Dias de Chuva. escrita por an


Capítulo 2
Espelho de gelo que reflete a alma.


Notas iniciais do capítulo

Obrigado por ler minha história. Os capítulos estão sendo corrigidos! Porem soy yo que está corrigindo, caso tenha algum erro me fale. Ah, obrigado.



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Somos obrigados a ter um espelho no teto de nossos quartos. Espelhos azuis, feitos de gelo. Meu espelho é tão azul quanto os olhos da garota da casa à frente, a garota da casa dois. CHUVA

Preciso ir falar com ela antes que a chuva passe.

Os sinos começaram a tocar. Os mesmos ficam no centro da cidade, a mais de 700 quilômetros de distância, mesmo assim escuto eles badalarem suavemente. Nove badaladas, nove, isso significa que a cidade está perdendo energia, a mesma que alimenta o Abismo. Todos estão fora de suas casas, assim como o Abismo, que está olhando para a garota da casa dois.

– Ei, garota. – sussurrei, enquanto ficava olhando para o sul, em direção a cidade, como todos estavam fazendo, faziam, sempre fazem.

– Você não precisa sussurrar, pode falar no volume normal, não tem ninguém prestando atenção em nós. – ela me respondeu sem nem mesmo olhar para o lado, para pode ver quem era.

– Mas e o Abismo? – sussurrei, desta vez mais baixo.

– Ele não tem coração, ele não consegue prestar atenção em duas coisas, ele não escuta, não tudo, ele é previsível, ele é ignorável, ele ainda está olhando os sinos - disse ela enquanto me olhava de cima a baixo. – Você é o Peter, não é mesmo? – perguntou ainda me analisando, mas desta vez olhava dentro dos meus olhos, talvez da minha alma, isso fez com que eu sentisse a mesma violada.

– Sim, sou eu... – Franzi o Cenho – C-como sabes? – Indaguei.

– Gosta de me ver dançar? - Me perguntou repentinamente, não poderia demorar a responder, mas também não poderia ser rápido demais. O que ela queria que eu respondesse?

– Adoro ver você dançar, faz-me sentir bem. – disse a verdade, achei que não teria outra saída.

– Incrível! Você disse a verdade. Pessoas verdadeiras são raridade neste mundo. Quer me ver dançar? – perguntou como quem não queria nada, pareceu um convite, convite para algo a mais.

– Não posso, não agora. Está se quebrando... – O espelho, completei em meus pensamentos.

– Eu conserto. – nem terminou de falar e já estava adentrando a minha casa. Eu não conseguia entender a situação. Ela foi direto ao meu quarto, como se conhecesse o lugar.

– Isso está mesmo feio. – falava enquanto pegava algo de sua bota marrom, era uma esfera.

Ela jogou a tal esfera no chão e toda as cores que existiam no meu quarto deixaram de existir, logo depois tudo ficou azul, gelado, como se um Ceifador estivesse lá, como se o Abismo estivesse dentro do meu quarto, como se todas as almas do espelho de gelo estivessem fora.

– O que você fez? – o espelho, antes rachado e aos pedaços, estava normal novamente. O que estava se tornando cinzas voltou como uma fênix.

– Eu te ajudei... E você sabe o que é a esfera! – sei, completei em pensamento.

– Fetíbo - sussurrei.

– Isso, a solução dos problemas – eu olhei nos olhos dela em uma tentativa de entendê-la, fui tentar dizer algo e....

– Eu te amo – NÃO, gritei o mais alto que pude em minha mente. Infelizmente foi tudo o que saiu. Não sei o porquê, mas algo acontece em meu coração de fogo, ultimamente ele está mais quente.

– Eu te ajudei, agora me ajude. Destrua o governo, entre dentro da central de fogo e abra o portão do Feyéboll. Fácil! – Foi o fácil mais sarcástico que já ouvi. Eu falei que a amava e então ela decidiu me ignorar.

Ela desapareceu durante uma piscada minha. Corri para a rua e não tinha mais ninguém além do Abismo, talvez minha mente tenha viajado novamente, o que sempre acontece. O Abismo tem tudo a ver com o governo. A Imperatriz é a dona do mesmo, e é dona da chave que abre o portão do Feyéboll.

Ela salvou minha vida! Ela salvou-me.

Minha madrasta dizia que devemos honrar as pessoas, mostrar gratidão por algo que ela tenham feito, que devemos viver tudo ao máximo sem medo de mostrar quem somos, sem medo de errar, somos jovens, vivemos o momento. Eu sei bem que... Seu nome... Sempre esqueço de perguntar, em fim... A garota da casa dois sabia bem o que é viver o momento.

A menina ruiva das sardas, menina linda que sempre vejo com a garota da casa dois, sem bem que não são só amigas. Enquanto uma mão está sobre um seio, a outra está "invisível" para que os olhos possam ver.

Já são 3:33 da manhã, hora de entra na última casa da rua, a casa do Abismo.CORAGEM.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por ler. Foi muito divertido fazer este capitulo!
É isso... Comenta, favorita, indica, fique à vontade.