Complicated escrita por Cathy


Capítulo 10
Capítulo IX


Notas iniciais do capítulo

Estou xatiadíssima.
Poxan gente eu sei que sumi por um tempo e tal, mas eu avisei que ia ficar complicado por causa da escola e pans e que nunca iria abandonar a fic... mas ai no outro cap só 3 pessoas comentaram.. enfim.
Bem, aqui o cap, passei um tempo trabalhando nele porque eu precisava de mais palavras..kkk
Espero que gostem nos vemos lá em baixo ;)



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Quando a sessão de fotos terminou, bem, eu nem notei na verdade, pois estava muito distraída admirando todo aquele mundo novo que fazia parte da vida de Nathan. O jeito como ele comandava tudo aquilo deveria ser comparado à como um cozinheiro renomado cozinha seu melhor prato. Além do fato de ele ficar extremamente sexy enquanto tira as fotos.

Ele tirou uma última foto e virou-se para mim, e quando eu ia me preparar para levantar da cadeira que me apossei quando cheguei, julgando que havia terminado, ele bateu uma foto minha. Na hora eu só pude ficar ali parada com cara de tacho enquanto ele ria da minha reação, mas depois de recuperada se estendeu uma longa conversa até eu o convencer a apagar aquilo. Francamente, para quê alguém iria querer uma foto minha? Só se fosse para espantar ratos.

Depois de ouvi-lo falando o quanto eu estava errada por achar isso, ajudei-o a guardar os equipamentos dele, que se limitavam a uma câmera profissional, a que ele estava usando agora à pouco, e uma semi - profissional, que ele me disse que servia de reserva para qualquer imprevisto. Uma verdadeira “quebra-galho” que na verdade não servia para nada e que ele apelidava carinhosamente de “Jason”. Não pude evitar rir com essa comparação.

Sempre achei a amizade desses dois difícil de explicar, por mais que “os opostos se atraem” possa explicar algo, ainda é estranho ver pessoas tão distintas coexistindo de formas tão harmônicas. Nathan não ligava para os hábitos mal educados e relaxados de Jason e ajudava o amigo em que ele precisasse. Jason fazia o tipo “bad boy”, mas sempre que Nathan precisava, e eu odiava admitir isso, ele estava lá.




Fomos conversando sobre fotografia durante o caminho de volta e era engraçado ver como Nathan se entusiasmava falando disso. Eu não conseguia entender uma só palavra pronunciada naquela conversa, porém ele se orgulhava tanto de sua profissão que eu ouvia com toda minha atenção.

Ou melhor, ouvia com parte da minha atenção, já que sempre vai haver um terço meu que estará concentrado naquela parte profunda e que eu tentava esquecer de meu coração; a parte que guardava toda a mágoa e as lembranças daquilo que tinha arrematado o pesadelo de ontem.



– Lucy, você tem planos para hoje? – Ele me perguntou quando terminamos de discutir sobre minha total falta de tato para fotos e câmeras, ângulos e luminosidade.

– Hum, acho que não, a não ser que deitar e ficar encarando o teto se enquadre em “planos” – Disse revirando os olhos e ele deu uma risadinha baixa.


Apesar de dizer isso sarcasticamente, tremi ao lembrar esse fato. Ficar sozinha era o que eu sempre mais detestei.


– Bem, quer ir para minha casa hoje? – Eu estava olhando os padrões da calçada tentando não pisar nas linhas quando ele me perguntou isso.


– Acho que seria uma boa – Respondi, mas logo me ocorreu outra ideia - Mas, bem, estou a muito tempo sem sair – Falei movimentando as mãos na tentativa e fazer meus pensamentos serem transmitidos através desse gesto.


Era legal passar um tempo com Nathan é claro, porém aquela não era minha rotina de vida, e quando passamos muito tempo fazendo a mesma coisa, é difícil ficar algum tempo sem fazê-la. É como um vício.

Se a noite anterior não tivesse acontecido e aquele pesadelo não tivesse ligado a parte de mim que precisava ingerir álcool, acho que iria bater meu novo recorde pessoal de quase uma semana em abstinência.

Nathan estava empenhado em seu projeto de me ajudar, mas isso não seria tão simples. Eu não estava acostumada com alguém preocupado comigo, com minhas ações e nas consequências que ela poderiam trazer, mas não posso negar que ele está conseguindo algum tipo de progresso, mesmo que mínimo.

Progresso esse que agora está representando em meus lábios repuxados num sorriso.



– Ok, pode ser – Ele disse com uma expressão um pouco transtornada, mas acho que passar o dia todo trabalhando acabou contando alguns pontos para meu lado – Quer ir a onde?

– Excelente pergunta, mas não tenho um lugar específico, pode escolher desta vez – Disse isso porque naquela hora me ocorreu que era sempre eu quem decidia os lugares a que saímos, mas como disse, era como um vício, e eu não tenho culpa de conhecer uma área mais abrangente de bares e pubs.

– Bem, eu posso perguntar à Jason algum lugar que ele recomendaria... – Ok, então eu não era a única que conhecia mais bares e pubs.

