O Improvável Não É Impossível escrita por Mrs Lelê


Capítulo 19
Todos saem ganhando


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora pessoal!!! Mas é que eu andei um pouco ocupada nos primeiros dias, aí quando eu tive tempo para escrever, toda minha criatividade tinha ido para Nárnia! :/
Acho que este capítulo poderia ter ficado melhor, mas achei que já tinha demorado demais e se fosse reler e rever para melhorar o capítulo, demoraria mais um dia talvez...
Mas espero que vocês gostem!



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Todos chegaram agradecidos no castelo. Não foram montados ao Old Yeller. As pessoas simplesmente não faziam isso lá, sem contar que chamariam o tipo de atenção indesejada. Por isso seus cavalos ficaram no abrigo do celeiro do castelo.

Após a noite cansativa, todos foram dormir e descansar o resto da noite que sobrou nos seus aposentos, mas não antes de contar tudo a Sean, tudo o que era importante, é claro. Não mencionaram o fato da história de Kyle, até porque não haveria razão para isso.

Na manhã seguinte, levantaram, e foram para a sala de refeições, tomaram café da manhã, e, creio que não seja necessário mencionar, uma xícara de café. Todos estavam ansiosos para a vinda do homem, mas Marilu não havia especificado a hora de sua chegada, e ainda havia a dúvida, se é que ele viria. Toda essa ansiedade manteve a mesa em silêncio.

Depois de comer, voltaram cada um ao seu aposento. Não podiam sair do castelo, porque era o ponto de encontro, e como não sabiam também a hora e o local, permanecer do quarto foi a idéia mais aceita.

Halt entrou, seguido por Will. Enquanto Horace e Kyle foram para o seu.

Os dois arqueiros entraram e se acomodaram nas confortáveis poltronas de madeira, posicionadas em volta da lareira, que estava apagada, pois não havia necessidade disso nestes meses.

–Agora é só sentar e esperar? –perguntou Will

–Acho que não temos outra escolha. –respondeu o arqueiro mais velho.

–Você acha que ele vai vir mesmo?

–Provavelmente. Mas por quê não perguntamos a pessoa que está lá fora, na janela? –comentou como se estivesse falando alguma coisa comum, como: as árvores são bonitas. O espião pareceu não ter ouvido, ou então estava confiante demais e não se preocupou.

–Acho que você tem razão. –respondeu o antigo aprendiz no mesmo tom de voz.

Quando os dois abriram a porta e entraram o espião tinha feito um movimento quase imperceptível. Quase, pois os dois perceberam.

Os dois foram em direção a janela do quarto, de onde tinha vindo o movimento. Mas para surpresa dos dois, o homem não tentou fugir. Ele pulou sobre a murada e entrou no quarto, com um movimento ágil.

–Parece que me descobriram. –falou com um sorriso no canto da boca o homem que tinha estado escondido, sentando sobre uma saliência que proporcionava moderado apoio na parte de fora da parede do castelo, próxima a janela. –Acho que estou ficando velho demais para essas aventuras. –disse enquanto estalava as costas.

–Quem é você? –perguntou Will

–Eu era o tema principal da sua conversa. –disse sentando-se confortavelmente numa das cadeiras de madeira. – Marilu me mandou aqui.

–Vou chamar os outros. –disse Will indo em direção a porta.

***

Os quatro amigo encontravam-se sentados frente ao homem de barba branca e bem feita, diferente da forma como os arqueiros usavam a faca de caça.

–Qual é o seu nome? –perguntou Horace ao velho. Ele e Kyle não estavam muito convencidos se aquele gagá poderia ajudá-los. É claro que não tinham visto sua demonstração de agilidade quando num movimento só pulou do seu esconderijo, saltando sobre a murada e entrando.

–Meu nome é Charles. Mas podem me chamar de Bob.

–Bob? Por que? Quer dizer, porque você nos disse que seu nome era Charles... –disse Kyle, com o rosto tomado por confusão.

–Uma vez quando salvei uma carroça de ser incendiada, o dono me agradeceu, e não sei porque achou que meu nome era Bob. Contou o meu feito a todo mundo e todos passaram a me conhecer como Bob. –Contou enquanto escolhia um biscoito do proto da mesa de centro. –Na verdade eu salvei sem querer a carroça. Meu plano inicial era roubar a mercadoria de dentro. Mas o homem não precisava saber disso.

