All I Want For Christmas Is You escrita por lolita


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Estou odiando postar o capítulo só hoje, eu queria já ter postado o último capítulo, isso sim!
Bem, espero que gostem!



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Assim que Percy entrou no mar, ordenou que a água o levasse mais e mais longe; mais e mais fundo. A pressão não o incomodava, normalmente, nem a falta de oxigênio.

Lembrou-se da última - e única - vez que foi ao palácio de seu pai. Lembrava-se de acordar confuso e dolorido após a explosão que ele e Beckendorf causaram ao Princesa Andrômeda. Não era uma lembrança reconfortante para ele, afinal, estavam em guerra; a exaustão e preocupação afetando à todos, até mesmo à Poseidon: o grande deus dos mares, encontrava-se quase esgotado naquela época.

De qualquer forma, em poucos minutos Percy se viu em frente ao palácio de seu pai. Ainda era estranho para ele andar e agir normalmente com peixes ou até alguns tubarões nadando ao seu redor.

Seguiu em frente. As grandes e pesadas portas estavam abertas, e Percy adentrou no que ele pôde identificar como uma Sala do Trono. O trono era enorme, envolto em plantas marinhas brilhantes e coloridas, com conchas, pérolas e outras coisas preciosas enfeitando-o. No entanto, não havia ninguém ali.

Um golfinho entrou nadando no amplo salão e nadou em sua direção. Para o susto de Percy, ele começou a falar em uma voz não articulada, mas Percy ouvia sua voz em sua cabeça.

- Olá Percy Jackson - ele disse. - Meu nome é Delfim, deus dos golfinhos, tenente de Poseidon.

Percy arqueou as sombrancelhas.

- Eu me lembro de você, na última vez que vim aqui... - Percy franziu a testa. - Nós não conversamos exatamente.

- Não, de fato - Delfim "falou". - Mas sei quem você é, temos ouvido bastante sobre você ultimamente. - Percy engoliu em seco. - Qual o motivo de sua visita?

-E-eu... er, bem, eu... eu preciso falar com meu pai. Ele estaria disponível? - Percy perguntou apreensivo.

Não achava que os deuses tinham tempo para ficar jogando conversa fora, então tentou soar que o que ele queria era importante. Bem, para Percy era importante, mas talvez para Poseidon não.

Delfim hesitou por um momento; ele quase parecia estar franzindo a testa.

- Sim, ele está disponível! Venha comigo. - Ela se virou para um corredor e Percy o seguiu.

Atravessaram o corredor de pedras que tinham um tom que pareciam acizentados, mas com musgos crescendo. No outro lado, os cômodos eram mais claros e bonitos. Nadaram para o segundo andar, onde seguiram para uma grande sala redonda. Era toda branca com verde, uma grande janela de vidro (certamente um vidro que sobrevivia a pressão do mar) do chão até o teto dava vista para um enorme e belo jardim. Em frente à janela, havia uma mesa de mármore branco, onde Poseidon estava sentado atrás.

- Pai! - Percy exclamou.

- Percy? - Poseidon levantou-se, surpeso. Mas abriu os braços para receber o filho. Percy o abraçou, sem jeito.

- O que faz aqui, filho?

- Eu... bem, tem uma coisa que eu preciso fazer, e queria saber se posso contar com sua ajuda.

Poseidon franziu a testa e depois olhou para Delfim, dispensando-o cautelosamente. Delfim saiu nadando, a porta fechando-se sozinha atrás dele.

- O que posso fazer por você? - Poseidon perguntou.

- Eu... bem, pode parecer meio idiota para você, mas é importante para mim. É sobre... é sobre... - Percy nao acreditava que estava ali no fundo do mar só para isso. Na verdade, tinha medo da reação de seu pai.

- É sobre Annabeth. - Poseidon terminou por ele e Percy o olhou surpreso. Então "suspirou".

- É sim.

- Escute uma coisa garoto - Poseidon pousou a mão no ombro de Percy e o olhou profundamente nos olhos. - Você está encrencado.

Percy bufou. - Valeu, eu nem sabia disso.