– Acho melhor não, ele provavelmente responderia “puteiro” sem pensar duas vezes – falei rolando os olhos enquanto Nathan ria ao meu lado, mas a ideia de Jason respondendo isso era bem fácil de se concretizar.

– Sabe, acho engraçadas as brigas de vocês, ouço cada coisa... – Revirei os olhos mais uma vez sem ele ver; ele detesta quando faço isso - Mesmo não entendendo o motivo para esse ódio mútuo.

– Não é algo que seja possível ser expresso em palavras. Jason simplesmente me tira do sério, de um jeito ruim – Respondi olhando-o nos olhos.




Realmente não era algo que eu conseguisse explicar. Porque odiar Jason? Porque ele me dá motivos? Alguns. Porque ele parece ter sido feito justamente para me atormentar? Talvez. Porque ele tem aquele estranho dom que parece que sabe todos seus segredos e que também sabe exatamente como usá-los? Bingo.

Mas isso também era outra coisa que eu não conseguiria explicar.



– Será que um dia vocês superariam isso? – Nathan retomou o assunto, que na verdade nem havia sido interrompido.

– Esse nem é um ponto válido para se questionar.

– Hummm... – Ele parecia querer discordar comigo, mas apenas lançou-me outro sorrisinho e eu resolvi esquecer isso.




P.O. V Nathan


Chegamos no prédio da Lucy e ela me disse que só não me convidava para entrar porque tudo estava uma grande bagunça e eu entendi que ela não falava só do apartamento.

Eram poucas às vezes em que Lucy me deixava preocupado, e eu sei que ela se esforçava muito para não aparentar o tempo todo o quanto precisava de ajuda. Mas quando ela deixava algo escapar era quase desesperador ver a mágoa de alguém tão nítida e pesada quanto era a de Lucy e isso só servia para querer ajuda-la mais, a tirar ela desse poço de depressão em que ela caiu bem fundo e eu nem sabia o porquê.



Fui andando calmamente até em casa, pensando em nada e em tudo ao mesmo tempo, se é que isso é possível. Minha mente apenas estava vaga um minuto e logo em seguia os pensamentos vinham como um furacão, para irem embora depois. Talvez eu precisasse de um psiquiatra.



– Nathan, e ai cara, como foi? – A imagem que meu cérebro processava era irreal demais e eu precisei de algum tempo para me recuperar, pois Jason estava sentado no sofá, ou invés de largado, com um livro enorme nas mãos.

– Hã... Foi bem, obrigada. Acho que as fotos ficaram ótimas e só me resta que o editor chefe da revista pense o mesmo – Dei de ombros e fui me sentar ao seu lado no sofá, raramente eu conseguia sentar no sofá quando Jason estava em casa e quando as oportunidades surgem você tem que aproveita-las.

– Ele vai gostar, seria louco se não gostasse – Aceitei o elogio, e estava começando a me assustar.



Jason estudando, sentando no sofá como gente civilizada, elogiando meu trabalho e até agora ainda não disse nada sobre Lucy... Das duas uma: ou havia entrado em algum tipo de universo paralelo ou Jason tomou juízo.

A primeira ainda é a mais provável.



– Obrigado. Mas então estudando é? – Puxei o assunto porque estava curioso demais para saber o que o levava a fazer isso.

– Sim, e nem me lembre disso – Ele revirou os olhos – Mas se eu realmente quero seguir adiante com direito preciso começar a fazer por onde certo? – Eu não sabia se ficava ainda mais perplexo por ele está sendo responsável ou se ficava orgulho.



Optei por me orgulhar de meu amigo. Surpresas e perplexidade era trabalho de Lucy, não de Jason.



– Que bom que finalmente percebeu isso Jason... Não querendo dar uma de amigo que dá bronca...

– Nathan, fala sério, você já é esse tipo de amigo – Ele me cortou e revirou os olhos.

– Tudo bem, mas olha, você tem que dar um rumo a sua vida e...

– Nathan, me faz um favor e cala a boca? – Ri do desespero dele ao perceber que eu iria falar todo aquele discurso de novo.

– Ok. Humm você conhece algum lugar legal? – Finalmente perguntei.

– Para que? – Ele colocou o livro de lado e eu percebi que seria demais esperar que ele se mantivesse concentrado por muito tempo.

– Porque eu vou sair com a Lucy hoje e eu queria saber oras! – Disse me sentindo algum tipo anormal de homem por não conhecer algum bar decente para levar alguém.

– Estava bom demais... – Ele murmurou – Mas olha, para ela não precisa escolher muito, se tiver um bar bem abastecido, é gol.

– Francamente – Disse rindo pelo nariz e fui até meu quarto.

– Eu sei que você não está bravo porque eu só disse a verdade! – Jason gritou e eu quase rolei os olhos, por mais que soubesse que ele estava certo.


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Notas finais do capítulo

bem é isso haha
espero que tenham gostado do cap, e no proximo ou talvez no outro ainda não sei, terão muitas emoções a começar por um possível in´cio da explicação do passado de Lucy... ~le musiquinha de suspense~
enfim amore, bjoos e realmente espero ver vcs nas reviews! ;)