Perseus escrita por F dQueiroz


Capítulo 3
Cap II - Sob o olhar de um deus - Part I


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo !!!!

Boa leitura e não deixem de ler notas finais



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Pov. Annabeth



Eu estava sentada debaixo do carvalho onde se encontrava o velocinio de ouro lendo meu livro de arquitetura. Com a dislexia era um pouco, mais complicado de ler, até por que você não iria achar a versão em grego deles então o jeito mais fácil era ler em inglês mesmo.






Mas com o tempo eu já havia me acostumado a ler assim. Era um pouco mais lento, mas para uma filha de Atena valia à pena. Foi nesse devaneio que eu escutei o tornado se aproximando.






Levantei rapidamente e olhei em direção a praia. Um forte ciclone se aproxima de Long Sland. Eu sabia que devia entrar por que mesmo estando dentro do acampamento meio sangue aquele era o único mal que poderia entrar e destruir com tudo. A fúria de Poseidon.





Pelo que eu sei há oito anos Poseidon entrou em guerra contra os outros Olimpianos ou quase todos já que Hades preferiu ver os seus irmãos se matarem do que toma algum partido. Afrodite e Hera por mais incrível que pareça se uniram para tentar acabar com a guerra, mas pelo jeito não estava sendo de grande ajuda.





E por fim Dionísio, que é... Dionísio. O Deus foi expulso do Olimpo e virou o diretor do acampamento então deve estar pouco se importando com que acontece por lá.





Eu olhei mais uma vez para o mar que respirei fundo sentindo a brisa do oceano. Eram poucos os semideuses que se aventuravam a entrar no mar. Mais poucos ainda eram aqueles que voltam.





— Annabeth – ouvi alguém gritar e correr em minha direção – perdeu o juízo filha de Atena? Vai ficar aqui nesse temporal?





Thalia, filha de Zeus e minha melhor amiga me encarava com os olhos semicerrados. Sua roupa preta estava encharcada e a maquiagem borrada devido à chuva. Ela era o que se pode chamar de exótica, ainda bem que ela lê pensamentos se não...





— Tira esse sorriso besta da cara Annie – ela voltou a falar – e então vai ficar ai e dar boas vindas pro tornado?





—Háháhá, muito engraçado Thalia Grace – falei – eu só estava pensando...





—Hum, conta uma novidade.





— Eu to falando sério – falei emburrada.





— E eu também... deuses! – Thalia gritou quando o tornado pareceu se intensificar ainda mais.





— Vamos Thalia – falei arrastando-a em direção ao chalé um.





O tornado já estava quase tocando a beira da praia quando entramos no chalé. Thalia havia feito um decoração um tato quanto inusitada por assim dizer. Pôsteres de diversas bandas, como Green Day, Ramones e Kansas estavam espalhados pelo chalé, mas o que mais se destacava era a imensa estatua de Zeus no centro.





Sem duvida era amedrontador dormir ao lado de uma estatua de mais de dois metros de altura do seu próprio pai. Eu ainda me perguntava como Thalia conseguia.





— Hoje foi pior. – escutei Thalia falar e me virei deparando-me com ela olhando a tempestade pela janela – parece que tem algo mais.





Eu sabia do que ela estava falando, alias todos os semideuses sabem. Ao menos até onde importa. Eu ainda ficava admirada com que Poseidon fazia pelo filho morto dele há anos.





Pelo o que contam, Poseidon ficou irado com Zeus há oito anos quando este matou seu único filho semideus para que uma profecia não se cumprisse. Ninguém sabia qual profecia era essa, mas alguns achavam que era sobre a destruição do Olimpo.





Poseidon deste então deixou o Olimpo e declarou guerra contra o mesmo, mas quem mais sofria com tudo isso eram os semideuses. Eram poucos que se arriscavam a pegar um avião e praticamente nenhum semideus tem coragem de entrar no mar.





Mas o mais incrível disso tudo é o que os mortais vêem através da nevoa, como há alguns anos atrás quando Poseidon em uma de suas batalhas causou o maremoto que destruiu o Japão.





Para os mortais aquilo foi o movimento das placas tectônicas, mas todos os semideuses sabiam que Zeus havia convocado uma excursão em direção a uma das forjas de Poseidon. Vários semideuses participaram, não por opção, mas mesmo assim nenhum deles voltou.





Zeus podia ser o Senhor do Olimpo e ter a maioria dos outros deuses a seu favor, mas era impossível não perceber quem estava ganhando. Poseidon mesmo depois de deixar o Olimpo, ainda comandava o exercito ciclope. Mesmo que Zeus houvesse se imposto, não teria sucesso dado que a maioria era de ciclopes, ou seja, a prole de Poseidon e o próprio general do exercito. Tyson era um verdadeiro devoto ao pai.





— Eu acho... que passou – escutei Thalia falar.





Olhei para fora e vi que realmente o tornado havia desaparecido tão rápido quanto apareceu. Thalia e eu saímos e o que vimos apenas nos fez ficarmos com o coração pesado





Praticamente todos os chalés sofreram com a tempestade, exceto um. Obviamente o chalé de Poseidon estava intacto. Os outros semideuses tinham o semblante carregado, mas eu não duvidava que todos ali tinham o mesmo pensamente. Que Zeus amaldiçoe Poseidon.





