POV James

Pego na mão da Caroline e começo a dançar devagar.

- M-mas... Nós nem estamos ouvindo a música – ela diz.

- Então... Você pode cantar?

- Cantar? Eu não sou muito boa cantando – ela cora.

- Mas você já desligou o notebook, e eu não tenho a música no meu celular.

- Eu tenho no meu – ela diz, e corre pra pegar o celular e coloca na música.

- Mas eu queria tanto ouvir você cantando... – abaixo a cabeça.

(N/A: Ouçam a música enquanto eles dançam: http://www.youtube.com/watch?v=OHkvan-NFnM)

Ela segura minhas mãos de novo e começamos a dançar no ritmo da música. Começo a acompanhá-la.

Ela olha nos meus olhos e sorri. Sorrio também e começamos a dançar. Ela começa a cantar junto com a música. Meu Deus, que voz! Além de linda e gostosa, também canta bem. Enquanto ela canta, vamos dançando devagar no ritmo da música. A letra dessa música é muito bonita. Ela fez uma ótima escolha. Só não sei que música juntar com essa... Continuo dançando no ritmo.

O refrão começa, e eu começo a dançar mais rápido, e a girá-la pelo quarto. Ela ri enquanto canta, e meu sorriso aumenta. Solto ela e a giro algumas vezes. Quando a puxo de volta, seu corpo fica colado ao meu e nossos rostos ficam mais próximos. Começo a dançar com o meu nariz no nariz dela, e sinto seu hálito na minha boca enquanto ela canta. Ela está de olhos fechados. Por quê? Quero ver seus lindos olhos. Ela abre os olhos de novo e olha no fundo da minha alma. Sinto um calafrio percorrendo todo o meu corpo. Ela percebe e franze a testa. Sorrio e volto a dançar com ela. Chega uma parte da música, que a voz da cantora se eleva, e ela canta igualzinho. Estou perplexo! Que talentosa... O refrão volta e volto a dançar mais rápido e a girá-la mais.

- É nessa hora que eu tinha que ter outra música pra continuar a dança – digo quando a música começa a ficar lenta de novo.

- Acho que não vou aguentar ficar sem chorar – ela ri e olha pra mim. Está com os olhos cheios de lágrimas.

- Tá chorando? – Sorrio e seco suas lágrimas.

- Estou. Sou uma boba – ela ri sem graça.

- Não, você não é. Só tá emocionada pela música. Confesso que eu mesmo também to – rio e passo a mão pelo cabelo.

Ela sorri e eu a abraço quando a música termina. Quando eu solto do abraço, olho nos olhos dela. Eles estão tão brilhantes...

- Se quiser me beijar... Faça isso agora – ela diz meio assustada com o que acabou de dizer.

Me aproximo devagar do rosto dela, e deixo nossos lábios a poucos centímetros de distância. Posso sentir a agonia da distância deles, no meu estômago. Chego mais pra frente e seguro sua cintura, então a beijo. Ela envolve os braços no meu pescoço e me faz ficar colado a ela. Começamos com um beijo calmo, mas com o tempo, nossas línguas se encontram e começamos com, o que eu chamo de, um beijo de verdade.

A respiração dela está acelerada. Consigo sentir os batimentos do seu coração pelo seu peito colado ao meu. Ela está mesmo nervosa. Mas como eu, ela também quis isso. Os lábios dela estão quentes e tem gosto de morango. Hmm... Poderia passar a minha vida toda os beijando. Subo uma de minhas mãos pelas costas dela, e seguro seu cabelo. Começo a acariciar seu pescoço e seu cabelo. Dou uma leve puxada e ela solta um gemido abafado. Só por isso?! Ela deve estar fervendo por dentro! Sinto minha ereção quase encostando na perna dela. Ah, não. Se encostar nela, fudeu! Ela vai perceber, ficar sem graça, eu vou sair do quarto cheio de vergonha e a gente vai passar a semana sem se falar. Chego minhas pernas pra trás e tento me acalmar. Cruzo as pernas em pé, pra no caso de pararmos o beijo, ela não ver meu amiguinho tentando escapar das calças pra dar um oi.

