devolvê-lo ao dono, vulgo meu pai.

– E então? Pronta para acabarmos com isso? – Chad me deu duas garrafas d’água. – É só cruzarmos o Arizona e pronto, estamos em LA.

– Na verdade eu preferia nunca ter ido ver o que era aquele barulho estranho no sótão. – Ele deu um riso enquanto Scirus entrava na caminhonete. – E se eu estiver errada, Chad?

– Vamos ter falhado. – Assenti, suspirando. – Não é tão ruim, vai. Luke também falhou numa missão e nem por isso ele é odiado no acampamento.

– Não é só o acampamento, Chad. – Não terminei de falar o que eu queria, só entrei na caminhonete.


Quem dirigiu foi Chad. Dante reclamou por ter sido tirado do posto de chofer, como ele dizia, mas assim que saímos do posto ele dormiu, tanto que quase babou no meu ombro.

Scirus parecia ansioso, olhando para os lados toda hora. Ignorei e liguei o rádio. Ele ficou ainda mais ansioso, então me lembrei que outros semideuses atraiam deuses usando aparelhos.

Desliguei o rádio para tranquiliza-lo um pouco e peguei a mochila. Estava tudo muito monótono, eu precisava fazer alguma coisa. Qualquer coisa.

Tirei meu livro, a água, as barrinhas e latinhas, colocando tudo nos meus pés. Por fim alcancei a bolsinha que Luke tinha me dado, com dracmas.

Segurei-a por um momento, sentindo uma necessidade de abri-la e contar as moedas lá dentro. Joguei-a no chão junto com as outras coisas. Coloquei tudo de volta na mochila e me recostei na janela.

O dia passou devagar, e o calor só aumentava. Dante acordou no meio da tarde e pegou a direção. Foi a vez de Chad e Scirus dormirem. Eu devia ter dormido também, mas não conseguia.

– Também deveria dormir, garota dourada. – Olhei para ele, sem entender o apelido. – Vamos, a namorada do garoto dourado. – Indicou Chad.

– Por quê você age assim, Dante? – Ele parecia um pouco perdido com o comentário. – Há dois dias atrás você era totalmente gentil e legal, com todos nós e agora voltou a ser um babaca.

– Não voltei a ser um babaca, como você disse, eu nunca deixei de ser um. Mas se eu parei com a ironia e as piadas fora de hora por um tempo foi porque estávamos com muito mais problemas que agora.

– Isso não é desculpa.

– Dizer que não sabe porque beijou meu irmão também não é, mas foi o que você disse.

– Para, Dante. Já perdeu a graça. E afinal, e daí se eu quiser alguma coisa com seu irmão?

– Então você assume que é afim dele?

– Não. Mas como eu disse antes, e se fosse?

– Eu te diria mil e uma razões de porque você tem péssimo mau gosto.

Nem me dei ao trabalho de responder. E mesmo se quisesse responder não conseguiria, porque estaria muito ocupada me assustando com a Fúria que surgiu no para-brisas.

– Achei que tinha as matado! – Scirus e Chad acordaram com o som da Fúria pousando no capô.

– Eu também achei.

– Elas se reconstituem da poeira depois de um tempo. Mais rápido se a poeira não se espalhar.

– Ah, sim. Claro. – Dante parou o carro no acostamento e fechou as janelas. Ao menos elas não nos pegariam pelos lados, mas ainda estávamos encurralados.

– Planos? – Perguntei com a voz mais desesperada do que queria.

– Sim. Esperamos a morte e deixamos Hades esperando por seu adorado Elmo.

– Sério, Dante! O que faremos?

– Lutamos, correndo o risco de morrermos.

– Elgin, se você sair desse carro agora elas vão te levar. Só estão aqui por você. – Scirus me disse alarmado, pegando a flauta.

– Elas matam o resto e levam a líder? É assim em toda missão?

– Não é por isso, Dante. Elgin, fique pronta para dar a partida, assim que dermos o sinal.

– Que droga de plano é esse? E porque elas viriam atrás dela?