Ninguém ali era idiota o bastante para falar isso, mas estava estampado no rosto de cada um. Eu olhei com mais atenção e vi o objetivo de Zeus. O ciclone vinha em linha reta, exatamente na direção do chalé de Zeus.





Thalia engoliu em seco. Ela também havia percebido isso. Com isso o chalé mais prejudicado foi o de Hefesto. Podia se ver os filhos de Apolo ajudando alguns feridos, dentre eles Charles Beckendorf, o conselheiro do chalé.





Silena filha de Afrodite e também namorada de Charles parecia que estava a ponto de desmaiar. Não que o ferimento dele fosse grave, parecia que havia deslocado o ombro, mas mesmo assim. Silena era Silena.





— Você acha que ele vai atrás de mim? – Thalia me olhou e pela primeira vez eu vi algo que nunca pensei em ver nela. Medo.





— Olha Tha... – comecei procurando as palavras – seu pai protege você e...





— Protege? – ela me olhou incrédula – você sabe que ele só quer me usar, você viu aqui hoje. O acampamento foi quase destruído, por que simplesmente meu tio queria me matar por algo que eu não tenho culpa.





— Eu sei Thalia, mas ele não conseguiu, seu pai protegeu você...





— Ele não me protegeu e você sabe muito bem. Ele protegeu os seus brinquedinhos – Thalia falou com raiva.





Eu não podia negar. Zeus somente fazia frente com Poseidon graças a nós, mas isso tinha uma enorme desvantagem. Monstros ressurgiam semideuses não.





Eu olhava o caos que estava o acampamento e me perguntava se um dia aquela guerra iria acabar, mas eu já sabia resposta. Nesse meio tempo meu irmão Malcon se aproximou. Claro que não éramos irmão de sangue, mas da parte divina. Atena como todos os outros deuses não possuíam DNA.





— Annabeth – falou sem fôlego – reunião... na casa grande... agora.





— É sobre o tornado? – Thalia perguntou ao meu lado.





— Parece que é mais do que isso. Quiron parece um tanto quanto perturbado e eu nunca vi o Sr. D tão irritado.





Eu e Thalia nos entreolhamos e saímos correndo em direção a casa grande. O Sr. D era ninguém menos do que Dionísio o deus do vinho que foi punido por Zeus por perseguir uma ninfa proibida.





E se você pensa que deve ser muito legal ter um Deus como diretor do acampamento, você pode ter toda certeza que está completamente enganado. Sr. D chegava ao ponto de irritar até Atena, coisa que incrivelmente difícil.





Quando chegamos à casa Grande e nos deparamos com vários semideus ajoelhados. Thalia me olhou confusão e nos aproximamos ainda mais rápido. O que vimos fez o nosso queixo cair literalmente.





As filhas de Afrodite estavam literalmente se segurando para não desmaiar devido a beleza do homem ali na entrada da casa grande, mas também havia aqueles, leia-se a maioria, que não estavam nem um pouco satisfeitos com o visitante, mas não eram loucos o suficiente para falarem em voz alta, ainda mais se essa pessoa for um deus.





Poseidon o deus mares estava parado na entrada da casa grande imponente. A maioria tinha o semblante carregado, não puderam escondera surpresa e admiração ao ver a imponência do deus. A maioria dos semideuses ali nunca vira seus pais ou se viram foram poucas vezes e em sonhos. Eu mesma me encontrei com Atena apenas uma vez e nem ela parecia exalar tanto poder assim.





Alto, cabelos tão negros como a noite e olhos verdes tão intensos que olhando deles se sentia como se estive no mar. Literalmente. Eu percebi Thalia travar o maxilar do meu lado e ficar rígida.





Poseidon passou o olhar por todo o acampamento até que caiu sobre nós. Poseidon franziu o cenho em um claro sinal de irritação e nos encarou ainda mais. Demorou apenas um segundo para perceber que nós éramos as únicas que ainda não estavam ajoelhadas.





Eu senti como se minhas pernas tivessem virado água e cai de joelhos. Acho que Thalia sentiu a mesma coisa, pois no mesmo instante ela estava ajoelhado ao meu lado ofegante.





Levantei os olhos e pude ver que Poseidon estava com um sorriso satisfeito antes de entrar na casa grande. Agora eu entendo a raiva que Atena sente dele.





Os outros semideuses começaram a levantar, mas no encaram atônitos. Acho que ainda duvidavam que ele pudesse desintegrar qualquer um ali. Olhei para casa grande e vi os conselheiros entrarem um a um. O medo estava estampado no rosto de cada um.





Quiron estava na porta e mandava um pequeno sorriso para todos como que querendo tranqüilizá-los, mas ele mesmo parecia com medo. Thalia praticamente me empurrou em direção à casa grande.





Thalia era de um dos três grandes, então estava acostumada aos outros lhe respeitarem, e fazê-la ajoelhar ainda mais na frente do maior inimigo do seu pai deve ter sido muito para seu orgulho.





Quando entramos na casa grande...




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Notas finais do capítulo

Não deixem de comentar ok?

Bjs e abcs

Fabrício Q.