Ela acaricia meu cabelo e o bagunça. Ela volta com o corpo pra perto de mim e faz nós ficarmos mais colados. Assim não está ajudando! Mordo o lábio inferior dela e posso sentir que ela sorriu quando eu fiz isso. Continuamos nos beijando, e quando nosso ritmo diminui, paro de beijá-la e me afasto. Olho pra ela e sorrio. Ela sorri sem graça e abaixa o rosto olhando para as mãos.

- Ei – seguro o queixo dela e faço ela olhar pra mim – Não fica com vergonha.

- Não estou. Só que... Eu não imaginava que você faria isso – ela sorri.

- Nem eu – rio e o sorriso dela se desfaz aos poucos – Q-quero dizer... Eu queria isso também, só que não tinha coragem. Achei que você não quisesse.

- Então estávamos enganados – ela ri e senta na cama dela.

Olho no relógio ao lado da cama dela. É quase meia noite.

- Será que se o seu irmão aparecer aqui, ele não vai achar estranho eu estar no seu quarto uma hora dessas?

- Ah, ele não vai acordar tão cedo – ela ri de novo.

Sorrio e me sento ao seu lado. Olho para sua mão em cima da cama. Coloco minha mão por cima, e sem deixar de olhar pra mão dela, entrelaço nossos dedos. Olho pra ela e ela está mais vermelha do que um tomate. Dou um sorriso fraco e chego perto dela. Coloco minha outra mão na sua bochecha e fico com o rosto colado ao dela.

- Será que o que estamos fazendo é certo? – sussurro.

- Se é certo ou errado, eu não quero saber. Só quero que façamos – ela sussurra olhando pra minha boca.

- Agora você falou completamente diferente do seu irmão – rimos e nos beijamos.

Como eu, um babaca, consegui atrair os olhares dela, uma gostosa de 14 anos? Se o Justin descobrir que nos beijamos, é capaz de ele cortar as minhas bolas! E eu gosto muito delas... Ninguém pode saber o que aconteceu aqui.

- Você quer continuar fazendo isso?

- Por quê? Você não? – ela pergunta assustada.

- É claro que eu quero! – Olho pra ela - Só to perguntando por que você é toda certinha. Vai que não quer fazer isso escondido – acho graça.

- Eu não sou certinha – ela faz bico.

- Fazendo bico, você tá chamando meus lábios com o seu – digo hipnotizado.

- Então vem.

Sem fala, a seguro rápido e a beijo. Esse é um beijo com mais desejo. Ai sim! Com meu peso em cima dela, ela acaba caindo na cama e eu fico por cima dela. Não, isso não. Não tá certo. Pelo menos ainda não. Nem sei se ela quer, ou está preparada pra isso.

Paro de beijá-la e olho pra ela. Ela me olha confusa.

- Por que parou? – ela pergunta sem fôlego.

- Não sei se devemos... E, aliás, a porta não tá trancada, e... – começo a sussurrar – Eu não tenho camisinha.

Ela me olha boquiaberta. Acho que falei merda.

- James... Deitar na cama não é sinônimo de sexo.

É, eu falei merda.

- Hmm... Desculpa. É que... Deixa pra lá – coço o braço nervoso – Acho melhor eu ir dormir antes que o Justin acorde e não me veja lá.

Ela assente com a cabeça, mas não fala nada.

Chego perto dela, a abraço e dou um beijo rápido.

- Desculpa – digo de novo antes de sair do quarto meio cabisbaixo.

Não sei se fico feliz pelo beijo, ou se fico triste pela merda que eu falei que me fez sair de lá.

Entro no quarto e Justin está dormindo de barriga pra baixo e roncando alto pra cacete. Eu até iria na cozinha pegar uma rolha pra enfiar nessa boca, mas não to com ânimo. Puxo a cama de baixo da cama dele e me deito sem me cobrir. Eu tenho que parar de fazer merda. Estraguei completamente o clima com a Carol... E agora? Será que ela não vai olhar mais na minha cara com os mesmos olhos? Puta que pariu, estraguei tudo... É melhor dormir pra relaxar a cabeça, mas meus olhos simplesmente não se fecham. Estou nervoso.

Desço até a cozinha e bebo um copo d’água, assisto TV na sala e quando eu olho no relógio são 2h00. Ótimo. Esqueci completamente que tenho aula daqui a 5 horas. Subo as escadas e me deito na cama. Agora acho que o sono já apareceu. Fecho os olhos e durmo.