A fúria, Tisífone creio eu, começou a arranhar o vidro, tentando quebra-lo. Os outros três se preparavam para sair e enfrentá-la. Mas a ideia me parecia idiota.

Se elas me queriam, porque se ocupariam com eles se podiam apenas me pegar e partirem? Segurei o braço de Chad, que me olhou alarmado.

– Se forem elas me pegam de qualquer jeito. Não adianta, Scirus.

– Saia logo, cria do submundo. – Olhei Tisífone, tentando me decidir se sentia medo ou ofendida por ser chamada de cria.

– Por que elas querem tanto Elgin? – Dante retesava os músculos das costas, como sempre fazia quando estava nervoso. – Por quê?

– Posso? – Assenti e Scirus continuou. – Ela não foi reclamada, mas é filha de Hades.

– Foi o que você disse aquela tarde não foi? Antes de irem pro acampamento sei lá o que?

– Foi. Por isso Scirus acha que elas estão me perseguindo. – Por que sempre que eu omitia alguma coisa de Dante eu me sentia mal?

– Então vamos todos sair, senão vão pegá-la. – Chad anuiu. Suspirei. Aquela provavelmente era a pior ideia de todas, em tempos.

Abri a porta e corri o mais longe que pude da caminhonete. A Fúria não se preocupou em se afastar, continuando encolhida sobre o capô. Os outros também tinham se afastado.

Outra fúria, Megera creio eu, parou sobre o teto da caminhonete, sorrindo de forma macabra. Senti um arrepio subir minha espinha, mas me concentrei.

Scirus começou a tocar a flauta, mas tudo deu errado. A magia dele não surtiu efeito, e Megera voou até mim. Eu fiquei em choque com o baque surdo do corpo de Chad inerte no chão, que tinha sido atingido po Tisífone por trás.

Enquanto Dante tentava dar um tapa daqueles de cafetão no rosto daquela aberração a outra simplesmente agarrou meus braços e me ergueu.

Eu me debatia tentando me soltar, mas em poucos segundos ela alcançou uma certa altura da qual eu certamente não gostaria de me soltar.

Dante de alguma forma tinha transformado a outra em poeira de novo, mas deixou o serviço de espalhar a poeira para Scirus. Pelo que eu via, ele arquitetava alguma coisa pra me libertar, ou me aparar se eu caísse.

Não sei o que ele pensou, mas Megera ia se afastando, e eu não podia permitir. Voltei a me contorcer feito um lagarto, e um dos meus braços escorregou.

Continuei me contorcendo, mas fechei os olhos. Se eles não tivessem um plano eu simplesmente me esborracharia no chão e...bom, acho que todos sabem o que aconteceria.

Meu outro braço se desprendeu, e eu passei a sentir o vento me atingir. Alguma coisa passou zunindo bem perto do meu rosto, mas eu não abri os olhos para ver o que era.

Por alguma razão muito idiota, eu abri os olhos. E só vi o chão se aproximando, mais e mais. Dei um berro e fechei os olhos. Cai sobre algo macio mas com algumas partes bem duras, que me atingiam feitos unhas de gato.

Quando eu parei de cair, abri os olhos, demorando um pouco para entender o que tinha acontecido. Eu tinha caído numa árvore, pequena, com galhos finos, que me arranharam.

Scirus e Dante vieram me ajudar a me levantar. Dante carregava um bastão pequeno, de madeira. Ele percebeu minha confusão e explicou rapidamente.

– Achei na mochila do meu irmão. Vira um arco. – Imaginei que Solace teria dado aquilo pro irmão, como boas vindas talvez.

Os dois me levantaram, e eu pude ouvir Chad se levantando também. Eu tinha me distanciado alguns metros da caminhonete. Voltamos, eu me sentindo um pouco tonta e um latejar irritante na cabeça.

Depois de garantirmos que ninguém estava machucado, ao menos não seriamente, entramos na caminhonete de novo e voltamos à viagem. Só tínhamos algumas horas, e eu não fazia ideia do que fazer.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam do capítulo? Dúvidas sobre o aviso podem me perguntar ;D



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Demigoddess" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.