Poseidon riu e deu um tapinha em suas costas.

- As coisas tem andado um tanto tensas no Olimpo - ele continuou. - Atena ficou furiosa. Posso dizer que ela quer matar a você e a mim. Sorte nossa que ela é a deusa da Sabedoria, de forma que não vai cometer nada imprudente.

Percy prendeu a respiração - se é que pode prender a respiração embaixo da água. Aquilo não estava ajudando.

- Pai, eu sei que eu errei. E acredite, estou arrependido. E eu queria dar um jeito de me desculpar com Annabeth e, bem, voltar com ela. Mas não sei como. Não acho que se eu simplesmente chegar e falar com ela vá resolver tudo.

- Se você for sincero...

- Eu sei! E eu vou ser sincero, mas quero fazer algo mais.

Poseidon cruzou os braços e se recostou na mesa.

- E você espera que eu lhe ajude.

Percy deu de ombros.

- Se não lhe for incômodo, eu gostaria sim da sua ajuda.

Seu pai de repente pareceu empolgado, os olhos brilhando.

- Talvez se eu fizesse surgir uma onda enorme, te levantando ao alto, e aí enquanto você fazia uma declaração e pedia desculpas, golfinhos pulariam em sincronização, com fogos de artifício...

Percy fez uma careta.

- Não, não. Pai! Nada muito... extravagante.

Poseidon parou, como se a sua fantasia na sua cabeça de repente se apagasse.

- Ah, sim. Claro, isso não combina com ela. - Ele pareceu envergonhado. - O que você tem em mente?

Percy deu um sorrisinho.

- Eu pensei em dar um presente. Quer dizer, Grover pensou, e eu gostei da ideia. Mas algo diferente, sabe. Eu queria que representasse alguma coisa, só não tenho ideia do que pode ser.

Poseidon pensou por um instante. Então seus olhos de repente brilharam.

- Já sei o que você quer!

- Sabe?

- Tenho o presente perfeito, está por aqui em algum lugar.

Poseidon começou a vasculhar em uma estante no canto da sala. Percy se perguntou como os objetos podiam ficar postos em uma estante embaixo da água, mas deixou pra lá. Muitas coisas não eram possíveis ali, e mesmo assim...

- Aqui está! - Seu pai exclamou, levantando uma concha branca azulada. Não era muito pequena, mas também não era grande. Poseidon entregou para Percy, que franziu a testa, confuso.

- Nunca vi uma como essa antes. - A concha era levemente cintilante, emitindo um fraco brilho.

- Não é uma pérola que tem aí dentro. Não abra agora, mas ela vai gostar. Coloque no colar do Acampamento dela.

- Se ela pelo menos me deixar tocá-la.

Poseidon deu um sorrisinho.

- Ela vai te perdoar Percy. Mesmo que esteja bastante brava, ela sente sua falta.

- Espero que sim - Percy abaixou a cabeça. - Eu a amo, pai. Eu fui muito burro de traí-la, mas não consigo mais ficar separado dela.

Poseidon o olhou; se é possível enrubescer em baixo da água, Percy o fez.

- Desculpe estar aqui tomando seu tempo, pai. É que eu não sabia o que fazer.

- Está tudo bem, filho. Agora vá. Acredito em você quando diz que se arrependeu, sinto que Annabeth irá acreditar também.

- Obrigado pai.

Poseidon o abraçou pela segunda vez naquele dia, despedindo-se. Antes que Percy saísse do gabinete de seu pai, ele o chamou.

- Ah, Percy! - Ele deu meia volta. - Feliz Natal. - Seu pai disse sorrindo.

- Ah, sim. Feliz Natal pra você também pai. E obrigado, de novo.

E então Percy saiu, voltando para o Acampamento com o presente de Annabeth em seu bolso, disposto a tê-la de volta para si.


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Notas finais do capítulo

Agora irei me arrumar pra festa de Ano Novo c: Acho que vou continuar escrevendo a continuação depois de me arrumar, mas se não der pra postar antes da meia noite: Feliz 2013 pra vocês! Que seja um ano especial, cheio de alegria e paz! :D