As Irmãs do Tártaro escrita por Jessie Wisets, Sad Mermaid


Capítulo 2
Jessie. Pegamos o metrô para o inferno


Notas iniciais do capítulo

Ta meio pequeno mas vão ser maiores os caps no futuro.



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Assim que saímos de nosso prédio a chuva começou a cair. Particularmente nunca gostei muito de chuva, as gotas estravam pela minha jaqueta fazendo um caminho gelado por entre as minhas costas. Desde os 13 anos percebi que a chuva não era tão normal como eu pensava.

– Estranho, o tempo estava bom antes de sairmos – eu comentei.

– E daí? Agora temos poças. Eu amo a chuva – Disse Megan pisando nas poças rindo.

Continuamos seguindo em direção ao metro. Por alguma razão estava um pouco nervosa com o fato de ir para a escola, comecei a me sentir sendo observada, olhei para os lados e nada. Descemos as escadas e pegamos o metro que ia para o norte. Foi então que aconteceu.

Uma mulher, que deveria ter uns 26 anos, estava discutindo com um homem. Ela tinha cabelos castanhos e olhos cinza, como os meus, usava uma blusa branca, uma calça escura e sapatilhas. O homem tinha cabelos pretos e olhos verdes, usava uma blusa azul, uma bermuda clara e sandálias de couro. Eu reconhecia a mulher, era... A minha mãe. Athena.

– Eu aposto que o cara ganha a briga e você? – Disse Megan rindo.

– Saia do metrô – Eu disse sem desviar os olhos da briga

– Essa não é nossa estação – disse Megan como se não fosse obvio.

A briga de repente parou, e os dois deuses se viraram em nossa direção. Agarrei o pulso de Megan e sai correndo do metrô. A chuva parecia mais forte agora, como canivetes caindo do céu. Arrastei Megan por uns 7 quarteirões até chegarmos a escola. Eu respirava com dificuldade e Megan também.

– Oque foi isso? Não poderia ter esperado a nossa estação? – disse Megan tentando respirar normalmente.

– Vai pra sua sala... Agora – Eu disse quando minha respiração voltou ao normal

Por trás dos ombros de Megan eu vi minha mãe e o outro homem. Eu empurrei Megan em direção ao prédio, assim que ela tomou uma distancia segura voltei para o pátio. Agora reconheci quem era o homem. Poseidon. Minha mãe nunca se deu bem com Poseidon, nem nos tempos antigos nem agora, a coisa não poderia ser boa.

- Mãe... ahn... Senhor Poseidon..., sem querer ser rude, mas... O que fazem aqui? – Eu disse tentando controlar o medo em minha voz.

- Nós precisamos conversar. – Disse Athena séria.

- Temos um problema a ser resolvido – Disse Poseidon encarando Athena.

Minha mão foi direto para o meu cinto, ele parecia mais pesado agora. “Isso não é nada bom” eu pensei. Então comecei a ouvir Athena e Poseidon, ficando cada vez mais assustada com o que viria a seguir.




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