–Mas então, fale-nos sobre a gangue– disse Halt quando percebeu que Horace encheu os pulmões de ar para fazer a próxima pergunta. Achou que estavam se desviando do tema principal.

–Oh sim– disse Bob voltando a assumir uma expressão mais séria. –Bem, o chefe da gangue se chama Salter.

–Como você sabe disso? –perguntou curioso Will

–Porque fui eu que ensinei a ele a roubar. –disse Bob– quando ainda era um garotinho, vi como roubou de um casal nobre com tamanha facilidade. O garoto tinha o dom. –disse enquanto mexia a cabeça afirmativamente, como que se lembrando daquele dia.

–Você ensinou um garoto a roubar? –perguntou incrédulo Horace

–Não é o que vocês estão me pedindo para fazer? –perguntou com ironia.

–bem...sim...mas...mas é diferente... –respondeu Horace. Tinha que admitir que ele tinha razão.

–Podem parar de se desviar do tema? –mandou Halt.

–Bem, então, como ia dizendo, a gangue é composta pela equipe de ladrões profissionais de Salter. –fez uma pequena pausa para verificar se não haveria interrupções. –Eles são treinados para roubar de casas ou castelos que parecem ser intransponíveis. Sendo assim, evitam combates diretos, porque dificilmente são pegos, mas se acontecer, eles são muito habilidosos com adagas.

–Adagas? –perguntou Kyle

–Adagas. –respondeu Bob. – possuem várias, e também conseguem atirar com elas, com um tipo especial onde o tamanho compensa o cabo. –Will e Halt imaginaram que poderiam ser parecidas com a faca de atiram dos arqueiros. –Se acontecer um confronto com um guarda, as adagas curtas são limitadas, e usariam as de atirar. Mas caso isso não aconteça sempre podem usar as espadas. Não todos as usam, pois consideram excesso de peso na hora de escalar e saltar. Por isso nem todos são exímios espadachins.

–Mas, na invasão daquela vila, a gangue usou lanças e espadas. E não adagas, como você diz. –perguntou Halt

–Sim. A gangue é composta pela equipe de Salter, mas também de ladrões que querem se juntar a eles. Afinal, quanto maior ela for, melhor. –explicou Bob– eles deixam essas pessoas que se juntaram, invadirem povoados mais fáceis, enquanto eles se ocupam do trabalho pesado. Mas e claro que o lucro vai todo para eles, apenas dividem uma parte com os outros.

–e como podemos vencê-los? –perguntou Will.

–Arqueiros seria a melhor opção, como eu disse, eles possuam armas limitadas.

–Foi o que o Sean disse que o espião lhe explicou. –pensou alto Kyle.

–Mas como vamos fazer isso se não contamos com homens? –pensou Horace. –O rei nos disse que ele não poderia dispor deles.

–Creio que tenho a solução. –começou Bob, que recebeu olhares incitando-o a continuar. – podemos contar com uma ajudinha do pessoal do Old Yeller. –disse Bob com um sorriso se formando.

–O que?! Mas eles são criminosos! –reclamou Horace.

Bob lhe lançou um olhar que fez Horace hesitar.

–quer dizer, porque eles nos ajudariam?

–ora! Essa gangue anda roubando todos os nossos lucros! –reclamou o homem.

Um silêncio tomou conta do local. Era uma proposta diferente, e que sem dúvida poderia ajudá-los e determinar quem venceria e quem perderia, mas seria esta uma boa escolha?

–tem certeza que vamos poder contar com eles? –perguntou Halt preocupado

–Afirmativo. Antes de sair eu já cuidei de tudo. – continuou Bob. Notando os olhares interrogativos direcionados a ele, continuou. –Eu sabia o que vocês iam propor, sabia que precisavam de ajuda, e nós também precisamos de sua ajuda para vencer eles.

–Então tá. –falou Halt depois de alguns segundos pensando. –Acho que temos um acordo.

–Vocês nos ajudam... –começou Bob

–...e vocês nos ajudam... –continuou Horace

–...Nós nos ajudamos. –terminou Kyle.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram? Deixem reviews! :)
Prometo de questa vez não vou demorar para postar o próximo, tá?
Beijos amores